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[Sociedade] Maconha faz mal, sim! Diz Veja

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Mensagem por Goris Ter Dez 11, 2012 7:39 am

Entendo a opinião dos dois lados..
Infelizmente essa discussão é muito semelhante com a de ateus e religiosos...
Não, não é.

Ateus vs religiosos, por mais que se queira, os ateus tem todos os trunfos, a realidade está do lado deles. E olha que eu sou do lado dos religiosos.

Já sobre a liberalização de mais outra droga, num país que já tem criança usando drogas liberadas, é baseado em fatos contra mentiras:

Estava lendo uma reportagem, acho que sobre a Tailândia ou Singapura, em que é proibido a venda de... Chicletes!

Pô, muita maldade, né? Proibir algo gostoso como chicletes.

Mas há uma lógica, as pessoas pegavam os restos de chiclete e colocavam nos censores das portas de trens as danificando e colocando pessoas em risco.

Depois de campanhas de conscientização sem resultados, o governo proibiu. Pura e simples.

Pode parecer maldade muitos que gostam de chicletes deixarem de mascar ou muitos pagarem pelos poucos que faziam merda com o chiclete.

A maconha é a mesma coisa.

Faz mal. Mal à cabeça, mal ao resto do corpo, cria problemas mentais e psicológicos (como o cara que depois de anos fumando maconha não consegue se concentrar e talz). Além disso, por mais que um amigo seu pose de descolado por defender a liberalização de uma merda que faz mal, me diz uma coisa, já teve um amigo bêbado querendo dirigir e vc não querendo deixar? O cara vai dizer que tá bem, vai vir com o argumento de "eu bêbado dirijo tão bem quanto sóbrio" e o escambau a quatro. Nos anos 90 perdi um amigo numa dessas. Eu não tava com ele (e outros) na epoca, mas tem amigo que até hoje se sente culpado de deixar ele sair de carro após beber.

Então, o pró-liberação quer a liberalização por que é do interesse dele, ele quer se ferrar e problema dos outros se eles se ferrarem.

Mas aí surge o argumento de "luta pelo direito de decidir o que fazer da vida!" e vem as mentiras. Oh, maconha não faz mal! E surgem argumentos de que faz, mas "Não acredito nesta pesquisa da Universidade de Cambridge, prefiro acreditar esse estudo que peguei na internet!". E sai o cara defendendo que não faz mal. Até que não dá mais pra defender contra as provas e ele vem com a desculpa dois "tem outras coisas piores liberadas!", tipo, já que tem gente se matando e matando outros com drogas liberadas, pra que não liberar mais uma droga, pra ter ainda mais gente se matando e matando com a minha droga preferida?

Aí, acabou o argumento de que não faz mal, vem o argumento de que temos de liberar por que dá pra fazer corda com maconha! Isso, vejam, a maconha é boa por que dá pra fazer corda com ela! E quando esse argumento absurdamente lógico não dá resultado, vem a outra mentira: "Nossa, os fabricantes de corda fazem parte de um lobby contra a liberalização da maconha por que a corda de cânhamo é mais barata..." Ou seja, outra argumentação que na cabeça de quem não tem sendo crítico, entra e faz efeito.

Ah, mas a teoria da conspiração vai além, a indústria do cigarro é que não deixa, claro, como se no dia seguinte à liberalização a Souza Cruz não começasse a produzir maconha com altos lucros.

Ah, mas não conheço ninguém que morreu por causa da maconha e da bebida, sim!

Outra falácia. Como o estudo com 50 mil pessoas que fumavam maconha e já se haviam envolvido em acidentes (mas o que vale é os 10 colegas que o pró-liberalização conhece que fumam e nunca se envolveram). Ou o estudo de que 40% dos acidentes de trânsito na França envolvem pessoas que consumiram recentemente maconha. Não, argumentos assim não valem, por que eu não tô lá pra ver e prefiro acreditar no que eu estou vendo no que outras pessoas me dizem.

Falar de Amsterdã usando dados dos anos 90 nem vou comentar.

E dá pra extender a argumentação pra sempre com o adendo mais importante: Sempre se usa argumentos mentirosos, tendenciosos ou manipulatórios para a liberalização. Sinal que não há argumentos realmente válidos além do interesse próprio e o "que se foda a sociedade!".

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Mensagem por ediv_diVad Ter Dez 11, 2012 9:08 am

Goris,

Do jeito que tu fala, parece que a proibição funciona e o máximo que encontramos nas ruas são motoristas dirigindo alcoolizados.

As pessoas JÁ fazem tudo isso que vc diz. Os irresponsáveis SEMPRE dirigirão seus carros com alguma coisa na mente, seja legal ou ilegal.

Eles JÁ cheiram cocaína e dizem que estão bem pra dirigir. JÁ fumam e dizem que tão bem pra dirigir. JÁ bebem e dizem que tão bem pra dirigir.

Não existe essa de "se legalizar, os caras vão..." Ninguém VAI. Isso já é feito hoje, no presente. Você tem que encarar essa realidade.

A questão maior é como vamos lidar com a educação para mudar a atitude desse tipo de pessoas que se acham no direito de dirigirem doidões.

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Mensagem por ediv_diVad Ter Dez 11, 2012 9:20 am

Goris escreveu:
Entendo a opinião dos dois lados..
Infelizmente essa discussão é muito semelhante com a de ateus e religiosos...
Não, não é. Ateus vs religiosos, por mais que se queira, os ateus tem todos os trunfos, a realidade está do lado deles. E olha que eu sou do lado dos religiosos.
Acho que o Luke quis dizer que a discussão popular não tem muito avanço e dificilmente os dois lados chegam em um consenso.

Deixemos com a opinião pública e os governantes...




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Mensagem por ediv_diVad Ter Dez 11, 2012 9:38 am

Essa do chiclete foi muito... inteligente. Rolling Eyes

Imagino que já deve ter um mercado negro de chicletes no país...

E os vândalos já devem ter encontrado outras formas de danificar o patrimônio público.

Pra que estratégias inteligentes? Basta proibir, e pronto! É o fim do vandalismo. Rolling Eyes Rolling Eyes Rolling Eyes

Na boa, eu ia achar muito legal se funcionasse com essa simplicidade.

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Mensagem por Goris Ter Dez 11, 2012 9:41 am

Hmmm...

Pessoas mal-educadas bebem e dirigem, usam drogas e dirigem... E é proibido.

A solução óbvia é liberar, assim quem já faz isso não vai estar errado e quem tá em cima do muro, vai saber que não é errado e se sentir livre pra fazer.

Uma alternativa bem interessante.

E, puxa, vc não tinha concordado comigo duas páginas atrás. Não quero ver vc tendo recaídas, cara!

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Mensagem por ediv_diVad Ter Dez 11, 2012 9:48 am

Hehehe...

Mas você está defendendo uma "solução" que não funciona há mais de 80 anos...

E como você gosta da palavra "liberar". Estude melhor as propostas dos legalistas, verás que "liberar" não é exatamente a ideia.

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Mensagem por Goris Ter Dez 11, 2012 9:55 am

Qual é a idéia?
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Mensagem por Victor Pax Ter Dez 11, 2012 10:06 am

Nos EUA a lei seca não só não acabou com o consumo de bebidas como a glamourizou (e se bobear até aumentou o consumo).

Aqui no Brasil acontece o mesmo com o jogo.

Para mim o pior problema da maconha é enganar o consumidor sobre os efeitos das outras drogas.
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Mensagem por ediv_diVad Ter Dez 11, 2012 10:22 am

Goris escreveu:Qual é a idéia?
Consumo de drogas fora do campo penal
Para os autores da proposição, o consumo de drogas precisa deixar a esfera policial e criminal e ser encarado como questão de saúde pública. “A lei das drogas em vigor é bem intencionada, mas os resultados foram horríveis. Em cinco anos, o número de pessoas presas por tráfico de entorpecentes dobrou. Existe uma ambiguidade no entendimento de quem é traficante e quem é usuário, e prevalece o critério é de que o pobre é traficante e o rico, usuário”, defende Pedro Abramovay.

“O tema consumo deve ser retirado do campo penal. Pessoas portando pequenas quantidades de entorpecentes, não armadas, que não estão em grupo, são réus primários e não tem passado de tráfico acabam sobrecarregando a polícia, que deixa de dar atenção ao que realmente merece, que é o tráfico de drogas”, aponta Rubem César Fernandes, diretor do Viva Rio.

Modelo português
A abordagem portuguesa para a questão das drogas foi considerada modelo para a proposta brasileira. “Entendemos que era necessário mudar a atual política de drogas, que é injusta e ineficiente e ainda impede o tratamento de doentes e o combate ao crime organizado. De todos os modelos vigentes no mundo, o que funciona melhor é o de Portugal, onde todas as drogas continuam sendo proibidas, mas o porte e o consumo de uma certa quantidade não é crime”, explica Abramovay.

Em Portugal, pessoas que estiverem portando uma quantidade de drogas para consumo pessoal suficiente para um dado período – pela lei de lá, dez dias – são presumidas como usuários. Esta condição também valeria aqui.

Rubem César Fernandes concorda que existe uma confusão de conceitos na discussão da questão da droga: “Descriminalizar não é liberar. As pessoas têm medo e acham que a mudança na legislação significa liberar o crime, mas não é. A nossa proposta é corrigir uma política torta e mal equacionada”.

Regulamentação da Anvisa
Seria de responsabilidade da Anvisa determinar a quantidade tolerável para ser enquadrada como consumo próprio. Além da quantidade da substância apreendida, as condições em que se desenvolveu a ação e a conduta do agente também serão consideradas para definir se a pessoa pode ser considerada usuária. “Para escapar subjetividade da decisão sobre o que é o uso pessoal, alguns países têm adotado a quantidade regulada como um entendimento mais objetivo”, explica Fernandes.

Comissões administrativas interdisciplinares
O anteprojeto de lei prevê a criação de comissões administrativas interdisciplinares (compostas por um profissional da área jurídica, um da saúde e outro da assistência social), que seria responsável por analisar caso a caso e aplicar possíveis penalidades. As comissões também teriam função de desestimular o consumo de drogas, dissuadir o usuário frequente e encaminhar o tratamento: “Aconteceria como acontece hoje com o tabaco, onde os malefícios são apontados e pesados. Não podemos tratar com violência aquilo que é questão de saúde pública”, diz o coordenador do Projeto Latino-Americano de Pesquisa sobre Comunidades Terapêuticas, Einardo Bingener.

Direitos fundamentais dos usuários e dependentes de drogas
O projeto lança a idéia de assegurar diretos básicos aos usuários e dependentes de drogas, que são garantia de não exclusão de escolas, centros esportivos e espaços públicos por conta de sua condição, a não-discriminação em campanhas contra o uso de drogas, acesso à tratamentos e amplo acesso à informação da forma como ele é conduzido e apoio psicológico. “Toda pessoa tem direitos, e o usuário de drogas não pode ser diferente”, diz Rubem César Fernandes.

Infrações administrativas
No lugar de penas em regime fechado, o texto propõe que o usuário sofra sanções administrativas, conforme o entendimento das comissões. Rubem César Fernandes explica que o processo seria semelhante às notificações de infração de trânsito: “Ele recebe a notificação para comparecer à comissão, que seria uma espécie de Conselho Tutelar mais simples. E a comissão faz recomendações que funcionariam como multas, e precisarão ser cumpridas”.

Em caso de reincidência, o grau da sanção pode ser aumentado, e até mesmo atingir a transferência do caso para o setor penal, com todas as penas previstas pela lei. Isso evitaria, por exemplo, que usuários recorressem à regulamentação de consumo como forma de mascarar o tráfico.

Garantia de liberdade durante decurso de processo
Uma das críticas dos defensores da descriminalização do usuário é que a lei veda o direito de responder o processo em liberdade quando a acusação é por tráfico de drogas: “O Supremo (Tribunal Federal) já se pronunciou contra esta medida, mas é algo que não se aplica. A nossa legislação entende que quem mata uma pessoa pode responder em liberdade, mas a Lei das Drogas estabelece que se deve ficar preso durante todo o processo”, critica Abramovay.
De: [Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link]

A proposta uruguaia também parece interessante:

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