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Processa Eu!: Gue Chevara

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Mensagem por Questao Seg Dez 02, 2013 4:21 pm

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começar quero dizer que eu não gosto da Veja, não dou de direita e tenho extrema simpatia pelo comunismo. Minhas críticas neste texto não tem absolutamente nenhuma relação com política, estou criticando uma PESSOA e suas escolhas pessoais. A maior parte do que vocês lerão aqui advém de escritas do próprio punho do autor, que foram convenientemente mitigadas por traduções açucaradas ou biografias heróicas. De fato, ele conseguiu uma grande proeza que talvez nenhum outro homem tivesse conseguido: com a ajuda inicial de apenas uma dúzia de pessoas foi, viu e venceu. Fez a revolução em um país que sofria com uma ditadura militar. É algo notável. Mas isso não apaga o fato de que era uma pessoa horrível, um tirano, sanguinário, descontrolado, megalomaníaco, ditador e, pior de tudo, argentino. Processa Eu de hoje: Gue Chevara (*escorrendo lágrimas).

Gue Chevara é descrito como “político, escritor, jornalista e médico”. Mas cá entre nós, era médico e olhe lá. De político não tinha NADA, nem ao menos foi eleito para chegar ao poder, de escritor, quem já leu seus diários sabe que fica muito a desejar e de jornalista (*pausa para rir) não tinha nem o cheiro. Foi um dos idealizadores e comandantes da revolução cubana. Virou ícone entre artistas, intelectuais e pessoas de esquerda. Na suíça é fashion, é cult usar uma camiseta com seu rosto. Porque na Suíça é assim: você não sabe porra nenhuma sobre a pessoa mas se todo mundo usa e se todo mundo diz que foi um cara bacana, você vai e usa também. Os grupos mais oprimidos e mais sacaneados por Chevara são os que mais o prestigiam hoje em dia.

Vendem sua imagem como um herói que libertou o povo cubano da ditadura, mas na verdade não era nem um pouco democrata. Alguns o defendem dizendo que realizou restrições políticas necessárias para manter o regime. Negativo. Depois de assumir o poder em Cuba com seu amiguinho Cidel Fastro (que apesar de estar com o pé na cova, vai ganhar seu próprio Processa Eu) não se limitou a realizar restrições de cunho político. Proibiu, perseguiu e exilou pessoas totalmente fora desse contexto, como por exemplo, bandas de rock. Tem cabimento? Proibir as pessoas de cantarem músicas? Proibiu que fosse tocado rock, chegando ao cúmulo de demitir quem tocasse Beatles na rádio ou na TV. E esse foi só o começo da grande censura artística que promoveu. Jovens eram enviados a “campos de reabilitação” (entenda-se, trabalhos forçados) se fossem flagrados tocando rock. Há relatos de jovens levados a estes campos de reabilitação pelo simples fato de usarem cabelos compridos. Ninguém podia ouvir rock nem tocar rock.

Algum tempo depois, o privilégio de freqüentar esses campos de trabalhos forçados se estendeu a outras pessoas. Estes campos eram localizados em zonas isoladas, rochosas e absurdamente quentes, onde trabalhavam o dia todo (trabalho braçal), de graça, em condições desumanas. As pessoas trancafiadas nestes campos não podiam nem ter contato com seus familiares. Chevara surtou alegando mandaria para lá aqueles que agissem de forma contrária “à moral revolucionária”. Mito? Lenda? Invenção para denegrir sua imagem? Não creio. Nem eu nem a Comissão Interamericana dos Direitos Humanos, que investigou inúmeras denúncias e elaborou um relatório publicado em 1967 afirmando que pessoas eram jogadas ali sem qualquer julgamento ou direito de defesa e muitas vezes suas famílias sequer sabiam onde eles estavam. Ficaram conhecidos como “Campos de concentração cubanos”

Calma que piora. Também eram mandados para esses campos GAYS, ALCOÓLATRAS, SACERDOTES DE CANDOMBLÉ (sim, Cuba tem candomblé) e PORTADORES DE HIV. E você aí usando uma camiseta com os cornos de alguém que fez tudo isso! Qual é o seu problema? Sabe o que ele chegou a dizer? Que o “homossexualismo” era uma doença e que em breve seria erradicada de Cuba, pois o socialismo teria o poder de curar comportamentos e doenças sociais. Dói NA MINHA ALMA quando vejo um gay usando uma camiseta do Gue Chevara, dá vontade de parar na rua e ter uma conversa. Havia um departamento da polícia especial criado para “cuidar” dos homossexuais chamado “Esquadrão da Escória”, que não poupou nem mesmo aqueles gays que foram favoráveis aos revolucionários e que os ajudaram. Sério, vai lá rasgar sua camiseta, eu espero. Recolhia os gays e os levava para os campos de concentração. Ou melhor, recolhia aqueles que ELES ACHAVAM que eram gays.

Quero citar só um dos muitos casos para ilustrar a personalidade do nosso herói Gue Chevara. Um poeta chamado Virgilio Piñera, que sempre apoiou a “revolução” cubana, acabou sendo preso, mesmo tendo ajudado Chevara, pelo simples fato de ser gay. Além de preso, era execrado publicamente por sua sexualidade. Há relatos de Gue Chevara visitando alguns órgãos e embaixadas e, ao se deparar com livros de autoria de Piñera gritar: “Como é que vocês podem ter um livro desta bicha aqui?”, obrigando a que o livro fosse jogado fora. Aliás, só em 1979 a “sodomia” foi retirada do Código Penal cubano, deixando de ser crime. Uma terra exemplar. Veja como eles fizeram muito por Cuba!

Acho bacana que as classes que Chevara tanto perseguiu (artistas e gays) são os que mais os cultuam hoje em dia. Sério mesmo, eu sei que vou arrumar um problemão falando isso, mas se a história de Gue Chevara tivesse sido contada com um pouco menos de açúcar e enfeite e um pouco mais de rigidez e mau humor, hoje ele seria visto no mesmo patamar de Hitler. O cara teve UM mérito: ralou muito e conseguiu um objetivo quase impossível. Só esse, de resto dó vez bosta. Adianta tomar o poder se vai foder com a vida da população que você prometeu libertar? Sim, porque quando estavam tentando fazer a revolução se diziam democratas, queriam eleições e pregavam várias coisas bonitas que foram esquecidas quando finalmente alcançaram o poder. Conseguiram o apoio popular contando mentiras e promessas falsas. E quem os lembrasse disso era fuzilado.

Outra postura que chama a atenção é suposta constante disposição para morrer em nome de um ideal. Ao menos é isso que se narra nas biografias. Será mesmo? Bem, se ele quisesse arriscar a própria vida, eu não teria o que criticar, o problema é que ele expunha a vida dos outros também e quando chegava a hora da verdade, procurava se proteger. Tentou iniciar uma guerra nuclear contra os EUA, dizendo com todas as letras que sabiam que eles tinham um arsenal nuclear significativo mas que os cubanos estavam prontos para morrer. Morrer em nome de uma crença… onde foi mesmo que eu vi isso? (OSAMA! *imitando um espirro). Um tanto quanto fanático isso de se propor a morrer por um ideal, né? Romântico, mas não era verdade. O engraçado é que ele só tomou a decisão de realizar um ataque aos EUA após se assegurar que havia espaço para os líderes cubanos nos abrigos antiaéreos da embaixada soviética em Cuba. Há documentos comprovando a data do questionamento e a data em que ele anunciou sua intenção de promover uma guerra nuclear. O povo que se foda, né? Ele correria para o abrigo, o povo que tome bomba na nuca e morra em nome do ideal. Bonito, muito bonito. Por sorte, foi impedido pelos soviéticos. Esperneou horrores.

Não era apenas em situações grandiosas que ele tinha dois pesos e duas medidas, tirando o dele da reta e botando no cu dos outros. Em 1963, por exemplo, Gue Chevara apoiou e ajudou a aprovar uma lei que instituía o serviço militar obrigatório para jovens cubanos. Curioso que o próprio Gue Chevara tentou fugir do serviço militar de seu país de origem em 1946. Faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço. Muito bravo este homem. Hipócrita!

Ao menos era um bom amigo? Não sei, porque a gente não pergunta para seu amigo Huber Matos, que Gue Chevara jogou na cadeia por vinte anos por manifestar uma discordância? Ele ousou dizer que era contra eventual ditadura e que o movimento do qual todos participaram lutava para trazer de volta a Cuba uma democracia pluripartidária. Cadeia nele. Ou então para o tanto de companheiros que ele fuzilou por meras desconfianças infundadas ou por vaidade e medo de concorrência? Fuzilar um amigo é algo bem pesado.

E daí você deve pensar “Tá, o sujeito meio que se excedeu, mas foi por um ideal, ele melhorou a vida dos cubanos”. Olha, ditadura existia antes e existiu depois da “Revolução”, mudou apenas o nome do ditador. Só que antes, a situação dos cubanos era a seguinte: tinham mais aparelhos de TV, telefones e jornais por família que qualquer outro país da América Latina, tinha uma das arquiteturas mais prósperas do mundo, havia enorme atividade cultural contando com diversos teatros e 600 salas de cinema, os índices de escolaridade eram altíssimos, havia 1.700 escolas privadas e 22 mil escolas públicas, 23% do orçamento do país era destinado à educação, as leis trabalhistas eram mais benéficas ao trabalhador, não havia pena de morte institucionalizada… eu poderia ficar dez páginas cuspindo dados, mas só tenho quatro. Fato: Cuba PIOROU depois da revolução. E o culpado foi Chevara.

O que eu acho mais bacana é que movimentos de esquerda do mundo todo que se dizem contra tortura e buscam a verdade sobre os desaparecidos políticos e exilados usam camiseta e bandeira com a carinha de Chevara, mesmo sabendo que ele foi o responsável por uma infinidade de fuzilamentos, desaparecimentos, perseguições e exílios. Sabe qual é o problema? No fundo, no fundo, os radicais são todos iguais. Seja para a esquerda ou para a direita, são a mesma bosta, não sabem lidar com as diferenças e aquele que pensa diferente deve ser exterminado, morto, fuzilado, exilado. Por isso não repudiam as atitudes de Chevara.

“Mas Sally, pelo menos ele só fuzilava, não torturava”. Esse argumento é medonho. Mas nem vou entrar nesse mérito, porque além de medonho, é falso. A Corte Interamericana de Direitos Humanos divulgou um relatório onde mostra que sim, ocorria tortura. E muita. Por exemplo, os prisioneiros antes de ser executados tinham uma quantidade de sangue enorme extraída de seu corpo. Este sangue era vendido ao Vietnã. Além disso há inúmeros relatos e denúncias de que as pessoas chegavam ao “paredão” para serem executadas muito feridas, por exemplo, com a mandíbula fora do lugar ou faltando um olho, algumas vezes até inconscientes. Ele não apenas ordenava a tortura como muitas vezes ele próprio a executava nos tempos em que era diretor do presídio montado dentro do forte de La Cabaña.

Sem contar que Chevara era um paranóico inseguro que matava por qualquer merda. Não dava o menor valor à vida humana. Em um de seus diários há o relato curioso. Quando estavam tentando fazer a revolução em Cuba, frequentemente se abrigavam em casas de camponeses. Um camponês os acolheu, lhes deu abrigo e comida, super simpatizante do movimento (enganado, coitado, pois eles diziam que estavam lutando pela democracia). No dia seguinte, quando saíram da casa, os revolucionários começaram a passar mal. Chevara concluiu que haviam sido envenenados e quis voltar para matar o camponês que o ajudou. Só que todos haviam ingerido comida estragada, o próprio camponês e sua família sentiam os mesmos sintomas. Mesmo assim Chevara insistiu em matá-lo. Foi Cidel que o impediu, após muita conversa.

Gue Chevara matou muito. Matou não apenas o “inimigo” (pois para ele quem pensa diferente é inimigo e deve morrer), como também amigos do quais desconfiava por muito pouco, colegas de guerrilha. Disse certa vez “Isto é uma revolução, provas são secundárias” quando questionavam a execução de um companheiro de luta sem qualquer prova contra ele. Matava até mesmo crianças. Um menino que, segundo relatos teria entre dez e doze anos, foi pedir clemência para seu pai, que seria fuzilado, acabou indo parar no paredão também por ordem de Gue. Mas isto não é tudo. Chevara ordenou que o menino se ajoelhe na frente dele aos berros. O garoto se recusou a obedecer e continuou de pé, olhando para a cara de Chevara. O que aconteceu? Gue Chevara disse “Que menino valente” e deu um tiro na cabeça do garoto.

Sempre tem quem tente negar a verdade, porque é muito reconfortante ter um mito para se apoiar e sentir esperanças. Mas a verdade é que quem cultua Gue Chevara raramente estudou a fundo sua vida. Ao ler seus diários fica bem claro como ele era tirano, violento, injusto e preconceituoso. Eu conheço a história por diversas fontes (spoiler: minha família é amiga da família dele) e li todos os diários que ele escreveu, biografias, textos, assisti vídeos além de pesquisar relatórios de organizações sérias ligadas aos Direitos Humanos. Digo com tranqüilidade para vocês: o homem era um ditador sanguinário. Não havia diálogo, não havia a possibilidade de discordar dele. Gente, o sujeito foi a uma conferência das Nações Unidas dizer no microfone que fuzilava mesmo e que iria continuar fuzilando.

Assassinatos por motivação política são um ERRO, seja lá de qual lado eles partam. Assassinatos por motivos políticos deveriam ser REPUDIADOS e não reverenciados e aplaudidos. Você é contra tortura e assassinato? Ou será que você só é contra tortura e assassinato quando eles são aplicados ao seu lado? Contra o adversário pode? Isso é um absurdo. Quem admite assassinato por motivos políticos ou tortura é a mesma merda que a ditadura militar, é apenas o outro lado da moeda. Procurem vídeos dos discursos de Gue Chevara, leiam seus diários (as biografias são enfeitadas e açucaradas, não prestam). Não precisa de biografia, o sujeito escrevia diários! Está tudo lá, o que estou contando não é informação privilegiada.

“Mas Sally, não parecia assim no filme Diarios de uma Motocicleta”. Pois é, o filme foi feito para vender. Para vender tinha que falar bem. Falar mal de Gue Chevara é algo extremamente impopular que as pessoas só costumam fazer quando estão cegas de ódio político. O fato é que ele mesmo deixou rastros do quão escroto era. Tente ler todos os diários de Chevara com cautela e senso crítico e veja como o radicalismo cria assassinos e injustiças. Por exemplo, ele escreveu a seguinte pérola, salvo engano, quando estava na Venezuela: “Os negros mantiveram sua pureza racional graças ao pouco apego que tem em tomar banho” e ainda diz que “o negro é indolente e sonhador, gasta seu dinheiro em qualquer frivolidade”.

E para você que ainda acha que ele trouxe algum benefício ao proletariado, fique sabendo que ele pregou em diversos discursos e colocou em prática quando foi Ministro da Indústria que era um erro aumentar o salário de quem produzia mais, sendo correto CORTAR o salário de quem produz menos. Também exigia que os trabalhadores continuassem a trabalhas em seu período de férias sem receber nada por isso (ele chamava de “trabalho voluntário” nas férias. Ok, voluntário… alguém que tentasse não fazer para ver o que acontecia!) e chegou ao ponto de instituir castigos físicos para os trabalhadores que ele considerasse “preguiçosos” e que não estivessem produzido o esperado.

Para quem não sabe, Ministro da Indústria era um cargo extremamente importante e ligado diretamente aos trabalhadores, o proletariado que ele jurou defender e proteger da exploração do capitalismo. Protegeu benzão, hein? Cortando as férias, aplicando castigos… Sim, ele pregava que recompensar trabalhador era nocivo e que o correto era fazê-los trabalhar através do medo e de castigos. Não sou eu quem diz, ele dizia com todas as letras. Tem material escrito e filmado. O sujeito não tinha o menor preparo para o cargo e ainda era meio pancada da cabeça. Punia seus funcionários, ameaçava-os e colocava espiões para segui-los. Proibia até mesmo o consumo de Coca-Cola, a “água negra do imperialismo”. Aos poucos, todo mundo foi abandonando o barco e se demitindo (fugindo do país, porque quem se demitia era um traidor, desertor que deveria ser fuzilado).

Não é a toa que as pessoas tem tanto medo do comunismo. O que ocorreu em Cuba não foi comunismo, foi Chevarismo. Estatizaram todas as empresas e confiscaram propriedades para dar na mão de Chevara, que era médico e não entendia chongas de economia e produção. O cara quebrou Cuba, fez uma cagada atrás da outra (adoraria entrar em detalhes, mas não cabe) e foi se afundando cada vez mais. Sua arrogância o impedia de ver (ou seria de admitir?) que estava redondamente enganado desde o começo e a cagada se tornou monstruosa. A sorte dele é que a União Soviética tratava Cuba como seu filho caçula superprotegido e ficava injetando dinheiro e recursos para que a danação não fosse tão grande. Era um macaco com uma navalha nas mãos. Engraçado que Chevara criticava tanto a dependência econômica dos EUA, mas não tinha o menor constrangimento de ser bancado pela URSS. Se Cuba está como está hoje em dia, é culpa de Chevara. E há quem diga que a URSS quebrou por causa das altíssimas despesas em sustentar Cuba. Acho que Chevara era o homem mais capitalista do mundo, pois conseguiu extinguir os comunistas.

Tanto é que o próprio Cidel Fastro, seu camarada, viu o tamanho da merda que estava acontecendo e decidiu agir. Cidel era bem mais esperto que Gue. Além disso era carismático e manipulador. Chamou ele para um bate papo e disse que a revolução deveria se estender por todos os países da América Latina e que o único homem no qual ele confiava era ele, Gue Chevara, e que por isso queria confiar-lhe esta missão super importante. Disse ainda que o cargo de Ministro qualquer burocrata poderia fazer, mas a revolução apenas Gue Chevara. E foi nessa, jogando idéias permeadas por elogios, que ele foi plantando aos poucos idéias na cabeça de Gue, para se livrar deste maluco. Não deve ter sido difícil, pois Chevara era um radical raivoso histérico psicopata megalomaníaco. Quando vislumbrou um plano como esse, entrou em delírio.

Lá se foi Gue Chevara fazer a revolução na Bolívia, com a promessa de Cidel Fastro de muito apoio e infraestrutura para fazer a revolução em toda a América Latina. Você ajudou? Nem Cidel. Dava umas ajudinhas muito mal e porcamente, há quem diga que, de propósito, para se livrar daquele louco varrido. Não são poucos os relatos que indicam que Cidel mandou Chevara para a morte certa e que ficou bem aliviado quando ele morreu. Afinal, foi Cidel quem passou décadas limpando a merda que Chevara fez em Cuba. Há relatos ainda que em seus últimos tempos em Cuba, Chevara andava cismado com Cidel e estava cogitando até mesmo fuzilá-lo, por suas posturas mais brandas. Sim, Cidel Fastro era bando se comparado a Chevara. Percebeu o tamanho do problema?

Na selva boliviana, sem infraestrutura e claramente em desvantagem, optou por não recuar. Burrice, arrogância, soberba, aquilo que a gente já conhece. Daí Gue Chevara foi capturado e morto. Foi a melhor coisa que podia ter acontecido a ele. Virou mito, virou imortal. Virou “intocável”. Se você fala mal de Gue Chevara gera automaticamente contra si uma presunção de pessoa horrível, favorável à ditadura e de extrema direita. Gerações que nasceram com Gue Chevara já endeusado não tiveram o desconfiômetro de procurar se informar melhor sobre ele cresceram ouvindo relatos mitigados que destacavam suas qualidades e omitiam as atrocidades cometidas.

Não perca seu tempo traçando teorias da conspiração. Eu li seus diários no original, em espanhol. Além disso a publicação trazia, em uma página, a foto do manuscrito e na outra o texto e eu me dei ao trabalho de conferir se o manuscrito (com letra de médico, puta que me pariu, eu sou muito corna) batia com a transcrição. Ele era sim um belo dum filho da puta, sádico, megalomaníaco, paranóico, cruel e preconceituoso. Só porque defende uma causa pela qual alguns simpatizaram não justifica que tenha feito o que fez. Sei que vão me xingar, porque ele virou mito e mexer em mito incomoda. Vou responder aos comentários seguindo a regra que sempre apliquei: respondo, mas se vier rebater numa de querer polemizar e travar uma discussão pessoal comigo, vou ignorar. Xinguem a vontade. Se ofender é para os fracos.

Esta é a maior postagem da história do Desfavor, com sete páginas. Mas algo me diz que o Somir não vai cortar nada.

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