Milhões de pessoas vão às ruas do Egito para exigir a renúncia de Morsi
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marcelo l.
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Milhões de pessoas vão às ruas do Egito para exigir a renúncia de Morsi
CAIRO - O Estado de S.Paulo
Milhões de pessoas tomaram ontem as ruas das principais cidades do Egito para pedir a renúncia do presidente Mohamed Morsi, no maior protesto do país desde a queda da ditadura, em 2011. Pelo menos 5 pessoas morreram e mais de 200 ficaram feridas. Houve atos em 17 das 27 províncias e três escritórios da Irmandade Muçulmana foram atacados. O presidente rejeitou deixar o cargo e propôs um diálogo com a oposição.
No Cairo, os principais focos de protestos eram a praça Tahrir, epicentro das manifestações que levaram à queda do ditador Hosni Mubarak, há dois anos e meio, que recebeu mais de 500 mil pessoas ontem, e o Palácio Presidencial de Ittihadiya. As palavras de ordem dos manifestantes eram as mesmas da revolta de 2011: "O povo quer a queda do regime" e "Fora!".
Aos gritos, alguns manifestantes comparavam Morsi a Mubarak e o acusavam de mentir em nome da religião. Ao menos 46 pessoas foram presas por porte ilegal de armas.
Em Alexandria, a segunda maior cidade do país, mais de 100 mil pessoas foram às ruas.
Os protestos de ontem foram os maiores desde 2011. Enquanto as manifestações foram pacíficas nas principais cidades, confrontos violentos foram registrados em Assiut e Beni Suef, no delta do Nilo, onde ocorreram as mortes. Três escritórios da Irmandade foram incendiados por manifestantes na região, segundo o partido.
Primeiro presidente eleito democraticamente na história do Egito, Morsi é acusado pela oposição secular de tentar impor uma agenda religiosa no país, com base na sharia, a lei islâmica, além de ter se tornado cada vez mais autoritário e de não ter colocado a agonizante economia egípcia nos eixos.
O desemprego aumentou e chegou a 13,2%. O turismo, principal fonte de renda do país, ainda não se recuperou e o número de turistas estrangeiros continua 40% abaixo do que havia antes da queda do ditador Hosni Mubarak, em 2011.
Confronto. A violência no país aumentou no fim de semana, com nove os mortos desde sexta-feira. Entre eles, um estudante americano.
"O país está andando para trás. Morsi está nos envergonhando e fazendo as pessoas odiar o Islã", disse a desempregada Donia Rashad, de 24 anos. Para o gerente de restaurante Suliman Mohammed, o principal motivo dos protestos é o descumprimento das metas da revolução que derrubou Mubarak. "Hoje (ontem) é o último dia da Irmandade Muçulmana no poder", afirmou.
Cerca de 25 mil partidários de Morsi, segundo fonte do Exército, se reuniram na Mesquita Rabia al-Adawiya, a poucos quarteirões do palácio. Alguns usavam armaduras caseiras - segundo eles, uma precaução contra eventuais atos de violência da oposição. Muitos cantavam "Deus é o maior", enquanto seguravam cópias do Alcorão, o livro sagrado dos muçulmanos.
"Queremos dizer ao presidente que não se deixe afetar pelos protestos e não desista de seus direitos", disse Ahmed Ramadan. "Estamos aqui para apoiá-lo e protegê-lo."
Diálogo. O presidente garante que não vai renunciar. Em entrevista ao jornal britânico The Guardian, Morsi disse ser vítima de um ataque antidemocrático contra sua legitimidade eleitoral. O presidente, no entanto, prometeu rever a nova Constituição do país, de inspiração islâmica, dizendo que as cláusulas que deram mais poder às autoridades religiosas e alimentaram o ressentimento dos seculares não foram escolha sua.
"Não há espaço para nenhuma negociação que contrarie a legitimidade constitucional", afirmou. "Se um presidente eleito for deposto, os oponentes do novo presidente também tentarão tirá-lo do poder, uma semana, ou um mês, depois da posse."
O porta-voz da presidência, Ihab Fahmi, afirmou que Morsi considera o diálogo a única via para conseguir um acordo nacional capaz de superar todas as diferenças. "Não há nenhuma medida a ser tomada à parte do diálogo", disse. "Não há alternativas para chegar a uma reconciliação nacional."
Fahmi também considerou que o respeito às diferentes opiniões é um traço da democracia e pediu para os egípcios manterem a calma, participarem pacificamente das manifestações e se unirem "contra a discórdia".
O porta-voz da Presidência negou que haja uma hipotética transferência de poder às forças armadas. "O único papel do Exército egípcio é proteger as fronteiras do país e suas instituições vitais", acrescentou o porta-voz. / AP, REUTERS, AFP e EFE
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São 17 provincías, praticamente o Egito rachou de novo de um lado os islâmicos do outro a maioria.
Milhões de pessoas tomaram ontem as ruas das principais cidades do Egito para pedir a renúncia do presidente Mohamed Morsi, no maior protesto do país desde a queda da ditadura, em 2011. Pelo menos 5 pessoas morreram e mais de 200 ficaram feridas. Houve atos em 17 das 27 províncias e três escritórios da Irmandade Muçulmana foram atacados. O presidente rejeitou deixar o cargo e propôs um diálogo com a oposição.
No Cairo, os principais focos de protestos eram a praça Tahrir, epicentro das manifestações que levaram à queda do ditador Hosni Mubarak, há dois anos e meio, que recebeu mais de 500 mil pessoas ontem, e o Palácio Presidencial de Ittihadiya. As palavras de ordem dos manifestantes eram as mesmas da revolta de 2011: "O povo quer a queda do regime" e "Fora!".
Aos gritos, alguns manifestantes comparavam Morsi a Mubarak e o acusavam de mentir em nome da religião. Ao menos 46 pessoas foram presas por porte ilegal de armas.
Em Alexandria, a segunda maior cidade do país, mais de 100 mil pessoas foram às ruas.
Os protestos de ontem foram os maiores desde 2011. Enquanto as manifestações foram pacíficas nas principais cidades, confrontos violentos foram registrados em Assiut e Beni Suef, no delta do Nilo, onde ocorreram as mortes. Três escritórios da Irmandade foram incendiados por manifestantes na região, segundo o partido.
Primeiro presidente eleito democraticamente na história do Egito, Morsi é acusado pela oposição secular de tentar impor uma agenda religiosa no país, com base na sharia, a lei islâmica, além de ter se tornado cada vez mais autoritário e de não ter colocado a agonizante economia egípcia nos eixos.
O desemprego aumentou e chegou a 13,2%. O turismo, principal fonte de renda do país, ainda não se recuperou e o número de turistas estrangeiros continua 40% abaixo do que havia antes da queda do ditador Hosni Mubarak, em 2011.
Confronto. A violência no país aumentou no fim de semana, com nove os mortos desde sexta-feira. Entre eles, um estudante americano.
"O país está andando para trás. Morsi está nos envergonhando e fazendo as pessoas odiar o Islã", disse a desempregada Donia Rashad, de 24 anos. Para o gerente de restaurante Suliman Mohammed, o principal motivo dos protestos é o descumprimento das metas da revolução que derrubou Mubarak. "Hoje (ontem) é o último dia da Irmandade Muçulmana no poder", afirmou.
Cerca de 25 mil partidários de Morsi, segundo fonte do Exército, se reuniram na Mesquita Rabia al-Adawiya, a poucos quarteirões do palácio. Alguns usavam armaduras caseiras - segundo eles, uma precaução contra eventuais atos de violência da oposição. Muitos cantavam "Deus é o maior", enquanto seguravam cópias do Alcorão, o livro sagrado dos muçulmanos.
"Queremos dizer ao presidente que não se deixe afetar pelos protestos e não desista de seus direitos", disse Ahmed Ramadan. "Estamos aqui para apoiá-lo e protegê-lo."
Diálogo. O presidente garante que não vai renunciar. Em entrevista ao jornal britânico The Guardian, Morsi disse ser vítima de um ataque antidemocrático contra sua legitimidade eleitoral. O presidente, no entanto, prometeu rever a nova Constituição do país, de inspiração islâmica, dizendo que as cláusulas que deram mais poder às autoridades religiosas e alimentaram o ressentimento dos seculares não foram escolha sua.
"Não há espaço para nenhuma negociação que contrarie a legitimidade constitucional", afirmou. "Se um presidente eleito for deposto, os oponentes do novo presidente também tentarão tirá-lo do poder, uma semana, ou um mês, depois da posse."
O porta-voz da presidência, Ihab Fahmi, afirmou que Morsi considera o diálogo a única via para conseguir um acordo nacional capaz de superar todas as diferenças. "Não há nenhuma medida a ser tomada à parte do diálogo", disse. "Não há alternativas para chegar a uma reconciliação nacional."
Fahmi também considerou que o respeito às diferentes opiniões é um traço da democracia e pediu para os egípcios manterem a calma, participarem pacificamente das manifestações e se unirem "contra a discórdia".
O porta-voz da Presidência negou que haja uma hipotética transferência de poder às forças armadas. "O único papel do Exército egípcio é proteger as fronteiras do país e suas instituições vitais", acrescentou o porta-voz. / AP, REUTERS, AFP e EFE
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São 17 provincías, praticamente o Egito rachou de novo de um lado os islâmicos do outro a maioria.
marcelo l.- Farrista "We are the Champions"
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Data de inscrição : 15/06/2010
Re: Milhões de pessoas vão às ruas do Egito para exigir a renúncia de Morsi
Militares dão ultimato para que forças políticas cheguem a acordo
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Em comunicado na TV estatal, as Forças Armadas deram 48 horas para governo e oposição atenderam às demandas do povo
As Forças Armadas do Egito deram um ultimato de 48 horas às forças políticas para que assumam sua responsabilidade e cumpram as reivindicações do povo. Em comunicado divulgado nesta segunda-feira na TV estatal, os militares declararam que anunciarão um roteiro para o futuro e supervisionarão sua aplicação "se não forem realizadas as reivindicações do povo nesse prazo". A entrada do exército em cena acontece depois que milhões foram às ruas ontem pedindo a renúncia do presidente Mohamed Mursi - exatamente um ano após sua posse.
Após o anúncio, um político de alto escalão da Irmandade Muçulmana disse à agência Reuters que nenhuma instituição do Estado irá promover um golpe contra o presidente Mursi e alertou contra interpretações equivocadas de quaisquer comunicados do Exército do país. "Uma instituição do Estado vir e promover um golpe de Estado contra o presidente, isso não vai acontecer", disse Yasser Hamza, líder do Partido Liberdade e Justiça, da Irmandade Muçulmana. "Qualquer força que for contra a Constituição é um chamado à sabotagem e anarquia".
Mais cedo, a oposição havia dado um prazo de 24 horas para que Mursi renunciasse. "Damos a Mohamed Mursi o prazo de até terça-feira, 2 de julho, às 17h (12h de Brasília) para deixar o poder e permitir às instituições estatais preparar uma eleição antecipada", afirma um comunicado do movimento Tamarod ('rebelião' em árabe). O movimento rejeitou o pedido de diálogo feito no domingo pelo presidente. "É impossível aceitar medidas insuficientes. A única alternativa é o fim pacífico do poder da Irmandade Muçulmana e de seu representante", afirma o comunicado.
Diante dos últimos acontecimentos, cinco ministros do governo apresentaram sua renúncia ao chefe do executivo, Hisham Qandil. Os ministros de Turismo, Hisham Zaazu; Telecomunicações, Atef Helmi; Assuntos Parlamentares, Hatem Bagato; Meio Ambiente, Khaled Fahmi, e Recursos Hídricos, Abdelqaui Khalifa, pedem "a queda do regime" e apresentaram sua renúncia porque Mursi "não respondeu às reivindicações do povo, que saiu às ruas nos protestos de 30 de junho", disse a fonte.
Sede da Irmandade Muçulmana é saqueada; mortos chegam a 20
O impasse político tem causado inúmeros confrontos entre islamitas e opositores. Nesta quinta-feira, ao menos 12 pessoas morreram em enfrentamentos na na sede da Irmandade Muçulmana no Cairo,o que eleva para 20 o número de vítimas fatais nos protestos no Egito desde domingo à noite. Outras cinco pessoas perderam a vida em distúrbios similares em frente à sede do Partido Liberdade e Justiça (braço político da Irmandade) na cidade de Asiut.
As fontes acrescentaram que no total 713 pessoas ficaram feridas nos protestos, que foram pacíficos até o começo da noite de ontem. O ataque à sede da Irmandade - grupo do presidente Mursi - começou ontem à noite com o lançamento de coquetéis molotov e pedras pelos manifestantes, enquanto de dentro do prédio tiros eram disparados contra os agressores. Entre os feridos há pelo menos um oficial da polícia egípcia, que foi baleado.
Após tomar o controle do edifício, situado no bairro de Muqatam, na periferia do Cairo, os manifestantes queimaram todos os andares do prédio e causaram danos materiais. Os escritórios da entidade foram saqueados e o grupo roubou equipamentos eletrônicos, móveis e documentos. Em entrevista à agência oficial "Mena", um porta-voz da Irmandade acusou os agressores de terem explodido pelo menos dois bujões de gás na entrada do edifício e efetuado disparos contra a sede, o que teria deixado feridos. Além disso, denunciou que o ataque aconteceu "à revelia total das forças de segurança".
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Em comunicado na TV estatal, as Forças Armadas deram 48 horas para governo e oposição atenderam às demandas do povo
As Forças Armadas do Egito deram um ultimato de 48 horas às forças políticas para que assumam sua responsabilidade e cumpram as reivindicações do povo. Em comunicado divulgado nesta segunda-feira na TV estatal, os militares declararam que anunciarão um roteiro para o futuro e supervisionarão sua aplicação "se não forem realizadas as reivindicações do povo nesse prazo". A entrada do exército em cena acontece depois que milhões foram às ruas ontem pedindo a renúncia do presidente Mohamed Mursi - exatamente um ano após sua posse.
Após o anúncio, um político de alto escalão da Irmandade Muçulmana disse à agência Reuters que nenhuma instituição do Estado irá promover um golpe contra o presidente Mursi e alertou contra interpretações equivocadas de quaisquer comunicados do Exército do país. "Uma instituição do Estado vir e promover um golpe de Estado contra o presidente, isso não vai acontecer", disse Yasser Hamza, líder do Partido Liberdade e Justiça, da Irmandade Muçulmana. "Qualquer força que for contra a Constituição é um chamado à sabotagem e anarquia".
Mais cedo, a oposição havia dado um prazo de 24 horas para que Mursi renunciasse. "Damos a Mohamed Mursi o prazo de até terça-feira, 2 de julho, às 17h (12h de Brasília) para deixar o poder e permitir às instituições estatais preparar uma eleição antecipada", afirma um comunicado do movimento Tamarod ('rebelião' em árabe). O movimento rejeitou o pedido de diálogo feito no domingo pelo presidente. "É impossível aceitar medidas insuficientes. A única alternativa é o fim pacífico do poder da Irmandade Muçulmana e de seu representante", afirma o comunicado.
Diante dos últimos acontecimentos, cinco ministros do governo apresentaram sua renúncia ao chefe do executivo, Hisham Qandil. Os ministros de Turismo, Hisham Zaazu; Telecomunicações, Atef Helmi; Assuntos Parlamentares, Hatem Bagato; Meio Ambiente, Khaled Fahmi, e Recursos Hídricos, Abdelqaui Khalifa, pedem "a queda do regime" e apresentaram sua renúncia porque Mursi "não respondeu às reivindicações do povo, que saiu às ruas nos protestos de 30 de junho", disse a fonte.
Sede da Irmandade Muçulmana é saqueada; mortos chegam a 20
O impasse político tem causado inúmeros confrontos entre islamitas e opositores. Nesta quinta-feira, ao menos 12 pessoas morreram em enfrentamentos na na sede da Irmandade Muçulmana no Cairo,o que eleva para 20 o número de vítimas fatais nos protestos no Egito desde domingo à noite. Outras cinco pessoas perderam a vida em distúrbios similares em frente à sede do Partido Liberdade e Justiça (braço político da Irmandade) na cidade de Asiut.
As fontes acrescentaram que no total 713 pessoas ficaram feridas nos protestos, que foram pacíficos até o começo da noite de ontem. O ataque à sede da Irmandade - grupo do presidente Mursi - começou ontem à noite com o lançamento de coquetéis molotov e pedras pelos manifestantes, enquanto de dentro do prédio tiros eram disparados contra os agressores. Entre os feridos há pelo menos um oficial da polícia egípcia, que foi baleado.
Após tomar o controle do edifício, situado no bairro de Muqatam, na periferia do Cairo, os manifestantes queimaram todos os andares do prédio e causaram danos materiais. Os escritórios da entidade foram saqueados e o grupo roubou equipamentos eletrônicos, móveis e documentos. Em entrevista à agência oficial "Mena", um porta-voz da Irmandade acusou os agressores de terem explodido pelo menos dois bujões de gás na entrada do edifício e efetuado disparos contra a sede, o que teria deixado feridos. Além disso, denunciou que o ataque aconteceu "à revelia total das forças de segurança".
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Re: Milhões de pessoas vão às ruas do Egito para exigir a renúncia de Morsi
Militares proíbem Mursi de deixar o Egito
Enquanto tropas do Exército, utilizando veículos blindados, ocupavam o prédio da TV estatal, no centro do Cairo, no Egito, forças militares deram ordens proibindo o presidente Mohamed Mursi de deixar o país. O apelo pela formação de um governo de coalizão interino - últimas declarações do presidente antes do fim do ultimato dado pelas Forças Armadas para resolver a crise política do país -, não surtiram efeito e seu conselheiro afirmou que um golpe militar estaria em andamento. No início da noite, centenas de soldados realizaram um desfile militar perto do palácio presidencial.
“O Egito não irá voltar atrás. O mapa para resolver a crise no Egito deve ser legítimo. O Exército não deve tomar partido”, disse Mursi em comunicado divulgado na tarde desta quarta-feira.
A emissora Al-Jazeera afirmou que todos os assessores presidenciais deixaram o palácio e somente Mursi permanece no local. Funcionários do aeroporto confirmaram que haviam recebido ordens para barrar viagens ao exterior de líderes políticos - incluindo o presidente; o chefe da Irmandade Muçulmana, Mohammed Badie; e seu vice, Khairat al-Shater. Mais cedo, o comando militar se reuniu em caráter de urgência, antes do fim do prazo de 48 horas para que Mursi chegasse a um acordo de partilha de poder.
Em um tom ainda mais desafiante, o conselheiro do presidente afirmou que um golpe militar estava em andamento, mas não aconteceria sem derramamento de sangue. Um assessor pediu que todos os egípcios resistissem a um golpe de maneira pacífica.
Pelo menos 16 pessoas morreram e 200 ficaram feridas na véspera quando homens armados abriram fogo contra partidários do presidente, reunidos nos arredores da Universidade do Cairo, segundo as agências internacionais.
- Esperamos violência por parte do Exército e da polícia para retirar os manifestantes pró-Mursi das ruas - afirmou.
A TV estatal negou que seus funcionários tenham sido retirados dos prédios por militares, mas um vídeo que circula na internet confirma a presença de tropas no local.
O movimento opositor Tamarrud (Rebelião) pediu aos egípcios que saiam às ruas para pedir a detenção do presidente. Apesar da pressão, o porta-voz de Mursi disse em comunicado que é melhor que o presidente morra defendendo a democracia do que seja culpado pela História.
O braço político da Irmandade Muçulmana, que governa o Egito, recusou o convite para se reunir com o comandante das Forças Armadas.
- Nós não vamos nos reunir com ninguém. Temos um presidente e é isso - disse o líder do Partido Liberdade e Justiça, Waleed al-Haddad.
No Cairo, se aprofundou a sensação de que ambos os lados estão prontos para lutar até o fim após Mursi ter insistido que não renunciaria e prometido que protegeria com vida sua legitimidade constitucional. Em um discurso emocionado transmitido ao vivo na noite de terça-feira, o presidente afirmou que não aceitaria ordens - aumentando o clima de tensão no Cairo.
No mesmo tom, as Forças Armadas desafiaram o presidente em comunicado publicado no Facebook. Três horas após o pronunciamento de Mursi, líderes militares divulgaram uma conclamação à luta intitulada “As horas finais” e disseram estar dispostos a derramar seu sangue contra os “terroristas e tolos”, caso Mursi se recuse mesmo a renunciar.
Fontes militares já haviam dito à agência Reuters que estavam dispostas a suspender a Constituição e a dissolver o Parlamento caso Mursi não formasse um governo de unidade nacional com os opositores.
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Enquanto tropas do Exército, utilizando veículos blindados, ocupavam o prédio da TV estatal, no centro do Cairo, no Egito, forças militares deram ordens proibindo o presidente Mohamed Mursi de deixar o país. O apelo pela formação de um governo de coalizão interino - últimas declarações do presidente antes do fim do ultimato dado pelas Forças Armadas para resolver a crise política do país -, não surtiram efeito e seu conselheiro afirmou que um golpe militar estaria em andamento. No início da noite, centenas de soldados realizaram um desfile militar perto do palácio presidencial.
“O Egito não irá voltar atrás. O mapa para resolver a crise no Egito deve ser legítimo. O Exército não deve tomar partido”, disse Mursi em comunicado divulgado na tarde desta quarta-feira.
A emissora Al-Jazeera afirmou que todos os assessores presidenciais deixaram o palácio e somente Mursi permanece no local. Funcionários do aeroporto confirmaram que haviam recebido ordens para barrar viagens ao exterior de líderes políticos - incluindo o presidente; o chefe da Irmandade Muçulmana, Mohammed Badie; e seu vice, Khairat al-Shater. Mais cedo, o comando militar se reuniu em caráter de urgência, antes do fim do prazo de 48 horas para que Mursi chegasse a um acordo de partilha de poder.
Em um tom ainda mais desafiante, o conselheiro do presidente afirmou que um golpe militar estava em andamento, mas não aconteceria sem derramamento de sangue. Um assessor pediu que todos os egípcios resistissem a um golpe de maneira pacífica.
Pelo menos 16 pessoas morreram e 200 ficaram feridas na véspera quando homens armados abriram fogo contra partidários do presidente, reunidos nos arredores da Universidade do Cairo, segundo as agências internacionais.
- Esperamos violência por parte do Exército e da polícia para retirar os manifestantes pró-Mursi das ruas - afirmou.
A TV estatal negou que seus funcionários tenham sido retirados dos prédios por militares, mas um vídeo que circula na internet confirma a presença de tropas no local.
O movimento opositor Tamarrud (Rebelião) pediu aos egípcios que saiam às ruas para pedir a detenção do presidente. Apesar da pressão, o porta-voz de Mursi disse em comunicado que é melhor que o presidente morra defendendo a democracia do que seja culpado pela História.
O braço político da Irmandade Muçulmana, que governa o Egito, recusou o convite para se reunir com o comandante das Forças Armadas.
- Nós não vamos nos reunir com ninguém. Temos um presidente e é isso - disse o líder do Partido Liberdade e Justiça, Waleed al-Haddad.
No Cairo, se aprofundou a sensação de que ambos os lados estão prontos para lutar até o fim após Mursi ter insistido que não renunciaria e prometido que protegeria com vida sua legitimidade constitucional. Em um discurso emocionado transmitido ao vivo na noite de terça-feira, o presidente afirmou que não aceitaria ordens - aumentando o clima de tensão no Cairo.
No mesmo tom, as Forças Armadas desafiaram o presidente em comunicado publicado no Facebook. Três horas após o pronunciamento de Mursi, líderes militares divulgaram uma conclamação à luta intitulada “As horas finais” e disseram estar dispostos a derramar seu sangue contra os “terroristas e tolos”, caso Mursi se recuse mesmo a renunciar.
Fontes militares já haviam dito à agência Reuters que estavam dispostas a suspender a Constituição e a dissolver o Parlamento caso Mursi não formasse um governo de unidade nacional com os opositores.
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Re: Milhões de pessoas vão às ruas do Egito para exigir a renúncia de Morsi
Exército derruba presidente Morsi
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General Abdel-Fattah el-Sissi
Chefe do exército anuncia governo de transição, suspensão da Constituição e formação de um governo de tecnocratas
O chefe do exército do Egito, general Abdel Fatah al Sisi, anunciou nesta quarta-feira (3) a saída do presidente do Egito, Mohamed Morsi, por ele "não ter cumprido as expectativas" do povo.
O general declarou que a Constituição está suspensa temporariamente, durante um período de transição, no qual o governo será exercido por um grupo de tecnocratas.
A presidência está em mãos do presidente da Corte Constitucional.
Nesse período, a Constituição vai ser revista, com vistas à convocação de novas eleições parlamentares e presidenciais.
O general afirmou que as forças de segurança iriam garantir a paz nas ruas das principais cidades do país, que estavam tomadas por manifestantes oposicionistas e também por partidários do islamita Morsi.
A notícia foi recebida com fogos de artifício na Praça Tahrir, no Cairo, palco da revolta popular que derrubou o ditador Hosni Mubarak em 2011.
Segundo Sisi, o exército vê que os egípcios chamam as Forças Armadas para dar apoio à população, mas não para tomar o poder e reinar, mas para servir ao interesse público e proteger a revolução. O general afirmou que o discurso de Mohamed Mursi na noite de ontem "veio contra as aspirações e demandas da população". Para isso, os militares consultaram figuras políticas, religiosas e jovens para elaborar um "mapa do caminho" que irá "construir uma sociedade forte e unificada.
O Exército mobilizou seus blindados para acompanhar os protestos a favor de Mursi no Cairo. Esta é a disputa mais séria entre o Exército e o governo desde a eleição que garantiu a vitória ao agora ex-presidente Mursi em junho de 2012.
O líder opositor Mohamed ElBaradei, o patriarca copta Tawadros II e o grão-imã Ahmed al-Tayeb de Al-Azhar, principal autoridade sunita do Egito, anunciarão um "mapa do caminho" que prevê uma "curta" transição antes da realização de eleições.
Segundo os meios, este projeto prevê a nomeação de um conselho presidencial de três pessoas, dirigido pelo presidente da Alta Corte Constitucional, e a suspensão da Constituição por um prazo máximo de um ano.
Os militares egípcios assumiram o Executivo em um polêmico governo interino que manteve as rédeas do país entre a queda do presidente Hosni Mubarak, em fevereiro de 2011, e a chegada de Mursi, primeiro presidente civil e islâmico do Egito ao poder.
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General Abdel-Fattah el-Sissi
Chefe do exército anuncia governo de transição, suspensão da Constituição e formação de um governo de tecnocratas
O chefe do exército do Egito, general Abdel Fatah al Sisi, anunciou nesta quarta-feira (3) a saída do presidente do Egito, Mohamed Morsi, por ele "não ter cumprido as expectativas" do povo.
O general declarou que a Constituição está suspensa temporariamente, durante um período de transição, no qual o governo será exercido por um grupo de tecnocratas.
A presidência está em mãos do presidente da Corte Constitucional.
Nesse período, a Constituição vai ser revista, com vistas à convocação de novas eleições parlamentares e presidenciais.
O general afirmou que as forças de segurança iriam garantir a paz nas ruas das principais cidades do país, que estavam tomadas por manifestantes oposicionistas e também por partidários do islamita Morsi.
A notícia foi recebida com fogos de artifício na Praça Tahrir, no Cairo, palco da revolta popular que derrubou o ditador Hosni Mubarak em 2011.
Segundo Sisi, o exército vê que os egípcios chamam as Forças Armadas para dar apoio à população, mas não para tomar o poder e reinar, mas para servir ao interesse público e proteger a revolução. O general afirmou que o discurso de Mohamed Mursi na noite de ontem "veio contra as aspirações e demandas da população". Para isso, os militares consultaram figuras políticas, religiosas e jovens para elaborar um "mapa do caminho" que irá "construir uma sociedade forte e unificada.
O Exército mobilizou seus blindados para acompanhar os protestos a favor de Mursi no Cairo. Esta é a disputa mais séria entre o Exército e o governo desde a eleição que garantiu a vitória ao agora ex-presidente Mursi em junho de 2012.
O líder opositor Mohamed ElBaradei, o patriarca copta Tawadros II e o grão-imã Ahmed al-Tayeb de Al-Azhar, principal autoridade sunita do Egito, anunciarão um "mapa do caminho" que prevê uma "curta" transição antes da realização de eleições.
Segundo os meios, este projeto prevê a nomeação de um conselho presidencial de três pessoas, dirigido pelo presidente da Alta Corte Constitucional, e a suspensão da Constituição por um prazo máximo de um ano.
Os militares egípcios assumiram o Executivo em um polêmico governo interino que manteve as rédeas do país entre a queda do presidente Hosni Mubarak, em fevereiro de 2011, e a chegada de Mursi, primeiro presidente civil e islâmico do Egito ao poder.
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Re: Milhões de pessoas vão às ruas do Egito para exigir a renúncia de Morsi
a ditadura vem ai
_________________
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"Seu verdadeiro lar está dentro do seu coração e continua com você onde quer que você vá; mas um lugar legal e aconchegante é um motivo maravilhoso para voltar para casa!"
-J.R.R.Tolkien
Re: Milhões de pessoas vão às ruas do Egito para exigir a renúncia de Morsi
Que merda!
_________________
Porque um homem que foge do seu medo pode descobrir que, afinal, apenas enveredou por um atalho para ir ao seu encontro. (J. R. R. Tolkien, em Os filhos de Húrin)
Mogur- Não tenho mais vida fora daqui
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Data de inscrição : 09/06/2010
Idade : 46
Re: Milhões de pessoas vão às ruas do Egito para exigir a renúncia de Morsi
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AH64 Apache do Exército Egípcio sobre a manifestação e sendo "marcado" por centenas de lasers de bolso
AH64 Apache do Exército Egípcio sobre a manifestação e sendo "marcado" por centenas de lasers de bolso
marcelo l.- Farrista "We are the Champions"
- Mensagens : 6877
Data de inscrição : 15/06/2010
Re: Milhões de pessoas vão às ruas do Egito para exigir a renúncia de Morsi
Que imagem!
Eu vi em algum lugar que "os militares governarão com o povo", existe essa possibilidade ou eu sou ingênuo demais?
Eu vi em algum lugar que "os militares governarão com o povo", existe essa possibilidade ou eu sou ingênuo demais?
ediv_diVad- Farrista além das fronteiras da sanidade
- Mensagens : 20441
Data de inscrição : 10/06/2010
Re: Milhões de pessoas vão às ruas do Egito para exigir a renúncia de Morsi
Da página "A sheep no more":
From Jay Sekulow Chief Counsel American Center for Law and Juscice:
The Egyptian military just stepped in to depose the Muslim Brotherhood and protect Egyptians from Muslim Brotherhood violence.
But within hours, the Obama Administration responded. CNN said U.S. officials "have also warned the Egyptian military that a military coup would trigger U.S. legislation cutting off all U.S. aid, which totals about $1.5 billion per year."
In other words, the Obama Administration will fund the Egyptian military only if it stays loyal to the Muslim Brotherhood government. This is incredible.
The Muslim Brotherhood's motto includes the phrase "jihad is our way."
It is the sworn enemy of the United States and Israel...and it is also the entity that Obama supports and guess what?! CONGRESS REFUSES TO ACT!
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ediv_diVad- Farrista além das fronteiras da sanidade
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Re: Milhões de pessoas vão às ruas do Egito para exigir a renúncia de Morsi
ediv_diVad escreveu:Que imagem!
Eu vi em algum lugar que "os militares governarão com o povo", existe essa possibilidade ou eu sou ingênuo demais?
Acho bom esperar, só não apostaria nisso. Mas, uma "nova eleição livre" deve ocorrer até por que a junta sabe pelas pesquisas que seu grupo ideológico agora deve vencer a eleição.
marcelo l.- Farrista "We are the Champions"
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Re: Milhões de pessoas vão às ruas do Egito para exigir a renúncia de Morsi
Dedo americano...
Vi hoje no jornal que os EUA financiam o Egito com ao menos 2 bilhões anuais. Os recursos vão para escolas, hospitais, etc. Então como, por determinação da ONU, nenhum país do grupo pode ajudar um país que sofra golpe militar, algo totalmente anti democrático, os EUa não estão considerando absolutamente de jeito nenhum que isso seja um golpe militar e sim, um impeachment popular...
Sei...
Se eu não quero que seja golpe, então não é.
Vi hoje no jornal que os EUA financiam o Egito com ao menos 2 bilhões anuais. Os recursos vão para escolas, hospitais, etc. Então como, por determinação da ONU, nenhum país do grupo pode ajudar um país que sofra golpe militar, algo totalmente anti democrático, os EUa não estão considerando absolutamente de jeito nenhum que isso seja um golpe militar e sim, um impeachment popular...
Sei...
Se eu não quero que seja golpe, então não é.
Mononoke Hime- Farrista "We are the Champions"
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Re: Milhões de pessoas vão às ruas do Egito para exigir a renúncia de Morsi
Os EUA sempre financiaram o Egito. Até estranho porque sempre é um inimigo em potencial de Israel. Talvez seja para equilibrar as forças.
O Exército egípcio não é apenas uma força militar, ele corresponde a maior parte do PIB do país. Eles possuem muitos negócios, e quando o Mursi se auto proclamou "Faraó" concentrando o poder todo nele, acabou excluindo os militares. E ali ele assinou sua sentença de morte.
O Exército egípcio não é apenas uma força militar, ele corresponde a maior parte do PIB do país. Eles possuem muitos negócios, e quando o Mursi se auto proclamou "Faraó" concentrando o poder todo nele, acabou excluindo os militares. E ali ele assinou sua sentença de morte.
Re: Milhões de pessoas vão às ruas do Egito para exigir a renúncia de Morsi
Parallax escreveu:Os EUA sempre financiaram o Egito. Até estranho porque sempre é um inimigo em potencial de Israel. Talvez seja para equilibrar as forças.
O Exército egípcio não é apenas uma força militar, ele corresponde a maior parte do PIB do país. Eles possuem muitos negócios, e quando o Mursi se auto proclamou "Faraó" concentrando o poder todo nele, acabou excluindo os militares. E ali ele assinou sua sentença de morte.
tipo a dilma,só que aqui o exercito é ferrado auahj
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"Seu verdadeiro lar está dentro do seu coração e continua com você onde quer que você vá; mas um lugar legal e aconchegante é um motivo maravilhoso para voltar para casa!"
-J.R.R.Tolkien
Re: Milhões de pessoas vão às ruas do Egito para exigir a renúncia de Morsi
Concordo com o Parralax, acho que antes de vermos o que os americanos atuaram, a dinâmica interna no caso egípcio é mais importante, o Mursi fez tudo para concentrar poder e ainda só dividia o bolo com os seus, a situação dos coptas vinha se deteriorando, ou seja 20% da população jogadas ainda mais segregadas.
50% da população saudando a queda de um governo por um golpe militar é algo inédito, acredito que no máximo nos outros casos não passou de 5%, o caso egípcio é muito complicado, por que está em apoiar a quebra constitucional via golpe dos militares, ou golpe também dado Mursi de perseguir minorias e concentrar poderes.
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Por Sumita Pahwa
Egípcios são ferozmente divididos sobre se a intervenção do exército recente para depor o cada vez mais impopular presidente Morsi foi um passo para a frente ou para trás para a democracia. Aqueles que inundaram a Praça Tahrir para animar uma "segunda revolução" argumentou que o governo Morsi liderada podem ter sido eleito, mas que ele tinha perdido a sua legitimidade com excludente, exercício liberal do poder. Os irmãos tinham alimentado temores de autoritarismo eleitoral no ano passado: a demonstração de má-fé em voltar em garantias de que Morsi iria nomear um gabinete de consenso, incluindo figuras da oposição, sua sinalização de intenção hegemônica na tentativa de contornar os tribunais com as declarações constitucionais, em tentar empilhar instituições do Estado com os legalistas e mais importante em empurrar através de uma constituição estritamente partidária contra os protestos da oposição não-islâmico, e sua vontade de reprimir a sociedade civil, punindo as vozes críticas e asfaltamento ONGs como agentes estrangeiros, reviveu antigos temores de que os islamitas apenas viu as eleições como um meio para um fim liberal.
No entanto, enquanto uma intervenção militar oferece uma chance de começar de novo, mas também consolida normas e incentivos das seguintes formas anti-democráticas:
1) Ao permitir que os militares para lançar o voto decisivo em impasses políticos e determinar o que a "voz do povo" e é para executar "a vontade popular," esta intervenção reduz o incentivo para as partes para investir em organização eleitoral e político e para atrair o exército em seu lugar. Isso mantém pretorianismo indo em vez de encorajar todos os atores políticos a respeitar a democracia como o único jogo na cidade.
2) Isto também reduz a pressão sobre todos os atores para negociar compromissos e incentiva-los a usar protesto ao invés de eleições como um caminho para alcançar a mudança política. A recusa do governo MB liderada reconhecer quão frágil um mandato que teve e oferecer os seus críticos e mais canais aliados céticos para entrada e feedback contínuo foi o primeiro passo nessa direção: por não canalizar oposição institucionalmente, eles deixaram protesto anti-sistema política como a única ferramenta eficaz para a oposição. Mas a oposição também foi amplamente convencido da importância da organização partidária, vendo-a como um processo triste que foi contra eles, para começar. A lição de uma intervenção militar é: se você não gosta do seu governo, espere até que você pode derrubá-lo. Se aqueles em oposição têm pouca esperança de mudança de política por meios legais e continuar a usar a política anti-sistema como a única ferramenta eficaz, as instituições sofrem. Além disso, por mais poderoso que uma manifestação de milhares de egípcios de todo o espectro social, pode ser um sinal de descontentamento popular, não há substituto para as eleições de expressar 'vontade popular' o - ou para evitar qualquer grupo, seja secular ou islâmica hoje amanhã, a partir alegando que só fala para o povo, com a exclusão de todos os outros, porque tem sido capaz de colocar-se uma demonstração de força na rua.
3) os atores da oposição seculares têm insistido seu ativismo visava a criação de uma ordem democrática mais inclusiva. No entanto, a sua vontade de justificar ferramentas não-liberais para atingir seus objetivos deve nos dar uma pausa: a MB não estavam dispostos a defender as liberdades de quem eles acreditavam que eram "contra a religião", e os seus adversários estão torcendo uma abordagem semelhante agora, encolhendo os ombros ou torcendo ativamente a parada militar eo estabelecimento de segurança dos meios de comunicação islâmicos e prisões de líderes MB. Politização da SCC continuou com a nomeação de sua cabeça, como presidente de transição. Há também relatos de que os líderes MB pode ser acusado de insultar o Judiciário e os "crimes contra o povo Reprimir a liberdade de expressão e usando o Judiciário para a vingança politicamente motivada enfraquece as próprias estruturas do liberalismo que são mais necessários para reviver a democracia:. Uma imprensa verdadeiramente livre e judiciário independente.
4) Isso mantém o ciclo de utilização vitória política temporária para desumanizar e esmagar sua oposição indo e, mais preocupante, corre o risco de os islamitas de ensino a lição de que o uso legítimo, os meios eleitorais para alcançar seus objetivos é inútil. Ele também sustenta a crença entre os islamitas que a oposição secular está disposta a utilizar todos os meios, mesmo aliando-se com mais odiados, as instituições repressivas da velha ordem, para excluí-los, e que uma nova ordem político nominalmente democrático não é diferente da velha ordem em suas alianças de exclusão. Os erros dos dois últimos anos pode ser desfeita, mas assim que anos de aprendizado político, e os irmãos tendem a retornar à paranóia defensiva e eles têm sido historicamente mais acostumado. Algumas ordens democráticas pode sobreviver a exclusão de uma força popular significativa por muito tempo.
O que pode ser feito neste momento para definir a transição democrática do Egito de volta aos trilhos?
1) A prisão vingativa de líderes MB deve ser interrompida e devem ser autorizados a participar livremente nas próximas eleições, sem processos judiciais motivados politicamente contra eles. O governo de unidade nacional que está a ser formado no âmbito dos planos de transição do exército deve incluir os islamitas também.
2) A legitimidade das eleições devem ser cuidadosamente protegidos e as eleições parlamentares devem ser chamados em breve. A lei eleitoral não podem ser vistos como tentativas de desfazer islâmicos para manipular resultados em seu favor, se for alterada no sentido oposto, ou seja, se ele é projetado para excluir islamitas. Secularistas são rápidos para argumentar que "não há mais a democracia do que eleições", mas não há democracia sem eleições, e eles devem estar preparados para organizar eleitoralmente e ganhar as eleições de forma justa.
3) A nova lei eleitoral deve aumentar os incentivos para o compromisso, por exemplo, aumentando o poder do parlamento e do primeiro-ministro sobre o do presidente. Sistemas parlamentares são melhores para incentivar a negociação e limitar o 'vencedor leva tudo' mentalidade de que é tão arriscado em transições democráticas, e se as regras políticas estão sendo revistos, o modelo parlamentar é aquele que deve ser seriamente considerado. A ordem política bloqueado em que os vencedores temporários excluir os seus adversários é que nos últimos dois anos têm-nos mostrado a importância de evitar.
4) Os juízes devem retornar às suas posições fora do palco político o mais rápido possível. A neutralidade da lei é absolutamente essencial para o sucesso das novas democracias, como é a aceitação da lei por todos. Para este fim, que altera e revisitar artigos fundamentais na Constituição para garantir a sua aceitação através da placa também é importante, mas deve ser feito rapidamente, a fim de mover o Egito fora de um quadro legal de transição para uma permanente.
5) O fator mais difícil e menos previsível é o exército, e ao mesmo tempo muito depende do que ele escolhe para fazer, os atores políticos podem limitar ou aumentar a sua influência negativa por suas próprias ações. Se os políticos apelo ao exército e nomear um presidente exército simpática após as próximas eleições, o Egito vai seguir o modelo Paquistão (eo modelo turco one-time) do exército como árbitro eterno político, com todas as partes instando-o a intervir em seu nome em tempos de crise. Inevitavelmente, o exército vai perceber, em algum momento que é mais fácil de governar diretamente e não através de proxies políticos. Pode ser impossível sob uma transição exército mediar política de introduzir cláusulas da Constituição limitando o papel dos militares na política, mas até que todos os atores políticos concordam sobre a importância de fazê-lo, a democracia no Egito vai depender da boa vontade dos militares, que o história dos militares na política em todo o mundo indica não é uma posição de confiança.
6) É uma verdade incômoda que todas as transições democráticas bem-sucedidas dependem, pelo menos em parte, as instituições não eleitas fazendo a coisa certa, e em governos eleitos respeitando os direitos daqueles que não elegê-los. Governos eleitos devem buscar consenso e resistir à tentação de usar a vitória por vingança, ou escrever novas leis para beneficiar a sua posição de curto prazo, em vez de a saúde a longo prazo da democracia. Juízes não deve ser politizado e exércitos deve retornar para o quartel. Nenhuma dessas coisas tem sido alcançado no Egito nos últimos dois anos, mas seria uma tragédia se a agitação e da violência do ano passado não ensinam todos os atores a futilidade de curto prazo pensamento interesseiro.
50% da população saudando a queda de um governo por um golpe militar é algo inédito, acredito que no máximo nos outros casos não passou de 5%, o caso egípcio é muito complicado, por que está em apoiar a quebra constitucional via golpe dos militares, ou golpe também dado Mursi de perseguir minorias e concentrar poderes.
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Egípcios são ferozmente divididos sobre se a intervenção do exército recente para depor o cada vez mais impopular presidente Morsi foi um passo para a frente ou para trás para a democracia. Aqueles que inundaram a Praça Tahrir para animar uma "segunda revolução" argumentou que o governo Morsi liderada podem ter sido eleito, mas que ele tinha perdido a sua legitimidade com excludente, exercício liberal do poder. Os irmãos tinham alimentado temores de autoritarismo eleitoral no ano passado: a demonstração de má-fé em voltar em garantias de que Morsi iria nomear um gabinete de consenso, incluindo figuras da oposição, sua sinalização de intenção hegemônica na tentativa de contornar os tribunais com as declarações constitucionais, em tentar empilhar instituições do Estado com os legalistas e mais importante em empurrar através de uma constituição estritamente partidária contra os protestos da oposição não-islâmico, e sua vontade de reprimir a sociedade civil, punindo as vozes críticas e asfaltamento ONGs como agentes estrangeiros, reviveu antigos temores de que os islamitas apenas viu as eleições como um meio para um fim liberal.
No entanto, enquanto uma intervenção militar oferece uma chance de começar de novo, mas também consolida normas e incentivos das seguintes formas anti-democráticas:
1) Ao permitir que os militares para lançar o voto decisivo em impasses políticos e determinar o que a "voz do povo" e é para executar "a vontade popular," esta intervenção reduz o incentivo para as partes para investir em organização eleitoral e político e para atrair o exército em seu lugar. Isso mantém pretorianismo indo em vez de encorajar todos os atores políticos a respeitar a democracia como o único jogo na cidade.
2) Isto também reduz a pressão sobre todos os atores para negociar compromissos e incentiva-los a usar protesto ao invés de eleições como um caminho para alcançar a mudança política. A recusa do governo MB liderada reconhecer quão frágil um mandato que teve e oferecer os seus críticos e mais canais aliados céticos para entrada e feedback contínuo foi o primeiro passo nessa direção: por não canalizar oposição institucionalmente, eles deixaram protesto anti-sistema política como a única ferramenta eficaz para a oposição. Mas a oposição também foi amplamente convencido da importância da organização partidária, vendo-a como um processo triste que foi contra eles, para começar. A lição de uma intervenção militar é: se você não gosta do seu governo, espere até que você pode derrubá-lo. Se aqueles em oposição têm pouca esperança de mudança de política por meios legais e continuar a usar a política anti-sistema como a única ferramenta eficaz, as instituições sofrem. Além disso, por mais poderoso que uma manifestação de milhares de egípcios de todo o espectro social, pode ser um sinal de descontentamento popular, não há substituto para as eleições de expressar 'vontade popular' o - ou para evitar qualquer grupo, seja secular ou islâmica hoje amanhã, a partir alegando que só fala para o povo, com a exclusão de todos os outros, porque tem sido capaz de colocar-se uma demonstração de força na rua.
3) os atores da oposição seculares têm insistido seu ativismo visava a criação de uma ordem democrática mais inclusiva. No entanto, a sua vontade de justificar ferramentas não-liberais para atingir seus objetivos deve nos dar uma pausa: a MB não estavam dispostos a defender as liberdades de quem eles acreditavam que eram "contra a religião", e os seus adversários estão torcendo uma abordagem semelhante agora, encolhendo os ombros ou torcendo ativamente a parada militar eo estabelecimento de segurança dos meios de comunicação islâmicos e prisões de líderes MB. Politização da SCC continuou com a nomeação de sua cabeça, como presidente de transição. Há também relatos de que os líderes MB pode ser acusado de insultar o Judiciário e os "crimes contra o povo Reprimir a liberdade de expressão e usando o Judiciário para a vingança politicamente motivada enfraquece as próprias estruturas do liberalismo que são mais necessários para reviver a democracia:. Uma imprensa verdadeiramente livre e judiciário independente.
4) Isso mantém o ciclo de utilização vitória política temporária para desumanizar e esmagar sua oposição indo e, mais preocupante, corre o risco de os islamitas de ensino a lição de que o uso legítimo, os meios eleitorais para alcançar seus objetivos é inútil. Ele também sustenta a crença entre os islamitas que a oposição secular está disposta a utilizar todos os meios, mesmo aliando-se com mais odiados, as instituições repressivas da velha ordem, para excluí-los, e que uma nova ordem político nominalmente democrático não é diferente da velha ordem em suas alianças de exclusão. Os erros dos dois últimos anos pode ser desfeita, mas assim que anos de aprendizado político, e os irmãos tendem a retornar à paranóia defensiva e eles têm sido historicamente mais acostumado. Algumas ordens democráticas pode sobreviver a exclusão de uma força popular significativa por muito tempo.
O que pode ser feito neste momento para definir a transição democrática do Egito de volta aos trilhos?
1) A prisão vingativa de líderes MB deve ser interrompida e devem ser autorizados a participar livremente nas próximas eleições, sem processos judiciais motivados politicamente contra eles. O governo de unidade nacional que está a ser formado no âmbito dos planos de transição do exército deve incluir os islamitas também.
2) A legitimidade das eleições devem ser cuidadosamente protegidos e as eleições parlamentares devem ser chamados em breve. A lei eleitoral não podem ser vistos como tentativas de desfazer islâmicos para manipular resultados em seu favor, se for alterada no sentido oposto, ou seja, se ele é projetado para excluir islamitas. Secularistas são rápidos para argumentar que "não há mais a democracia do que eleições", mas não há democracia sem eleições, e eles devem estar preparados para organizar eleitoralmente e ganhar as eleições de forma justa.
3) A nova lei eleitoral deve aumentar os incentivos para o compromisso, por exemplo, aumentando o poder do parlamento e do primeiro-ministro sobre o do presidente. Sistemas parlamentares são melhores para incentivar a negociação e limitar o 'vencedor leva tudo' mentalidade de que é tão arriscado em transições democráticas, e se as regras políticas estão sendo revistos, o modelo parlamentar é aquele que deve ser seriamente considerado. A ordem política bloqueado em que os vencedores temporários excluir os seus adversários é que nos últimos dois anos têm-nos mostrado a importância de evitar.
4) Os juízes devem retornar às suas posições fora do palco político o mais rápido possível. A neutralidade da lei é absolutamente essencial para o sucesso das novas democracias, como é a aceitação da lei por todos. Para este fim, que altera e revisitar artigos fundamentais na Constituição para garantir a sua aceitação através da placa também é importante, mas deve ser feito rapidamente, a fim de mover o Egito fora de um quadro legal de transição para uma permanente.
5) O fator mais difícil e menos previsível é o exército, e ao mesmo tempo muito depende do que ele escolhe para fazer, os atores políticos podem limitar ou aumentar a sua influência negativa por suas próprias ações. Se os políticos apelo ao exército e nomear um presidente exército simpática após as próximas eleições, o Egito vai seguir o modelo Paquistão (eo modelo turco one-time) do exército como árbitro eterno político, com todas as partes instando-o a intervir em seu nome em tempos de crise. Inevitavelmente, o exército vai perceber, em algum momento que é mais fácil de governar diretamente e não através de proxies políticos. Pode ser impossível sob uma transição exército mediar política de introduzir cláusulas da Constituição limitando o papel dos militares na política, mas até que todos os atores políticos concordam sobre a importância de fazê-lo, a democracia no Egito vai depender da boa vontade dos militares, que o história dos militares na política em todo o mundo indica não é uma posição de confiança.
6) É uma verdade incômoda que todas as transições democráticas bem-sucedidas dependem, pelo menos em parte, as instituições não eleitas fazendo a coisa certa, e em governos eleitos respeitando os direitos daqueles que não elegê-los. Governos eleitos devem buscar consenso e resistir à tentação de usar a vitória por vingança, ou escrever novas leis para beneficiar a sua posição de curto prazo, em vez de a saúde a longo prazo da democracia. Juízes não deve ser politizado e exércitos deve retornar para o quartel. Nenhuma dessas coisas tem sido alcançado no Egito nos últimos dois anos, mas seria uma tragédia se a agitação e da violência do ano passado não ensinam todos os atores a futilidade de curto prazo pensamento interesseiro.
marcelo l.- Farrista "We are the Champions"
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Re: Milhões de pessoas vão às ruas do Egito para exigir a renúncia de Morsi
la no Egito o povo se manifestou contra o golpe e tomaram bala,vamos ver no que vai dar
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"Seu verdadeiro lar está dentro do seu coração e continua com você onde quer que você vá; mas um lugar legal e aconchegante é um motivo maravilhoso para voltar para casa!"
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Re: Milhões de pessoas vão às ruas do Egito para exigir a renúncia de Morsi
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Na rede egipcia, aparece casos assim, os partidários da IM atacando pessoas e jogando no caso, pelo um padre foi assasinado no sinai. Jornais como Tahirnews, almasryalyoum, eu acho que a boa chance do Egito entrar em uma guerra civil.
E mesmo armas de fogo, a IM andou atirando com armas de cartucho, principalmente contra os manifestantes da Tahir, segundo a notícia:
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Ansar a temida milícia islâmica da Líbia tem ligações fortes com o Egito e ela tem muitas armas em estoque, por isso analisando nesse edit, se não tivermos muitos problemas sérios será um milagre.
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Na rede egipcia, aparece casos assim, os partidários da IM atacando pessoas e jogando no caso, pelo um padre foi assasinado no sinai. Jornais como Tahirnews, almasryalyoum, eu acho que a boa chance do Egito entrar em uma guerra civil.
E mesmo armas de fogo, a IM andou atirando com armas de cartucho, principalmente contra os manifestantes da Tahir, segundo a notícia:
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Ansar a temida milícia islâmica da Líbia tem ligações fortes com o Egito e ela tem muitas armas em estoque, por isso analisando nesse edit, se não tivermos muitos problemas sérios será um milagre.
marcelo l.- Farrista "We are the Champions"
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Re: Milhões de pessoas vão às ruas do Egito para exigir a renúncia de Morsi
'É simplista chamar de golpe', diz analista brasileiro sobre crise no Egito
"Chamar o que está acontecendo [no Egito] de golpe é extremamente simplista", analisa o brasileiro Aldo Cordeiro Sauda, internacionalista que esteve no país em 2011, quando o ex-ditador Hosni Mubarak foi derrubado, e vive atualmente em Beirute, no Líbano. Para ele, a derrubada do então presidente Mohamed Morsi do poder pelo exército nesta semana deve ser analisada no contexto da revolução que tirou Mubarak.
"O que há é um processo revolucionário em curso em que a massa vai para a rua - em números falam que pode ser a maior movimentação popular da história Moderna - sem instrumentos de poder, sem controle. A massa vai a rua, faz a denúncia, mas ela não tem organismos civis para a tomada do poder ou para ela mesma derrubar o presidente."
G1 - Como você avalia a atual conjuntura e golpe de Estado no Egito?
Aldo Sauda - Chamar o que está acontecendo de golpe é extremamente simplista. Primeiro do ponto de vista legal. Quando você diz que há um golpe, você parte do pressuposto de que houve uma ruptura na ordem constitucional egípcia. Acontece que, em novembro de 2012 já houve uma ruptura da ordem constitucional feita pelo próprio Morsi, na qual ele acumulou para si todos os poderes tanto legislativos quanto judiciários. [...] A partir de novembro de 2012, o Morsi, em termos de poderes institucionais e controle popular que havia sob seu mandato, era mais ditatorial que o [ex-ditador Hosni] Mubarak.
[...] A grande ruptura constitucional que houve no Egito foi em novembro de 2012. Portanto, toda legitimidade do regime a partir de então ficou em cheque. Mas, mais do que isso, me preocupa que todos chamem o processo de fevereiro de 2011 de Revolução e esse de agora de golpe. Acho que essa resposta é até um pouco ideológica. O que existe é um processo longo, contraditório, mas com uma revolução em curso. O exército entrou no jogo para segurar o movimento. Você tinha 17 milhões de pessoas nas ruas, violência e aí o exército derruba o Morsi. Não estou dizendo que o exército é uma maravilha. Mas o que houve [agora] é muito similar ao que houve em 2011. Com a diferença de que agora estava muito maior. Me lembro que uma das últimas manifestações de 2011 tinha cerca de 6 milhões nas ruas. Agora tem o dobro.
É tão similar ao que aconteceu em 2011, que me parece errado classificar o que aconteceu em 2011 como 'ah, que maravilha, primavera árabe, liberdade, democracia' e o que aconteceu agora apenas como golpe, uma medida autoritária. Isso não quer dizer que não haja como parte do processo um golpe de Estado. Assim como houve em 2011 também um golpe de Estado. Mas, quando você fala em golpe, você carrega uma conotação repressiva e reacionária. O que há é um processo revolucionário em curso em que a massa vai para a rua - em números falam que pode ser a maior movimentação popular da história Moderna - sem instrumentos de poder, sem controle. A massa vai à rua, faz a denúncia, mas ela não tem organismos civis para a tomada do poder ou para ela mesma derrubar o presidente. Então outros organismos o fazem, um dos grupos, usando a legitimidade do povo, toma o poder e derruba o poder anterior.
G1. Por que não foi um impeachment, então?
Aldo Sauda - O Morsi estava acima de todas as instituições jurídicas e legislativas. Além disso, existe um vácuo institucional no país. Morsi dissolveu a Assembleia Constitucional e puxou os poderes para si em novembro de 2012. Quer dizer, ele deu um golpe em 2012. Isso [que acontece agora] é mais um contragolpe do que qualquer outra coisa. Quando você olha todo o processo constitucional egípcio é uma bagunça, existe dificuldade de se dizer que Constituição se aplica no Egito hoje, há diversas interpretações. Na verdade [isso] se explica porque a legitimidade do processo em meio a uma revolução de massas não vem de um debate legalista, ela vem das ruas. Revoluções são assim.
Hoje no Egito, mais do que nunca, o povo está erguendo fotos dos militares, os mesmos que estavam no poder e oprimindo o povo antes. Agora, porque quando os egípcios fazem isso é um absurdo e quando no Brasil, nas manifestações, estava cheio de skinhead e neonazista batendo em pessoas dos movimentos sociais é normal? Isso não erradica do movimento seu caráter progressista. O fato de que você vai ter comportamentos reacionários e comportamentos autoritários, uma série de contradições dentro do movimento, não significa que não seja uma revolução. A massa é contraditória.
G1. O que vai acontecer com a Irmandade Muçulmana agora?
Aldo Sauda - Essa é a pergunta do milhão. Não sei, mas acho que vai fracionar a Irmandade. Foi um governo muito desastroso. Acho que a Irmandade vai passar por uma crise muito grande, e politicamente a tendência é ela se desintegrar. Não sei se alguns setores mais radicalizados vão partir para a clandestinidade e fazer atos terroristas, pois não seria a primeira vez que isso acontece. Até agora no Egito, desde o começo da Revolução, o regime de [Hosni] Mubarak não foi derrubado. A Irmandade nunca foi radicalmente contra o regime. Eles tinham uma relação muito complexa com os militares. O regime não caiu quando Mubarak caiu, quando Morsi foi eleito o regime não caiu, houve uma mudança nas cartas, mas não caiu. E agora também não. Está balançando, mas não caiu. Morsi não foi uma ruptura com esse regime. É muito complicado e confuso.
Há uma crise econômica e social, então quem está no governo vai rodar. É um país de famintos, miseráveis, é o país que mais importa grãos no mundo e não houve ruptura da política econômica de Mubarak. E também não há uma situação mundial que permita uma grande recuperação econômica do Egito.
A tendência, eu acho, é o processo continuar indo nesse caminho. Ou sai um movimento que consiga tomar o poder das massas - que não seja os militares nem a Irmandade - ou entra alguém e esmaga o movimento - o que levaria um enorme derramamento de sangue. Se isso não acontecer esse ciclo continua. Derruba o governo, entra um novo governo, fica um pouquinho e o povo fica cansado e vai para a rua de novo.
[...] O povo vai para a rua, mas não sabe para onde ir. É uma grande crise de direção. As pessoas sabem o que não querem, mas não estão dispostas a terem uma organização.
G1. E o [prêmio Nobel da Paz] Mohamed ElBaradei?
Aldo - ElBaradei apostou em construir uma frente nacional de oposição, chamada Frente de Salvação Nacional, mas a única coisa que unifica essa frente é que ela é oposição. Além disso, existem poucos elementos que a mantém unida. Ela se formou recentemente em oposição ao Morsi e não tem um programa claro.
G1. Ele não pode ser um nome de união?
Aldo Sauda - Acho ElBaraei fraco. Como político, com posições fracas. Ele não é um sujeito de massas. E, além de tudo, ele não tem nenhuma organização política capaz de sustentá-lo. Quem tem é um sujeito que está próximo a ele que se chama Hamdeen Sabahi, que não sei como vai se movimentar agora.
G1. Você acredita na possibilidade de uma guerra civil?
Aldo Sauda - Acho que volta para a pergunta sobre o que vai acontecer com a Irmandade. Não descartaria um cenário do qual você tivesse carros-bomba explodindo, coisas assim. Acho que não dá para descartar nada agora. Agora, guerra civil tipo Síria, não. Acho muito difícil.
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"Chamar o que está acontecendo [no Egito] de golpe é extremamente simplista", analisa o brasileiro Aldo Cordeiro Sauda, internacionalista que esteve no país em 2011, quando o ex-ditador Hosni Mubarak foi derrubado, e vive atualmente em Beirute, no Líbano. Para ele, a derrubada do então presidente Mohamed Morsi do poder pelo exército nesta semana deve ser analisada no contexto da revolução que tirou Mubarak.
"O que há é um processo revolucionário em curso em que a massa vai para a rua - em números falam que pode ser a maior movimentação popular da história Moderna - sem instrumentos de poder, sem controle. A massa vai a rua, faz a denúncia, mas ela não tem organismos civis para a tomada do poder ou para ela mesma derrubar o presidente."
G1 - Como você avalia a atual conjuntura e golpe de Estado no Egito?
Aldo Sauda - Chamar o que está acontecendo de golpe é extremamente simplista. Primeiro do ponto de vista legal. Quando você diz que há um golpe, você parte do pressuposto de que houve uma ruptura na ordem constitucional egípcia. Acontece que, em novembro de 2012 já houve uma ruptura da ordem constitucional feita pelo próprio Morsi, na qual ele acumulou para si todos os poderes tanto legislativos quanto judiciários. [...] A partir de novembro de 2012, o Morsi, em termos de poderes institucionais e controle popular que havia sob seu mandato, era mais ditatorial que o [ex-ditador Hosni] Mubarak.
[...] A grande ruptura constitucional que houve no Egito foi em novembro de 2012. Portanto, toda legitimidade do regime a partir de então ficou em cheque. Mas, mais do que isso, me preocupa que todos chamem o processo de fevereiro de 2011 de Revolução e esse de agora de golpe. Acho que essa resposta é até um pouco ideológica. O que existe é um processo longo, contraditório, mas com uma revolução em curso. O exército entrou no jogo para segurar o movimento. Você tinha 17 milhões de pessoas nas ruas, violência e aí o exército derruba o Morsi. Não estou dizendo que o exército é uma maravilha. Mas o que houve [agora] é muito similar ao que houve em 2011. Com a diferença de que agora estava muito maior. Me lembro que uma das últimas manifestações de 2011 tinha cerca de 6 milhões nas ruas. Agora tem o dobro.
É tão similar ao que aconteceu em 2011, que me parece errado classificar o que aconteceu em 2011 como 'ah, que maravilha, primavera árabe, liberdade, democracia' e o que aconteceu agora apenas como golpe, uma medida autoritária. Isso não quer dizer que não haja como parte do processo um golpe de Estado. Assim como houve em 2011 também um golpe de Estado. Mas, quando você fala em golpe, você carrega uma conotação repressiva e reacionária. O que há é um processo revolucionário em curso em que a massa vai para a rua - em números falam que pode ser a maior movimentação popular da história Moderna - sem instrumentos de poder, sem controle. A massa vai à rua, faz a denúncia, mas ela não tem organismos civis para a tomada do poder ou para ela mesma derrubar o presidente. Então outros organismos o fazem, um dos grupos, usando a legitimidade do povo, toma o poder e derruba o poder anterior.
G1. Por que não foi um impeachment, então?
Aldo Sauda - O Morsi estava acima de todas as instituições jurídicas e legislativas. Além disso, existe um vácuo institucional no país. Morsi dissolveu a Assembleia Constitucional e puxou os poderes para si em novembro de 2012. Quer dizer, ele deu um golpe em 2012. Isso [que acontece agora] é mais um contragolpe do que qualquer outra coisa. Quando você olha todo o processo constitucional egípcio é uma bagunça, existe dificuldade de se dizer que Constituição se aplica no Egito hoje, há diversas interpretações. Na verdade [isso] se explica porque a legitimidade do processo em meio a uma revolução de massas não vem de um debate legalista, ela vem das ruas. Revoluções são assim.
Hoje no Egito, mais do que nunca, o povo está erguendo fotos dos militares, os mesmos que estavam no poder e oprimindo o povo antes. Agora, porque quando os egípcios fazem isso é um absurdo e quando no Brasil, nas manifestações, estava cheio de skinhead e neonazista batendo em pessoas dos movimentos sociais é normal? Isso não erradica do movimento seu caráter progressista. O fato de que você vai ter comportamentos reacionários e comportamentos autoritários, uma série de contradições dentro do movimento, não significa que não seja uma revolução. A massa é contraditória.
G1. O que vai acontecer com a Irmandade Muçulmana agora?
Aldo Sauda - Essa é a pergunta do milhão. Não sei, mas acho que vai fracionar a Irmandade. Foi um governo muito desastroso. Acho que a Irmandade vai passar por uma crise muito grande, e politicamente a tendência é ela se desintegrar. Não sei se alguns setores mais radicalizados vão partir para a clandestinidade e fazer atos terroristas, pois não seria a primeira vez que isso acontece. Até agora no Egito, desde o começo da Revolução, o regime de [Hosni] Mubarak não foi derrubado. A Irmandade nunca foi radicalmente contra o regime. Eles tinham uma relação muito complexa com os militares. O regime não caiu quando Mubarak caiu, quando Morsi foi eleito o regime não caiu, houve uma mudança nas cartas, mas não caiu. E agora também não. Está balançando, mas não caiu. Morsi não foi uma ruptura com esse regime. É muito complicado e confuso.
Há uma crise econômica e social, então quem está no governo vai rodar. É um país de famintos, miseráveis, é o país que mais importa grãos no mundo e não houve ruptura da política econômica de Mubarak. E também não há uma situação mundial que permita uma grande recuperação econômica do Egito.
A tendência, eu acho, é o processo continuar indo nesse caminho. Ou sai um movimento que consiga tomar o poder das massas - que não seja os militares nem a Irmandade - ou entra alguém e esmaga o movimento - o que levaria um enorme derramamento de sangue. Se isso não acontecer esse ciclo continua. Derruba o governo, entra um novo governo, fica um pouquinho e o povo fica cansado e vai para a rua de novo.
[...] O povo vai para a rua, mas não sabe para onde ir. É uma grande crise de direção. As pessoas sabem o que não querem, mas não estão dispostas a terem uma organização.
G1. E o [prêmio Nobel da Paz] Mohamed ElBaradei?
Aldo - ElBaradei apostou em construir uma frente nacional de oposição, chamada Frente de Salvação Nacional, mas a única coisa que unifica essa frente é que ela é oposição. Além disso, existem poucos elementos que a mantém unida. Ela se formou recentemente em oposição ao Morsi e não tem um programa claro.
G1. Ele não pode ser um nome de união?
Aldo Sauda - Acho ElBaraei fraco. Como político, com posições fracas. Ele não é um sujeito de massas. E, além de tudo, ele não tem nenhuma organização política capaz de sustentá-lo. Quem tem é um sujeito que está próximo a ele que se chama Hamdeen Sabahi, que não sei como vai se movimentar agora.
G1. Você acredita na possibilidade de uma guerra civil?
Aldo Sauda - Acho que volta para a pergunta sobre o que vai acontecer com a Irmandade. Não descartaria um cenário do qual você tivesse carros-bomba explodindo, coisas assim. Acho que não dá para descartar nada agora. Agora, guerra civil tipo Síria, não. Acho muito difícil.
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Re: Milhões de pessoas vão às ruas do Egito para exigir a renúncia de Morsi
Utilizando o que li hoje ,Golpe foi, só ler qualquer definição usando a de Jonathan Powell e Clayton Thyne das regras de codificação:
[Golpes de Estado são definidos como] tentativas manifestas pelas elites militares ou outros dentro do aparelho de Estado para derrubar o chefe de estado utilizando meios inconstitucionais ... não há limite mínimo de morte para a definição de um golpe de Estado. A tentativa de golpe é definida como bem-sucedida se os golpistas conquistar e manter o poder por pelo menos sete dias.
O que vejo que desde 1991 temos um quadro diferente na natureza dos golpes militares e seus efeitos em um PDF que coloquei na seção de livros do Nikolay Marinov e Hein Geomans mostra que os golpes de Estado no período pós-Guerra Fria têm sido menos prejudiciaispara a democratização:
"Considerando que a grande maioria dos golpes bem sucedidos antes de 1991 as regras duráveis instalados, a maioria dos golpes depois que foram seguidas por eleições competitivas ... Enquanto o golpe de Estado foi e ainda é o fator mais importante que leva à queda do governo democrático, nossos resultados indicam que a nova geração de golpes de Estado tem sido muito menos prejudicial para a democracia do que seus antecessores históricos".
Democracia pode ser corroída por quem ganhou a eleição e depois revisou as regras bastante significativa, isso ocorreu ao meu ver no Egito, levou o apoio de parcela importante da população ao golpe militar. Além disso os tristes acontecimentos da Turquia reforçaram tanto a esquerda como os coptas que mesmo o exemplo bom de governar não servia para eles.
[Golpes de Estado são definidos como] tentativas manifestas pelas elites militares ou outros dentro do aparelho de Estado para derrubar o chefe de estado utilizando meios inconstitucionais ... não há limite mínimo de morte para a definição de um golpe de Estado. A tentativa de golpe é definida como bem-sucedida se os golpistas conquistar e manter o poder por pelo menos sete dias.
O que vejo que desde 1991 temos um quadro diferente na natureza dos golpes militares e seus efeitos em um PDF que coloquei na seção de livros do Nikolay Marinov e Hein Geomans mostra que os golpes de Estado no período pós-Guerra Fria têm sido menos prejudiciaispara a democratização:
"Considerando que a grande maioria dos golpes bem sucedidos antes de 1991 as regras duráveis instalados, a maioria dos golpes depois que foram seguidas por eleições competitivas ... Enquanto o golpe de Estado foi e ainda é o fator mais importante que leva à queda do governo democrático, nossos resultados indicam que a nova geração de golpes de Estado tem sido muito menos prejudicial para a democracia do que seus antecessores históricos".
Democracia pode ser corroída por quem ganhou a eleição e depois revisou as regras bastante significativa, isso ocorreu ao meu ver no Egito, levou o apoio de parcela importante da população ao golpe militar. Além disso os tristes acontecimentos da Turquia reforçaram tanto a esquerda como os coptas que mesmo o exemplo bom de governar não servia para eles.
marcelo l.- Farrista "We are the Champions"
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