Sacrifício de gorila para salvar menino gera críticas a zoológico nos EUA
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Sacrifício de gorila para salvar menino gera críticas a zoológico nos EUA
Por Barbara Goldberg
(Reuters) - O sacrifício de um gorila no zoológico de Cincinnati, nos Estados Unidos, após um menino de 4 anos ter caído na área de isolamento do animal, causou revolta e levantou questões sobre segurança, mas representantes do zoológico consideraram a decisão de usar força letal uma escolha dura, mas necessária.
Mais de 2.000 pessoas assinaram uma petição no site Change.org criticando o Departamento de Polícia de Cincinnati e o zoológico por abaterem o animal e pedindo que os pais da criança fossem “responsabilizados por suas ações de não supervisionar seu filho”.
A polícia de Cincinnati disse neste domingo que os pais não receberam acusações, mas que elas podem eventualmente ser feitas pela promotoria local. Uma porta-voz da promotoria não respondeu imediatamente a pedidos de comentários.
Uma página no Facebook intitulada “Justiça para Harambe” já tinha mais de 3.000 curtidas na tarde deste domingo, um dia após o gorila de 180 quilos ter sido morto a tiros 10 minutos depois de ter encontrado e arrastado a criança. O animal, um gorila das planícies ocidentais, é de uma espécie ameaçada, e o zoológico disse que tinha a intenção de utilizá-lo para procriação.
“Se acharmos que é aceitável matar um gorila que não fez nada errado, não acho que a cidade deveria ter gorilas”, publicou Manvinder Singh na página do Facebook.
Testemunhas disseram a uma TV local que o garoto repetidamente expressou desejo de entrar na área reservada do gorila. Momentos depois, ele passou por uma grande e caiu de cerca de quatro metros de altura, para dentro do poço que cerca o habitat, onde Harambe o pegou, disseram representantes do zoológico.
Foi a primeira vez nos 38 anos de história da exibição de gorilas do zoológico de Cincinnati que uma pessoa não autorizada foi capaz de entrar no local cercado, disse o presidente da instituição, Thane Maynard, no sábado.
“Eles fizeram uma dura escolha e fizeram a escolha certa, porque salvaram a vida do menino”, disse ele, acrescentando que um membro da equipe de resposta a riscos animais do zoológico foi quem matou o gorila.
Maynard disse que a equipe decidiu usar força letal em vez de tranquilizantes para conter o gorila porque pode levar algum tempo para que a droga faça efeito quando um animal está agitado.
A criança foi levada para um hospital infantil de Cincinnati para tratamento de lesões menores. Representantes do hospital, citando leis de privacidade, não deram detalhes.
Gorilas das planícies ocidentais habitam as densas florestas tropicais de Camarões, da República Centro Africana, da República Democrática do Congo e de Guiné Equatorial. A população desse animal declinou em mais de 60 por cento nos últimos 20 a 25 anos, de acordo com a Federação Mundial da Vida Selvagem.
(Reportagem de Barbara Goldberg, em Nova York; Reportagem adicional de Frank McGurty e Nick Zieminski)
(Reuters) - O sacrifício de um gorila no zoológico de Cincinnati, nos Estados Unidos, após um menino de 4 anos ter caído na área de isolamento do animal, causou revolta e levantou questões sobre segurança, mas representantes do zoológico consideraram a decisão de usar força letal uma escolha dura, mas necessária.
Mais de 2.000 pessoas assinaram uma petição no site Change.org criticando o Departamento de Polícia de Cincinnati e o zoológico por abaterem o animal e pedindo que os pais da criança fossem “responsabilizados por suas ações de não supervisionar seu filho”.
A polícia de Cincinnati disse neste domingo que os pais não receberam acusações, mas que elas podem eventualmente ser feitas pela promotoria local. Uma porta-voz da promotoria não respondeu imediatamente a pedidos de comentários.
Uma página no Facebook intitulada “Justiça para Harambe” já tinha mais de 3.000 curtidas na tarde deste domingo, um dia após o gorila de 180 quilos ter sido morto a tiros 10 minutos depois de ter encontrado e arrastado a criança. O animal, um gorila das planícies ocidentais, é de uma espécie ameaçada, e o zoológico disse que tinha a intenção de utilizá-lo para procriação.
“Se acharmos que é aceitável matar um gorila que não fez nada errado, não acho que a cidade deveria ter gorilas”, publicou Manvinder Singh na página do Facebook.
Testemunhas disseram a uma TV local que o garoto repetidamente expressou desejo de entrar na área reservada do gorila. Momentos depois, ele passou por uma grande e caiu de cerca de quatro metros de altura, para dentro do poço que cerca o habitat, onde Harambe o pegou, disseram representantes do zoológico.
Foi a primeira vez nos 38 anos de história da exibição de gorilas do zoológico de Cincinnati que uma pessoa não autorizada foi capaz de entrar no local cercado, disse o presidente da instituição, Thane Maynard, no sábado.
“Eles fizeram uma dura escolha e fizeram a escolha certa, porque salvaram a vida do menino”, disse ele, acrescentando que um membro da equipe de resposta a riscos animais do zoológico foi quem matou o gorila.
Maynard disse que a equipe decidiu usar força letal em vez de tranquilizantes para conter o gorila porque pode levar algum tempo para que a droga faça efeito quando um animal está agitado.
A criança foi levada para um hospital infantil de Cincinnati para tratamento de lesões menores. Representantes do hospital, citando leis de privacidade, não deram detalhes.
Gorilas das planícies ocidentais habitam as densas florestas tropicais de Camarões, da República Centro Africana, da República Democrática do Congo e de Guiné Equatorial. A população desse animal declinou em mais de 60 por cento nos últimos 20 a 25 anos, de acordo com a Federação Mundial da Vida Selvagem.
(Reportagem de Barbara Goldberg, em Nova York; Reportagem adicional de Frank McGurty e Nick Zieminski)
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