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Polícia de SP registra ocorrência após relato de estupro por pensamento

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Mensagem por Questao Ter Set 29, 2015 10:40 pm

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A Polícia Civil de São Paulo registrou um boletim de ocorrência de uma mulher que afirmou ter sido estuprada "por pensamento" por dois homens. Policiais da 3ª Delegacia de Defesa da Mulher, na Zona Oeste da capital paulista, pediram um exame psicológico da suposta vítima ao Instituto Médico-Legal (IML). O caso ocorreu em 18 de maio deste ano, mas só foi revelado publicamente nesta semana depois de o documento vazar na internet e gerar polêmica nas redes sociais.
Foram feitos comentários favoráveis e contrários à elaboração da queixa pela polícia. O G1 procurou a assessoria de imprensa da Secretaria da Segurança Pública para comentar o assunto. A secretaria foi questionada sobre qual foi a conclusão do boletim de ocorrência, se a mulher realizou o exame e qual o seu resultado e onde ela se encontra atualmente.

Segundo a assessoria de imprensa da secretaria, "a delegada Luciana Martin de Oliveira Souza, titular da DDM, disse que em setembro de 2010 havia sido instaurado inquérito atendendo ofício do MP pedindo apuração dos fatos, que o inquérito foi relatado ao fórum central em abril deste ano e que a mulher não voltou com exame e não tem informações sobre o seu paradeiro".
Cópia do boletim obtida pelo G1 mostra que a suposta vítima voltou a procurar a delegacia, que fica no Jaguaré, por volta das 17h do dia 18 de maio. Lá, relatou a uma escrivã e a uma delegada ter sido violentada por dois homens que usaram a força da mente para abusar sexualmente dela sem tocá-la.
O relato da dona de casa está em três páginas do documento, registrado como “Boletim de Ocorrência de Autoria Conhecida”. Nele, estão os nomes da “declarante” e das “partes” (dois

Os nomes dos envolvidos foram suprimidos nos colchetes pela equipe de reportagem.

“Comparece a declarante noticiando que desde o dia seis do mês de junho do ano de 2010 vem sendo estuprada por pensamento por [...] e [...], ora partes”, escreveram no histórico do boletim as policiais que ouviram o depoimento da mulher, uma dona de casa de 39 anos, separada, que mora no bairro do Rio Pequeno.

“A declarante alega que desde que conheceu [...], este lhe concentra (a declarante chama a relação sexual por pensamento de concentração). Declara que [...] mentaliza e possui o poder de lhe forçar ao ato sexual por pensamento sem lhe tocar”, informa a ocorrência.

Em outros trechos do boletim, a mulher contou que os supostos agressores mentais “não usam preservativo” e que o ato sexual lhe causa dores nos órgãos sexuais, pois “é cometido mediante violência e nenhuma das partes envolvidas é carinhosa durante as concentrações”.

Também há relatos de eram, segundo ela, as relações sexuais por pensamento, informando que os homens se revezavam e um deles “arrancava a sua roupa” e que “sempre tomava remédios, para não engravidar por pensamento”.

A mulher também afirmou que já fez outros boletins de ocorrência para relatar o mesmo fato e que chegou a procurar a Polícia Federal, que lhe orientou a ir para uma delegacia especializada.
Em seu depoimento, a suposta vítima ainda pede a prisão dos “concentradores” porque “pretende se dedicar a um convento, visto que se cansou do ato sexual e deseja se tornar freira”.

Ela também solicitou que um investigador morasse com ela para ela se sentir mais segura.
Após essa afirmação da mulher, os policiais escreveram na terceira página do boletim que foi “requisitado I.M.L / Psicológico para a declarante. Declaro que mediante Requisição do Ministério Público, já foi instaurado por esta especializada Inquérito Policial sob o nº 388/2010 para cabal apuração dos fatos”.

O G1 não conseguiu localizar a assessoria de imprensa do Ministério Público de São Paulo para comentar o assunto.

Ainda na última página do boletim, escrivão e delegado relatam que procuraram o filho e o irmão da mulher. O adolescente de 15 anos chama a mãe de “velha louca” e pergunta: “Será que vocês não percebem?”. O irmão contou que a dona de casa é sua irmã adotiva e que sempre teve problemas.

O G1 também localizou o irmão da mulher. “Ela é minha irmã adotiva, vivia com meu pai e ele faleceu no ano retrasado. Eu não tenho contato com ela e não quero ter contato. Ela é meio estranha. Há mais de 20 anos eu não convivo com ela. Ela deve ter problema psicológico”, disse o comerciante Iginio Gonzales Gestoso, de 59 anos, por telefone. Questionado se sabe onde a irmã está, ele informou: “Não sei e não quero saber”.

O G1 procurou as associações dos delegados e dos escrivães da Polícia Civil de São Paulo para opinar sobre o caso.

“Só quem faz um plantão sabe as agruras de um plantão. É um pronto-socorro social. Seria leviana de fazer análise. Boletim não criminal não gera nenhum efeito. O destino é o arquivo. Talvez tenha sido feito para preservar as pessoas acusadas. Tem que dar uma resposta imediata. É muito relativo, precisa de cautela antes de se fazer juízo de valor”, disse a delegada Marilda Pasonato, presidente da Associação de Delegados da Polícia Civil de São Paulo.

“Em 41 anos nunca vi isso. Eu não registraria, mas o escrivão só faz aquilo que o delegado pede”, disse o escrivão Oscar de Miranda, presidente da Associação dos Escrivães da Polícia Civil de São Paulo.

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Mensagem por dvdlimas Qua Set 30, 2015 12:34 am

porra... contrata um detetive psíquico pra resolver esta parada! Laughing
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Mensagem por Quero Café Qua Set 30, 2015 8:52 am

dvdlimas escreveu:porra... contrata um detetive psíquico pra resolver esta parada! Laughing

Esse detetive precisa trocar o cachimbo pelo charuto ou o contrário, ou seja, o charuto pelo cachimbo?
Oh! Dúvidas.
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Mensagem por Quero Café Qua Set 30, 2015 11:03 am

Não sou psicólogo, mas gostaria de fazer algumas considerações desconexas sobre o caso. Pelo fato de eu declarar que não sou psicólogo, minhas palavras não devem ser levadas a sério.
O que é a realidade?
Esse é uma questão abrangente.
Penso que responder à pergunta sobre a sanidade mental de uma pessoa deve levar em conta essa questão, mas até determinado ponto.
Existem espíritos? Existem coisas que aparentemente a ciência atual não pode explicar? 
Responder à questão sobre a sanidade mental de uma pessoa deve se mover por dúvidas como essa. Deve se mover por visões de mundo, mas sem se ater definitivamente a nenhuma delas.
Pode-se responder à questão sobre a sanidade de uma pessoa sem responder diretamente à questões como as de cima?
Penso que sim. 
Pode-se não acreditar em espíritos e avaliar o discurso de uma pessoa que fala algo a respeito disso. O contrário também pode ocorrer. É possível ter alguma isenção a respeito de algumas questões na hora de avaliar de alguma forma alguém.
Pensemos por um momento sobre o caso em questão.
É possível que ocorra algo como o que essa senhora alega ter sofrido?
Não sei, mas deixemos de lado essa questão.
O que vem a ser uma pessoa louca (lembre-se que a palavra "louca" não é apropriada, mas que se está a usar aqui de forma livre.).
Pode-se ficar a vida inteira definindo isso. Contentemo-nos com algo simples.
Um louco tem uma deficiência na capacidade de ordenação ética, estética e lógica que faz do mundo. 
A mulher alega que:
“... desde que conheceu [...], este lhe concentra (a declarante chama a relação sexual por pensamento de concentração). Declara que [...] mentaliza e possui o poder de lhe forçar ao ato sexual por pensamento sem lhe tocar”
Até aqui ninguém pode dizer que ela esteja dizendo a verdade ou não (seja uma mentira ou seja uma ilusão) a menos que se pronuncie a respeito da possibilidade desse tipo de ocorrência.
Mas depois ela declara que os agressores “não usam preservativo”. Também declara que um deles “arrancava a sua roupa” e que “sempre tomava remédios, para não engravidar por pensamento”
Como pode algo da ordem etérea do pensamento se materializar dessa forma? Ela fala em pensamento e logo em seguida em roupas, carícias, remédios e preservativos.
Como se conjuga pensamento com roupas, remédios e preservativos? 
Há uma clara confusão aqui entre a ordem etérea do pensamento e a ordem concreta de coisas do mundo. "Mas e se ocorresse algo como uma ectoplasmia?" alguém poderia objetar. A resposta é simples: aí o pensamento deixaria de ser só pensamento para se tornar algo mais ou menos concreto se é que isso é possível. A senhora em questão teria relatado algo do gênero.
É como se ela não tivesse a capacidade lógica de perceber isso.
Falta algo em sua mente.
Se ela falasse em possessão espiritual ou algo do gênero, seria até possível "dar uma chance" para o discurso dela.
Pode-se ver inúmeras pessoas falando a respeito de E.T.s, espíritos e coisas do gênero.
Muitos deles não possuem essa contradição óbvia de termos.
Isso quer dizer que eles estejam falando a verdade? Que dizer que eles estejam falando sobre algo que não é uma mera fantasia? Não. Mas quer dizer que pelo menos não é uma contradição óbvia.
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Mensagem por Quero Café Qua Set 30, 2015 11:31 am

Eu me lembro de que quando estava na faculdade havia um ex-estudante que perambulava por lá que era visivelmente "problemático".
Eu gostava de conversar com ele porque ele era "gente boa".
Numa ocasião, ele me mostrou um caderno em que ele gostava de escrever de vez em quando.
As ideias dele eram totalmente desconexas.
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Mensagem por dvdlimas Qua Set 30, 2015 10:44 pm

sem querer ser desrespeitoso... eu ja conheci muitos maluco de verdade... e uma coisa é certa, eles acreditam e sentem de verdade tudo oque eles falam... em suas mentes o que eles vivem é unico e real... por isso fico pensando e ate concordo com vc em partes hal... O que é a realidade?
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Mensagem por Quero Café Qui Out 01, 2015 12:10 am

Fico satisfeitíssimo se você concordar comigo em partes, em todo ou em nada.
Veja bem.
Foi por isso que eu tentei refletir sobre a loucura a partir possibilidades de cosmovisões e não de uma conceituação dogmática a respeito do que é a realidade, a vida, a morte e por aí vai.
Imagine que alguém comece a falar para você sobre espíritos, E.T.s e coisas do gênero, mas você não acredita em nada disso.
Você vai imediatamente taxar essa pessoa como louca?
Imagine agora uma outra pessoa falando dos mesmos assuntos com você, mas imagine agora que você acredita na possibilidade da existência das coisas a respeito das quais ela fala. Você vai tomar por verdade o que ela diz só porque você também acredita nisso?
Tentei mostrar que a resposta para as duas questões é não segundo minha visão leiga sobre o assunto e tentei mostrar que uma das formas pelas quais uma pessoa faz juízos a respeito da sanidade da outra quando trata de assuntos como esses sem partir de suas crenças pessoais é a coerência interna do discurso da outra.
Mas voltando ao problema da realidade.
Creio que exista sim uma realidade, mas que possamos refletir sobre nosso limite de apreendê-la e sobre as diferenças individuais da apreensão a respeito da realidade.
Penso que a loucura é uma espécie de incapacidade da razão de apreender determinados aspectos da realidade.
Desse modo, o discurso a respeito da ausência de sanidade mental que uma pessoa faz sobre outra é um discurso a a partir de uma capacidade que se direciona a um defeito de capacidade. 
Mas existem diferenças entre realidade, fé, crenças e cosmovisões. É sobre esse ponto que minha fala se dirigia. Crenças e cosmovisões podem divergir, mas discursos sobre a realidade só o podem em determinada medida.
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Mensagem por Quero Café Qui Out 01, 2015 12:16 am

A avaliação que uma pessoa faz a respeito da sanidade de outra é uma avaliação, quando correta, que um são faz a respeito da capacidade de um louco de apreender a realidade de determinadas coisas.
Falta algo à razão do louco para dar um ordenamento correto a respeito da realidade das coisas.
Mas enfim, não sou psicólogo. Só estou tentando refletir um pouco sobre o assunto.
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Mensagem por Quero Café Qui Out 01, 2015 12:17 am

A loucura é mais que uma ilusão.
É uma incapacidade de dar um ordenamento correto a determinadas realidades.
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