Moçambique: Rebeldes islâmicos apoderam-se de porto em região rica em gás

Um grupo de rebeldes islâmicos apoderaram-se de um porto fortemente defendido na cidade de Mocímboa da Praia, no extremo norte de Moçambique, perto de um local de projectos de gás natural no valor de cerca 60 mil milhões de dólares, de acordo com a imprensa local.

O sucedido aconteceu cerca de 60 quilómetros a sul do local onde estão a ser desenvolvidos projectos de gás, por parte de grandes petrolíferas, nomeadamente a francesa ‘Total’, este ano, numa altura em que o grupo com ligações ao Estado Islâmico tem intensificado os ataques na região. O porto em questão é utilizado para a entrega de cargas aos empreendimentos.

O porto foi capturado na terça-feira, quando as forças navais ficaram sem munições para manter os rebeldes dentro do controlo, depois de dias de combates em Mocímboa da Praia, segundo o site de notícias local ‘Zitamar’.


Os ataques começaram na província de Cabo Delgado, no extremo norte, em 2017, e aumentaram rapidamente este ano, com vários grupos rebeldes a apoderar-se de cidades importantes por breves instantes e a atingir cada vez mais alvos militares ou estratégicos.

Tal aconteceu depois de o grupo, conhecido como Ahlu Sunnah Wa-Jama, ter jurado lealdade ao Estado Islâmico no ano passado, que, por sua vez, começou a reivindicar os ataques do grupo local, incluindo um outro que aconteceu em Mocímboa da Praia no início deste ano.

Esta semana, o Estado Islâmico afirmou através dos seus meios de comunicação ter tomado posse de duas bases militares nos arredores de Mocímboa da Praia, resultando na morte de vários soldados moçambicanos e na captura de armamentos que vão desde metralhadoras a granadas.

A região remota está longe da principal cidade central de Moçambique, Beira, e da capital Maputo, no extremo sul.

O porto foi capturado na terça-feira, quando as forças navais ficaram sem munições para manter os rebeldes dentro do controlo, depois de dias de combates em Mocímboa da Praia, segundo o site de notícias local ‘Zitamar’.

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