Jornalista se infiltra na fábrica da Foxconn na China e mostra a rotina tensa de trabalho
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Jornalista se infiltra na fábrica da Foxconn na China e mostra a rotina tensa de trabalho
Uma agência de notícias chinesa infiltrou um de seus jornalistas em uma fábrica da Foxconn com a missão de conhecer o processo de fabricação do iPhone 5, lançado no último dia 12. Ele fingiu ser um operário novato por 10 dias e conseguiu reunir imagens e informações valiosas sobre como funciona a fábrica, a rotina de trabalho e o processo de produção do smartphone.
A Foxconn é conhecida por fazer a montagem de eletrônicos como o iPhone, o iPad e o Xbox 360. Além disso, também fez fama por oferecer péssimas condições de trabalho aos operários, que obedecem à meta de fabricação de 57 milhões de unidades de iPhones por ano e os rígidos prazos impostos pela Apple - o que, para o jornalista, foi o aspecto mais impactante de sua experiência.
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Dormitórios da Foxconn são fedidos, sujos e bagunçados (Foto: Reprodução)
No primeiro dia o repórter participou de um curto processo de seleção, após responder a um questionário sobre suas faculdades mentais. Em seguida foi levado à fábrica para iniciar o período de treinamento. E sua primeira impressão não poderia ter sido pior: os dormitórios eram sujos, fediam e não ofereciam condições mínimas de conforto aos trabalhadores.
No segundo dia, todos os novos operários precisaram assinar os contratos logo após de tomar café da manhã em um refeitório lotado. Os documentos continham cláusulas específicas sobre a confidencialidade das informações adquiridas na fábrica, porém deixava de abordar questões importantes como horas extras, acidentes de trabalho ou salubridade do ambiente.
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Refeitório da Foxconn lotado de trabalhadores (Foto: Reprodução)
Nos dias seguintes, o jornalista infiltrado participou de treinamentos e ficou impressionado com a naturalidade com que os superiores tratavam mal seus empregados. Segundo o diário, era comum os supervisores dizerem que, embora os funcionários não gostassem do que ouviam, o tratamento era assim pelo bem de todos. Para aliviar o estresse, os operários se reuniam em uma área livre da fábrica para “gritarem tudo o que não podiam gritar no centro de produção”.
No oitavo dia, os novatos finalmente foram levados à linha de produção do iPhone 5. Ao entrar na área, considerada de segurança máxima, todos foram revistados e passaram por detectores de metais. No local não eram permitidos quaisquer materiais metálicos, sejam eles fivelas de cintos, brincos, e muitos menos aparelhos eletrônicos como câmeras e celulares. O diário do jornalista, inclusive, descreve que, certa vez, um operário foi demitido pois levara consigo um cabo USB para dentro da linha de produção.
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Operários são revistados antes de entrar na área de produção (Foto: Reprodução)
Com a costumeira truculência, os supervisores alertavam a todos que, ao sentar em seus lugares, não poderiam fazer nada além de obedecer ordens. A linha de produção para onde o jornalista foi levado era responsável por colocar películas protetoras na entrada do fone de ouvido e do conector do iPhone 5. Assim, no processo de pintura a tinta não entraria nos orifícios. Segundo o relato, todos paravam às 23h para jantar e voltavam para trabalhar novamente à meia-noite.
Em um dos dias, o funcionário disfarçado e seus colegas foram obrigados a passar a madrugada marcando pontos de encaixe em placas de iPhone, usando uma espécie de tinta à base de óleo, tudo muito rápido para que nada desse errado na esteira onde passava o material. Era comum, nesse processo, os supervisores gritarem com os operários que colocavam muita tinta nos pequenos pontos, ou com os que eram lentos demais. Essa tarefa era normalmente dada a mulheres, por serem mais delicadas e terem mãos e dedos menores. Como muitas haviam pedido demissão, os operários homens ficaram com a incumbência.
[Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar esta imagem]Linha de produção do iPhone 5 na Foxconn (Foto: Reprodução)
As horas de trabalho eram extenuante, e os operários ganhavam somente cerca de 8 reais a cada duas horas extras, mesmo nas madrugadas. O estresse e a raiva eram tão grandes que, na ausência dos supervisores, os trabalhadores socavam as partes de iPhone contra as esteiras e xingavam.
Segundo o diário, somente 2 dos 36 operários que entraram na Foxconn junto com o jornalista conseguiram obter condições melhores de trabalho, pois foram designados ao departamento de inspeção de controle de qualidade. Nesse setor eram permitidos 10 minutos de descanso a cada 2 horas trabalhadas. O jornalista não aguentou a rotina e abandonou a fábrica no 10º dia.
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A Foxconn é conhecida por fazer a montagem de eletrônicos como o iPhone, o iPad e o Xbox 360. Além disso, também fez fama por oferecer péssimas condições de trabalho aos operários, que obedecem à meta de fabricação de 57 milhões de unidades de iPhones por ano e os rígidos prazos impostos pela Apple - o que, para o jornalista, foi o aspecto mais impactante de sua experiência.
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Dormitórios da Foxconn são fedidos, sujos e bagunçados (Foto: Reprodução)
No primeiro dia o repórter participou de um curto processo de seleção, após responder a um questionário sobre suas faculdades mentais. Em seguida foi levado à fábrica para iniciar o período de treinamento. E sua primeira impressão não poderia ter sido pior: os dormitórios eram sujos, fediam e não ofereciam condições mínimas de conforto aos trabalhadores.
No segundo dia, todos os novos operários precisaram assinar os contratos logo após de tomar café da manhã em um refeitório lotado. Os documentos continham cláusulas específicas sobre a confidencialidade das informações adquiridas na fábrica, porém deixava de abordar questões importantes como horas extras, acidentes de trabalho ou salubridade do ambiente.
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Refeitório da Foxconn lotado de trabalhadores (Foto: Reprodução)
Nos dias seguintes, o jornalista infiltrado participou de treinamentos e ficou impressionado com a naturalidade com que os superiores tratavam mal seus empregados. Segundo o diário, era comum os supervisores dizerem que, embora os funcionários não gostassem do que ouviam, o tratamento era assim pelo bem de todos. Para aliviar o estresse, os operários se reuniam em uma área livre da fábrica para “gritarem tudo o que não podiam gritar no centro de produção”.
No oitavo dia, os novatos finalmente foram levados à linha de produção do iPhone 5. Ao entrar na área, considerada de segurança máxima, todos foram revistados e passaram por detectores de metais. No local não eram permitidos quaisquer materiais metálicos, sejam eles fivelas de cintos, brincos, e muitos menos aparelhos eletrônicos como câmeras e celulares. O diário do jornalista, inclusive, descreve que, certa vez, um operário foi demitido pois levara consigo um cabo USB para dentro da linha de produção.
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Operários são revistados antes de entrar na área de produção (Foto: Reprodução)
Com a costumeira truculência, os supervisores alertavam a todos que, ao sentar em seus lugares, não poderiam fazer nada além de obedecer ordens. A linha de produção para onde o jornalista foi levado era responsável por colocar películas protetoras na entrada do fone de ouvido e do conector do iPhone 5. Assim, no processo de pintura a tinta não entraria nos orifícios. Segundo o relato, todos paravam às 23h para jantar e voltavam para trabalhar novamente à meia-noite.
Em um dos dias, o funcionário disfarçado e seus colegas foram obrigados a passar a madrugada marcando pontos de encaixe em placas de iPhone, usando uma espécie de tinta à base de óleo, tudo muito rápido para que nada desse errado na esteira onde passava o material. Era comum, nesse processo, os supervisores gritarem com os operários que colocavam muita tinta nos pequenos pontos, ou com os que eram lentos demais. Essa tarefa era normalmente dada a mulheres, por serem mais delicadas e terem mãos e dedos menores. Como muitas haviam pedido demissão, os operários homens ficaram com a incumbência.
[Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar esta imagem]Linha de produção do iPhone 5 na Foxconn (Foto: Reprodução)
As horas de trabalho eram extenuante, e os operários ganhavam somente cerca de 8 reais a cada duas horas extras, mesmo nas madrugadas. O estresse e a raiva eram tão grandes que, na ausência dos supervisores, os trabalhadores socavam as partes de iPhone contra as esteiras e xingavam.
Segundo o diário, somente 2 dos 36 operários que entraram na Foxconn junto com o jornalista conseguiram obter condições melhores de trabalho, pois foram designados ao departamento de inspeção de controle de qualidade. Nesse setor eram permitidos 10 minutos de descanso a cada 2 horas trabalhadas. O jornalista não aguentou a rotina e abandonou a fábrica no 10º dia.
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Brainiac- Farrista ninguém me alcança
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Data de inscrição : 29/11/2010
Idade : 35
Localização : Planeta Colu
Re: Jornalista se infiltra na fábrica da Foxconn na China e mostra a rotina tensa de trabalho
Engraçado.
Os operários dos países capitalistas modernos costumam ter melhores condições de trabalho.
Os operários dos países capitalistas modernos costumam ter melhores condições de trabalho.
Quero Café- Farrista "We are the Champions"
- Mensagens : 7858
Data de inscrição : 12/06/2010
Localização : Às vezes em Marte, às vezes no espaço sideral
Re: Jornalista se infiltra na fábrica da Foxconn na China e mostra a rotina tensa de trabalho
Isso porque nem citaram os casos de suicídio...
Ferdynanda- Farrista Literalmente Simbólico
- Mensagens : 262
Data de inscrição : 10/06/2010
Idade : 36
Localização : Taubaté
Re: Jornalista se infiltra na fábrica da Foxconn na China e mostra a rotina tensa de trabalho
2Ferdynanda escreveu:Isso porque nem citaram os casos de suicídio...
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"Seu verdadeiro lar está dentro do seu coração e continua com você onde quer que você vá; mas um lugar legal e aconchegante é um motivo maravilhoso para voltar para casa!"
-J.R.R.Tolkien
Re: Jornalista se infiltra na fábrica da Foxconn na China e mostra a rotina tensa de trabalho
E desde quando a China capitalista é um regime moderno? O Brasil escravista do século XIX e a China atual não devem guardar tantas diferenças (exceto tecnológicas, claro) entre si.
No máximo, na China a escravidão não é total, já que vc pode pedir demissaõ. E só.
No máximo, na China a escravidão não é total, já que vc pode pedir demissaõ. E só.
Goris- Farrista Cheguei até aqui. Problem?
- Mensagens : 4591
Data de inscrição : 15/06/2010
Idade : 49
Localização : Volta Redonda / RJ
Re: Jornalista se infiltra na fábrica da Foxconn na China e mostra a rotina tensa de trabalho
Hal 9000 escreveu:Engraçado.
Os operários dos países capitalistas modernos costumam ter melhores condições de trabalho.
É porque até na Inglaterra eles seguem a lógica do "(insira algo aqui) para inglês ver". No país deles eles fazem tudo bonitinho pro público ver como eles são bonzinhos, mas nas suas filiais, onde é a real produção, eles colocam esses regimes escravistas.
volpi- Farrista o que está acontecendo comigo?
- Mensagens : 1516
Data de inscrição : 10/06/2010
Idade : 41
Localização : Santa Maria/RS
Re: Jornalista se infiltra na fábrica da Foxconn na China e mostra a rotina tensa de trabalho
Sinceramente, acredito que essa seja uma das fábricas mais arrumadinhas lá na China. Imaginem os chineses que produzem itens de baixo valor agregado...
Mas falar em escravidão é exagero tb. Escravidão, de forma estrita, pressupõe direito de propriedade. Isso quase não deve existir mais. Porém tem aquela escravidão de dívidas, que tem muito no Brasil. Falar em escravidão, do meu ponto de vista, tem que indicar pelo menos uma maneira que liga fortemente o empregado ao patrão, que impessa o "rompimento" do contrato. Nesse caso aí não tem nenhum. Só as condições de trabalho que são precárias mesmo.
Mas falar em escravidão é exagero tb. Escravidão, de forma estrita, pressupõe direito de propriedade. Isso quase não deve existir mais. Porém tem aquela escravidão de dívidas, que tem muito no Brasil. Falar em escravidão, do meu ponto de vista, tem que indicar pelo menos uma maneira que liga fortemente o empregado ao patrão, que impessa o "rompimento" do contrato. Nesse caso aí não tem nenhum. Só as condições de trabalho que são precárias mesmo.
Chusma- Farrista Cheguei até aqui. Problem?
- Mensagens : 4701
Data de inscrição : 25/07/2010
Re: Jornalista se infiltra na fábrica da Foxconn na China e mostra a rotina tensa de trabalho
E a China se diz socialista...
O que eu acho mais engraçado é que as críticas socialistas no final do século XIX e início do século XX usavam muito a questão das péssimas condições de trabalho dos trabalhadores de fábricas e indústrias frente ao lucro que geravam para os donos dos meios de produção e a vida luxuosa destes. Dêem uma lida no escritor socialista Górki (o qual posteriormente também foi um dos primeiros a criticar os rumos que a URSS estava tomando), em especial o livro "Mãe".
Acho que o Partido Comunista Chinês está precisando que seus membros leiam "Mãe" e vejam que na China está se reproduzindo tudo aquilo que os socialistas do passado usavam para criticar o capitalismo e justificar a tomada de poder pela via revolucionária.
Realmente... poucas coisas foram um fiasco tão grande quanto o chamado "Socialismo Real"... são gritantes os desvios, corrupções e deformações do Socialismo Real e histórico frente ao Socialismo Teórico.
P.S: Lembrem-se que a China sempre é citada de forma positiva pela "esquerda" tipo PT (o qual eu sempre afirmo que a sigla deve ser lida como partido dos Traidores, e não Partido dos Trabalhadores) e por revistas que apoiam o governo petista, como a revista Princípios ( [Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link] ), a qual alterna alguns artigos bons escritos por gente séria e acadêmica e outros escritos por politiqueiros pró- governo PT.
Infelizmente estes últimos tem aparecido em maior quantidade...
O que eu acho mais engraçado é que as críticas socialistas no final do século XIX e início do século XX usavam muito a questão das péssimas condições de trabalho dos trabalhadores de fábricas e indústrias frente ao lucro que geravam para os donos dos meios de produção e a vida luxuosa destes. Dêem uma lida no escritor socialista Górki (o qual posteriormente também foi um dos primeiros a criticar os rumos que a URSS estava tomando), em especial o livro "Mãe".
Acho que o Partido Comunista Chinês está precisando que seus membros leiam "Mãe" e vejam que na China está se reproduzindo tudo aquilo que os socialistas do passado usavam para criticar o capitalismo e justificar a tomada de poder pela via revolucionária.
Realmente... poucas coisas foram um fiasco tão grande quanto o chamado "Socialismo Real"... são gritantes os desvios, corrupções e deformações do Socialismo Real e histórico frente ao Socialismo Teórico.
P.S: Lembrem-se que a China sempre é citada de forma positiva pela "esquerda" tipo PT (o qual eu sempre afirmo que a sigla deve ser lida como partido dos Traidores, e não Partido dos Trabalhadores) e por revistas que apoiam o governo petista, como a revista Princípios ( [Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link] ), a qual alterna alguns artigos bons escritos por gente séria e acadêmica e outros escritos por politiqueiros pró- governo PT.
Infelizmente estes últimos tem aparecido em maior quantidade...
zkrk- Farrista desafio aceito!
- Mensagens : 3093
Data de inscrição : 01/07/2010
Re: Jornalista se infiltra na fábrica da Foxconn na China e mostra a rotina tensa de trabalho
Sinceramente, nunca vi petistas elogiando China.
O que vi foi um bando de gente após o jogo Brasil e China postar uma foto no Facebook:
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Sei... como se a China fosse um lugar maravilhoso de se viver só pq tem índices de educação melhores (e nem creio que essa "boa educação chinesa" seja homogênea na população). Aliás, a China consegue a proesa de ter um IDH pior que o do Brasil (e usam-se indicadores de educação para calcular o IDH).
O que vi foi um bando de gente após o jogo Brasil e China postar uma foto no Facebook:
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Sei... como se a China fosse um lugar maravilhoso de se viver só pq tem índices de educação melhores (e nem creio que essa "boa educação chinesa" seja homogênea na população). Aliás, a China consegue a proesa de ter um IDH pior que o do Brasil (e usam-se indicadores de educação para calcular o IDH).
Chusma- Farrista Cheguei até aqui. Problem?
- Mensagens : 4701
Data de inscrição : 25/07/2010
Re: Jornalista se infiltra na fábrica da Foxconn na China e mostra a rotina tensa de trabalho
Imagino que esse "educação chinesa" seria melhor definido como "doutrinação chinesa", correto?
ediv_diVad- Farrista além das fronteiras da sanidade
- Mensagens : 20441
Data de inscrição : 10/06/2010
Re: Jornalista se infiltra na fábrica da Foxconn na China e mostra a rotina tensa de trabalho
Uma coisa é certa: Deve ser raro um aluno desrespeitar professor na China, quanto mais bater ou ameaçar. Veja bem, eu disse raro, não impossível.
Eles tem uma disciplina muito mais rígida, tudo muito controlado.
Tá certo que controle em excesso não é bom, mas pouco controle como se vê por aqui é pior ainda.
Eles tem uma disciplina muito mais rígida, tudo muito controlado.
Tá certo que controle em excesso não é bom, mas pouco controle como se vê por aqui é pior ainda.
L.Anne- Farrista já viciei...
- Mensagens : 4404
Data de inscrição : 11/06/2010
Idade : 39
Localização : Mares do Sul
Re: Jornalista se infiltra na fábrica da Foxconn na China e mostra a rotina tensa de trabalho
L.Anne escreveu:Uma coisa é certa: Deve ser raro um aluno desrespeitar professor na China, quanto mais bater ou ameaçar. Veja bem, eu disse raro, não impossível.
Eles tem uma disciplina muito mais rígida, tudo muito controlado.
Mas aí tem a ver com a cultura oriental, na qual o respeito pelos pais, professores etc, é muito maior. Veja que no Japão isso ´pe ainda mais evidente.
No entanto, veja a situação dos EUA, que tem um excelente sistema educacional, mas sempre tem crimes ocorrendo nas escolas (preincipalmente assassinatos, estupros e o tal bullyng).
Chusma- Farrista Cheguei até aqui. Problem?
- Mensagens : 4701
Data de inscrição : 25/07/2010
Re: Jornalista se infiltra na fábrica da Foxconn na China e mostra a rotina tensa de trabalho
Será mesmo que mais controle torna alunos menos violentos e mais respeitosos?
ediv_diVad- Farrista além das fronteiras da sanidade
- Mensagens : 20441
Data de inscrição : 10/06/2010
Re: Jornalista se infiltra na fábrica da Foxconn na China e mostra a rotina tensa de trabalho
Chusma escreveu:L.Anne escreveu:Uma coisa é certa: Deve ser raro um aluno desrespeitar professor na China, quanto mais bater ou ameaçar. Veja bem, eu disse raro, não impossível.
Eles tem uma disciplina muito mais rígida, tudo muito controlado.
Mas aí tem a ver com a cultura oriental, na qual o respeito pelos pais, professores etc, é muito maior. Veja que no Japão isso ´pe ainda mais evidente.
No entanto, veja a situação dos EUA, que tem um excelente sistema educacional, mas sempre tem crimes ocorrendo nas escolas (preincipalmente assassinatos, estupros e o tal bullyng).
Recuso-me a considerar um país onde grande parte da população acha que o Sol (e todo o restante do universo) gira ao redor da terra e onde o ensino da evolução é criminalizado e onde noções básicas de geografia são completamente ignoradas de ter um excelente sistema educacional.
Acho que é o caso não de controle, mas de regras.Será mesmo que mais controle torna alunos menos violentos e mais respeitosos? scratch
Lá no oriente (como um todo) educação (e aprendizado) não é jogar os filhos na escola e ir busca-los na saída.
Lá é comum inclusive janelas nos corredores dando para a salas de aula para as visitas regulares de familiares (pais, avós, tios..) para ver como o aluno está indo.
Em casa existe o interesse no que o aluno aprendeu e inclusive a orientação para importância da lição de casa, para o horário de estudo e em aprender a matéria (imagina um pai incentivando ou até ajudando o filho a fazer cola).
Inclusive no Japão os professores são os únicos que não se curvam ao imperador (ou seja a própria sociedade demostra o respeito que o professor deve ter) ao contrário daqui onde acham que professor é quase um vagabundo que sempre vai ganhar muito pelo que faz.
Como meu pai dizia "emprego de estudante é estudar", então não só se deve dar condições (pois isso é um direito), mas sim cobrar responsabilidades.
Victor Pax- Farrista já viciei...
- Mensagens : 4157
Data de inscrição : 05/07/2010
Re: Jornalista se infiltra na fábrica da Foxconn na China e mostra a rotina tensa de trabalho
Victor Pax escreveu:Chusma escreveu:L.Anne escreveu:Uma coisa é certa: Deve ser raro um aluno desrespeitar professor na China, quanto mais bater ou ameaçar. Veja bem, eu disse raro, não impossível.
Eles tem uma disciplina muito mais rígida, tudo muito controlado.
Mas aí tem a ver com a cultura oriental, na qual o respeito pelos pais, professores etc, é muito maior. Veja que no Japão isso ´pe ainda mais evidente.
No entanto, veja a situação dos EUA, que tem um excelente sistema educacional, mas sempre tem crimes ocorrendo nas escolas (preincipalmente assassinatos, estupros e o tal bullyng).
Recuso-me a considerar um país onde grande parte da população acha que o Sol (e todo o restante do universo) gira ao redor da terra e onde o ensino da evolução é criminalizado e onde noções básicas de geografia são completamente ignoradas de ter um excelente sistema educacional.Acho que é o caso não de controle, mas de regras.Será mesmo que mais controle torna alunos menos violentos e mais respeitosos? scratch
Lá no oriente (como um todo) educação (e aprendizado) não é jogar os filhos na escola e ir busca-los na saída.
Lá é comum inclusive janelas nos corredores dando para a salas de aula para as visitas regulares de familiares (pais, avós, tios..) para ver como o aluno está indo.
Em casa existe o interesse no que o aluno aprendeu e inclusive a orientação para importância da lição de casa, para o horário de estudo e em aprender a matéria (imagina um pai incentivando ou até ajudando o filho a fazer cola).
Inclusive no Japão os professores são os únicos que não se curvam ao imperador (ou seja a própria sociedade demostra o respeito que o professor deve ter) ao contrário daqui onde acham que professor é quase um vagabundo que sempre vai ganhar muito pelo que faz.
Como meu pai dizia "emprego de estudante é estudar", então não só se deve dar condições (pois isso é um direito), mas sim cobrar responsabilidades.
Também não considero o sistema educcional norte-americano de boa qualidade. As aulas de História, em especial de História norte- americana, não tem nada de críticas, e em geral descambam para a patriotagem ideológica. O estudo de geogrfia, pelo que sei também deixa muito a desejar.
No seriado do Michael Moore, inclusive, ficava bem a mostra a limitação intelectual do "estadunidense médio", o qual aparentemene não fica tão longe assim das caricaturas do norte-americano típico de classe média (Homer Simpson, Dino da Silva Sauro, Fred Flinstone).
Atualmente os EUA (ainda mais ´durante a "Era W.Bush") é um dos países onde o anti-intelectualismo mais grassa. Isso nunca deve ser esquecido.
zkrk- Farrista desafio aceito!
- Mensagens : 3093
Data de inscrição : 01/07/2010
Re: Jornalista se infiltra na fábrica da Foxconn na China e mostra a rotina tensa de trabalho
Realmente, fora a história norteamericana (e como colocou BEM distorcida) a ensino americano é horrivel.
Fora a geografia dos EUA o ensino da do restante do mundo é lamentável (tanto que realmente pensam que a capital do Brasil é Buenos Aires e que muitos pensam ser Africa é um pais... da qual o Brasil faz parte).
Ciências é uma piada de mal gosto (como coloquei).
Aliás lá é tudo por bairro... os meninos vão a escola do bairro, depois para a escola média do bairro, depois (a maioria) para a faculdade da cidade, onde muitas vezes a mesma turma que entrou no pré escola se forma na faculdade.
A maioria se orgulha de não viajar para fora (e quando vai parece se esforçar para não aprender nada de novo) e generalizando o americano médio realmente reflete os personagens que listou... e se orgulha disso.
A pesquisa deles se baseia em um Chefão norteamericano (que leva o nome) que muitas vezes estudou fora (pelos motivos acima) e uma leva de "assistentes" (Laos, Silvas, Kangs, Duppakas, Ernandes, Dacosta, etc) que se matam no laboratório/biblioteca para "dar suporte" (leia-se fazer) a pesquisa do "doutor" que arca com os custos da pesquisa.
Aliás faculdades boas norteamericas são as relacionadas a economia, administração, história (norteamericana), gestão, direito, etc.
Fora a geografia dos EUA o ensino da do restante do mundo é lamentável (tanto que realmente pensam que a capital do Brasil é Buenos Aires e que muitos pensam ser Africa é um pais... da qual o Brasil faz parte).
Ciências é uma piada de mal gosto (como coloquei).
Aliás lá é tudo por bairro... os meninos vão a escola do bairro, depois para a escola média do bairro, depois (a maioria) para a faculdade da cidade, onde muitas vezes a mesma turma que entrou no pré escola se forma na faculdade.
A maioria se orgulha de não viajar para fora (e quando vai parece se esforçar para não aprender nada de novo) e generalizando o americano médio realmente reflete os personagens que listou... e se orgulha disso.
A pesquisa deles se baseia em um Chefão norteamericano (que leva o nome) que muitas vezes estudou fora (pelos motivos acima) e uma leva de "assistentes" (Laos, Silvas, Kangs, Duppakas, Ernandes, Dacosta, etc) que se matam no laboratório/biblioteca para "dar suporte" (leia-se fazer) a pesquisa do "doutor" que arca com os custos da pesquisa.
Aliás faculdades boas norteamericas são as relacionadas a economia, administração, história (norteamericana), gestão, direito, etc.
Victor Pax- Farrista já viciei...
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Data de inscrição : 05/07/2010
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