Washington DC legaliza a maconha

marcelo l. escreveu:Na prática é irreversível que teremos uma forte liberalização das drogas no futuro, não apenas da Maconha como todas, por que  existem regiões inteiras nas capitais e grandes cidades do país com pessoas se drogando nas ruas ao lado muitas vezes de quartéis da PM, delegacias e Foruns, é mais fácil assumir que perdeu a guerra contra as drogas e tentar regulamentar de alguma maneira.

Agora foi a vez de Washington regulamentar a maconha, ato aprovado por referendo popular. Apesar do avanço - o que nos diferencia neste sentido - os argumentos usados pelos pessimistas de lá e daqui para defender a sua não legalização são os mesmos, e suas falácias estão cada vez mais expostas: os resultados da regulamentação - e consequentemente de um controle sobre algo que, atualmente, está liberado - são óbvios, reduzindo até mesmo o consumo de outras drogas mais nocivas! Hoje, como a maconha é liberada, não há maneira de impedir que um menor de idade vá comprar numa "boca", por exemplo. E todo o mundo sabe onde fica a boca mais próxima...

A atual política de guerra às drogas - além de não diferenciar o uso do abuso de drogas e nem reduzi-los, não regular o comércio, não controlar a qualidade das drogas que são vendidas, não recolher impostos, não impedir o acesso a elas dos menores de idade, gastar fortunas e matar milhares de pessoas a cada ano, também assassina e envia milhares de jovens – das periferias, sobretudo negros pobres - para os presídios. Cada vez mais governos enxergam o óbvio e regulamentam a posse e a produção pessoal da erva, reduzindo a influência e o dinheiro das quadrilhas. Regulamentar a maconha é a saída para diversas questões que afetam a segurança pública, como o alto custo que contrasta com o sucateamento das polícias, a superlotação de cadeias e o fortalecimento das facções criminosas, entre outras.

Temos que discutir honestamente a regulamentação no Brasil, e o momento é este. Não podemos aceitar que a discussão seja desqualificada por fundamentalistas religiosos que tentam, a todo custo, associar os que defendem a regulamentação aos traficantes. O que queremos é a discussão séria, e por isto mesmo apresentei o PL 7270/2014 (http://goo.gl/uPa93m). Conheça os argumentos, e discuta ideias você também. Não se dobre à falta de argumentos sólidos dos que atacam o projeto cegamente.

Jean Willys escreveu:O texto do Jean Willys:
Hoje, como a maconha é liberada, não há maneira de impedir que um menor de idade vá comprar numa "boca", por exemplo. E todo o mundo sabe onde fica a boca mais próxima...

Goris escreveu:

Jean Willys escreveu:O texto do Jean Willys:
Hoje, como a maconha é liberada, não há maneira de impedir que um menor de idade vá comprar numa "boca", por exemplo. E todo o mundo sabe onde fica a boca mais próxima...

Sim, o menor vai comprar a maconha na padaria dizendo "É pro meu pai" assim como fazem com o cigarro.

Por favor, não me odeiem por meu ponto de vista. A parte da discussão é cada lado apresentar seus argumentos.

Goris escreveu:

Jean Willys escreveu:O texto do Jean Willys:
Hoje, como a maconha é liberada, não há maneira de impedir que um menor de idade vá comprar numa "boca", por exemplo. E todo o mundo sabe onde fica a boca mais próxima...

Sim, o menor vai comprar a maconha na padaria dizendo "É pro meu pai" assim como fazem com o cigarro.



Por favor, não me odeiem por meu ponto de vista. A parte da discussão é cada lado apresentar seus argumentos.

Maconha já vende mais que Cheetos e Doritos nos EUA

O Hempadão não cansa de divulgar que as experiências de legalização da maconha nos Estados Unidos não deixam ninguém com saudade do tempo de proibição. Em 2015, o comércio da erva para uso medicinal e recreativo movimentou US$ 5,4 bilhões (R$ 21,7 bilhões) por lá. Os dados foram compilados pela ArcView Market Research e pela New Frontier Data.

Para ter a dimensão do tamanho deste mercado, o jornal Washington Post fez uma comparação com mercado de outras "drogas" bem viciantes: aqueles salgadinhos com cheiro de chulé que são vendidos em todo planeta.

No ano passado os norte-americanos gastaram mais em maconha do que em Doritos, Cheetos e Funyuns (espécie de Cebolitos americano) juntos. O mercado destes salgadinhos movimentou US$ 4,9 bilhões (R$ 19,2 bilhões), contra os US$ 5,4 bilhões da cannabis, segundo pesquisa da Euromonitor.

Outra comparação interessante: esse valor do mercado legalized de maconha é suficiente para manter boa parte das operações da NASA, incluindo as recentes missões para Plutão e para Marte.

E o melhor: com o mercado legalizado, os caretas ficam calados e não podem mais dizer que o maconheiro está sustentando organizações criminosas acusadas de promover a violência e o caos social.

Apesar de tudo, ainda é fácil encontrar quem defenda a velha e estúpida proibição!