Europa Report (Viagem à Lua de Jupíter): 2013

Europa Report é um daqueles filmes de ficção científica que tenta ser o mais pé no chão possível, fugindo ao máximo da fantasia. Aqui você não verá muita ação nem coisas muito exageradas. Por causa disso o filme foi feito para poucos. Para conseguir apreciar a obra você tem que gostar de ciência para viajar com a tripulação nos temas abordados. Eu, por exemplo, baixei ele há algum tempo, mas logo nos primeiros quinze minutos achei chato e desisti de continuar. Só depois de ver comentários positivos resolvi dar uma segunda chance ao longa e me surpreendi. Ótima história, com excelente final.

Devido a maioria dos atores não ser americano e devido ao estilo do filme eu quando o assisti deduzi ser uma produção européia. Mas não, o filme é americano. No elenco você encontrará um ator chinês (o filho do Jackie Chan inclusive) e um sueco (que fez a versão européia de O Homem que Não Amava as Mulheres). O enredo do filme conta a história de uma tripulação multicultural que é enviada até uma das luas de Júpiter, a Europa. O nome original do filme faz referência a essa lua, não ao continente. O longa é do gênero falso-documentário, tipo Cloverfield e A Bruxa de Blair. Além disso a história não é linear, tendo várias idas e voltas. O drama dos astronautas começa a ser mostrada pelo fim, depois de dez minutos volta ao início. Outra parte muito legal do filme é que durante ele há passagens onde cientistas aparecem explicando como se deu a viagem ficcional e como é a lua Europa. Esses cientistas são atores, tudo faz parte da história. Mas a explicação dada por eles é real. Ao menos ao que se refere a lua.

Se você tiver paciência para continuar assistindo até o ponto em que a história engrena você terá uma ótima experiência. Principalmente se você se interessa por ciência. A parte mais difícil de prender a atenção é a inicial, mas passado isso tranquilo. O filme além de ser um pouco cerebral tem um pouquinho de survival horror. Já que os astronautas em Europa acabam tendo que lutar pela sobrevivência contra um inimigo que ninguém sabe o que é. Um dos acertos do longa é fazer o telespectador ficar com medo do que não vê, o tipo de terror que sempre achei mais eficiente, já que nossa imaginação não tem limite, já os efeitos do filme sim. Ao contrário dos filmes Sinais e Os Escolhidos, quando a ameaça é revelada não há aquela sensação de frustração. Pelo contrário, a revelação é fascinante.

Parece ser bom, vou alugar.