Dilma é eleita primeira mulher presidente do Brasil

Após quatro meses de uma campanha em que temas morais e religiosos ofuscaram propostas concretas sobre temas importantes à nação, Dilma Rousseff é eleita a primeira presidente da história brasileira. A candidata petista derrotou o tucano José Serra em um segundo turno em que a abstenção superou os 20 milhões de eleitores.

Quatro segundos. Nenhuma palavra. Uma mesa distante da do chefe. Essa foi a participação de Dilma Rousseff na primeira propaganda eleitoral do candidato Luiz Inácio Lula da Silva, em 2002. Oito anos depois, ungida por seu mentor para sucedê-lo, a ex-ministra, na primeira disputa eleitoral de sua vida, transcendeu a fama de gestora sisuda para se tornar a primeira presidente da história brasileira.

Sem programa, um de seus desafios será provar que não é apenas uma sombra de Lula, dizem analistas. Além da confiança do presidente, o grande trunfo da petista foi a política de alianças adotada pelo PT e pelo próprio presidente para elegê-la. Graças ao apoio formal de PMDB, PCdoB, PDT, PRB, PR, PSB, PSC, PTC e PTN, a campanha de Dilma ganhou força com o início do horário eleitoral obrigatório. Com isso, a candidata ganhou personalidade.

Ficou por pouco o triunfo já no 1º turno, depois de uma onda de rumores e outra de denúncias envolvendo seus aliados. Para vencer na votação de 31 de outubro, a ex-ministra-chefe da Casa Civil teve de renovar seu pragmatismo assinando compromissos com religiosos, iniciar campanha negativa contra o rival José Serra (PSDB) e trocar a gagueira que a abatia nos idos de abril, na pré-campanha, por aquilo que chamou de “assertividade”, mas que foi considerado agressividade pelos adversários.

No caminho para ser hoje a presidente eleita do Brasil, Dilma sofreu para ganhar trânsito com políticos em geral e com eleitores mais animados em ver seu mentor do que a ela própria.

Precisou de dois Josés Eduardos para guiá-la: Dutra, presidente do PT, e Cardozo, secretário-geral do partido. Obediente e pragmática, atendeu prontamente aos conselhos do marqueteiro João Santana. Adotou novo visual.

A presidente eleita forjada na campanha é diferente da especialista em energia que, com seu temperamento forte, foi alçada ao primeiro time do governo após o escândalo do mensalão, em 2005.

Neste ano, tentou aliviar a imagem da mulher que passava descomposturas em colegas ministros. “Sou uma mulher dura cercada de homens meigos”, costuma dizer, em tom de ironia. Buscou evitar confrontos, mas às vezes partiu para o ataque, principalmente em momentos-chave do segundo turno.

Filiada ao PT há menos de uma década, a ex-pedetista Dilma conquistou seu primeiro cargo público pelo voto. No fim dos anos 80, ninguém pensava que a secretária de Finanças de Porto Alegre iria tão longe.

O mesmo se passou com quem a visse na mesma pasta do governo gaúcho, anos depois. Agora ela terá quatro anos para provar se é capaz de atuar como protagonista, e não como uma mera coadjuvante.

Sem programa

Dilma não precisou de uma Carta ao Povo Brasileiro –nos moldes da divulgada por Lula antes da campanha de 2002, indicando que não faria mudanças radicais na economia.

Mas, no segundo turno, comprometeu-se com questões religiosas. Após uma campanha contra ela em igrejas católicas e templos evangélicos, prometeu não enviar ao Congresso projetos que interfiram nesses assuntos. Assim, estancou a polêmica sobre sua posição a respeito da liberação do aborto.

“Em uma campanha com candidatos tão parecidos, essa carta foi um momento importante porque evitou maior acirramento e colocou as coisas no lugar”, disse ao UOL Eleições o cientista político Luciano Dias, do Ibep (Instituto Brasileiro de Estudos Políticos).

“A Dilma neobeata foi mais um sinal de pragmatismo. É um sinal de que a governabilidade será tão ou mais importante do que foi para Lula, já que ela não tem o mesmo estofo”, afirma Dias.

A presidente eleita insistiu tanto na defesa de avanços recentes que nem sequer apresentou plano de governo. “Sabemos o que acontecerá na parte econômica? Não. Sabemos se haverá reformas? Não. O que sabemos é que Dilma terá a sombra de Lula do começo ao fim de seu governo”, afirma Cláudio Couto, da FGV (Fundação Getúlio Vargas). "O sinal dado por sua campanha é de que as coisas vão continuar mais ou menos como estão.”

Ainda assim, com tantas dúvidas sobre o que virá, não houve solavancos no mercado financeiro. Está subentendido que serão mais quatro anos de autonomia não-formal do Banco Central, de câmbio flutuante, de investimento em infraestrutura e de medidas macroeconômicas em fatias, raramente em forma de pacotes. “A conversão do PT já está feita. Lula vai sair carregado nos braços, e o mercado já não liga”, afirma Dias.

A volúpia do PMDB e de aliados à esquerda, como PSB e PCdoB, mais poderosos depois das eleições 2010, também acende dúvidas sobre se a presidente eleita será capaz de acomodar tantos aliados de primeira hora em seu governo.

Adversários acusam e aliados reconhecem: Dilma não terá a mesma capacidade de articulação exercida por Lula. “E seria diferente se Serra vencesse?”, pergunta Couto.

Sem teflon

Na campanha, a presidente eleita mostrou que aprendeu mais uma lição de seu maior defensor: deixar pelo caminho aliados que se envolvam em práticas suspeitas.

Na reta final das eleições, Dilma sofreu ataques dos adversários por conta de sua ex-braço direito na Casa Civil, Erenice Guerra, demitida do ministério depois que seu filho se envolveu com lobistas. Lula fez o mesmo com José Dirceu e Antonio Palocci.

“Não vou aceitar que se julgue a minha pessoa com base no que aconteceu com um filho de uma ex-assessora”, disse Dilma. As pesquisas citaram o caso Erenice como principal fator para a disputa do segundo turno.

“A popularidade do Lula é resultado de décadas. A maior parte da popularidade de Dilma não vem dela mesma”, afirma Dias, do Ibep. “Até pela folgada maioria no Congresso, ela será mais observada pela mídia.”

Alguns dizem que Dilma esquentará o principal assento do Palácio do Planalto para que Lula retorne em 2014. Outros preferem vê-la como uma mulher forte, que sobreviveu à prisão e ao câncer para golpear um cenário político repleto de caras antigas. Uns tantos a consideram uma burocrata que terá dificuldades para conduzir o país por falta de ginga com os políticos de Brasília.

Com uma trajetória que só começou a ser conhecida há poucos meses, talvez o Brasil precise de quatro anos para saber a resposta.

Faltam referências –e plano de governo divulgado– para definir-se o que Dilma buscará de diferente em relação a Lula. Se é que fará isso. O dado concreto –como a própria gosta de dizer– é que ela ascendeu de figurante em 2002 a estrela em 2010.

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Agora, vamos ver o que vai acontecer nesses quatro anos.
Fico feliz que o Serra não tenha sido eleito, mesmo não depositando total confiança na Dilma. Comentem.

eu desprezo os dois mas falei que votei nela,o que me preocupa é a falta de balanço da oposição,espero que alguns partidos se unam criando partidos mais fortes para ter uma oposição de fato

Como sempre fazem, a seguir, um dos vídeos que UOL postou, sobre a retrospectiva do seu caso: [Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link]

Falando como funcionário público da pasta de educação tenho certeza que não será nem um pouco fácil negociar com esse governo e me preocupo com a visão reducionista de uma economista sobre a sociedade e infelizmente o plano de governo do PT apenas é mais pudico em certas políticas neoliberias (como a "queda de qualidade" da educação e enfraquecimento do papel do estado na economia/governo do país) do que o PSDB.

Mas foi uma opção muito melhor do que a alternativa (principalmente para a educação) de um partido que tem desprezo pela funcionalismo como um todo (mas pela educação em especial) e por parte da sociedade.

Aecio Neves já disse que seu partido vai lutar por reformas nas leis do trabalho (afinal trabalhador tem muito direito, né) e carga tributária (mais dinheiro... não necessariamente menos impostos... para os estados) e corte de gastos do governo (será que vão lutar para ser no legislativo ou no executivo... segurança-saúde-educação-meio ambiente-infra estrutura-etc).

Me parece que aqui no estado de São Paulo o Serra ganhou da Dilma.

Mas se formos pensar bem, a Dilma não teve de derrotar só o adversário das organizações Globo, mas preconceitos como ser mulher (conheço gente que não votou nela por esse motivo) e ex guerrilheira.
Além de uma bruta campanha eleitoral contra, iniciada pela juventude PSDBista na internet iniciada já no final do ano passado (duvido que ninguém tenha deixado de receber seus e-mails anti-Dilma).

Bom, fiz minha parte e pelo menos tenho o direito de reclamar.

Bom, creio que com ela na presidência, o AI-5 Virtual vai ficar de molho até o próximo presidente...

Globo, Veja, Estadão, Folha e outros: CHUPEM ESSA MANGA, bando de otários.

Eu também tenho uma preocupação cm a área da educação (afinal é a área q estou inserida), fico felicíssima que Serra não ganhou, mas acho q está na hora de colocar mais investimentos nesssa área. Não estou falando q o Lula não fez, mas está na hora de investir os 10%, ou os 'iniciais' 8% que realmente nunca foram investidos.
è verdade q o Lula abriu mtas vagas nas universodades (REUNI por exemplo), mas o que eu vejo na UFMG é que a estrutura e o número de professores e técnicos não acompanhou o aumento. então espero realmente q a dilma transforme a quantidade em qualidade.

Se a Dilma conseguir segurar as pontas com a copa e olímpiadas vai mostrar q realmente ela é boa administradora, vai ser um desafio e tanto. Ainda mais q p PIG vai estar prontinho p atirar dinamites no governo. E como o Cezzarus disse tem a possobilidade do Ai-5 engavetar e termos talvez uma legislação mais real sobre a inernet.

Estou realmente interessada em ver o que o Aécio vai aprontar pq eu aposto nele como concorrente nas próximas eleições e digo q Minas elege ele fácilmente.

Victor Pax escreveu:
Me parece que aqui no estado de São Paulo o Serra ganhou da Dilma.

Mas se formos pensar bem, a Dilma não teve de derrotar só o adversário das organizações Globo, mas preconceitos como ser mulher (conheço gente que não votou nela por esse motivo) e ex guerrilheira.
Além de uma bruta campanha eleitoral contra, iniciada pela juventude PSDBista na internet iniciada já no final do ano passado (duvido que ninguém tenha deixado de receber seus e-mails anti-Dilma).

Bom, fiz minha parte e pelo menos tenho o direito de reclamar.

Serra ganhou da Dilma no centro-oeste (oi fazendeiros, reis do gado e senhores do desmatamento anyone?!), sul e no sudeste ganhou em SP e ES. e no norte ganhou no acre e mais um estado q eu não lembro. Nordeste inteiro votou na Dilma, que ganhou tbm em Minas.

Acho q Serra sai dessa campanha podre e acabado. pena que isso não quer dizer nada em termos políticos.

Chusma escreveu:Globo, Veja, Estadão, Folha e outros: CHUPEM ESSA MANGA, bando de otários.

A imparcialidade desses veículos me assusta, sinceramente.
Até parei de seguir alguns Twitter's.

DILMÃO MEU DILMÃO ME POSSUA

GACTA DE FLOG TOTAL

ORGULHARÁ O BRASIL COM SUA BELEZA E COR TROPICAL

SE LULA ESTIVER POR TRÁS SERÁ MAIS UM EXCELENTE GOVERNO E VAI SE REELEGER EM 2014

ATÉ LÁ A ELITE PENSANTE TEM QUE PENSAR MUITO NOS ARGUMENTOS

ABORTO, RELIGIÃO, FALTA DE EXPERI~ENCIA, CURRÍCULO ETC NÃO FUNCIONARAM...

UHAUHAUHAUHAHUUHAUHUAHA


Vendo a hashtag #nordeste no twiter tirei qualquer duvida quanto ao meu voto em dilma. A corja que se aglutina com o PSDB/DEMOS é muito pior que a que compoem o PT.

acho que em 2014 vai ser briga entre dilma na reeleição,marina e o aercio neves

serra ferrou a imagem politicamente por essa derrota e a camapanha dele alem de ter que enfrentar uma futura candidatura de arcio neves e alkimin negocio vai ser tenso para o psdb daqui há 4 anos

provavelmente o presidente do senado ou vai ser o sarney ou alguem do pmdb,pois o pt vai ter que deixar a presidencia para ter apoio forte para sufocar a oposição

sera que serra vai ter a cara de pau de voltar a prefeitura? uahuahuaua ia ser engraçado

aqui no maranhão foi quase 80 por cento para a dilma assim como em todo o nordeste afinal geral lascada e o governo lula fez varios investimentos alem das varias bolsas

Questao escreveu:acho que em 2014 vai ser briga entre dilma na reeleição,marina e o aercio neves

serra ferrou a imagem politicamente por essa derrota e a camapanha dele alem de ter que enfrentar uma futura candidatura de arcio neves e alkimin negocio vai ser tenso para o psdb daqui há 4 anos

provavelmente o presidente do senado ou vai ser o sarney ou alguem do pmdb,pois o pt vai ter que deixar a presidencia para ter apoio forte para sufocar a oposição

sera que serra vai ter a cara de pau de voltar a prefeitura? uahuahuaua ia ser engraçado

aqui no maranhão foi quase 80 por cento para a dilma assim como em todo o nordeste afinal geral lascada e o governo lula fez varios investimentos alem das varias bolsas

Eu acho que o PT vai mandar o Lula, novamente.
Muita coisa vai precisar mudar, para ele não ser eleito.

Dilma por melhor que seja seu governo acho que não leva contra aécio, então acho que o PT vai criar uma razão pra tirar ela(cancer etc) e colocar outra pessoa Tarso Genro, ou volta do Lula, não sei. Outro coisa a ser considerada é o Eduardo Campos que vai querer se candidatar. Marina se continuar no PV tem chance nennuma.

Ymor escreveu:Dilma por melhor que seja seu governo acho que não leva contra aécio, então acho que o PT vai criar uma razão pra tirar ela(cancer etc) e colocar outra pessoa Tarso Genro, ou volta do Lula, não sei. Outro coisa a ser considerada é o Eduardo Campos que vai querer se candidatar. Marina se continuar no PV tem chance nennuma.

Eduardo Campos é de qual partido?
O que ele já fez? Não conheço muito bem.

luccasf escreveu:

Ymor escreveu:Dilma por melhor que seja seu governo acho que não leva contra aécio, então acho que o PT vai criar uma razão pra tirar ela(cancer etc) e colocar outra pessoa Tarso Genro, ou volta do Lula, não sei. Outro coisa a ser considerada é o Eduardo Campos que vai querer se candidatar. Marina se continuar no PV tem chance nennuma.

Eduardo Campos é de qual partido?
O que ele já fez? Não conheço muito bem.

Lê isso aqui Luccas [Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link]

Ymor escreveu:Dilma por melhor que seja seu governo acho que não leva contra aécio, então acho que o PT vai criar uma razão pra tirar ela(cancer etc) e colocar outra pessoa Tarso Genro, ou volta do Lula, não sei. Outro coisa a ser considerada é o Eduardo Campos que vai querer se candidatar. Marina se continuar no PV tem chance nennuma.

Tarso Genro mentiu descaradamente em 2000, na campanha pra prefeito de Porto Alegre. Vai ter que trabalhar muito pra merecer alguma confiança.

Victor Pax escreveu:Mas se formos pensar bem, a Dilma não teve de derrotar só o adversário das organizações Globo, mas preconceitos como ser mulher (conheço gente que não votou nela por esse motivo) e ex guerrilheira.
Além de uma bruta campanha eleitoral contra, iniciada pela juventude PSDBista na internet iniciada já no final do ano passado (duvido que ninguém tenha deixado de receber seus e-mails anti-Dilma).

Ainda melhor quem não votou por ser mulher, já que teve gente que não votou por ser feia. Ou por supostamente ser lésbica.

Ou ainda a "energia ruim" da amiga da Fabíola hiauhiuhaiuahiuahuihaia

O que eu achei muito justo foi a quantidade de voto que o Serra perdeu por causa do feriadão. Parabéns, durante décadas investiram em despolitização e desinformação da população, que um voto só não faz diferença, é isso aí: 20 milhões de "só mais um voto" que poderiam mudar o rumo da eleição em favor deles.
"Eu voto no Serra e acho que teve armação, porque quem vota na Dilma são as pessoas de classe baixa. E grande parte dessas pessoas não viaja. Enquanto que os que votam no Serra estão se divertindo por todo o Brasil, né?", analisou o engenheiro Jadiel Beigo, 25"
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A incitação à violência contra os nordestinos no twitter e a súbita ânsia separatista de SP me deram muita vergonha alheia e revolta.

"Chega de carregar nas costas um bando de ignorantes e parasitas q sempre viveram as custas do estado. DIVISÃO JÁ #nordestisto"
Sério, quem não viu dá uma olhada no apanhado que fizeram aqui [Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link]
Depois preconceito contra nordestino não existe... é viagem.

Essas eu vi no facebook: "Fora o ''bolsa familia'' que faz com que esse povo sem nenhuma instrução arrumem tantos filhos ao invés de emprego!"
"e não é só isso... teremos a ampliação do Bolsa família para aqueles que não têm filhos! Viva o bolsa vagabundagem!"
"Pois é por isso que o brasil continua com esse bando de vagabundos fazendo filhos e esperando esmola do governo!!!"

Um excelente artigo sobre o voto do Nordeste, pra quem quiser ler [Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link]

Se SP parasse de achar que é o centro do Brasil, do mundo e do Universo, talvez conseguisse enxergar um pouco além, mas não acho que exista muito interesse nisso, afinal, o NE é o "México" de SP (como afirmado no programa "A Liga" da Band, há umas 2 ou 3 semanas atrás). Se os nordestinos voltassem pra sua região em massa, ou ainda parassem de migrar pelo desenvolvimento de sua própria região, quem ia fazer "o motor do Brasil" andar?

Koppe escreveu:

Ymor escreveu:Dilma por melhor que seja seu governo acho que não leva contra aécio, então acho que o PT vai criar uma razão pra tirar ela(cancer etc) e colocar outra pessoa Tarso Genro, ou volta do Lula, não sei. Outro coisa a ser considerada é o Eduardo Campos que vai querer se candidatar. Marina se continuar no PV tem chance nennuma.

Tarso Genro mentiu descaradamente em 2000, na campanha pra prefeito de Porto Alegre. Vai ter que trabalhar muito pra merecer alguma confiança.

Fala de ter dito que ia cumprir o mandato de prefeito e não concorrer ao governo do estado? (Serra feelings)

Não lembro onde li, de que o Lula na época que começou a refletir sobre quem seria seu sucessor tinha dois nomes em mente: Dilma ou Miguel Rossetto (um dos caras mais dignos dentro do PT gaúcho, membro da DS)

Deb escreveu:

luccasf escreveu:

Ymor escreveu:Dilma por melhor que seja seu governo acho que não leva contra aécio, então acho que o PT vai criar uma razão pra tirar ela(cancer etc) e colocar outra pessoa Tarso Genro, ou volta do Lula, não sei. Outro coisa a ser considerada é o Eduardo Campos que vai querer se candidatar. Marina se continuar no PV tem chance nennuma.

Eduardo Campos é de qual partido?
O que ele já fez? Não conheço muito bem.

Lê isso aqui Luccas [Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link]

Deb, que curioso, chegou a ver o que ficaram falando no Twitter, sobre os nordestinos?
Isso sim é avanço.

Você leu o meu post anterior? Vi sim.
No momento eu tenho #vergonhadeserpaulista

Leituras interessantes
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Depois teve gente que criticou os vídeos "Voto Serra pq"
Aqueles vídeos não querem dizer que todo mundo que votou no Serra seja reacionário e preconceituoso daquele jeito.
Mas que todos os reaças de hoje em dia, votaram no Serra. Esse episódio lamentável do twitter é a prova final.

Deb escreveu:Você leu o meu post anterior? Vi sim.
No momento eu tenho #vergonhadeserpaulista

Leituras interessantes
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Depois teve gente que criticou os vídeos "Voto Serra pq"
Aqueles vídeos não querem dizer que todo mundo que votou no Serra seja reacionário e preconceituoso daquele jeito.
Mas que todos os reaças de hoje em dia, votaram no Serra. Esse episódio lamentável do twitter é a prova final.

Quando postei, acabei não lendo os outros posts.
Ridículo, não é? Fico impressionado como a ignorância é forte, em certas pessoas.
Pior de tudo é falar, achando que estão com razão, sendo que os próprios infelizes sabem que só estão falando por falar. Vergonhoso demais, Deb.

Rindo demais imaginando a cara dela(Mayara Petruso) ao saber que pinçaram o tweet dela e cairam em cima, agora já deve ter sido denunciada ao mundo todo, vai ser lindo ela tentar conseguir emprego.

E o mais engraçado que além de preconceituosos esse pessoal é burro pra caralho, porque Dilma ganhou no Sudeste, ganharia só com sul + sudeste, sul + sudeste + centro-oeste ou mesmo Brasil inteiro sem nordeste.

Os setores mais conservadores,racistas, fanaticos religiosos se aglutinaram ao Serra. Nada me convenceu mais a votar na Dilma que os proprios tucanos. Quando você percebe que a midia, igreja e essa corja toda quer apoiar um candidato, é hora de votar no outro candidato.



vejam o nivel:

[Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link]
A advogada Leila Amaral, 41 (à direita), viajou de Sorocaba para o Guarujá e optou por não votar. "Com certeza o governo programou isso para favorecer a Dilma", disse. O amigo Reginaldo de Camargo, 32 (no centro), a acompanhou: "A praia e a paisagem estão bem melhor que as eleições"

Advogada que não conhece a constituição Brasileira.

A Record deu um furo no Jornal Nacional e apresentou primeiro uma entrevista com a Dilma ao vivo no JR. "Nunca antes na história desse país" o Jornal Nacional foi relegado ao segundo plano. O Serra estava certo: "a luta só começou". A Globo ainda vai chupar muito nos próximos 4 anos. Vai pagar seus pecados.

Quanto à taxa de abstenção: foi recorde, mas não muito diferente das eleições passadas do segundo turno. Geralmente fica em torno de 20% mesmo.

Putz nem vi os jornais hoje de noite... acho justo que a primeira entrevista seja à Record. A cobertura que eles fizeram das eleições passou longe da manipulação feita pela Globo.

Ymor escreveu:Os setores mais conservadores,racistas, fanaticos religiosos se aglutinaram ao Serra. Nada me convenceu mais a votar na Dilma que os proprios tucanos. Quando você percebe que a midia, igreja e essa corja toda quer apoiar um candidato, é hora de votar no outro candidato.

Ouvi isso de várias pessoas.

vejam o nivel:

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A advogada Leila Amaral, 41 (à direita), viajou de Sorocaba para o Guarujá e optou por não votar. "Com certeza o governo programou isso para favorecer a Dilma", disse. O amigo Reginaldo de Camargo, 32 (no centro), a acompanhou: "A praia e a paisagem estão bem melhor que as eleições"

Advogada que não conhece a constituição Brasileira.

O que eu mais "gostei" foi esse:
"O estudante Rodolfo Sales, 19 (de pé), com os amigos: "É muito ruim ter que perder parte do feriado, mas não quero que a mulher assuma", referindo-se à candidata do PT"

A abstenção é o papinho que eles querem usar de justificativa agora pra desmerecer a vitória. Acho que foi sexta-feira que o JN fez toda uma reportagem sobre os governos estaduais aliados eo gov. federal terem mudado o Dia do Servidor pra que houvesse feriadão, e sobre a importância de só ir viajar depois de votar. Muitos já estão dizendo que foi golpe.
Só esquecem de dizer que não é só em ano eleitoral que isso acontece.

Até o papa apoiou Serra
Mino Carta 31 de outubro de 2010 às 19:59h

Dilma Rousseff, a eleita, teve de enfrentar a campanha mais feroz contra um candidato à Presidência na história do Brasil

Temos uma mulher na Presidência da República, primeira na história do
Brasil. E que uma mulher chegue a tanto já é notícia extraordinária.
Levo em conta a preocupação do Datafolha a respeito da presença feminina no tablado eleitoral: refiro-me à pergunta específica contida na sua pesquisa, sempre aguardada com ansiedade pelo Jornal Nacional e até pelo Estadão. A julgar pelo resultado do pleito, Dilma Rousseff representa entre nós a vitória contra o velho preconceito pelo qual mulher só tem serventia por certos dotes que a natureza generosamente lhe conferiu.

Para CartaCapital a eleição de Dilma Rousseff representa coisas mais.

A maioria dos eleitores moveu-se pelas razões que nos levaram a apoiar a candidata de Lula desde o começo oficial da campanha. Em primeiro lugar, a continuidade venceu porque a nação consagra os oito anos de bom governo de Luiz Inácio Lula da Silva. Inevitável foi o confronto com o governo anterior de Fernando Henrique Cardoso, cujo trunfo inicial, a estabilidade, ele próprio, príncipe dos sociólogos, conseguiu pôr em risco.

Depois de Getúlio Vargas, embora manchada a memória pelo seu tempo de ditador, Lula foi o único presidente que agiu guiado por um projeto de país.

Na opinião de CartaCapital, ele poderia ter sido às vezes mais ousado em política social, mesmo assim mereceu índices de popularidade nunca dantes navegados e seu governo passou a ser fator determinante do êxito da candidata.

A comparação com FHC envolve também a personalidade de cada qual. Por exemplo: o professor de sociologia é muito menos comunicativo do que o ex-metalúrgico, sem falar em carisma. Não se trata apenas de um dom natural, e sim da postura física e da qualidade da fala, capaz de
transmitir eficazmente ideias e emoções. Lembraremos inúmeros discursos de Lula, de FHC nenhum.

Outra diversidade chama em causa a mídia nativa. Fascinada, sempre
esteve ao lado de FHC, inclusive para lhe esconder as mazelas.

Vigorosa intérprete do ódio de classe em exclusivo proveito do privilégio, atravessou oito anos a alvejar o presidente mais amado da história pátria. Quando, ao dar as boas-vindas aos 900 convidados da festa da premiação das empresas e dos empresários mais admirados no Brasil, ousei dizer que o mensalão, como pagamento mensal a parlamentares, não foi provado para desconforto da mídia, certo setor da plateia esboçou um começo de vaia. Calou-se quando o colega Paulo Henrique Amorim ergueu-se ao grito de “Viva Mino!” Os fiéis da tucanagem não primam pela bravura.

Pois Dilma Rousseff teve de enfrentar esta mídia atucanada, a reeditar o udenismo de antanho em sintonia fina com seus heróis. Deram até para evocar o passado da jovem Dilma, “guerrilheira” e “terrorista”. Como de hábito, apelaram para a má-fé para explorar a ignorância de um povo que, infelizmente, ainda não conhece a sua história, e que não a conhece por obra e graça sinistra de uma minoria a sonhar com um país de 20 milhões de habitantes e uma democracia sem demos.

Nos porões do regime dos gendarmes da chamada elite, Dilma Rousseff­ foi encarcerada e brutalmente torturada. Poderia ter sofrido o mesmo fim de Vlado Herzog, que os jornalistas não se esquecem de recordar todo ano.

Mas a hipocrisia da mídia não tem limites, com a contribuição da
ferocidade que imperou na internet ao sabor da campanha de ódio nunca tão capilar e agressiva. E na moldura cabe à perfeição a questão do aborto, praticado à vontade pelas privilegiadas e, ao que se diz, pela própria esposa de José Serra, e negado às desvalidas.

Até o papa alemão a presidente recém-eleita teve de enfrentar. Ao se
encontrar já nos momentos finais da campanha com um grupo de bispos nordestinos, Ratzinger convidou-os a orientar os cidadãos contra quem não respeita a vida, clara referência à questão que, lamentavelmente, invadiu as primeiras páginas, as capas, os noticiários da tevê. Parece até que Bento XVI não sabe que o Vaticano fica na Itália, onde o aborto foi descriminalizado há 40 anos.