Governo cubano encerra atividade de arcades ilegais

Em uma medida drástica, o governo cubano fechou as portas de cinemas e arcades ilegais espalhados pelo país. Mesmo com o embargo predatório imposto pelos EUA desde os anos 60, parece que alguns pequenos empresários conseguiam trazer filmes e jogos vindos de fora de Cuba. Os arcades estavam cada vez mais populares na ilha, trazendo diversão e entretenimento barato para muitos jovens que nunca tiveram acesso à expansiva cultura de games no Ocidente. Mas agora tudo isso acabou.

Desde 2010, o governo liderado por Raul Castro vem cedendo permissões para o desenvolvimento de alguns setores privados, regulamentando funções como manicure, taxista e jardineiro. Cinemas e arcades não se encontravam na lista de novos negócios liberados pelo governo, mas também não eram especificamente proibidos. Para funcionar, esses estabelecimentos eram registrados oficialmente como restaurantes. Apesar de servirem comidas e bebidas para os seus clientes, definitivamente o foco desses negócios era outro.

O jornal Granma, ligado ao Partido Comunista, publicou um anúncio do Comitê Executivo do Conselho de Ministros sobre o fechamento dos salões de filmes e jogos. ”Exibições de cinema (incluindo salas 3D) e jogos de computador não devem mais fazer parte imediatamente de qualquer tipo de atividade ou negócio privado”, dizia o comunicado.

Recentemente, um artigo no jornal Juventud Rebelde, da frente jovem do Partido Comunista, criticava duramente a cultura de games por conta de seu âmbito capitalista. No texto, o vice-ministro da Cultura Fernando Rojas diz que os jogos promovem “frivolidade, mediocridade, pseudo-cultura e banalidade”, o que já indicava que o governo estaria pensando em fechar os arcades.

Por conta dos embargos internacionais, o país certamente não desenvolveu o mercado de consoles caseiros ou mesmo de computadores pessoais como grande parte do Ocidente. Não é muita surpresa saber que o governo não está muito impressionado com 0 potencial cultural dos games, tendo em vista que eles não foram expostos a grandes marcos da história do videogame. Com a manutenção das barreiras econômicas impostas por outros países e o fechamento desses arcades, parece que a população cubana continuará não podendo usufruir do entretenimento eletrônico moderno.

Fonte: [Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link]

Game over!

ditadura total,agora foi retirado o pouco que os jovens tinham para se divertir