"Uma Olimpíada deve deixar legado"

Zaha Hadid diz que uma Olimpíada deve deixar legado

RIO - A arquiteta iraquiana Zaha Hadid, a única mulher a vencer um prêmio Pritzker, defendeu na quinta-feira, no Arq.Futuro, a importância de se construir a infraestrutura de uma Olimpíada pensando o futuro da cidade e não apenas nos jogos em si. Segundo Zaha, o legado arquitetônico deixado pelos últimos Jogos Olímpicos nas cidades-sede é inegável.


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A arquiteta iraquiana Zaha Hadid (à esquerda) no Arq.Futuro Rafael Andrade / O Globo


— Quando se constrói para uma Olimpíada, deve-se construir para o futuro e não apenas pensando nelas — enfatizou. — E isso aconteceu nas últimas cidades que sediaram o evento. A zona portuária de Barcelona, na Espanha, foi completamente transformada em 1992; Atenas ganhou um sistema de transporte eficiente, e Pequim desabrochou, sempre seguindo projetos que continuam atendendo à necessidade da população local.

Em relação a Londres 2012, a autora do projeto do Parque Aquático explicou que o evento fará com que a capital britânica cresça em direção ao leste, mas, brincando, afirmou que ainda não foi convidada para assistir a nenhum evento na estrutura que criou.

"Niemeyer é um mestre", diz Zaha Hadid

No que diz respeito ao Brasil, Zaha lembrou o efeito que Oscar Niemeyer teve em sua produção e elogiou o brasileiro:
— Conheci o trabalho de Niemeyer nos anos 70 e me encantei por aquilo que então chamávamos de curvas moles. Depois, passei a enxergar a abstração de seus traços em outros lugares do mundo. Em Beirute, alguns edifícios lembram o estilo dele. Niemeyer é um mestre.

Shigeru Ban, que fará palestra nesta sexta-feira, morou durante seis anos no teto do Centro Pompidou, em Paris. O arquiteto japonês construiu no alto do museu francês seu escritório-casa — de papel. A vista era "incrível", lembra, mas havia um inconveniente: os amigos tinham que pagar ingresso para visitá-lo.

Aos 54 anos, Ban é um homem bem-humorado e discreto. Ele é autor de projetos que usam o papel como material principal, seja em casas temporárias construídas para áreas pós-desastres ambientais, seja em projetos maiores (e mais famosos), como o Pompidou de Metz (filial do centro de Paris na região de Lorraine, na França). Foi para construir o segundo museu, inaugurado em 2010, que ele se instalou no topo do Pompidou sede.

— Os aluguéis em Paris são muito caros. Pedi ao Pompidou para me deixarem morar lá — diz, rindo timidamente.

Ban faz participação dupla nesta sexta-feira no Arq.Futuro: primeiro, às 9h, quando apresenta sua palestra, e, em seguida, das 11h às 12h30m, quando divide a mesa com os arquitetos Augusto Ivan Pinheiro, Sérgio Magalhães e Lauro Cavalcanti.


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Gostei dos comentários dos populares:


Luciano Pita Correa 30/03/12 - 11:42
As Olimpiadas faliram a Grécia e a Espanha e vai falir ainda masi o Brasil, que já está falido depois de tantos séculos de corrupção e injustuças.

M.somer 30/03/12 - 11:12
O legado das Olimpíadas no Rio será deixado unicamente nos bolsos daquela gente que vibrou quando o Rio foi eleito sede dos jogos: Cabral, Paes e seus cupinchas. Para o povo, ficará mais uma vez a conta do dinheiro roubado. Ou alguem duvida do por que Cabral, Paes e Lula vibraram tanto?

Haroldo Rego 30/03/12 - 10:19
O legado das Olimpíadas de 2016 será igual ao do Jogos Pan-americanos do Rio de Janeiro (2007) com muita cueca de político e dono de construtora cheia de dinheiro deixando obras de efeito duvidoso com um povo otário e burro para pagar a conta.

Mario Locha 30/03/12 - 06:22
"Zaha Hadid diz que uma Olimpíada deve deixar legado." É mesmo? Pôxa... ainda bem que temos o globo para nos informar!!

Sobre a tal da Zaha Hadid, minha esposa comentou no FB ontem:

Pra ver que tem que pensar mais antes de ficar babando ovo por aí... Estava assistindo a apresentação da Zaha Hadid no simpósio Arq. Futuro e fiquei com vergonha de ser arquiteta ao ver o tanto de questões relevantes de projeto e desenvolvimento urbano que foram mandadas “ralo abaixo”, juntamente com as questões ecológicas e sustentáveis. São conceitos deturpados de obras colossais impressionantemente intimidadoras e, sem dúvida, de “grande impacto”... impacto cultural, impacto nos recursos, impacto no meio ambiente, e por fim o mais impactante, que impacto social! Obviamente, quando questionada sobre o assunto da sustentabilidade, se fez de desentendida e disse literalmente, “- não entendo muito desse assunto, mas penso que pode ser importante sim”. O nível de perguntas dirigidas a ela beiraram o infantilismo, não levando em consideração questões tão básicas do estudo escala X ser humano, obra X observador, observador este, como eu, intimidado diante de tanta cara-de-pau de se apossar de uma quantidade colossal de recursos naturais, “madeiras finíssimas confeccionadas na Turquia”, por exemplo e ser responsável pelo acirramento das desigualdades sociais nas localidades de entorno às suas fenomenais obras!!! Me poupe! Desenvolvimento, grandes obras?? Parece que voltei ao tempo das pirâmides. Cadê o Faraó??? #prontofalei

sinceramente esse povo tenta vender a copa como se fosse algo de todos para todos. Mas a realidade é outra, mesmo se nós não quiséssemos ainda haveria a copa. O governo tá se fudendo para o que achamos e para os problemas que isso vão gerar, e no final é o de sempre, toda a população vai ter de engolir tudo. Parece um conformismo desgraçado, mas cansa mesmo. Nós lemos sobre todos os podres e sabemos que, pouco ou nada que podemos interferir.Então é isso, que venha a copa e a olimpíada e que os gringos percebam que o Brasil só tem fachada.

Ela vai deixar...dívidas e mais dívidas...

o legado das dividas com certeza e o legado da grana no bolso de desvio de verbas hauhaua