Com US$ 18 bi a bandeiras progressistas, Soros estende adeptos de seu império liberal
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Com US$ 18 bi a bandeiras progressistas, Soros estende adeptos de seu império liberal
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O noticiário dos Estados Unidos estampou nesta semana que o bilionário investidor George Soros doou 18 bilhões de dólares à instituição filantrópica Open Society Foundation, que carrega a bandeira de promover a democracia e direitos humanos pelo mundo.
As transferências, que equivalem a mais da metade da fortuna do empresário, foram feitas ao longo dos últimos anos, mas estavam protegidas por sigilo, sendo reveladas nesta terça-feira (17).
O montante é um dos maiores repasses de riquezas de um doador privado a uma única instituição e foi responsável por transformar a Open Society na segunda maior organização filantrópica dos Estados Unidos, ficando atras apenas da Fundação do fundador da Microsoft, Bill e Melinda Gates.
A polêmica da doação repercutiu no mundo não somente pelas cifras. Ela ocorre porque Soros, além de ser um bilionário capitalista que fez fortuna apostando na desvalorização da libra britânica, é lembrado como um dos maiores doadores democratas, defensor de causas liberais, e apoiou a candidatura da democrata Hillary Clinton.
Contraditoriamente, a instituição que arrecadou os $ 18 bilhões se apresenta com pautas progressitas, como a construção de "democracias vibrantes e tolerantes", financiando tratamentos do surto do Ebola, na África, em 2014, e intensificando a sua atenção nos EUA desde o governo Trump, com programas de proteção a gays e lésbicas e a redução de abusos pela polícia.
Após as eleições de 2016, quando o seu opositor, Donald Trump, ganhou a cadeira da maior potência mundial, a Open Society passou a investir em esforços contra o que chamou de "onda nacional de incidentes de ódio". De acordo com reportagem do The New York Times, Soros dedicou $ 10 milhões apenas para previnir tais violências.
"Nós devemos fazer algo para recuar contra o que está acontecendo aqui", disse o bilionário investidor, em novembro do último ano, sobre as "forças das trevas que foram despertadas" pelo governo Trump.
Além dos EUA, o investidor chegou a patrocinar o Conselho pela Diplomacia Pública da Catalunha e organizações de políticos catalães apoiadores da independência da região à Espanha, revelação trazida pelo jornal espanhol La Vanguardia, no ano passado.
Na criação de sua primeira entidade filantrópica, em 1984, a Open Society na Hungria [país em viveu na infância nos anos 40] já trazia a bandeira de "governança democrática, livre expressão e o respeito pelos direitos individuais".
Nos últimos anos, era de conhecimento público que suas doações anuais atingiam entre US$ 800 e 900 milhões por ano para as Open Society. Soube-se, agora, que as cifras mais recentes acumularam os US$ 18 bilhões neste ano.
Desde que medidas progressistas estiveram na pauta das doações diretas e por meio de suas organizações, Soros passou a ser criticado pela extrema-direita e por setores mais conservadores. A postura, contudo, vem sendo analisada por cientistas políticos e críticos como uma intencional estratégia de poder.
Mas em aparente contradição a tais ideais, além de potente figura dos Democratas norte-americanos, Soros sedimentou, sob a bandeira da livre democracia, manuais do sistema neoliberalista como resposta para a falência do Estado de Bem-estar Social.
Ainda, de forma prática, algumas lutas progressistas atribuídas a movimentos de esquerda, como a liberdade de gênero, aborto, participação das mulheres, imigração e legalização das drogas, são caminhos para a aproximação da nova agenda global e representatividade política.
"Não há nenhuma fundação no mundo, incluindo a Fundação Ford, que teve maior impacto ao redor do mundo do que a as Open Society nas últimas duas décadas. Porque não existe uma parte do mundo na qual eles não estiveram presentes. Sua pegada [de Soros] é mais profunda, larga e impactante do que, inclusive, qualquer outra base de justiça social no mundo", afirmou o presidente da Fundação Ford, Darren Walker, ao NYTimes.
A presença do poder da Open Society e das entidades financiadas pelo bilionário, que ultrapassa governos e países, já justifica a a doação de qualquer bandeira apoiada pelas organizações de Soros: "Desde a sua criação, a Open Society trabalhou com líderes da sociedade civil, sejam eles romanichéis na Europa Oriental ou afro-americanos em Cleveland, Ohio, que continuam sujeitos a uma forma de justiça de segunda classe".
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-J.R.R.Tolkien
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