Política, Fisiologismo, Brasil

Há não muito tempo li esse livro abaixo.

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É um livro de coletânea de matérias (parece que são um pouco melhoradas no livro) do autor que é jornalista especializado em política.
Não é lá um livro teórico sobre política. É um livro que narra acontecimentos, fatos e personagens.
Uma das coisas que ele mostra, é o fisiologismo da política brasileira.
Depois de ler esse livro, prestei atenção a um fato que presenciei.
Estava passando num local que frequento muito e deixei cair, sem querer, uma gominha de cabelos que tinha à mão.
Uma faxineira, muito solícita, pegou o objeto para mim e entabulou uma conversa.
Ela começou a me dizer que aquela gominha a lembra de algo nos pacotes de dinheiro que via na casa de um prefeito de uma cidade enquanto trabalhava lá. Perguntei para ela se aquela dinheiro era produto de corrupção ao que ela me respondeu que não sabia. Ela começou a me dizer que ela gostava muito dele porque ele a havia ajudado muito na vida. Falei para ela que era então melhor nem saber a origem daquele dinheiro e ela concordou. Depois cada um tomou seu rumo.
Esse episódio mostra muito bem como as relações pessoas interferem de forma muito decisiva em como pessoas veem políticos.
Diante disso, fiquei me colocando algumas questões.
Seria o fisiologismo uma característica da política brasileira ou da política em geral?
Se o fisiologismo é inevitável na política, como poderíamos caracterizar o fisiologismo na política brasileira?
Quais são os níveis aceitáveis de fisiologismo dentro da política?
Seriam as relações pessoais dentro da política muito mais importantes que ideologias, discussões técnicas e por aí afora?
No fundo, a política seria um grande Big Brother (no sentido do programa de televisão e não do livro)?
Dissertem.