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Usina de Itaipu (e outras hidrelétricas)

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Usina de Itaipu (e outras hidrelétricas) Empty Usina de Itaipu (e outras hidrelétricas)

Mensagem por Brainiac Sáb Jul 27, 2013 10:29 pm

10/08/2010

Prédio de Itaipu tremeu com o desligamento dos 18 geradores


Os engenheiros que estavam no centro de operações da Usina de Itaipu no momento do apagão presenciaram um evento único e assustador, que ficara guardado para sempre nas suas vidas: todos os 18 geradores pararam de produzir energia elétrica, algo nunca antes ocorrido na historia da usina.

Na medida em que as turbinas automaticamente paravam de produzir energia elétrica, inúmeros instrumentos, luzes e alarmes sonoros disparavam. Gráficos e diagramas nas telas dos computadores mostravam a queda da produção de energia elétrica. Os engenheiros não apenas viam e ouviam, mas sentiam a queda na produção de energia elétrica. Durante alguns minutos, o prédio onde fica o centro de controle tremeu.

Com desligamento automático das 3 linhas de 765 kv AC e das 2 linhas de ± 600 kv DC, Itaipu não tinha para onde mandar os seus colossais 13.3 GW e os sistemas de proteção automaticamente pararam de produzir energia elétrica.

Sem a corrente elétrica no estator, a força magnética que atua como um freio mantendo a rotação do conjunto rotor, eixo e turbina a 90 RPM, deixou de existir. Com isso, a rotação do conjunto rotor, eixo e turbina começou a aumentar.

O aumento da rotação dos 18 conjuntos rotor, eixo e turbina, pesando cada um inacreditáveis 2.3 mil toneladas fizeram todo o prédio tremer por alguns minutos.

O sistema de proteção contra sobre-velocidade acionou o sistema de controle de velocidade que reduziu a rotação das turbinas, fechando gradualmente as paletas do distribuidor (que regula a vazão para as turbinas).

Turbina Francis

• Queda: 112 Metros
• Conduto Forçado: 10.5 metros de diâmetro
• Vazão: 690 mil litros de água por segundo
• Rotação: 90 RPM



Gerador Síncrono

• 3 fases e um neutro conectados em Y
• Tensão Fase-Neutro: 10.5 mil Volts
• Tensão Fase-Fase: 18 mil Volts
• Corrente por Fase: 23.6 mil Amperes
• Potência Tri-Fasica: 3 x 10.5 x 23.6 = 743 MW
• Fator de Potência: 0.95



Fabricantes dos 20 Geradores (dois ficam sempre em manutenção) sendo 10 de 50 Hz e 10 de 60 Hz


• 9 da ABB (Suiça)
• 9 da Siemens (Alemanha)
• 2 da Alstom (França)



Massa dos Principais Componentes


• Turbina: 295 Toneladas
• Eixo: 285 Toneladas
• Rotor: 1760 Toneladas
• Estator: 988 Toneladas
• Turbina + Eixo + Rotor: 2340 Toneladas


Momento de Inercia da Turbina + Eixo + Rotor (GD²): 320 mil Toneladas*Metro²



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Diagrama da Usina


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01 - Cota 040,0 - Fundação da barragem.
02 - Cota 092,4 - Acesso ao poço da turbina.
03 - Cota 098,5 - Serviço auxiliar da unidade - Sistema de água pura.
04 - Cota 098,5 - Sistema de excitação, acesso ao “housing” do gerador e regulador de velocidade.
05 - Cota 108,0 - Transformadores elevadores.
06 - Cota 108,0 - Piso dos geradores e salas de controle local.
07 - Cota 122,0 - Sistema de ventilação.
08 - Cota 127,6 - Galeria de cabos.
09 - Cota 128,2 - GIS - SF6.
10 - Cota 133,2 - Painéis principais do serviço auxiliar AC e sala dos geradores diesel.
11 - Cota 144,0 - Serviço auxiliar da barragem.
12 - Cota 214,0 - Central hidráulica das comportas.



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Centro de Operações de Itaipu




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Sala de Despacho de Carga



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Sala de Operações




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Sala de Operações




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Sala de Operações




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Rotor do Gerador de Itaipu - 1760 toneladas - 90 RPM




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Cada tubulação que leva água para as turbinas de Itaipu tem 10.5 metros de diâmetro e uma vazão de 690 mil litros por segundo.

O fechamento repentino de uma válvula pode ocasionar a ruptura do tubo por excesso de pressão.




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Turbina Francis de Itaipu - 743 MW - 1 milhão de HP - 295 toneladas - 90 RPM




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Metade leste da sala dos geradores de Itaipu, com 1 km de comprimento.

O deslocamento dos funcionários é feito com bicicletas.



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Prédio de Itaipu




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A água passa pelas 24 paletas fixas do pré-distribuidor e depois pelas 24 paletas moveis do distribuidor

As 24 paletas moveis do distribuidor controlam a vazão e giram simultaneamente acionadas por um anel que é girado dois pistões hidráulicos



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Em cada uma das 3 fases do gerador circula uma corrente elétrica de 23.6 mil amperes e é necessário um sistema de refrigeração a água para não sobre-aquecer o estator.




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Última edição por Brainiac em Sex Jan 10, 2014 10:14 am, editado 1 vez(es)
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Mensagem por ediv_diVad Sáb Jul 27, 2013 10:51 pm

Foda.

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Mensagem por Brainiac Dom Jul 28, 2013 12:05 am

As imagens abaixo mostram o quanto é complexo produzir e transmitir a energia elétrica que chega as nossas casas




[Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link] Foz do Iguacu.htm


Uma das Pontes Rolantes (Guindaste)



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Sistemas de controle da excitatriz - 1 por maquina



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Transformadores Auxiliares




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Transformadores de Potencial




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Transformador de 18 kv - 500 kv




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A sub-estação abrigada de Itaipu (ABB - Suiça), com 1 km de comprimento, é blindada em gás Hexafluoreto de Enxofre (SF6), que permite uma grande redução da distância entre os "fios", pois o SF6 é mais isolante que o ar.

Para cada um dos 20 geradores existem 3 transformadores monofásicos, elevando a tensão de 18 kV para 500 kV.

A sub-estação tem 54 disjuntores, 128 chaves seccionadoras, 414 transformadores de corrente, 24 transformadores de potencial e 132 para-raios.




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Cilindros de CO2 do sistema de combate a incendio dos geradores



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Válvulas e manômetros do sistema de combate a incêndio - 1 por maquina



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Bombas do sistema de lubrificação - 1 por maquina




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Geradores de Emergência




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Eixo da turbina de Itaipu - 285 toneladas - 90 RPM

O barulho é tão alto que é preciso usar protetor de ouvido







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Sistema hidráulico que controla as paletas moveis do distribuidor

Usado para aumentar e diminuir a rotação da turbina através do aumento e da diminuição da vazão




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Caixa em Espiral (Caracol)

A tubulação verde leva água para resfriar o estator do gerador




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A água sai da caixa espiral (caracol), passa pelo pré-distribuidor (paletas fixas), passa pelo distribuidor (paletas moveis), passa pela turbina Francis e sai pelo tubo de sucção



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Na sub-estação de Foz do Iguaçú a tensão é elevada de 500 KV para 765 KV




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Transformador monofasico de 500 KV - 765 KV



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Disjuntores de 765 KV




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Reator (indutor) de 765 KV usado para compensar o efeito capacitivo da linha de transmissão



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Linha de transmissão de 765 KV




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O sistema paraguaio de 50 Hz é incompatível com o sistema brasileiro de 60 Hz.

Por isso a tensão de 500 KV AC em 50 Hz é convertida em ± 600 KV DC, transmitida por 800 km e depois reconvertida em 500 KV AC em 60 Hz.

Os 8 conversores nas duas sub-estações abrigadas usam tiristores.




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Uma das entradas de 500 KV AC




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Uma das saídas de 600 KV DC




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Sub-estação de ± 600 KV DC




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Gigantesco capacitor de filtragem do ripple



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Uma das duas linhas de transmissão de ± 600 KV (Um cabo é "+ 600 KV" e ou outro é "- 600 KV")

A tensão entre os cabos é de 1.2 milhões de Volts



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Mensagem por Brainiac Dom Jul 28, 2013 10:01 pm

Manutenção em LT de 500KV





Eletricista trocando os isoladores de uma linha de 500 mil volts



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Uma subestação em Nevada conduziu um teste de um disjuntor de 500 kv


Ao tentar interromper o circuito, um disjuntor SF6 falha (é possível ver um arco elétrico na metade esquerda do disjuntor).

Quando a chave seccionadora abre, o circuito ainda não estava interrompido e criou-se um grande arco-elétrico.

O sistema estava desconectado a jusante da rede e o arco foi originado de um dos 3 reatores (objetos grandes a direita), que são grandes bobinas (indutores) e são usados para compensar o efeito capacitivo das linhas de transmissão.

O reator monofásico (33.3 MVA), gerou uma corrente no arco elétrico de 114 amperes (33.3 MVA / 292 KV).

As 3 fases transportam 1000 MVA quando estão em operação e se um curto-circuito tivesse se originado com a linha em operação, uma corrente de 2000 amperes (1000 MVA / 500 KV) formaria um gigantesco arco elétrico, destruindo completamente os disjuntores e as chave seccionadoras.





Linha de transmissão de 500KV



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O cabo mais acima com as bolas vermelhas (que servem para sinalização) é o cabo para-raio dessa linha de 765 kv



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Disjuntor (SF6) de 500 kV em uma subestação.




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Transformador trifásico - 225 MVA e 275 kV



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1 das 6 novas turbinas Francis, com 1 milhão de HP de potência (740 MW), sendo instalada na unidade 3 da hidréletrica Grand Coulee - 85 RPM


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A hidrelétrica do Grand Coulee (6.8 MW), em Washington, foi inaugurada em 1942 e era a maior do mundo


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A hidrelétrica de Hoover (4.0 GW), em Nevada-Arizona, foi inaugurada em 1936 e era a maior do mundo



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Turbina Francis de 740 MW fabricada pela Voith Siemens na Alemanha - 75 RPM



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A vazão maxima do vertedouro de Itaipu é de 62 mil metros cúbicos por seg

A vazão maxima do vertedouro da Usina de Tucurui (8.3 GW), que é o maior vertedouro do mundo, é de 120 mil metros cúbicos por seg



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Usina de Tucurui



As turbinas Pelton, menores e mais leves, trabalham a uma rotação maior e são usadas quando se tem pequena vazão e grande altura, que faz a água atingir grandes velocidades. Algumas turbinas Pelton operam com a agua descendo de mais de 1000 metros de altura.




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Válvula reguladora de velocidade de uma turbina Pelton



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• O Brasil consome pouco mais de 400 milhões de MWh por ano e tem 100 mil km de linhas de transmissão.

• Os EUA consomem pouco mais de 4 bilhões de MWh por ano e tem 400 mil km de linhas de transmissão.


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Os EUA consomem 10 vezes mais energia elétrica que o Brasil, mas tem apenas 4 vezes mais km de linhas de transmissão. A explicação para isso está na matriz energética brasileira e americana.

No Brasil predomina as usinas hidrelétricas que ficam longe das cidades e portanto precisam de longas linhas de transmissão.

Nos EUA predomina as usinas termelétricas a carvão, gás natural e nucleares, que são construídas próximas as cidades, não precisando de longas linhas de transmissão.
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Mensagem por Brainiac Seg Jul 29, 2013 10:21 pm

Uma foto tirada no centro de controle mostra a causa do apagão.

Os engenheiros estavam distraídos vendo novela das 8 em um dos telões.

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Mensagem por Brainiac Seg Jul 29, 2013 10:21 pm

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Mensagem por Brainiac Seg Jul 29, 2013 10:23 pm

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Turbina Francis
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Distribuidor


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Francis Runner, Grand Coulee Dam



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Mensagem por Mononoke Hime Ter Jul 30, 2013 9:34 am

Monumental!

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Mensagem por Goris Ter Jul 30, 2013 10:12 am

Incrível, adorei a matéria.
Só faltou dizer que dia aconteceu essa pane.
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Mensagem por Brainiac Ter Jul 30, 2013 11:13 pm

Goris escreveu:Incrível, adorei a matéria.
Só faltou dizer que dia aconteceu essa pane.


10/11/09




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Mensagem por Brainiac Ter Jul 30, 2013 11:14 pm

Dentro da represa é possivel ver uma parte do antigo leito do rio Parana


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Turbina Pelton


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Mensagem por Goris Qua Jul 31, 2013 3:13 pm

Nao me lembrava, afinal, em 2009 eu tinha apenas 34 anos.

Mas valeu por explicar.
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Mensagem por Brainiac Sex Jan 10, 2014 10:06 am

A valvula fecha lentamente e impede a tubulaçao de estourar por excesso de pressão




A agulha funciona como uma válvula e seu formato cônico sempre mantem a água na forma de um jato cilindrico, independente do fluxo de água.



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Turbina pelton com apenas 1 bico injetor



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Atração "Vertedouro" Turística




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Mensagem por Brainiac Sex Jan 10, 2014 10:08 am

Usina de Três Gargantas tem interesse em dois softwares desenvolvidos pela Itaipu Binacional.


19 de Maio de 2004


O diretor-geral brasileiro da Itaipu Binacional, Jorge Samek (foto), pretende vender a tecnologia de produção e operação da usina brasileira à China. Samek integra a comitiva do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na maior viagem de negócios do governo brasileiro na Ásia. Os brasileiros embarcam na sexta-feira, 21, e ficam em terras chinesas por uma semana.

Samek visitará a Usina de Três Gargantas, em construção na província de Hubei sobre o rio Yang-tse, que já começou a produzir energia parcialmente. Os chineses demonstraram interesse em dois sistemas que monitoram a usina brasileira: o Scada e o Mondig.

Os dois sistemas, desenvolvidos pela própria Itaipu, permitem, basicamente, o acompanhamento em tempo real de todo funcionamento da usina: geração de energia, manutenção e operação. “Nós temos o maior interesse de intercambiar, vender essa tecnologia”, diz Samek.

“Estamos levando uma proposta para assinar um intercâmbio. Várias missões chinesas já conheceram Itaipu. Acima de Três Gargantas, eles vão construir uma outra usina de grande potência. E quem tem experiência acumulada de anos, produzindo energia, fazendo manutenção, somos nós”, completa Samek.

PTI – Para Samek, a Itaipu depois de 30 anos, além de energia, “produzirá também conhecimento”. Segundo ele, depois da entrada em operação, da manutenção, e a medida em que foi se evoluindo a ciência da computação voltada para a produção de energia, a Itaipu desenvolveu muitos projetos, entre eles, o Scada e o Mondig”.

“Obviamente que outras usinas do mundo, principalmente as de grande porte, têm interesse nisso. E nós temos o maior interesse de intercambiar, vender essa tecnologia acumulada, que será produzida no Parque Tecnológico de Itaipu”.

O parque, segundo Samek, pode gerar empregos e oportunidades de negócios para jovens cientistas e pesquisadores. “Temos 60 jovens trabalhando numa fábrica de software no PTI, o que representa a oportunidade de disseminar o conhecimento da empresa no mercado, gratuito para o meio acadêmico e vendido na forma de serviços para outras empresas”.

“Isso tudo vai estar sendo colocado a disposição e evoluindo a tal ponto que pode se tornar referência mundial na produção de tecnologia, como é hoje dentro da usina”. (Zé Beto Maciel)


Sistemas monitoram usina em tempo real


Scada e Mondig são dois softwares (sistemas) desenvolvidos pela Itaipu Binacional que permitem o acompanhamento da produção e operação da maior usina do mundo.

O Scada (Sistema de Aquisição de Dados e Controle com Gerenciamento de Energia) é composto de vários computadores interligados que operam em conjunto, monitoram e controlam todo o processo de geração, transformação e da transmissão da energia elétrica gerada em Itaipu, ao mesmo tempo em que também permite o controle automático de geração e da tensão da usina.

“O que melhora a qualidade da produção e aumenta a confiabilidade do fornecimento ao advertir antecipadamente o operador sobre qualquer condição operativa indesejada. Ainda otimiza a geração de energia ao minimizar o consumo de água para uma mesma potência demandada", diz o diretor-técnico de Itaipu, Antônio Otelo Cardoso.

Já o Mondig, em funcionamento desde 2002, faz o monitoramento e diagnóstico das 18 turbinas da usina. Técnicos da binacional acompanham digitalmente online (em tempo real) os níveis de temperatura, de vibração, de entreferro e outros parâmetros das turbinas.

O novo sistema de medição de energia possibilita a obtenção de maior quantidade de dados sobre a produção de Itaipu e que também pode interessar a usinas de grande porte com Três Gargantas”, afirma o diretor-geral brasileiro da binacional, Jorge Samek.


Turbinas de Três Gargantas seguem modelos brasileiros


As subsidiárias brasileiras da Alstom Power e da Voith Siemens Hidro Power Generation estão participando da construção da hidrelétrica das Três Gargantas, na China.

De acordo com Julio Azevedo, gerente de contratos internacionais da Voith Siemens, o valor do contrato de fornecimento de seis grupos geradores firmado pela companhia em consórcio com a General Electric foi de US$ 320 milhões. Destes, a participação brasileira foi de US$ 47 milhões, o equivalente ao projeto e componentes para três turbinas.

No caso da Alstom, o contrato total foi de 163 milhões de euros. De acordo com Philippe Joubert, presidente da companhia, serão fornecidas quatro turbinas, das quais uma será produzida na fábrica de Taubaté.

O futuro embaixador do Brasil na China, Luiz Augusto de Castro Neves, afirmou que o comércio entre os dois países pode melhorar ainda mais com a construção da usina. “Itaipu é o único modelo pela sua dimensão e características das suas turbinas e geradores que pode servir para Três Gargantas”, explicou.


Produção de Três Gargantas não baterá a Usina de Itaipu

Com as duas novas unidades geradoras que entrarão em operação em setembro e outubro do próximo ano, Itaipu continuará sendo a maior usina hidrelétrica do mundo em produção de energia, à frente da usina de Três Gargantas, construída sobre o rio Yang-Tse, na China.

A usina chinesa terá um reservatório maior que o de Itaipu e maior potência instalada: 18 mil megawatts de energia, contra 14 mil megawatts da usina brasileira e paraguaia. Terá, também, um número maior de turbinas: 26 máquinas contra 20 de Itaipu. Porém, as máquinas chinesas têm uma potência de 680 megawatts cada, enquanto as de Itaipu têm 700 megawatts cada.

No entanto, embora com potência instalada menor do que Três Gargantas, Itaipu terá um rendimento maior do que a hidrelétrica chinesa. A natureza favorece Itaipu. A vazão do rio Paraná é mais estável do que a do rio Yang-tse, onde Três Gargantas está sendo construída. Além disso, as águas do rio Paraná são reguladas por dezenas de usinas que existem acima de Itaipu.

Três Gargantas deverá produzir 84 bilhões de KWh/ano. Em 2003, com 18 unidades geradoras (16 funcionando simultaneamente), Itaipu produziu 89 bilhões de KWh/ano.

Em 2000, Itaipu gerou 93 bilhões de KWh/ano, seu recorde de produção. Na avaliação de técnicos da Itaipu, esta marca dificilmente será superada por outra usina. Com duas novas unidades geradoras, a produção de Itaipu poderá aumentar ainda mais e seu recorde deverá ser ampliado.

Fonte: [Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link]



Os números de Itaipu e os previstos para Três Gargantas


[Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar esta imagem]


Corrupção Crescente Afeta a Barragem de Três Gargantas

por Doris She

Auditores do governo chinês descobrem amplo esquema de corrupção na Barragem de Três Gargantas, um escândalo que envolve oficiais de alto escalão trabalhando tanto na construção da barragem como nos aspectos de reassentamento do massivo projeto. Num dos casos, o oficial corrupto foi sentenciado com a pena de morte.

De acordo com um artigo da Agência Francesa de Imprensa (AFP) de 20 de março, o porta-voz do judiciário anunciou em 25 de fevereiro que o ex-diretor da agência distrital de reforma agrária em Fengdu recebeu a pena de morte por roubar US$1.440 milhão do projeto da Barragem de Três Gargantas. O jornal de Hong Kong, o Diário de Taiyang, relatou que o Gerente Geral da Corporação Projeto Três Gargantas também foi preso. Ele foi acusado de desviar vários bilhões de Yuan do projeto que deveriam ser usados para a compra de aço dos Estados Unidos.

Relatos de subornos massivos relacionados a construção da maior usina hidrelétrica do mundo, no Rio Yangtze, tinham vindo a tona desde o início de sua construção em 1994, mas não tinham sido considerados até 1998, quando o Primeiro Ministro Ahu Rongji prometeu acabar com a corrupção envolvendo o projeto, publicamente reconhecendo que esse fato comprometeu a qualidade da construção. Oficiais disseram ao AFP em janeiro que os processos criminais tinham sido iniciados contra 14 oficiais envolvidos na corrupção da barragem e que outros estavam sendo investigados. Um mês depois, a imprensa oficial revelou que cerca de 100 oficiais conectados com o projeto tinham sido acusados de corrupção.

Fundos para Reassentamento Desviados

A administração da auditoria revelou também que os oficiais locais desviaram cerca de $57.7 milhões dos fundos de Reassentamento de Três Gargantas quase 12 % do total de $487,8 milhões alocados pelo governo central para reassentar os 1.2 a 1.9 milhões de desalojados pelo projeto. O jornal de Hong Kong, Ta Kung Pao, publicou os seguintes
detalhes extraídos do relatório dos auditores num artigo de 29 de janeiro: Huang Faxiang, chefe da agência de reforma agrária do Distrito de Fengdu, transferiu para outras contas $3.2 milhões que deveriam ser usados no reassentamento, ficando com $1.9 milhões. Outro oficial da mesma agência, Chen Lanzhi, desviou $609.756 para especulação na bolsa de valores. O contador da agência, Juang Haiying, transferiu $24.390 para sua conta pessoal. Em vez de oferecer compensações aos reassentados, os oficiais do Distrito de Yichang utilizaram cerca de $862.000 do fundo de reassentamento para construir prédios de escritório, áreas residenciais e hotéis para seu próprio benefício. Agentes de reassentamento do Distrito de Fuling usaram $412.804 do fundo de reassentamento para montar uma empresa particular.

Segundo um porta-voz do tribunal de Congqing, um oficial da agência de imigração foi condenado à prisão vitalícia em maio por corrupção. Wang Sumei foi condenado por retirar recursos do fundo de reassentamento de Três Gargantas e utilizá-los em festas extravagantes e grandes apostas, entre setembro de 1997 e dezembro 1998. No ano passado, o Ministro de Recursos Hídricos agência responsável pelo controle de enchentes e construção de barragens da China foi acusado de desviar $365.8 milhões de recursos para projetos.

O ministro estava desviando a verba para mercados imobiliários e bolsa de valores. Além do mais, um artigo de 29 de fevereiro no Diário Comercial de Hong Kong dizia que um executivo de alto escalão de uma das empresas sub-contratadas da barragem de Três Gargantas foi demitido em janeiro por sua decisão de comprar maquinário de segunda mão, em mau estado, para o projeto. Dai Lan-sheng, ex-gerente geral da Companhia Industrial de Três Gargantas, também está sendo investigado por suborno e desvio de fundos do estado. Engenheiros e trabalhadores da barragem reclamaram que as máquinas não funcionavam bem e quebravam muito, o que significava alto custo em reparos e atrasos enquanto os trabalhadores procuravam peças substitutas. As equipes de construção usando o maquinário comprado por Dai viram os custos de seu departamento subirem cerca de 20 %.

Quem comprará a Eletricidade?

Corrupção é uma das razões pelas quais os custos do projeto subiram dos originais $8 bilhões para o orçamento atual superfaturado de $24.5 bilhões. Estimativas oficiais prevêem um custo final acima de $30 bilhões, mas prognósticos de alguns especialistas chegam a $75 bilhões. À medida que os custos do projeto aumentam, crescem também os custos da eletricidade. Numa China em mudanças, onde a demanda não está crescendo tanto quanto o esperado, ao mesmo tempo que fontes de energia alternativa mais flexíveis continuam surgindo durante o tempo necessário para construir grandes usinas, existem sérias preocupações de que o mercado não conseguirá absorver a eletricidade produzida em Três Gargantas. Se a demanda por eletricidade fica significativamente aquém das previsões após o seu lançamento em 2003, o projeto pode sofrer cortes, já que a receita da produção de energia nesta fase deveria financiar o restante da construção (planejada para ser completada em 2010). Essa nova situação pode prejudicar os esforços de levantar recursos estrangeiros para a barragem, pressionando o governo a cobrir os $5.5 bilhões que Beijing inicialmente esperava conseguir através de empréstimos internacionais e mercados de capital.

Yuan Guolin, que até janeiro foi o Gerente Geral da Corporação de Desenvolvimento do Projeto de Três Gargantas, disse que seria necessário revisar a capacidade do projeto de vender toda a sua produção uma vez que entrasse em operação. Yuan, agora um representante na Conferência Consultiva Política do Povo Chinês em Beijing, disse que um problema em potencial seria o de que as autoridades de 10 províncias e municipalidades, potenciais consumidores do projeto Três Gargantas, estavam planejando suas próprias plantas de energia elétricas proporcionando uma fonte imediata de receita em impostos para as autoridades locais.

Ele também expressou sua preocupação acerca dos desafios técnicos sem precedentes confrontando os engenheiros que terão que instalar os geradores e turbinas do projeto, comprados de 19 fábricas em sete países, que podem ter dificuldade de funcionar juntos. Outra mega-barragem chinesa, a Usina de Ertan, financiada pelo Banco Mundial no sudoeste da China, é um perfeito exemplo dos problemas financeiros enfrentados por grandes usinas na China. Ertan vem dando prejuízo desde sua inauguração em 1998. O Correio da Manhã, no Sul da China, relatou no começo de março que Ertan ainda não tem compradores para 60 % da energia que produz. Li Dehou, que supervisa o projeto, disse que a planta estava oferecendo descontos para usuários de indústrias e residências num esforço de vender mais de sua produção.

De acordo com o Financial Times (10/03/2000), Chongqing, a maior cidade em Sichuan, tinha concordado durante o planejamento de Ertan em utilizar 32 % da produção da usina, mas agora só utiliza cerca de 14 %. Chongqing tem suas próprias plantas de energia que geram eletricidade mais barata que Ertan e produzem impostos para as autoridades municipais. Li disse ao Financial Times que o melhor opção para o futuro de Ertan era tentar vender sua produção para as províncias do leste da china, mas não disse como isso poderia ser feito ou se esta abordagem seria mais uma fonte de competição para a Usina de Três Gargantas.

Política Bancária Falida

Neste momento, ativistas de todo o mundo estão planejando um grande protesto a Mobilização pela Justiça Global para a reunião de primavera do Banco Mundial, no dia 16 de abril em Washington, DC. Ativistas do IRN estarão lá para pressionar o Banco a deixar de financiar grandes barragens social e ambientalmente destrutivas, e para oferecer compensações àqueles atingidos por seus antigos projetos.

O Banco Mundial é a maior fonte individual de recursos para a construção de grandes barragens em todo o mundo. Com base no seu suposto objetivo público de aliviar a pobreza, o Banco tem promovido e financiado barragens que expulsam de suas terras milhões de pessoas, causando sérios prejuízos ambientais, e forçando os recipientes desses empréstimos a dívidas cada vez maiores. O Banco já emprestou mais de $60 bilhões (em dólares de 1993) para 538 grandes barragens em 92 países, incluindo muitos dos maiores e mais controvertidos projetos do mundo.

O dossiê de grandes barragens do Banco demonstra vividamente a grande tolice de se represar os rios. Caso após caso, os benefícios tem sido muito menores que os prometidos, e os custos em termos de recursos gastos, dívidas contraídas, comunidades desalojadas, recursos pesqueiros e florestais destruídos, e oportunidades perdidas tem sido muito maiores que as imaginadas. Enquanto o Banco afirma que suas operações tem melhorado nos recentes anos, projetos como o das Águas do Planalto de Lesotho, a Usina de Ertan na China e a Barragem de Nam Theum 2 em Laos revelam constantes problemas sociais, ambientais e econômicos com esse seu dossiê de grandes barragens.

As grandes barragens financiadas pelo Banco transformaram mais de 10 milhões de pessoas em refugiados. Em muitos casos, famílias auto-suficientes da zona rural foram reduzidas a bóias frias ou moradores de favelas. Apesar de uma política que prega que as pessoas desalojadas devem pelo menos recuperar seu padrão de vida anterior, um Relatório de Reassentamento do Banco de 1994 constatou que somente uma usina das várias centenas que o Banco financiou proporcionou um aumento na renda das famílias reassentadas. Mesmo assim, quando entrevistados, 4/5 das residências consideravam-se em pior situação do que antes do reassentamento. Para a maioria das usinas que financiou, o Banco simplesmente não tem dados sobre a renda ou padrões de vida das pessoas desalojadas, antes ou depois do reassentamento.

Estimativas oficiais do número de pessoas desalojadas tem sido notoriamente baixos. Mesmo quando uma estimativa realista é feita, as pessoas expulsas de suas terras para dar lugar a infraestruturas relacionadas às barragens, e os que não possuem títulos de terra, são freqüentemente ignorados. O estudo de 1985 sobre a Usina de Sardar Sarovar na Índia, por exemplo, ignorou os mais de 140.000 agricultores que perderiam partes de suas terras para a rede de canais prevista no projeto. Além disso, moradores rio abaixo são geralmente forçados a abandonar suas casas devido aos efeitos causados a pesca ou mudanças hidrológicas que eliminam as estações de irrigação por enchentes. Por exemplo, 11.000 pessoas foram expulsas pelas enchentes da Usina de Manantali em Mali, mas meio milhão de agricultores rio abaixo estão sofrendo as conseqüências das mudanças no fluxo do Rio Senegal.

Usinas financiadas pelo Banco Mundial vem causando grandes problemas ambientais, incluindo a inundação de grandes áreas de floresta, a perda de incalculáveis recursos pesqueiros, a abertura de regiões remotas para a extração de recursos, e a perda de habitats nos pântanos e estuários. Só as usinas de Tucuruí e Balbina juntas inundaram 6.400 quilômetros quadrados de florestas tropicais na Amazônia Brasileira. Akosombo inundou mais terras que qualquer outra barragem no mundo, 8.500 quilômetros quadrados, cerca de quatro % do território de Ghana.

As usinas financiadas pelo Banco Mundial tem também obtido baixos resultados econômicos. Uma investigação do próprio Banco em 1996 constatou que os custos de construção ficam até 30 % acima dos estimados em 70 das usinas hidrelétricas financiadas pelo Banco desde 1960. Outro estudo do Banco revela que, das 80 hidrelétricas terminadas nos anos 70 e 80, 3/4 tiveram custos além do orçamento projetado. A corrupção é uma das razões dos custos exagerados. O recente escândalo de corrupção envolvendo o Projeto das Águas de Planalto de Lesotho é somente o mais recente exemplo.

As estimativas sobre a demanda de energia do Banco são invariavelmente exageradas, resultando em excesso na capacidade de produção quando o projeto é completado. A Usina de Ertan na China que custou $3.4 bilhões vem perdendo $2.4 milhões por dia desde que sua produção foi iniciada. Devido ao alto custo do projeto e às mudanças na industria de energia chinesa, a energia elétrica produzida em Ertan é significativamente mais cara que a produzida pelas plantas menores que foram surgindo durante a sua construção. A demanda também tem sido menor que a prevista.

Sem nunca deixar de exigir pagamentos pelos empréstimos dos projetos que financiou, que se estendem perpetuamente (mesmo os que falharam), o Banco Mundial nunca foi forçado a pagar pela destruição que tem causado a milhões de pessoas e ao meio ambiente. Nós exigimos que o Banco Mundial cumpra suas promessas e ofereça compensação às comunidades danificadas por projetos de usinas realizados no passado. Do povo indígena Maya Achi na Guatemala aos atingidos pela Barragem de Pak Mun na Tailândia, comunidades atingidas por barragens estão demandando justiça do Banco Mundial. É hora do Banco pagar as suas dívidas.

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Mensagem por Brainiac Sex Jan 10, 2014 10:09 am

A represa Grand Coulee é uma das maiores produtoras de eletricidade do mundo. Mas isso é apenas um dos feitos hercúleos que ela teve de realizar a fim de alcançar o seu objetivo - bombear água a uma altura de 110 metros, da represa para um canal das proporções de um rio que alimenta 500.000 hectares outrora áridos da Bacia do Colúmbia. O funcionamento de uma dessas bombas requer um motor de 65.000 HP, potência correspondente a mais de 16 locomotivas que puxam os mais modernos trens de passageiros. Um só desses gigantes bombeia água suficiente para abastecer Nova York (por volta de 1960) para todos os fins - e existem 12 bombas.


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12 gigantescos motores elétricos (6 de 65 mil HP de potência cada um e 6 de 67.5 mil HP de potência cada um) acionam as 12 colossais bombas da estação de bombeamento da represa Grand Coulee. Cada uma das 6 bombas mais antigas tem a capacidade de bombear 45 mil litros de água por segundo e cada uma das 6 bombas mais novas 56 mil litros por segundo. As 12 bombas juntas tem a capacidade de bombear 600 mil litros de água por segundo. Durante as operações de bombeamento, 3 geradores da unidade esquerda da represa Grand Coulee abastece 6 motores da estação de bombeamento. Esses motores também podem funcionar como geradores de 50 MW cada, se o fluxo de água for invertido. Isso é feito quando não há demanda para a água que é bombeada e quando se precisa gerar mais eletricidade.



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12 tubos de 4 metros de diâmetro despejam a água no canal de irrigação 110 metros acima da estação de bombeamento.
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Mensagem por Brainiac Sex Jan 10, 2014 10:09 am

Guri Dam


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Mensagem por Brainiac Sex Jan 10, 2014 10:10 am

As represas em arco usam o formato (curvatura horizontal e/ou vertical) para transferir a pressão da água para as rochas

Por isso usam menos concreto (largura < comprimento) que as baragens de gravidade e são mais finas



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Arco



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Gravidade



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Barragem do rio Gordon, Southwest National Park, Tasmânia, Austrália, um exemplo de barragem em arco.
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Mensagem por Brainiac Sex Jan 10, 2014 10:11 am

Erro de cálculo pode ter causado vazamento em lago da hidrelétrica de Campos Novos


A Construtora Camargo Corrêa, responsável pelas obras na hidrelétrica de Campos Novos, prevê que em até 90 dias seja possível analisar e propor uma solução para conter o vazamento no túnel de desvio da barragem. O problema foi verificado ainda no ano passado, mas aumentou de tamanho consideravelmente na madrugada de segunda-feira, provocando o esvaziamento completo do lago, ontem à noite.Além dos reparos no túnel, a empreiteira também vai aproveitar o escoamento para consertar uma fissura que surgiu na barragem. Apesar do atraso no início das operações que o problema vai gerar, a Camargo Corrêa garantiu ontem que está tranqüila quanto à solução que será aplicada. O vazamento pode ter ocorrido por um erro de cálculo dos engenheiros da empreiteira, que liberaram o lago para enchimento. Segundo o diretor de engenharia da Camargo Corrêa, José Ayres de Campos, na época que o enchimento foi definido, não havia nenhum risco de ruptura nas obras do lacre do túnel construído originalmente para desviar a água do rio Canoas e viabilizar a construção da usina. Um diagnóstico mais claro poderá ser percebido a partir de hoje, quando iniciam as vistorias. "Esse problema ocorreu no túnel de desvio, sem afetar a barragem. É preciso separar uma coisa da outra." Sobre a fissura, o executivo disse que ela não compromete a estrutura de retenção da água, porque foi construída em sistema de enrocamento, utilizando pedra sobre pedra na sua composição. "Ela atingiu somente o cimento que está por cima das pedras, como se fosse uma face protetora. Ele é pequeno e a água que passa por ele insignificante."


Ex-funcionário diz que houve pressa


O ex-funcionário da empreiteira Camargo Corrêa, Ginaldo de Jesus Oliveira, 36 anos, disse ontem que acredita que o problema tenha ocorrido por causa da pressa na realização da obra e da falta de fiscalização dos serviços executados. Até ano passado ele trabalhava no canteiro da usina e confirma que os encarregados estavam constantemente pedindo para que os serviços fossem acelerados. "Eles queriam acabar logo de uma vez e por causa disso pode ter acontecido algum problema." Ginaldo já tinha trabalhado na construção da usina de Porto Primavera( SP), antes de se transferir para Campos Novos, há quatro anos. Ele conta que a opinião geral entre os encarregados era que o rio Canos era manso e não iria oferecer problemas deste porte. "Tinha que ter havido mais fiscalização, um acompanhamento maior", garante ele, que ontem foi ao mirante de Celso Ramos assistir ao esvaziamento do lago, assim como centenas de outras pessoas. A empreiteira considerou a possibilidade como uma leviandade. Segundo o diretor de engenharia, José Ayres de Campos, toda as etapas de construção foram fiscalizadas por Furnas, que avaliava todo material empregado. "Tirávamos amostras do cimento usado, por exemplo, e enviávamos para análise e temos tudo isso documentado, cada passo", explicou. Ele disse ainda que o grau de dureza do material era maior que o dobro exigido. Fragmentos retirados para provas podem comprovar a qualidade do material utilizado em todo processo. "Tudo isso está documentado, a qualidade do concreto foi amplamente checada e afastamos a possibilidade de mau uso ou má execução da obra. Queremos saber o que aconteceu e se houve algum erro, ele não irá se repetir."


Sem prazo para funcionar


A Campos Novos Energia (Enercan) não estipulou novo prazo para início da geração de energia na usina, previsto originalmente para fevereiro deste ano. Segundo o presidente Enio Schneider, o consórcio está aguardando a solução dos problemas para então retomar o cronograma. Ele falou ontem com os prefeitos dos quatro municípios atingidos pela barragem - Campos Novos, Celso Ramos, Abdon Batista e Anita Garibaldi e tentou tranqüilizá-los. Os prefeitos estão apreensivos com o atraso na geração e esperam ansiosos as receitas que ela vai promover. "Precisamos de um posicionamento, uma previsão para sabermos o que fazer. Até porque, já contávamos com este incremento aos cofres públicos, mas eles acabaram não vindo dentro do tempo imaginado", disse o prefeito de Campos Novos, Nelson Cruz(PMDB). O consórcio deverá recolher aos cofres públicos o ISS das obras de recuperação do túnel.

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Hidrelétrica de Campos Novos terá barragem com 202 m de altura, que será a terceira mais alta barragem de enrocamento e face de concreto do mundo


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Após a falha





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Mensagem por Brainiac Sex Jan 10, 2014 10:12 am

Glen canyon dam



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Mensagem por Brainiac Sex Jan 10, 2014 10:12 am

Xingó - 3162 MW

"A Usina Hidrelétrica de Xingó está localizada entre os estados de Alagoas e Sergipe, situando-se a 12 quilômetros do município de Piranhas e a 6 quilômetros do município de Canindé de São Francisco.

A usina geradora é composta por 6 unidades com 527.000 kW de potência nominal unitária, totalizando 3.162.000 kW de potência instalada, havendo previsão para mais quatro unidades idênticas numa segunda etapa.

A energia gerada é transmitida por uma subestação elevadora com 18 transformadores monofásicos de 185 MVA cada um que elevam a tensão de 18 kV para 500 kV."



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Mensagem por Brainiac Sex Jan 10, 2014 10:13 am

Descendo de caiaque no vertedouro da represa Llyn Brianne







Spillway on Llyn Brianne dam, Wales soon after first fill.


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The Dworshak Dam is the highest dam in Idaho and is the third tallest in the United States.



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Takatō Dam is a dam in Nagano, Japan.



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View of the generators inside one of the powerhouses of the Hoover Dam
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Mensagem por Brainiac Sex Jan 10, 2014 10:15 am

Belo Monte de equívocos



Belo Monte foi superdimensionada. A capacidade de 11,2 mil MW só estará disponível durante três meses do ano. Nos meses de setembro e outubro, quando o rio Xingu fica naturalmente mais seco, a capacidade instalada aproveitável da hidrelétrica não será maior do que 1.088 MW médios.

Outro equívoco: o custo do empreendimento passou dos iniciais R$ 4,5 bilhões para os atuais R$ 19 bilhões. As empresas envolvidas com as obras (empreiteiras e fabricantes de equipamentos), por sua vez, estimam um custo mínimo de R$ 30 bilhões.



A insistência do governo de levar adiante o projeto de Belo Monte mostra que a lógica técnica e econômica cedeu o lugar à obsessão. Com graves consequências que não se restringem às populações indígenas e comunidades ribeirinhas do rio Xingu. Elas serão também sentidas nos bolsos de todos nós, consumidores de eletricidade.

O espectro do &quot;apagão&quot; parece ser a única justificativa para a construção dessa usina. Entretanto, ela também aponta o modelo de desenvolvimento que se quer dar à região amazônica e ao nosso país.

A energia a ser produzida pela usina não será utilizada para aliviar a pobreza e incorporar uma parcela da população que sempre esteve excluída das benesses do consumo. Ela será destinada a satisfazer a demanda de grandes grupos mínero-metalúrgicos na perpetuação do modelo que se apropria dos recursos naturais e das águas dos rios da região para produzir bens de baixo valor agregado e de alto conteúdo energético para exportação. A isso chamam de desenvolvimento. E a que custos?

As tentativas de reduzir as consequências socioambientais da obra, com a operação a fio d'água, isto é, sem um grande reservatório capaz de regular a vazão, apenas trouxeram mais problemas e proporcionaram uma sucessão de equívocos, técnicos e econômicos.

Belo Monte foi superdimensionada. A capacidade de 11,2 mil MW só estará disponível durante três meses do ano. Nos meses de setembro e outubro, quando o rio Xingu fica naturalmente mais seco, a capacidade instalada aproveitável da hidrelétrica não será maior do que 1.088 MW médios.

O resultado é que a energia terá um preço elevado. A definição pelo governo do preço-teto em R$ 83 por MWh, além de já ter afugentado potenciais investidores (Odebrecht e Camargo Corrêa, que constituíam um consórcio, já abandonaram a disputa do leilão), somente será assegurada por meio do aporte do Tesouro Nacional, isto é, de nós, contribuintes.

Outro equívoco: o custo do empreendimento passou dos iniciais R$ 4,5 bilhões para os atuais R$ 19 bilhões. As empresas envolvidas com as obras (empreiteiras e fabricantes de equipamentos), por sua vez, estimam um custo mínimo de R$ 30 bilhões.

O BNDES se dispõe a financiar 80% do custo. Ao mesmo tempo, o banco espera uma nova capitalização do Tesouro para assegurar essa participação. Assiste-se a um exercício de engenharia financeira para viabilizar a obra com toda sorte de renúncia fiscal e isenções que trarão aumento desproporcional da dívida pública.

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Queiroz Galvão deixa consórcio vencedor do leilão de Belo Monte


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Após leilão polêmico, governo ainda enfrentará 15 ações contra Belo Monte


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Ministério Público Federal ameaça pedir para anular leilão de Belo Monte

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Mensagem por Brainiac Sex Jan 10, 2014 10:16 am

As 10 maiores hidreletricas do Brasil seguem abaixo! (Atualizado so até 2007) (so capacidade instalada, não a media anual que ela gera por hora).

* Usina Hidrelétrica de Itaipu - Rio Paraná, 14.000 MW - Paraná
* Usina Hidrelétrica de Belo Monte - Rio Xingu, 11.233 MW - Pará (aprovado)
* Usina Hidrelétrica São Luiz do Tapajós - Rio Tapajós, 8.381 MW - Pará (projetada)
* Usina Hidrelétrica de Tucuruí - Rio Tocantins, 8.370 MW - Pará

* Usina Hidrelétrica de Jirau - Rio Madeira, 3.450 MW - Rondônia (licitada)
* Usina Hidrelétrica de Ilha Solteira - Rio Paraná, 3.444 MW - São Paulo e Mato Grosso do Sul
* Usina Hidrelétrica de Xingó - Rio São Francisco, 3.162 MW - Alagoas e Sergipe
* Usina Hidrelétrica Santo Antônio - Rio Madeira, 3.150 MW - Rondônia (licitada)
* Usina Hidrelétrica Paulo Afonso IV - Rio São Francisco, 2.462 MW - Bahia
* Usina Hidrelétrica Jatobá - Rio Tapajós, 2.338 MW - Pará (projetada)

Maiores do mundo.

Itaipu (12600 MW) - Brasil / Paraguay
Guri (10000 MW) - Venezuela
Grand Coulee (6494 MW) - USA
Sayano-Shushensk (6400 MW) - Russia
Krasnoyarsk (6000 MW) - Russia
Churchill Falls (5428 MW) - Canada
La Grande 2 (5328 MW) - Canada
Bratsk (4500 MW) - Russia
Moxoto (4328 MW) - Brasil
Ust-Ilim (4320 MW) - Russia
Tucurui (4245 MW) - Brasil
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Mensagem por Brainiac Sex Jan 10, 2014 10:16 am

Demanda de energia em dias de jogos do Brasil cai até 6%, diz ONS

Explicação é a redução no consumo industrial, o mais representativo.

Uso da energia elétrica cai drasticamente na hora do jogo, mostram dados.




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Mensagem por Brainiac Sex Jan 10, 2014 10:17 am

Rachadura em turbina de Itaipu gera temor de apagão


Por Leila Coimbra, na Folha:

A hidrelétrica de Itaipu, segunda maior do mundo, apresentou rachaduras de mais de 50 centímetros na estrutura de uma de suas 20 turbinas. As trincas foram descobertas na revisão periódica da máquina número 6, que opera desde 1987. Ela entrou em manutenção em 22 de setembro e deveria ter voltado a funcionar na segunda-feira.Como esse tipo de conserto nunca foi feito antes, o equipamento poderá ficar parado por um período de seis meses a um ano. A questão preocupou técnicos da usina e especialistas do setor elétrico.

A peça de 23 anos de uso é uma gigante de 295 toneladas e capacidade de gerar sozinha 700 megawatts -maior que a maioria das hidrelétricas do país. Um dos temores é que outras turbinas de Itaipu venham a apresentar rachaduras devido ao tempo de uso, o que comprometeria o abastecimento nacional de energia. A usina é responsável por 20% do abastecimento nacional e fornece energia para as concessionárias das regiões Sul e Sudeste do Brasil. Uma pane na gigante deixaria mais da metade do país no escuro mais uma vez. Problemas nas linhas que levam a energia de Itaipu ao resto do país, em 10 de novembro do ano passado, deixaram 18 Estados brasileiros no escuro.

Para o especialista em geração elétrica Silvio Areco, diretor da consultoria Andrade & Canellas, o desgaste das partes metálicas, criando rachaduras, é previsível em um equipamento com 23 anos de funcionamento que vive constantes vibrações com a passagem de água e peixes em sua estrutura. O importante, na avaliação de Areco, é o grau de severidade dessas trincas: se são superficiais ou fendas profundas, que poderiam gerar outros estragos. Ele acredita que é preciso avaliar cuidadosamente as causas das rachaduras, mas descarta risco de apagão: “Há sempre um processo cuidadoso de manutenção e avaliação constante dos equipamentos em uma usina como Itaipu”.

A turbina, de fabricação da alemã Voith Siemens, está sendo analisada pela companhia fabricante, que ainda não tem um diagnóstico sobre as causas das trincas. As previsões para a produção de energia de Itaipu neste ano já estavam pessimistas antes do incidente. Em 2010 a usina irá registrar uma de suas menores produções da década, de 82 milhões a 84 milhões de megawatts-hora (MWh). O recorde, de 2008, é de 94.684.781 MWh.
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