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Hino de Faculdade de Medicina da USP chama negras de "imundas"

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Mensagem por Questao Qua Nov 12, 2014 1:05 pm

fonte - [Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link]

Denúncias de racismo, xenofobia, sexismo, homofobia e outras formas de violência em uma das mais importantes faculdades de medicina do país foram apresentadas nesta terça-feira (11), na Comissão de Direitos Humanos da Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo), que realizou uma audiência pública para tratar de casos de violações supostamente praticados na FMUSP (Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo).
A “morena gostosa”, a “loirinha bunduda” e a “preta imunda”. É assim que um hino da bateria da faculdade de medicina da USP Ribeirão Preto (a 313 km de São Paulo), chamada Batesão, se refere às mulheres.
A música, que fala de de loira e morena, fica mais agressiva ao se referir à mulher negra, que é tratada como “preta imunda” e “fedorenta”. A música cantada em jogos universitários e durante festas da faculdade e foi divulgada neste ano em um manual para calouros do curso, junto com camisetas da atlética da medicina.
A letra na íntegra não é passível de publicação por causa de seu alto teor sexual.
Ninguém da Atlética Acadêmica Rocha Lima, da medicina, quis se pronunciar sobre o material e as acusações. A Bateria da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (Batesão) publicou uma nota de retratação em sua página no Facebook.
USP repudia discriminação

A USP São Paulo afirmou em nota que é contra qualquer forma de violência e discriminação. De acordo com a universidade, “a cultura da instituição é baseada na tolerância e respeito mútuos, valores que são passados aos seus alunos”.
A instituição ainda diz que foi formada recentemente uma Comissão com docentes, alunos e funcionários com o objetivo de propor ações para resolver problemas relacionados às questões de violência e preconceito, além do consumo de álcool e drogas.
O vice-diretor da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, Hélio Cesar Salgado, afirmou, em nota, que está surpreso com a existência dessa letra de música. De acordo com Salgado, essa atitude é repudiada e que o fato será devidamente examinado pela direção da faculdade.




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Mensagem por Quero Café Qua Nov 12, 2014 3:10 pm

Que coisa "paia"!
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Mensagem por volpi Qui Nov 13, 2014 1:15 pm

Não é o curso de medicina da USP que chega a ter um índice de mortalidade próprio nos trotes, inclusive?
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Mensagem por marcelo l. Qui Nov 13, 2014 1:32 pm

volpi escreveu:Não é o curso de medicina da USP que chega a ter um índice de mortalidade próprio nos trotes, inclusive?

O maior problema para direção da USP é quem fuma maconha e greve, a impressão que eu tenho que a maioria dos diretores que pedem mão forte nesses casos (maconha e greve), são os mesmo que usam uma viseira na primeira semana de aula para não ver nada.
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Mensagem por Mogur Sex Nov 14, 2014 10:30 am

Professor que investiga abusos pede afastamento da USP

O professor e médico patologista Paulo Saldiva, que presidia a comissão que apura denúncias de abusos sexuais na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, pediu afastamento nesta quarta-feira. Ele ocupa o cargo desde 1996 e o deixará assim que acabar seu período de licença-prêmio.  

A USP confirmou a informação, mas alegou que ainda não tem um posicionamento oficial da instituição sobre o caso.

Em entrevista à Folha de S. Paulo, o professor afirmou que "cansou de engolir sapo" e que as mais recentes denúncias (confira o histórico abaixo) foram a "gota d'água" para sua saída.

"A faculdade se comportou mal. Houve demora da congregação, ficaram na defensiva [sobre as denúncias de estupro das alunas]. Há uma crise de conduta, de valores. Cansei de engolir sapo. Como professor, sinto que falhei, não desempenhei meu papel. Todos os professores deveriam se sentir assim. Isso diz respeito a todos nós. Precisamos incorporar o conteúdo de respeito à dignidade humana ao currículo. Chega de intenção. É preciso prática", disse ao jornal.

O deputado Adriano Diogo (PT), que presidiu a Comissão, declarou ter sido “assediado” para que não levasse adiante a sessão sobre a FMUSP. “Nem presidindo a Comissão da Verdade eu fui tão pressionado a não realizar uma audiência. Impressionante como a gente é assediado quando tenta trazer uma sujeira que está debaixo do tapete”, afirmou.

Após a audiência – que começou às 15h e terminou às 20h40 –, ele afirmou que o autor do assédio foi o próprio diretor da FMUSP, professor José Otávio Costa Auler Júnior.

O silêncio começa a ser rompido agora, mas os casos de estupro, trote violento e discriminação são velhos conhecidos da FMUSP. As denúncias recebidas pela Comissão datam, pelo menos, de 2002, mas um dos casos mais emblemáticos de violência na instituição é ainda mais antigo, de 1999, quando o calouro Edison Tsung Chi Hsueh, de 22 anos, foi encontrado morto em uma piscina após um trote.

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Mensagem por Koppe Sex Nov 14, 2014 12:04 pm

Estupros e lei do silêncio: a opressão machista na Faculdade de Medicina da USP
Laura Capriglione – 12 horas atrás

Reportagem da excelente Tatiana Merlino e de Igor Ojeda para o site Ponte Jornalismo mostra como uma rotina de estupros, humilhações, violências sexuais diversas, castigos físicos, machismo, racismo e discriminação social instalou-se em uma das escolas mais disputadas do vestibular da Fuvest, a Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.

Ressalte-se que se trata de escola gratuita, sustentada pelos impostos recolhidos no Estado de São Paulo, e que deveria formar os profissionais mais ciosos do cuidado com a vida humana, os médicos.

Investigação do Ministério Público sobre oito denúncias de estupro (de calouros e calouras) cometidas nos últimos anos mostra, entretanto, que a primeira lição aprendida pelos ingressantes na Faculdade de Medicina é: respeite a lei do silêncio. Se agredido, não denuncie. Se presenciar uma agressão, cale-se.

Pois aos futuros médicos tem-se ensinado o modus operandi do corporativismo mais cruel: o que acoberta criminosos para, supostamente, proteger o bom nome da categoria e, no meio dela, sua elite: os egressos da Faculdade de Medicina da USP.

Muitas das garotas têm menos de 20 anos. A maior parte delas é branca, de família de classe A ou B. Estão felizes por realizar um sonho. Apreensivas pelos desafios que enfrentarão nos anos seguintes. Assustadas com o novo ambiente e os rostos desconhecidos.
São reunidas em círculo. Em volta, outro círculo, de garotos igualmente brancos, igualmente nascidos em famílias ricas ou de classe média alta. Mas são mais velhos [veteranos]. Intimidadores. Ordenam que todas gritem “bu”. Elas obedecem:
– Bu! Bu! Bu! Bu! Bu! Bu!
Um coro alto de vozes masculinas, a dos garotos em volta das garotas, abafa as vozes femininas e ressoa pelo ambiente:
– Buceta! Buceta! Buceta eu como a seco! No cu eu passo cuspe! Medicina é só na USP!


(Tatiana Merlino e Igor Ojeda, em reportagem publicada no dia 11/11)

O grito de guerra infame integra uma das primeiras atividades do trote na faculdade. A barbárie evolui para a apalpação, a forçação de barra por um beijo, dedos e línguas, calcinhas arrancadas, chegando aos estupros e violações. Tudo isso tendo como combustível hectolitros de álcool, energizantes e drogas de todos os tipos, consumidos abertamente em “festas tradicionais” promovidas por entidades igualmente tradicionais da USP, como a Associação Atlética Acadêmica Oswaldo Cruz.

A situação só veio a público graças à coragem de um grupo de jovens que ousou romper o medíocre, covarde e criminoso pacto de silêncio.

Na quarta-feira (12/11), como se tivesse sido colhida de surpresa pelas denúncias, a direção da Faculdade de Medicina anunciou a criação de um centro de direitos humanos para dar assistência jurídica e psicológica às “vítimas de agressões sexuais, machismo, racismo e homofobia”.

E prometeu que o centro “estará atuando em até 40 dias”.

Como se o desespero e a sede de Justiça das vítimas pudesse esperar!

Falemos às claras: a faculdade está jogando para a torcida. Todas as vítimas contaram que denunciaram as violências sofridas aos diversos órgãos da faculdade. Todas relataram que esta esteve sempre mais preocupada em abafar os casos do que em apurá-los e punir os responsáveis.

A verdade é que, com o escândalo armado pelos denunciantes, a hierarquia universitária teve de tomar uma medida. Mas, como dizia a raposa da República Velha, fez isso “nem tão devagar que parecesse afronta, nem tão depressa que parecesse medo!”.

A Faculdade de Medicina da USP já teve dias muito melhores.
Fundada por Arnaldo Vieira de Carvalho, foi a primeira escola pública de nível superior de São Paulo a permitir explicitamente em seu regulamento o ingresso de mulheres.

Outra política de inclusão que mostra como estava muito à frente de seu tempo: a Faculdade de Medicina tinha, na sua fundação, alunos cotistas. Dez por cento das vagas destinavam-se à matrícula de estudantes pobres. (Hoje a faculdade não tem nenhum cotista, como, aliás, acontece em toda a USP.)

Na foto amarelada da primeira turma de formandos, de 1918, veem-se duas jovens pioneiras, Delia Ferraz e Odette Nora, fotografadas entre 36 homens. Não há registros de mulheres na segunda turma e, durante muitos anos, a presença feminina ainda foi bastante minoritária.

Isso mudou. O anuário estatístico da USP de 2013 mostra que as mulheres já são mais da metade (52,2%) de todos os alunos da graduação. Os homens ocupam 48% das vagas.

As mulheres passaram no hiperconcorrido vestibular e entraram no território marcadamente masculino. A cultura da diversidade, entretanto, ainda não conseguiu furar o bloqueio do machismo lá entrincheirado.

Não resta dúvida de que a inação da hierarquia universitária ajudou os predadores em sua carreira de violências. Enquanto várias alunas, homossexuais e pessoas mais pobres eram humilhadas, boa parte dos professores (62% dos quais são homens) preferiu enfiar a cabeça em um buraco a tomar alguma atitude.

A categoria médica ja teve entre seus quadros gente tão inspiradora quanto o cardiologista Euryclides de Jesus Zerbini (pioneiro dos transplantes) e Luiz Hildebrando Pereira da Silva (pesquisador e médico sanitarista). Já criou um dos maiores sistemas públicos de Saúde do Mundo, por intermédio do SUS, que universalizou o atendimento médico, financiado com recursos da União, dos Estados e dos Municípios.

Agora, tem de se haver com o vexame de ter acobertado denúncias gravíssimas de estupros, cometidos por uma minoria que mancha a reputação da Casa de Arnaldo.

Roger Abdelmassih fazendo escola?

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Mensagem por marcelo l. Sex Nov 14, 2014 1:52 pm

Acredito que nenhum professor vai pedir exoneração pelo comportamento no mínimo dúbio frente  aos crimes, todos tão falantes sobre política de cotas, pm no campus etc, agora tudo some.

Será que só eu acho estranho uma pessoa que está no cargo desde 1996 de uma comissão que nunca apurou nada, só agora quando fica público os crimes que ela devia apurar desiste do cargo é suspeito.
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Mensagem por Questao Sex Nov 14, 2014 6:23 pm

marcelo l. escreveu:Acredito que nenhum professor vai pedir exoneração pelo comportamento no mínimo dúbio frente  aos crimes, todos tão falantes sobre política de cotas, pm no campus etc, agora tudo some.

Será que só eu acho estranho uma pessoa que está no cargo desde 1996 de uma comissão que nunca apurou nada, só agora quando fica público os crimes que ela devia apurar desiste do cargo é suspeito.

disse tudo cara

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Mensagem por marcelo l. Ter Nov 18, 2014 5:08 pm

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Essa imagem é de racistas atacando em beirutes garotos sírios...pinta-se uma pessoa para humilha-la, depois vc vê as fotos dos trotes a pessoa tudo pintada no Brasil, e acha que aquilo é parte da nossa cultura é um evento de confraternização?

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Mensagem por ediv_diVad Ter Nov 18, 2014 7:31 pm

Somos selvagens demarcando território

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Mensagem por Quero Café Ter Nov 18, 2014 7:44 pm

Pô Marcelão,
Dá para entender aonde você quer chegar e tem sim uma certa lógica, mas atente quanto à diferença de contextos nas duas situações.
É claro que as duas têm um que de humilhação, mas uma visa a degradar um grupo, outra visa a fazer uma confraternização mesmo que de péssimo gosto.
É bem diferente.
Não defendo esse tipo de trote, mas compará-lo a eventos nitidamente racistas não é justo.
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Mensagem por ediv_diVad Ter Nov 18, 2014 8:39 pm

A maiorira dos trotes que eu vi tinham um alto quê de degradação, algo do tipo: calouros > veteranos.

Confraternização? Soou mais como pura demarcação de território.

Um senso de superioridade muito grande, o louco é que quando eu entrei na faculdade, já trabalhava no mercado há uns 5 anos... então... "quem é o veterano superior aqui?" (não compareci no trote...)

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Mensagem por Mogur Qua Nov 19, 2014 5:44 am

Trote de Universidade é uma idiotice! E quem se deixa levar o trote é um babaca!

Quando entrei na faculdade já pensava em meter porrada em quem viesse fazer qualquer merda comigo...

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Mensagem por marcelo l. Qua Nov 19, 2014 9:04 am

Halrákleitos-Ho Skoteinós escreveu:Pô Marcelão,
Dá para entender aonde você quer chegar e tem sim uma certa lógica, mas atente quanto à diferença de contextos nas duas situações.
É claro que as duas têm um que de humilhação, mas uma visa a degradar um grupo, outra visa a fazer uma confraternização mesmo que de péssimo gosto.
É bem diferente.
Não defendo esse tipo de trote, mas compará-lo a eventos nitidamente racistas não é justo.

Sem querer entrar em polêmica ou ter alguma certeza sobre o assunto, mas se usar Veblen é o sentimento de superioridade e hierarquia que leva a ação a ser aceita por um grupo lá e aqui, sempre penso em cenários, por isso um deles os casos mais violentos que vemos são modulações de um comporto permissivo nosso sociedade, claro outro seria é uma brincadeira e esses atos deve-se aos indivíduos.

Mas, sei lá...
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Mensagem por Jamm Qua Nov 19, 2014 9:40 am

Mogur escreveu:
Trote de Universidade é uma idiotice! E quem se deixa levar o trote é um babaca!

Quando entrei na faculdade já pensava em meter porrada em quem viesse fazer qualquer merda comigo...

que isso cara,quebrando anos de tradição.... kkkkkkkk
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Mensagem por marcelo l. Sáb Nov 29, 2014 6:45 pm

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"É no trote que estabelece a relação de poder que veteranos impõe aos calouros e às calouras. O estupro é parte inseparável desse contexto agressivo. Trata-lo com benevolência é compactuar com ele."
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Mensagem por Questao Sáb Nov 29, 2014 6:47 pm

marcelo l. escreveu:[Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link]

"É no trote que estabelece a relação de poder que veteranos impõe aos calouros e às calouras. O estupro é parte inseparável desse contexto agressivo. Trata-lo com benevolência é compactuar com ele."

Não é essa usp que tem a maior taxa de mortalidade entre calouros durante os chamados trotes? onde está a surpresa nisso? sinceramente eu acho que todos os cursos lá são zoados,auhauau e a culpa é da elite da medicina da usp e não da instituição que não põe limite aos seus alunos que vivem doidinhos lá fazendo as festas que querem?,me desculpa mas universidade não é lugar de festa mas sim para estudar, foi mal ai se isso é considerado conservador ou politicamente incorreto,me desculpa mais achei que a unica coisa boa do texto foi não culpar as vitimas tirando isso é um texto hipócrita do caralho

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Mensagem por marcelo l. Qui Dez 04, 2014 8:14 pm

Então eu procurei na internet e perguntei que se saiba tem o caso de 15 anos atrás de morte, sem punição como por sinal todos os casos que ocorram de morte nas diversidades universidades até hoje e isso vem só desde 1831, são 180 anos de impunidade que é claro tem reflexos óbvios.

Mas ainda acho que é só começo do processo de queda que veremos e muitos caíram, vai entrar contratos de terceirizadas, mas com certeza começará a discussão de   assédio que algo ocorre que vai dar o que falar até por que muitos acham o que fazem não é.

Explodiu um caso, agora de um professor de Tulane, que já foi da UFMG, começou no tumbir com relatos sobre conversas com ele:
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veio toda a discussão na rede aqui:
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a resposta do acusado:
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Por haver fronteira nebulosa nas relações humanas, Idelber informa no texto "que  as meninas não mentem ao publicar os prints e relatos ao reconhecer a existência das conversas que segundo sua defesa foram “consensuais”.

Consensual vai ser uma palavra que espero ouvir muito até a minha morte e só está começando.
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Mensagem por marcelo l. Qui Dez 04, 2014 9:00 pm

E isso que vai ocorrer deve bater muito forte também nas outras universidades. O caso de músicas acho que será o primeiro ponto.

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30-SET-2014
G1
Casos de estupro têm se multiplicado em universidades do país. Alunas criam grupos para dar apoio a vítimas e tentar acabar com esse tipo de violência.

A atitude de um grupo de estudantes de uma universidade pública em Minas Gerais gerou polêmica. Eles cantaram uma música que incentiva o estupro em um lugar onde havia outras estudantes. Essa história aconteceu na mesma semana em que uma universitária americana chamou a atenção pela forma como resolveu protestar contra um suposto agressor sexual.

Belo Horizonte, sábado passado. As amigas Luísa e Marcela estavam em um bar. “Foram chegando outros jovens também e muitos deles identificados com a camisa da Bateria Engrenada da UFMG”, conta Luísa Turbino, estudante da UFMG.

A bateria é um grupo musical formado por estudantes de engenharia da Universidade Federal de Minas Gerais. Esse tipo de grupo - ou charanga, como também é chamado - se apresenta em festas da faculdade. Só que as músicas, naquela noite, chamaram a atenção.

“Eram músicas de conteúdo sexual que denegriam as mulheres. Principalmente de outras universidades”, lembra Marcela Linhares, analista internacional.

“Em determinado momento começou um grupo menor, começou a cantar a frase: ‘Não é estupro, é sexo surpresa’”, afirma Luísa.

“Eu fiquei muito chocada, muito triste, que as pessoas pudessem considerar aquilo uma brincadeira”, lamenta Marcela.

“Nessa hora, a revolta bateu, a gente já pediu a conta e foi embora do bar”, lembra o namorado de Luísa Daniel Arantes Castro.

Ouvir aquela música foi tão desconcertante que quando a Luísa chegou em casa, ela não conseguia pegar no sono e decidiu: na madrugada mesmo, fez um protesto nas redes sociais. “Mais triste ainda foi ver mulheres envolvidas na cantoria e mais ainda, perceber que ninguém se sentiu incomodado”, diz Luísa ao ler o protesto.

Mas o incômodo se espalhou entre os alunos depois da postagem de Luísa, que cursa o mestrado de Direito da UFMG. Em nota, a Bateria Engrenada afirma ‘lamentar profundamente’ o episódio. Diz que ‘não ignora o ocorrido e que está apurando’ o caso.

A universidade afirma que espera mais informações para abrir um processo administrativo. “Nós esperamos que os alunos, que supostamente estão envolvidos nesse episódio, nos apresentem um relato do que de fato aconteceu”, afirma Sandra Goulart Almeida, vice-reitora da UFMG.
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