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Instrumentos #4 - Guitarras

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Thiago A.P.
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Mensagem por Thiago A.P. Ter Ago 23, 2011 1:58 pm

Bom, Sou Guitarrista De uma Banda e Minha paixão Por Esse Instrumrnto Chega a ser Um Tanto Quanto Obssessiva.Hahahahahaha
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Guitarra clássica (no Brasil, denominada violão).
O nome guitarra refere-se a uma série de instrumentos de cordas dedilhadas, que possuem geralmente de 4 a 12 cordas tensionadas ao longo do instrumento e possuem um corpo com formato aproximado de um 8 (embora também existam em diversos outros formatos), além de um braço, sobre o qual as cordas passam, permitindo ao executante controlar a altura da nota produzida. Existem versões acústicas, que possuem caixa de ressonância e elétricas, que podem ou não possuir caixa de ressonância, mas utilizam captadores e amplificadores para aumentar a intensidade sonora do instrumento.

As guitarras, bem como a maior parte dos instrumentos de cordas são construídas pelo luthier. O músico que a executa é chamado guitarrista.

Desambiguações

Os músicos e musicólogos, o termo correto para este instrumento seria “guitarra” (em consonância com outras línguas), provavelmente com origem remota na palavra grega kitara, que em tal língua designava instrumento antigo característico. Mas na língua portuguesa, o uso é completamente diverso.

No Brasil
O termo “guitarra” refere-se exclusivamente à guitarra elétrica e a palavra “violão” é usada para se referir tanto à guitarra clássica, como à guitarra acústica, esta segunda com cordas de nylon ou mesmo com cordas de aço, como no caso do violão folk ou do violão Ovation. Os dois últimos são utilizados mais comumente por instrumentistas do gênero popular, enquanto os violões de nylon são preferidos pela maioria dos violonistas clássicos e adeptos do choro, do samba, da bossa nova e estilos musicais regionais.

Em Cabo Verde
A guitarra clássica também é chamada de “violão”. Essa designação era comum em Portugal até início do século XX.

A viola
Acredita-se que o nome "violão" derive diretamente do termo “violino”, que designa vários instrumentos portugueses, da qual a viola caipira brasileira é uma evolução. Embora possua várias diferenças de timbre e de número de cordas, a viola é muito semelhante em formato à guitarra, apenas menor. É compreensível que, para um leigo, uma guitarra seja apenas uma viola grande. Assim, apesar de referir-se ao mesmo instrumento que a guitarra, a origem linguística do nome “violão” foi o termo “viola”, acrescido do sufixo de aumentativo “—ão”. A origem da viola é aceita como sendo portuguesa pela maioria dos musicólogos.

Em Portugal
O termo mais comum usado actualmente é guitarra, tanto para as acústicas como para as eléctricas. Ainda assim, o termo "viola" ainda é usado, embora incorrectamente. As mais antigas guitarras ganharam nomes específicos conforme cada caso.

Guitarra clássica
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A guitarra clássica, (no Brasil conhecido como violão e em Portugal como viola), é uma guitarra acústica com cordas de nylon ou aço, concebida inicialmente para a interpretação de peças de música erudita. O corpo é oco e feito de várias madeiras diferentes. O braço possui trastes que a tornam um instrumento temperado. As versões mais comuns possuem seis cordas de nylon, mas há violões com outras configurações, como o violão de sete cordas e o violão baixo, com 4 cordas, afinadas uma oitava abaixo das 4 cordas mais graves do violão.

Características gerais

A sua configuração moderna e desenho foram confeccionados na Espanha. Presente hoje em quase todos os géneros musicais populares, sua abrangência só se compara à do piano. Ao longo do tempo este instrumento sofreu grandes evoluções e, hoje em dia, possui uma grande variedade de formatos e tamanhos, cada qual mais apropriado a um estilo de execução. Entre os géneros que mais utilizam a guitarra clássica estão a música erudita, o flamenco espanhol, o vals peruano, a cumbia colombiana, o joropo venezuelano, as rancheras mexicanas, a MPB, o fado portugués, a modinha, a morna, o choro, a bossa nova, as gaitas, entre outros.

Sobre o nome
Na língua portuguesa, o nome "guitarra" se aplica ao instrumento acústico ou elétrico indistintamente. No Brasil e em Cabo Verde manteve-se a designação mais comum violão para a guitarra clássica. Acredita-se que o nome derive diretamente do termo "viola", que designa vários instrumentos portugueses, da qual a viola caipira brasileira é uma evolução. Embora possua várias diferenças de timbre e de número de cordas, a viola é muito semelhante em formato à guitarra, apenas menor. É compreensível que, para um leigo, uma guitarra seja apenas uma viola grande. Assim, apesar de referir-se ao mesmo instrumento que a guitarra, a origem linguística do nome "violão" foi o termo "viola", acrescido da desinência de grau "ão".

Mesmo originando-se de um equívoco, o nome violão hoje faz parte do vocabulário de todos os brasileiros e designa de forma inequívoca a guitarra clássica. Muitos compositores e estudiosos tentaram, sem sucesso, fazer com que o termo guitarra voltasse a ser utilizado no Brasil para unificar a nomenclatura a todas as outras línguas. Apenas no século XX o nome guitarra retornou ao vocabulário corrente dos brasileiros, mas apenas para designar a versão eletrificada.

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Diversas características do violão o tornam propício ao acompanhamento do canto. Entre elas, a extensão, o volume sonoro, a relativa riqueza harmônica, o baixo custo e o peso reduzido. Isso também o torna o instrumento preferido de alguns intérpretes. Como é fácil de transportar, é comum ver grupos de pessoas reunidas em torno de um violão em festas, bares, praias, estádios, estações de trem ou outros locais ou situações em que as pessoas se agrupam. A execução puramente harmônica para o acompanhamento do canto é facilmente dominada e as revistas com cifras e tablaturas dos sucessos musicais do momento são facilmente encontráveis em qualquer quiosque de jornais. Poucos instrumentos são tão presentes no cotidiano, executados por músicos amadores tanto quanto por profissionais.

No Brasil, apresentações com "um banquinho e um violão", em pequenos espaços, com um cantor se acompanhando ao violão são comuns na bossa nova e na MPB.

A despeito desse valor gregário, em muitas canções, o violão é descrito como o único companheiro das horas de solidão. Os versos de Caetano Veloso em "Tigresa" descrevem um desses momentos: "E eu corri pra o violão num lamento E a manhã nasceu azul Como é bom poder tocar um instrumento". Em outros momentos, o violão é descrito como um item essencial sem o qual a vida não teria sentido. Na letra de "Chão de Estrelas", Orestes Barbosa diz que "(…) a ventura desta vida é a cabrocha, o luar e o violão". No verso final de "Acorda amor" (Julinho da Adelaide, pseudônimo de Chico Buarque) o marido em fuga pede à sua esposa que não se esqueça de colocar na mala os itens de primeira necessidade: "Não esqueça a escova, o sabonete e o violão".

Em Cabo Verde, o violão é o instrumento-rei para acompanhar géneros musicais locais, tais como a coladeira, a mazurca e a morna, e pode ocasionalmente ser usada em outros géneros. Para além de instrumento de acompanhamento é também utilizado como instrumento solista.

Em Portugal, para além de ser usado em vários géneros musicais, é o principal instrumento de acompanhamento para o fado (sendo, neste caso, chamado pelos músicos de "viola"), onde a parte melódica é feita na guitarra portuguesa e o baixo feito no violão baixo.

Construção
A guitarra clássica possui diversas características em comum com todas as outras guitarras. A principal diferença em relação às outras é o fato de usar cordas de nylon, a cabeça possuir carrilhões em vez de cravelhas, o braço é mais largo e o tipo de madeiras usadas. A guitarra clássica pode ser eletrificada mediante o uso de microfones externos ou colocados junto às cordas. A figura abaixo mostra as partes de uma guitarra clássica.

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Partes de uma guitarra acústica ou violão

1 Cabeça, mão, palheta ou Headstock
2 Pestana, capotraste ou Nut
3 Tarrachas, cravelhas ou carrilhões
4 Trastes
6 Elementos decorativos
7 Braço
8 Tróculo
9 Corpo
12 Cavalete
14 Fundo
15 Tampo Dianteiro
16 Lateral, faixas ou ilhargas
17 Abertura ou boca
18 Cordas
19 Rastilho
20 Escala

A cabeça (1) da guitarra clássica é geralmente feita da mesma madeira do braço e em alguns casos é entalhada no mesmo bloco de madeira. É fixada na extremidade do braço formando um pequeno ângulo para facilitar o posicionamento das cordas sobre a pestana (feita de osso ou plástico). Os carrilhões dos instrumentos modernos são feitos de aço com abas de plástico, osso ou madrepérola. Na maior parte das guitarras acústicas há três carrilhões de cada lado da cabeça. Outras configurações são possíveis, como 4+2, 4+3 em violões de 7 cordas e 2+2 para violões baixo.

O braço (7) do violão é mais largo que o de outras guitarras acústicas, como por exemplo, a guitarra folk. É composto basicamente de uma barra maciça e rígida de madeira fixada ao corpo. Madeiras de grande resistência à tração são preferíveis, as mais usadas são o mogno e o cedro. O braço é colado ao corpo com o auxílio de um reforço estrutural, o tróculo (Cool, em geral entalhado na mesma peça do braço, mas que também pode ser uma parte separada e colada ao braço e ao corpo.

Feita de uma madeira diferente do resto do braço, como ébano, a escala (20) é montada sobre o braço para fixar os trastes e servir de apoio aos dedos do executante. As guitarras clássicas geralmente não apresentam elementos decorativos sobre a escala. Os violões modernos são construídos com os trastes posicionados para proporcionar intervalos iguais em todos os semitons (temperamento igual). Em geral, a parte livre do braço é mais curta que nos instrumentos elétricos, com doze trastes da pestana até a junção com o corpo.

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Cabeça de uma guitarra clássica, mostrando o sistema de afinação diferente de outras guitarras acústicas.

Corpo

Em todos os tipos de violão o corpo (9) tem as funções de caixa de ressonância e de fixação das cordas. A combinação de madeiras utilizadas não é meramente decorativa. Cada madeira é escolhida devido às suas características físicas, tais como flexibilidade, resistência à tração e absorção de umidade. As características combinadas de cada madeira permitem construir instrumentos com a sonoridade desejada, bem como garantem que o instrumento terá afinação e timbre estáveis em condições diferentes de temperatura, umidade e tensão das cordas.

Devido ao formato característico do corpo do violão, costuma-se dizer que ele tem as mesmas proporções de um corpo feminino. Por analogia também diz-se de mulheres que têm a cintura acentuada, que têm um "corpo de violão".
Faixas laterais (16)

Feitas de madeiras resistentes à tração. A madeira preferida para esta parte do corpo é o jacarandá da Bahia. Como esta árvore está em risco de extinção, apenas luthiers que possuem estoques antigos utilizam essa madeira. Uma alternativa é o jacarandá da Índia, também chamado Rosewood. Também pode ser usado o mogno ou algumas outras madeiras. As finas lâminas, de no máximo 3 mm de espessura e com cerca de 3 a 5 cm de largura, são molhadas e moldadas no formato desejado do instrumento (normalmente no formato aproximado de um Cool com a ajuda de moldes de madeira e grampos. Após alguns dias as faixas adquirem a forma definitivamente. Várias peças de madeira em forma de "L" são coladas ao longo de toda a parte interna das faixas. Estas peças servirão para colar o fundo e o tampo.
Fundo (14)

Construído da mesma madeira que as faixas, o fundo também é uma lâmina fina de madeira, cortada para preencher exatamente o contorno definido pelas faixas. Na verdade, não é constituído de uma única chapa, mas de duas partes simétricas fixadas no meio a um estrutura que se estende longitudinalmente ao corpo. O resultado é um fundo que não é plano, mas levemente curvo em direção ao exterior. Essa montagem permite a dilatação e faz com que alterações da madeira decorrentes de variações de temperatura ou umidade sejam absorvidas sem danos às lâminas.
Tampo (15)

Esta é a principal parte do corpo do violão. Como as cordas são fixadas ao tampo, quando elas vibram todo o tampo vibra solidariamente. Este efeito é responsável pela maior parte da amplificação acústica. Como deve agir como uma membrana, o tampo deve ser construído de uma lâmina fina (em geral menos espessa que o fundo e laterais) de uma madeira altamente flexível, mas ainda assim resistente o suficiente para suportar a tração ocasionada pelas cordas. A madeira preferencial para o tampo é o cedro, mas várias outras madeiras podem ser usadas. Os melhores instrumentos são obtidos de árvores com pelo menos 200 anos, que possuem veios praticamente paralelos. Assim como o fundo, o tampo é obtido de uma única chapa de pinho dividida em duas metades unidas ao meio e colado aos suportes em "L". No ponto de junção entre as faixas e o tampo, um friso é colado como elemento decorativo e também como reforço estrutural do conjunto.

Aproximadamente no centro do tampo, uma abertura, a boca (17) serve para permitir a passagem do ar em vibração. Em geral, um mosaico feito em marchetaria decora e protege as bordas das aberturas. O desenho utilizado é característico de cada luthier.

Na parte interna do tampo, uma complexa estrutura de barras ou ripas de madeira é construída para "disciplinar" a vibração do tampo. Chamada de leque, esta estrutura é fundamental para permitir o reforço de determinados harmônicos e a absorção de ruídos indesejáveis. Em geral o número de barras e o desenho utilizado é característico de cada luthier ou de cada modelo.

Abaixo da boca é colado o cavalete (12), usado para fixar as cordas ao corpo. O cavalete possui furos para a fixação das cordas e sobre ele é montado o rastilho (19), uma barra de osso ou plástico que serve para apoiar e distanciar as cordas do corpo e da escala, além de transmitir a vibração das cordas ao tampo.

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Detalhe do cavalete mostrando a fixação de um encordoamento de nylon

Encordoamento

As guitarras clássicas utilizam exclusivamente cordas (18) de nylon; a construção deste tipo de instrumento não suporta a tensão maior proporcionada pelas cordas de aço.

As cordas mais finas, chamadas de primas ou agudas, são feitas de polímero monofilamento (um fio único), de nylon ou compostos utilizando carbono e titânio. As mais grossas, chamadas de bordões ou baixos, consistem de um núcleo composto por multifilamentos de fios de nylon, enrolados em espiral por um fio metálico. Este fio é feito geralmente de cobre (puro ou suas ligas), cobre banhado a prata, ou mesmo de prata pura, tratado com revestimento antioxidante. Esta construção permite maior resistência à tração, maior estabilidade de afinação e maior flexibilidade do que seria possível caso se usassem fios de cobre também nas cordas mais grossas.

Execução
Música clássica

Este instrumento originou um ramo da música clássica composta por obras escritas especialmente para tirar partido das possibilidades expressivas do violão, geralmente prelúdios, sonatas e concertos, embora qualquer forma de composição musical possa ser utilizada. O violão é tocado sem o uso de palhetas, utilizando-se as unhas (normalmente da mão direita). As unhas devem estar bem polidas para um som mais perfeito. Ao contrário da música popular a execução mais freqüente é de uma linha melódica tocada nas cordas agudas e linhas de baixo, escalas e harpejos são tocados simultaneamente à melodia principal.

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Música popular
Na música popular as guitarras clássicas são utilizadas para acompanhamento do canto e a execução freqüentemente é harmônica. Os acordes são montados com a mão esquerda e com os dedos da mão direita ou palhetas, são feitos diversos tipos de ritmos ou arpegios. Alguns géneros musicais permitem a utilização de linhas melódicas em introduções e solos. No jazz podem ser utilizadas técnicas mais elaboradas como o tapping e a execução com harmônicos. Na música popular é comum a amplificação das guitarras clássicas com microfones dinâmicos. Os amplificadores permitem ajustes de tonalidade e mesmo algumas leves distorções são toleráveis as vezes em alguns estilos populares.

Guitarra elétrica

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Exemplo de guitarra elétrica, uma Epiphone Les Paul.

A guitarra elétrica (AO 1945: eléctrica) (também chamada apenas de guitarra) é um instrumento musical pertencente à família das guitarras, cujo som é sempre amplificado eletronicamente. É um Instrumento de cordas (ou cordofone), ou seja, o som é produzido manualmente pela vibração das cordas como no violão, porém é transformado em sinal elétrico devido a ação de captadores magnéticos (na maioria dos modelos).

Os sinais elétricos podem ser simplesmente amplificados e emitidos por um alto-falante que converte os sinais elétricos em ondas sonoras, ou pode ser modificado antes de ser novamente convertido em som pelo alto-falante.

Por sua potência sonora e pela possibilidade de alteração eletrônica de diversas características de seu timbre, as guitarras elétricas são utilizadas principalmente no rock, música pop, blues e jazz, podendo ser encontradas ainda em outros gêneros musicais.

Modelos de guitarras
Pode-se dividir as guitarras elétricas em dois modelos básicos: Guitarras Maciças e Guitarras Semi-acústicas.

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Exemplo de guitarra elétrica semi-acústica
Guitarras maciças

São guitarras de construção maciça, não possuem caixa de propagação acústica, seu som natural é pouco intenso e consegue ter mais sustentabilidade na nota. Podem ter o braço embutido ao corpo (quando inteiramente feito de uma única peça de madeira), colado ou ainda parafusado. Pelo fato de não apresentarem caixa acústica, a madeira com que são construídas é a principal responsável pelo timbre que elas entoarão. As guitarras maciças são preferidas por músicos que necessitem adicionar efeitos sonoros (principalmente distorção) e tem seu uso mais realizado para produção de músicas dos estilos e derivados do rock como o heavy metal. Os modelos mais conhecidos entre as guitarras maciças são as Fender Telecaster e Stratocaster, as Gibson Les Paul e SG, bem como as guitarras Ibanez, Jackson, ESP, Washburn, muito utilizadas no heavy metal.[carece de fontes?].
[editar] Guitarras semi-acústicas

São guitarras que possuem caixa de propagação acústica, seu tamanho é relativamente maior que as maciças e seu som natural também é mais intenso. A abertura acústica pode causar influência na captação elétrica dependendo do tipo do captador usado (maior influência com captadores passivos e menor, ou nenhuma com captadores ativos). São guitarras mais usadas sem a adição de efeitos e são preferidas por músicos na produção de músicas jazz e blues tradicional.

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Exemplo de guitarra elétrica maciça Fender Telecaster

Captadores
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Captadores magnéticos
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Detalhe dos captadores de uma guitarra padrão Stratocaster. Humbucking (esquerda, ponte) e Single-coils (demais, centro e braço)

A maioria das guitarras atuais utiliza captadores desta natureza. O captador de guitarra tem função de transformar as ondas mecânicas produzidas (o som), principalmente produzidas por cordas, em ondas eléctricas. Existe uma grande quantidade de tipos e qualidades de captadores no mercado, eles são habitualmente classificados levando em conta suas características técnicas: Quanto à alimentação, dividem-se em captadores ativos e captadores passivos; quanto ao número de bobinas, dividem-se em captadores simples (single-coils), captadores duplos (humbuckings) ou quádruplos (quad-rail); podem ser divididos ainda, quanto ao material magnético, em captadores cerâmicos e captadores de alnico;

Captadores passivos

Não necessitam de alimentação elétrica (fonte de energia elétrica) para funcionarem. Apresentam grande integração com os demais materiais da guitarra. Enorme variedade de timbres e qualidades. Em maioria são de alta impedância e captam interferências diversas com facilidade.

Os captadores são na verdade uma bobina, ou seja, consistem de magnetos enrolados por um fio (coil) criando assim o campo magnético que é perturbado pelas cordas de metal ao vibrarem em frequencias diferentes, tal perturbação no campo magnetico gera o impulso elétrico que mais tarde é convertido em som (onda mecânica).

Captadores ativos

Necessitam de alimentação para funcionarem. Integração reduzida com os materiais da guitarra. Sons uniformes, previsíveis e pequena variedade de timbres. Captam menor interferência por terem menor impedância.

Captadores cerâmicos

São feitos com material mais barato e são mais comuns no mercado.

Captadores de AlNiCo
São feitos com materias mais caros e selecionados, sua qualidade normalmente é superior aos cerâmicos. Os imãs dos núcleos são feitos de uma liga de Alumínio, Niquel e Cobalto. Existem varios tipos de AlNiCo dependendo da percentagem dos componentes em sua mistura. O mais comum em captadores são os AlNiCo II e o V. Magnetos compostos de alnico tendem a soar mais vintage. São também comumente mais caros devido à materia prima.

Captadores simples (single-coils)
São estruturados apenas com uma bobina. São mais sensíveis às interferências que causam ruídos. Em geral, o timbre resultante tende a ser mais limpo, brilhante, estalado e estridente em comparação com os humbuckers. Um exemplo do uso de captadores single é o timbre das guitarras Fender.

Captadores duplos (humbuckings ou humbuckers)
São estruturados com duas bobinas em um só corpo. Normalmente as duas bobinas funcionam em polaridades inversas. Assim cada uma elimina parte do nível de ruído da outra. Essa interação também altera a resposta tonal do captador, o que lhe confere um som diferente daquele produzido por um captador single-coil. Em geral, o timbre resultante tende a ser mais cheio, vigoroso, macio e adocicado em comparação com os single-coils. Um exemplo do uso de captadores duplos é o timbre imortalizado pelas guitarras Gibson Les Paul.

Alguns captadores duplos apresentam a mesma aparência externa tradicional dos captadores simples, pois possuem as duas bobinas empilhadas, a exemplo dos modelos HS-2 e HS-3 da Dimarzio e a série Noiseless da Fender.
[editar] Captadores quad-rail

São estruturados com quatro bobinas em um só corpo

Modificações elétricas

As modificações podem ser inúmeras, dentre as mais comuns são a adição de: distorção, repetição (delay), reverberação, equalização, flange, phaser, wah-wah e chorus. As modificações dos sinais elétricos podem ser feitas por aparelhos eletrônicos próprios como: pedais compactos, pedaleira de guitarra (tais como modelos fabricados pela Boss, Digitech e Zoom), rack de efeitos, efeitos produzidos por computador (Cakewalk Sonar 1, 2, 3, 4, 5; SoundForge, Protools) ou amplificadores de guitarra com efeitos embutidos.

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Detalhe da execução de um bend de dois dedos

Altura

A altura do som produzido depende da relação física entre o comprimento da corda, de sua tensão e sua espessura.

Basicamente, quanto mais curto o comprimento da corda, quanto mais fina a corda ou quanto mais distendida a corda, maior velocidade terão as vibrações, logo, mais aguda será a nota (ou mais alta).

A altura padrão das cordas soltas de uma guitarra (ou a afinação padrão) é igual a do violão (das cordas agudas para graves): Mi, Si, Sol, Ré, Lá e Mi. Porém, existem infinitas combinações de afinação das cordas soltas. Existem ainda guitarras com mais de 6 cordas. Sua afinação pode obedecer a razão de intervalos das anteriores ou não.
Instrumentos #4 - Guitarras 220px-Floyd_rose_principle
Esquema do funcionamento da alavanca tipo flutuante

O guitarrista pode modificar a altura da nota executada de diversas maneiras. A mais comum é pressionar a corda num determinado traste para diminuir ou aumentar o comprimento da corda que vai vibrar tornando a nota mais alta ou mais baixa. Cada traste divide o comprimento da corda numa razão geométrica que altera a altura da nota sempre em semitons (de acordo com o temperamento atual). Outra maneira comum é esticar ou até distender a corda com o uso de técnicas como 'bend' e alavancada, essa técnica tira o temperamento original do instrumento.

intensidade

A intensidade do som produzido depende respectivamente da intensidade de vibração das cordas, da proximidade das cordas do captador magnético, da qualidade e tipo de captador magnético, da quantidade de sinal eléctrico perdido nos cabos eléctricos, do nível de amplificação eléctrica e da qualidade e tipo do alto-falante, dentre outros factores.

Temperamento musical

A maioria das guitarras elétricas convencionais possuem o braço dividido em trastes que determinam a relação de altura entre as notas. Ou seja, são instrumentos musicais temperados.

Terminologia genérica
Família das guitarras

O termo “guitarra” também é utilizado para se referir a famílias de instrumentos com algumas similaridedes, embora nem sempre com a mesma acepção. Para alguns autores, a família das guitarras engloba qualquer cordofone com braço e caixa de ressonância cujas cordas são beliscadas. Isso inclui instrumentos tais como:

* O alaúde,
* A balalaica,
* O bandolim,
* O banjo,
* A guitarra portuguesa,
* O siamise,
* O sitar,
* O vina, etc.

Instrumentos de cordas beliscadas

Mas outros autores apenas consideram como família das guitarras os instrumentos de cordas beliscadas que têm a caixa em forma de “8”. Isso inclui instrumentos tais como:

* O cavaquinho,
* O charango,
* O cuatro,

e os tres da América Latina,

* O ukulele,
* A viola caipira e
* As violas portuguesas.

Origens e desenvolvimento
Instrumentos #4 - Guitarras 180px-Luth%27ud
Um alaúde mourisco, com seis pares de cordas.

Instrumentos similares aos que hoje chamamos de guitarras existem ao menos há 5 mil anos. A guitarra parece derivar de outros instrumentos existentes anteriormente na Ásia Central. Instrumentos muito similares à guitarra aparecem em antigos alto-relevos e estátuas descobertas em Susa, na Pérsia (atualmente no Irã).

A guitarra, em forma muito próxima à guitarra acústica atual, foi introduzida na Espanha no Século IX, mas não se conhece com precisão toda a história deste instrumento. No entanto há duas hipóteses mais prováveis para a introdução da guitarra no ocidente.

A primeira hipótese é que a guitarra seria derivada da chamada khetara grega, que com o domínio do Império Romano passou a se chamar cítara romana, e era também denominada de fidícula. Teria chegado à Península Ibérica por volta do Século I com os romanos. Esse instrumento se assemelhava à lira e posteriormente foram acontecendo as seguintes transformações: os seus braços dispostos da forma da lira foram se unindo, formando uma caixa acústica, à qual foi acrescentado um braço de três cravelhas e três cordas, e a esse braço foram feitas divisões transversais (trastes).

A segunda hipótese é de que este instrumento seria derivado do antigo alaúde árabe, nome originado da palavra al ud, (a madeira), e que teria sido levado para a Península Ibérica através das invasões muçulmanas. O alaúde árabe que penetrou na península nessa época foi um instrumento que se adaptou perfeitamente às atividades culturais e, em pouco tempo, fazia parte das atividades da corte.

Outra hipótese é de que foram aplicadas as técnicas do alaúde (cordas beliscadas, número de cordas, afinação, etc.) a instrumentos de corda friccionada (nessa altura chamadas “violas”). Isso explicaria o fato de em espanhol ter havido a distinção entre vihuela de arco (viola tocada com um arco) e vihuela de mano (viola tocada com a mão).

Origem do nome
A palavra guitarra em português, se origina do espanhol guitarra e é utilizada, com pequenas variações, na maior parte das línguas modernas (guitar em inglês, guitare em francês, Gitarre em alemão, chitarra em italiano, entre outras). Acredita-se que o nome se origine do termo grego khetara ou khitara (que também originou o nome cítara).

Pesquisas linguísticas levam a crer que guitarra pode derivar-se de duas raízes indo-européias também presentes no nome grego: guit-, similar ao sânscrito sangeet, que significa "música", e -tar, uma raiz presente em várias línguas, que significa "corda" ou "acorde". O alaúde iraniano tradicional chama-se tar em língua persa, o que colabora esta versão. O tar existe há milhares de anos e pode ser encontrado em versões de 2, 3, 5, 6 , 7, 8, 9 e 12 cordas.

A palavra guitarra também pode ser derivada do termo persa qitara, que dá nome para vários membros da família dos alaúdes. O nome guitarra teria, assim, sido introduzido pelos mouros durante as invasões muçulmanas no século X.

Na maior parte dos países de língua portuguesa, o termo guitarra pode se referir a qualquer das variedades do instrumento, seja elétrica ou acústica. No Brasil e em Cabo Verde existe a designação violão para o instrumento acústico com cordas de nylon. É provável que o nome violão tenha surgido devido à semelhança com as violas no formato do corpo. Como a então guitarra era maior, passou a ser chamada popularmente de “violão” (como aumentativo de “viola”). Aos poucos o nome se consagrou no Brasil, e o termo guitarra foi quase totalmente substituído. Apenas no século XX o nome guitarra retornou ao vocabulário corrente dos brasileiros, mas apenas para designar a versão eletrificada.

A vihuela espanhola parece ser um instrumento intermediário entre o alaúde e a guitarra moderna, pois possui uma afinação semelhante ao alaúde, mas o corpo já tinha o formato em 8 semelhante, sendo menor, que as guitarras atuais. No entanto não é certo se esta é mesmo uma forma de transição ou apenas um instrumento que combina características dos dois instrumentos. Em favor da segunda hipótese, argumenta-se que a remodelagem da vihuela para se tornar parecida com a guitarra foi uma forma de diferenciar visualmente o instrumento ocidental do alaúde árabe associado aos invasores[carece de fontes?]. Esta variedade sofreu alterações em Portugal e deu origem às violas modernas.

Durante vários séculos de história a guitarra acústica ganhou diversas variedades. Há grandes variações em todas as características dos instrumentos: o tamanho e o formato da caixa de ressonância, o formato e a quantidade de aberturas frontais, o comprimento do braço, a quantidade das cordas, a extensão e a forma de afinação. Certas variedades se desenvolveram separadamente e se tornaram instrumentos específicos.

Além disso há algumas variedades que são freqüentemente associadas ao género musical em que são usadas, como as guitarras de blues, folk, jazz e a guitarra clássica. Embora sejam fundamentalmente o mesmo instrumento, a variedade utilizada no flamenco, por exemplo, é diferente daquela utilizada na música clássica.

Segundo Paco de Lucía, o inventor da guitarra tal como a conhecemos se chama Zyryab. Nascido em Bagdá, ele viveu no fim do século VIII na corte de Córdoba. Ele introduziu uma quinta corda ao 'ud árabe e fundou uma escola de música que exerceu influência considerável sobre a música árabe-andaluz.

Foi Antonio de Torres, um luthier espanhol do século XIX que deu à guitarra a forma e as dimensões da guitarra clássica atual, a partir do qual, diversas outras variedades surgiram no século XX (como a guitarra de jazz, a guitarra folk e a elétrica).

A guitarra elétrica surgiu, independentemente, pela mão de diversas pessoas nos anos 30. Inicialmente a eletrificação consistia em usar o próprio instrumento acústico com um microfone de voz dentro de sua caixa de ressonância. Mais tarde esse microfone foi substituído pelo microfone de contato chamado captador ou, em inglês pickup.

Por nem sempre ser necessária uma caixa de ressonância acústica numa guitarra eléctrica, surgiram as primeiras guitarras maciças (Fender Stratocaster e Gibson Les Paul) nas décadas de 1950 e 60. As cordas passaram a ser metálicas e captadores magnéticos de indução começaram a ser utilizados.

Estrutura da guitarra

Toda guitarra, elétrica ou acústica, é composta basicamente das mesmas partes. A principal diferença entre elas está no corpo. As figuras abaixo mostram uma guitarra elétrica e uma acústica, com suas partes indicadas. A construção do baixo é semelhante à da guitarra elétrica. Para informações adicionais, consulte os artigos de cada uma das partes. Para as diferenças construtivas, consulte os artigos de cada variedade de guitarra.
Instrumentos #4 - Guitarras 200px-Electric_guitar_parts
Instrumentos #4 - Guitarras 240px-Acoustic_guitar_parts
Braço

O braço da guitarra é composto basicamente de uma barra maciça e rígida de madeira fixada ao corpo. A madeira utilizada normalmente é de um tipo diferente da utilizada no corpo. Madeiras de grande resistência à tração são preferíveis e uma das mais utilizadas é o mogno. É responsável pela fixação de uma das extremidades das cordas e também para permitir a execução das notas através da variação do comprimento das cordas. Fazem parte do braço: a “mão”, a pestana, a escala, os trastes e alguns elementos decorativos (geralmente de madrepérola, marfim ou ébano) utilizados na marcação.

Em guitarras acústicas e semi-acústicas, o braço é colado ao corpo. O tróculo é a extremidade mais larga do braço usada para fixá-lo ao corpo e dar rigidez mecânica à montagem. Em geral o tróculo é entalhado na mesma peça do braço, mas também pode ser uma parte separada e colada ao braço e ao corpo. Em guitarras elétricas, o braço pode ser fixado ao corpo por parafusos. Em alguns casos, um tirante é utilizado para se opor à curvatura provocada pela tensão das cordas. A fixação do braço é crítica para a afinação do instrumento, pois a variação no ângulo do braço em relação ao corpo pode provocar variações na altura das notas. Embora indesejável na guitarra clássica, este efeito pode ser usado propositadamente para obter certas inflexões na altura (bends), sobretudo no blues.

Cabeça e tarrachas
Instrumentos #4 - Guitarras 180px-Guitare_tete2
A cabeça de uma guitarra elétrica com seis tarrachas em linha.
A cabeça ou paleta é responsável pela fixação das tarrachas, usadas para afinar o instrumento. A cabeça é fixada na extremidade do braço formando um pequeno ângulo para facilitar o posicionamento das cordas sobre a pestana. Em geral é feita da mesma madeira do braço e entalhada com diversos motivos decorativos. A tarracha é um mecanismo composto de um eixo sobre o qual a corda é enrolada e uma engrenagem que permite girá-lo com os dedos até obter a tensão correta de cada corda. As engrenagens garantem uma relação de forças tal que impeça o afrouxamento das cordas durante a execução. Na maior parte das guitarras há três tarrachas de cada lado da cabeça. Em algumas guitarras elétricas é utilizada a configuração de seis cravelhas em linha em um dos lados da cabeça. Outras configurações são possíveis, como 4+2, 4+3 em violões de 7 cordas. 6+6 em violas de 12 cordas e 2+2 ou 4 em linha para baixos e outros instrumentos de quatro cordas.

Pestana
A pestana é uma pequena barra de osso, plástico ou madrepérola, fixada entre o início do braço e a cabeça. Possui um pequeno sulco entalhado para a passagem de cada corda. Isso permite o posicionamento correto das cordas. A pestana serve para apoiar as cordas na extremidade do braço. É o ponto de origem do comprimento das cordas e muitos o consideram como o traste zero. Hoje, em alguns modelos de guitarras elétricas, há pestanas especiais que possuem travas, como parafusos, que impedem que o instrumento seja desafinado na execução de alavancadas (vibratos artificiais).

Feita de uma madeira diferente do resto do braço, como ébano, a escala é a parte do instrumento onde as cordas são apoiadas quando o músico quer dividir a corda. É sobre a escala que os trastes são montados. Além disso possui várias marcas em forma de círculo, losangos ou triângulos, incrustradas por marchetaria. As marcas são geralmente de madrepérola, marfim ou ébano. Em alguns casos são simplesmente pintadas e servem para ajudar o músico a identificar as casas na escala. Geralmente é usada uma marca na 3ª, 5ª, 7ª, 9ª,12ª, 15ª, 17ª, 19ª,21ª e 24ª casas e duas marcas na 12ª, às vezes na 7ª e na 24ª (quando existente) casas. Em algumas guitarras elétricas estas marcas podem ser luminosas, com LEDs ou fibras ópticas.
Alavanca

Parte da guitarra usada para efetuar um efeito chamado vibrato. Este efeito consiste em alterar a altura das notas de forma que elas transpacem a ideia de uma onda fluindo. Este efeito é muito utilizado em alguns ritmo agitados, porém é principalmente usado em ritmo de rock.
Trastes

Os trastes ou trastos são pequenas barras (geralmente alpaca ou ligas de níquel) montadas sobre a escala e que definem os pontos exatos em que a corda deve ser dividida para obter cada uma das notas. Quando o músico encosta o dedo sobre uma corda ela pousa sobre a escala e fica apoiada sobre o traste. O comprimento vibrante da corda passa a ser aquele entre o traste e o rastilho.

Os trastes são montados nos instrumentos modernos para permitir que as guitarras tenham temperamento igual. Consequentemente a razão entre as distâncias de dois trastes consecutivos é \sqrt[12]{2}, cujo valor numérico é aproximadamente 1,059463. Como essa razão é aplicada sucessivamente a cada intervalo, isso explica porque as casas próximas à pestana são mais largas que aquelas próximas ao corpo do instrumento. O 12º traste divide a corda exatamente na metade e o 24º (se existente) divide a corda em um quarto do comprimento total (entre a pestana e o rastilho). Cada doze trastes representam um intervalo de exatamente uma oitava.

A distância entre o rastilho e o nésimo traste, ou seja o comprimento vibrante da corda quando a corda pousa sobre o traste n é dada pela fórmula:

l=d\cdot2^{-n\over12}

onde d é o diapasão da corda (comprimento total da corda entre o rastilho e a pestana)

Corpo
Guitarra acústica

Na guitarra acústica e também em algumas variedades semi-acústicas, o corpo tem as funções de caixa de ressonância e de fixação das cordas. O corpo é uma caixa oca feita de diversas madeiras. Geralmente tem uma abertura (chamada boca) na parte superior, necessária para amplificar o som das cordas e permitir a vibração do ar. Abaixo da boca é colado o cavalete, usado para fixar as cordas ao corpo. O cavalete possui furos para a fixação das cordas. Sobre o cavalete, é montado o rastilho, uma barra de madrepérola, osso ou plástico que serve para distanciar as cordas do corpo e da escala. Nas guitarras de flamenco, usadas no flamenco, um protetor de tampo é montado na parte do tampo abaixo da boca para que o músico possa realizar sons percussivos com os dedos. Diversos elementos decorativos estão presentes no corpo, tais como mosaicos ou frisos de cores diferentes. Alguns instrumentos populares podem ainda ser pintados em diversas cores.
Guitarra elétrica

Na guitarra elétrica e no baixo, o corpo é uma peça maciça de madeira, geralmente maciça ou nos modelos mais populares, madeira laminada, pois isso produz instrumentos leves e muito rígidos, além de terem melhor sonoridade. As madeiras brasileiras mais comuns são o cedro, mogno, marfim, caxeta ou freixo. Em outros países são empregadas madeiras como ash, alder, basswood, jacarandá, ébano ou bordo entre outras. Em geral estes instrumentos são revestidos por finas lâminas de madeiras mais nobres ou pintados, muitas vezes com motivos bastante elaborados e multicoloridos. O corpo é geralmente entalhado ou escavado para permitir a montagem dos equipamentos eletrônicos, da Ponte(cavalete) e outros equipamentos. Um protetor de tampo, chamado guarda unhas pode ser acrescentado para proteger o corpo do atrito com a palheta.
Encordoamento

O som da guitarra é produzido pela vibração das cordas, que para tanto devem ser tensionadas e montadas de forma que possam vibrar livremente sem bater em nenhuma outra parte do instrumento. As cordas dos alaúdes e das guitarras antigas eram feitas de tripa (intestinos) de ovelhas cortadas em espessuras muito finas e torcidas. Atualmente elas são feitas de nylon ou de aço. As cordas mais finas, usadas para as notas mais agudas, são constituídas de um fio único. As mais grossas, na verdade, são cabos constituídos de uma alma (que pode ser de nylon, de aço ou de seda) envolta por uma espiral de um fio mais fino feito de aço. Esta construção permite maior resistência à tração, maior estabilidade de afinação e maior flexibilidade do que seria possível caso se usassem fios singelos também nas cordas mais grossas.

Instrumentos #4 - Guitarras 120px-E-Gitarre
Cordas de aço geralmente possuem uma pequena esfera fortemente fixada a uma de suas extremidades para facilitar a fixação no instrumento. As cordas são fixadas aos furos existentes no cavalete através de um nó ou pela esfera, que por ser mais larga que o furo não consegue passar por ele, prendendo a corda. Em algumas guitarras ou baixos as cordas passam por furos através do corpo do instrumento e são fixadas na parte posterior do corpo. O rastilho é uma barra feita de osso ou plástico que é apoiada sobre o cavalete e sobre a qual as cordas são assentadas. A altura do rastilho é importante para definir a distância entre as cordas e a escala. O ajuste da altura é importante pois a afinação do instrumento pode sofrer variações se a distância das cordas for muito grande. Por outro lado, cordas muito próximas da escala podem encostar nos trastes ao vibrar, o que produz um ruído desagradável (trastejamento). A outra extremidade da corda passa sobre a pestana, depois é enrolada em espiral sobre o eixo das tarachas. Como a ponte e a pestana são mais altas que o braço e o corpo do instrumento, as cordas ficam estendidas e tensionadas entre essas duas peças e podem vibrar livremente quando dedilhadas ou tangidas por uma palheta. Geralmente as guitarras são construídas para serem tocadas com o braço na mão esquerda e o corpo na direita. Nesta posição, os sulcos da pestana são dispostos de forma que a corda mais grossa fique em cima e as mais finas embaixo. O rastilho ou ponte também não são simétricos. A distância entre as cordas e o corpo é maior para as cordas graves do que para as mais finas. Isso é necessário para evitar o trastejamento dos bordões, mas provoca alguns problemas de afinação. Quando a corda é pousada sobre a escala ela é esticada. O aumento na tensão aumenta ligeiramente a afinação da nota. Ainda que muito tênue esse efeito pode causar desafinações em alguns acordes. Para compensar esse problema, o cavalete é colado levemente inclinado. Assim, as cordas mais grossas (as que sofrerão maior tensionamento durante a execução) são ligeiramente mais longas que as mais agudas. Toda a montagem desses componentes é crítica e permite diferenciar a qualidade dos instrumentos feitos por diferentes luthiers.

Todas essas assimetrias obrigam a construção de versões diferentes de instrumentos para destros e canhotos. Muitos guitarristas e violonistas, no entanto adaptam o instrumento para a execução invertida. Alguns músicos simplesmente viram o instrumento e tocam com uma técnica espelhada. O problema desse método é que os bordões, geralmente tocados pelo polegar precisam ser tocados pelo indicador. Outros, como Jimi Hendrix fazem o encordoamento invertido em uma guitarra normal. Embora funcional, esse método pode levar a pequenas falhas de afinação. Estilos como o blues, o rock e o folk, que utilizam muitos bends e vibratos não sofrem tanto com esses problemas de afinação, mas para a execução erudita com as mãos trocadas é essencial utilizar um instrumento especialmente construído para canhotos.

Afinação

Muitas afinações diferentes são possíveis dependendo da variedade do instrumento. A mais comum para instrumentos de 6 cordas é a “afinação padrão” (EBGDAE). Note que a guitarra é um instrumento transpositor. As notas soam uma oitava abaixo do que são escritas. As notas abaixo correspondem à nota produzida pela corda solta:

* Sexta corda (a mais grave a que fica acima de todas as outras): Mi bordão (uma décima terceira menor abaixo do Dó central — aprox. 82.4 Hz)
* Quinta corda: Lá (uma décima menor abaixo do Dó central — aprox. 110 Hz)
* Quarta corda: Ré (uma sétima menor abaixo do Dó central — aprox. 146.8 Hz)
* Terceira corda: Sol (uma quinta justa abaixo do Dó central — aprox. 196.0 Hz)
* Segunda corda: Si (uma segunda menor abaixo do Dó central — aprox. 246.92 Hz)
* Primeira corda (a mais aguda): Mi (uma terça maior acima do Dó central — aprox. 105.6 Hz)

A afinação padrão permite um dedilhado simples para a maioria dos acordes e também a execução de escalas com o mínimo de movimentos de mão esquerda.

Guitarra solo
Guitarra solo ou guitarra líder é o nome dado à guitarra líder e principal executada por um músico em uma banda, que costuma fazer a parte melódica da canção. Geralmente esta definição existe em contraponto a uma guitarra base; isto ocorre quando há mais de um guitarrista em uma mesma banda. Esta distinção é feita, mais comumente, em bandas de rock e metal, porém pode se aplicar à qualquer gênero musical que tenha guitarras.

Detalhando

O guitarrista solo tipicamente toca os solos de guitarra, riffs, licks e fills. Solos podem ser improvisados ou passagens escritas que são tocadas com o acompanhamento do resto da banda até o clímax da música. Os riffs são usualmente as introduções das músicas e normalmente se repetem durante toda a música. Os fills ocorrem durante as paradas da música, geralmente entre um verso, uma estrofe ou uma seção da música, o fill é tocado para completar esses espaços.

Com a variedade de bandas de heavy metal e hard rock, os guitarristas solos tornaram-se mais variados e virtuosos.

E utilizam técnicas como speed picking, arpeggios e fret tapping para maximizar sua velocidade em seus riffs.
Solo

Na maioria das músicas de rock e metal há uma parte do solo, ou uma parte em que o vocal da espaço para que a guitarra tome a melodia principal, dando novo ar à música.Frequentemente, introduções, interlúdios e encerramentos das músicas são tomadas pela guitarra solo.
Efeitos

Geralmente, tocada com uma série de modulações e efeitos de distorção, os estilos de guitarra solo são frequentemente caracterizados pelo som individual do artista. A maioria dos guitarristas famosos possui uma gama de efeitos regulares que definem seu estilo. Formando assim um padrão que fortalece o estilo do guitarrista pela similaridade em todos os efeitos. Há vários tipos de efeitos, dentre os quais, wah-wah, phaser, delay, reverb, e outros mais

Guitarra rítmica
Guitarra rítmica ou guitarra base é uma guitarra que se usa para manter o acompanhamento rítmico e harmônico de um vocalista, principalmente para outros instrumentos em um conjunto. O termo se refere ao uso do instrumento e na sua construção. O papel da guitarra rítmica pode considerar-se como o complemento da guitarra solo.

Na atualidade, a distinção entre guitarra rítmica e guitarra solo está perdendo toda sua importância, porque quando em um grupo há mais de um guitarrista, o habitual é que se repartam entre eles o trabalho.

Por exemplo, o grupo The Rolling Stones carece de guitarra solo, sendo ambos "guitarristas de riffs", que repartem as intervenções segundo o que o tema os requeira.

Warr guitar
Instrumentos #4 - Guitarras Warr-Guitar-Raptor
Warr guitar (também conhecida como Tap guitar) - é um instrumento musical desenvolvido por Mark Warr que se parece bastante com uma guitarra elétrica convencional, mas ele é feita para tocar com a mesma técnica de "toque" (tapping) usada no chapman stick. Técnicas de guitarra-baixo tradicionais como slap & pop e uso de palheta também são usados. O instrumento pode ser tocado na vertical ou na horizontal.

O instrumento é afinado de formas variadas. Pode conter de sete à quinze cordas. As cordas podem ser colocadas de modo que a mais grave fique no centro do braço do instrumento ou que fique mais próxima do tocador. O braço pode contêr ou não trastes, ou pode ser uma combinação de ambos. O instrumento é feito como Bartolini magnético personalizado, piezo, ou uma combinação dos dois materiais. Se piezo for usada, componentes MIDI também podem ser incluídos, permitindo o instrumentista ativar mecanismos MIDI da Roland ou da Axxon].

Várias madeiras exóticas e comuns são empregadas na fabricação, o que dá uma propriedade tonal única. Quando um cliente encomenda uma, o represente da Warr procura adicinar madeiras complementares a fim de combinar com o estilo de tocar do cliente.

Um dos tocadores de Warr guitar mais famosos é Trey Gunn, ex-membro do King Crimson. Outros usuários notáveis são Ron Fairchild do Oak Ridge Boys, Brian Kenney-Fresno, Jim Wright, Mark Cook das bandas 99 Names of God e Hands, Markus Reuter das bandas Tuner e Centrozoon e Colin Marston das bandas Behold... The Arctopus e Dysrhythmia.
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Mensagem por Christopher...Pekneo Ter Ago 23, 2011 8:37 pm

Meu sonho é conseguir uma guitarra acústica igual a do Johnny Cash...
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Mensagem por ediv_diVad Ter Ago 23, 2011 11:01 pm

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Mensagem por ediv_diVad Dom Ago 28, 2011 7:49 pm



Última edição por ediv_diVad em Dom Ago 28, 2011 9:41 pm, editado 2 vez(es)
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Mensagem por Mogur Dom Ago 28, 2011 8:02 pm

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Mensagem por Convidado Dom Ago 28, 2011 10:25 pm



Shred!!
Gentaro Satomura da banda Storm Rider.

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Mensagem por krwel Seg Ago 29, 2011 9:46 pm

Eu achava que inventaram essa praga só pro Guitar Hero. Cacacas existe mesmo...

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eu tenho uma Golden SG preta e linda, mas no dia que sobrar uma grana, meu sonho de consumo é uma Gibson Les Paul (Pode ser até semi-acústica, como a do tio BB king).
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Mensagem por Thiago A.P. Seg Ago 29, 2011 10:32 pm

krwel escreveu:Eu achava que inventaram essa praga só pro Guitar Hero. Cacacas existe mesmo...

Dragonforce



eu tenho uma Golden SG preta e linda, mas no dia que sobrar uma grana, meu sonho de consumo é uma Gibson Les Paul (Pode ser até semi-acústica, como a do tio BB king).

Eu tenho Uma Gibson Les paul Preta, Considero - a Como Meu Bebê Huahuahahauahua
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Mensagem por Quero Café Ter Ago 30, 2011 10:10 am

Gostei do artigo até onde li.
Tender Surrender é clássico.
E ainda tem getne que critica o VaiVai.
Ele tem muita coisa xarope mesmo, mas ele é foda.
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Mensagem por Christopher...Pekneo Qui Set 08, 2011 8:53 pm

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