Dica de Livro: Joe Golem e a Cidade Submersa

Mike Mignola é um artista muito influenciado por H.P. Lovecraft. Essa influencia já pode ser vista na Hq Hellboy, titulo que o tornou conhecido. Em se tratando de romances a influência do mestre de terror é ainda mais evidente. Cenas grotescas envolvendo ocultismo, menção de deuses antigos extra dimensionais, o modo como o sobrenatural é abordado… A diferença é que a literatura de Mike é bem mais pop, quase infanto-juvenil apesar de menção de fatos violentos. Enquanto Lovecraft quase não usava diálogos Mike os explora ao máximo. As vezes fazendo com que uma conversa dure um capítulo inteiro. Isso sem mencionar que Lovecraft era bem niilista, o que não é o caso de Mike.

1925, em uma realidade alternativa, Nova York está imundada desde uma série de terremotos ocorridos anos atrás. Os moradores que sobraram vivem no que restou das ruínas. Entre eles o velho ilusionista aposentado e médium Felix Orlov e uma menina de quatorze anos que ele adotara, Molly McHugh. Tudo ia relativamente bem até que Felix é sequestrado por estranhos homens usando máscara de gás e roupa de borracha. Molly se une a um simpático porém bruto, desconhecido chamado Joe. Com a ajuda do detetive especializado no sobrenatural Simom Church, a dupla vai em busca de resgatar Felix.

Ao contrário da resenha anterior, a de Deuses de Dois Mundos, essa aqui vai ser bem curta. Até achei o romance legalzinho, mas a história dele é tão simples que não consegui extrair muito mais dela. O romance mais parece um spin-off do universo Hellboy. Se bem que acho as histórias do pessoal do Bureal de Pesquisa e Defesa Paranormal bem mais interessantes. O romance é ilustrado, mas os desenhos na minha opinião não fazem muita falta. Um H.P. Lovecraft moderno. Prefiro o antigo.