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Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da UFMG vira boca de fumo

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Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da UFMG vira boca de fumo Empty Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da UFMG vira boca de fumo

Mensagem por Questao Sex Mar 27, 2015 2:47 pm

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Enquanto alunos assistem atentos às aulas em salas um tanto vazias, a 10 metros, nos corredores, jovens consomem e vendem maconha, cocaína, LSD e loló em pleno Diretório Acadêmico, que deveria dar suporte aos estudantes, mas se tornou boca de fumo. O tráfico e o uso de drogas no câmpus da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), na Pampulha, tomaram conta de vários espaços e se instalou de forma acintosa e aberta dentro do DA da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas (Fafich). O local está completamente degradado, com pichações alusivas a entorpecentes e gangues disputando espaços nas paredes e móveis. Uma fila de alunos, com cadernos debaixo do braço e mochilas nas costas, conta dinheiro para consumir as drogas entregues a eles sem qualquer constrangimento.

A reportagem do Estado de Minas e da TV Alterosa passou a noite de ontem nas dependências da Fafich e testemunhou a compra, a venda e o consumo de drogas em vários locais. Logo que se chega aos corredores do terceiro andar, onde funciona o DA, o volume alto das músicas de funk dá indício de que uma festa está ocorrendo por perto. À distância, a imagem do sala onde funciona o DA causa impacto, por causa das paredes e vidros pichados, algumas vidraças quebradas e iluminação em meia luz. O cheiro característico de maconha domina o ambiente. Sentados, recostados às muretas dos corredores e em grupinhos fechados, jovens de bonés negociam buchas de maconha e consomem a droga em cigarros que rodam de mão em mão. Tudo isso entre o vaivém de estudantes, professores e funcionários, que apesar de aparentar ciência do que está acontecendo, desviam seus olhares e até o trajeto.

Para entrar na sala do DA, é preciso atravessar um corredor estreito e escuro que lembra uma boca de fumo. Os jovens que vendem e consomem drogas entram e saem o tempo todo, como se estivessem apressados. Para entrar na sala, a reportagem, sem se identificar, seguiu com um casal de alunos que ainda carregavam cadernos e livros. O rapaz, de blusa xadrez e calça jeans, parecia ser amigo da jovem que vestia short e blusa xadrez. Os dois aparentavam ter menos de 20 anos e chegaram como se já conhecessem o esquema. O estudante foi quem pediu a droga a um dos traficantes, usando boné. “Quero maconha”, disse, simplesmente. O casal então foi levado até o fornecedor que tinha a droga, um adolescente de chinelos e short, que estava encostado em uma mesa. O traficante abriu uma sacolinha e expôs a erva solta, tirou com a mão um punhado e passou para o estudante. Imediatamente, o aluno dispôs a maconha num papel próprio e enrolou um cigarro, enquanto deixava o espaço. Depois, os dois foram vistos acendendo o cigarro.

As negociações precisam ser feitas em voz alta devido ao volume alto do funk que toca e embala coreografias e cantorias do jovens do DA. Eles ainda se dividem entre partidas de baralho em mesas pichadas e sinuca. Todas as paredes de dentro estão rabiscadas e sujas. O mesmo rapaz que levou o casal ao traficante ofereceu maconha para a reportagem. Quando lhe foi pedido cocaína, ele disse que não tinha e pediu para um rapaz de camisa branca e boné, que estava num computador acessando uma rede social, que atendesse a clientela. “O que você quer?”, perguntou. Indagado se tinha cocaína, ele enfiou a mão na bolsa da calça jeans e tirou uma caixa de fósforo cheia de pinos de plástico com pó branco. “São R$ 30 o pino”, respondeu.

O tráfico de drogas tomou conta até da porta do banheiro feminino que serve ao corredor da faculdade. Uma dupla de estudantes, aparentemente entorpecidos, com os olhos vermelhos e fala arrastada, ofereceu LSD, que chamam de doce. A droga estava embalada num pedaço de papel alumínio que ele tinha na mão. Cada quadradinho custa R$ 25. Em meio às negociações, um deles coloca o LSD na boca e guarda a droga na capa do celular. Em tom de brincadeira, diz que vai voltar para casa drogado. “Vou chegar em casa e minha mãe vai me perguntar por que estou assim: rindo à toa”. E emenda: “Se precisar de alguma coisa (droga), é só me procurar. Fico sempre por aqui”.

Do lado de fora, parte desses jovens envolvidos com o consumo e venda de entorpecentes frequenta uma festa perto do estacionamento da Fafich. Lá também são vendidas drogas por pessoas que não são estudantes. Cerveja, catuaba, vodca e outras bebidas são consumidas freneticamente ao som de música eletrônica. Adolescentes bebiam e fumavam maconha sem qualquer medo de repressão dos seguranças que passavam à distância. Até a turma que roda de bicicleta pela noite, percorrendo as trilhas da universidade, tem medo desse movimento. “Agora,vamos entrar na área da festa ‘Na Tora’. Cuidado, viu, gente?”, advertiu o líder do pelotão de ciclistas.


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Mensagem por Quero Café Sex Mar 27, 2015 7:01 pm

No meu tempo de FAFICH essa coisas já existiam, mas eram, diga-se, menos explícitas e menos intensas.
(Não me perguntem muito sobre esse assunto porque eu não mexo com drogas em nenhum sentido.)
Há alguns meses, voltei na FAFICH por nostalgia e fiquei assustado com aquele lugar. Realmente, aquele lugar não se parece mais com uma faculdade, mas não vi nada relacionado a drogas. Também não procurei por isso porque não me interessa.
Saí de lá com a nítida impressão que determinadas coisas e lugares realmente não devem se popularizar. Chamem-me de reacionário, elitista, do que for. Não mudo de ideia sobre esse assunto em específico. Determinados coisas e locais não podem se popularizar. As pessoas é que devem se elevar ao seu nível.
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