[Tecnologia] Para estes dois analistas, ter celulares 5G servirá só para se "exibir"

Com o 5G, as melhores e mais novas redes sem fio, a promessa é de revolução para vários segmentos, do transporte à medicina. Mas, para usuários de celulares, o 5G é apenas uma questão de luxo, acreditam analistas do Sanford C. Bernstein.

Os celulares compatíveis com o serviço ultrarrápido são mais caros, mas não oferecem benefícios práticos em relação aos modelos 4G mais recentes, que já baixam conteúdo a velocidades bem superiores às necessárias para transmitir vídeo em alta definição, escreveram os analistas Chris Lane e Samuel Chen em nota enviada nesta sexta-feira (20) a seus clientes.

A operadora sul-coreana SK Telecom chegou a um milhão de assinantes 5G no mês passado, 140 dias após o lançamento do primeiro serviço comercial do mundo, representando cerca de 3,5% de sua base de usuários. A China terá cerca de 170 milhões de smartphones 5G disponíveis até 2020, segundo estimativas da China Telecom, que tem como alvo 60 milhões de usuários 5G para sua rede.

As operadoras dos Estados Unidos, Austrália e outros mercados também introduziram serviços 5G em áreas limitadas, com planos de expandir a cobertura em todo o país nos próximos anos.

Não há garantia que os novos aparelhos 5G não serão ultrapassados, porque a tecnologia não está totalmente madura e continuará a evoluir, enquanto um novo celular 4G ainda será um dispositivo de ponta nos próximos dois anos, escreveram Lane e Chen.

Os primeiros celulares 5G não podem acessar faixas de ondas milimétricas que serão adicionadas nos próximos anos para cumprir a promessa de alta velocidade e baixa latência da tecnologia.

"Ter o smartphone 5G mais novo e, igualmente importante, exibi-lo pode ser a maior vantagem. Especialmente se você é um dos primeiros. Para um millennial em busca de um parceiro pode até ser uma prova de que é um bom partido", escreveram os analistas.