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Após assédio, internautas iniciam boicote a bar Quitandinha em SP

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Mensagem por Koppe Dom Fev 07, 2016 3:25 pm

sábado, 6 de fevereiro de 2016 - 17h03 Atualizado em sábado, 6 de fevereiro de 2016 - 22h09
Luisa Romano


Jovem alega agressão e truculência do gerente do Quitandinha Bar, em SP

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Na tarde de sexta-feira (5), o Quitandinha Bar, tradicional na Vila Madalena, em São Paulo, se envolveu em uma polêmica que não para de aumentar.

A jovem Júlia Velo publicou em sua página no Facebook um relato de assédio e agressão que teriam ocorrido no bar. De acordo com o texto, que até a tarde deste sábado teve mais de 70 mil curtidas, ela e sua amiga, Isabella Remelli, estavam com amigos no bar, quando eles decidiram ir fumar. Elas permaneceram na mesa.

Em menos de cinco minutos, Júlia e Isabella foram abordadas de forma truculenta e assediadas por dois clientes do estabelecimento.

Ainda segundo o relato, o gerente defendeu os dois homens e mandou que o segurança retirasse ela e a amiga do local. "Nesse ponto, os nossos amigos homens já tinham voltado e estavam tentando convencer a equipe do bar de que a culpa não era nossa, também em vão, também indignados com tudo." A polícia foi chamada e minimizou o caso.

O texto teve mais de 21 mil compartilhamentos no Facebook. Homens e mulheres indignados entraram na página oficial do bar na rede social para cobrar providências e avaliar como “ruim” o local. O Quitandinha Bar caiu de 3,9 para 1,3 estrela (em uma escala de 5) em menos de 24 horas. Todos os posts recentes da página do bar tinham comentários criticando a postura do gerente e dos funcionários.

Por volta de 14h30 deste sábado, o Quitandinha divulgou uma nota em sua página no Facebook:

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A nota aparentemente piorou a situação do bar com os internautas. Muitas críticas foram feitas nos comentários:

“Ainda vem falar que a menina está mentindo? Parabéns pela ótima atitute, heim...” e “Tentem (ao menos TENTEM) fingir que irão atrás dos responsáveis. A postura arrogante da resposta já deu pra entender que não entenderam nada e que nada vai mudar.” foram alguns dos comentários.

A reação negativa fez com que o bar publicasse mais uma nota sobre o assunto, cerca de meia hora depois:

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A segunda nota também gerou muitas reprovações e um movimento de boicote ao bar está sendo feito.

O Portal da Band tentou falar com o bar na tarde deste sábado, mas não conseguiu contato.

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Júlia Velo escreveu:
5 de fevereiro às 15:43 · São Paulo, SP

O Carnaval começou com uma dose cavalar de silenciamento.
Senta que lá vem textão.

Ontem à noite, eu e meus amigos tivemos a infelicidade de ir parar no Bar Quitandinha, na Vila Madalena. Sentamos em um mesão com nossos amigos homens e só eu e a Isabella de mulher. Bebemos algumas durante umas horas, até que todos os homens resolveram se levantar para ir fumar ao mesmo tempo. Absolutamente normal. Eu e ela continuamos sentadas, batendo papo.

E, no intervalo de 5 minutos sem a escolta masculina, um absurdo aconteceu.

Dois caras se sentaram na nossa mesa de forma extremamente desrespeitosa. Puxaram a cadeira e se acomodaram, sem nenhum tipo de convite ou abertura. Tentaram puxar papo insistentemente, enquanto nós desconversávamos, bastante incomodadas. Um deles achou conveniente se servir da nossa cerveja. Obviamente indignadas com a situação, pedimos para que ele não fizesse isso e deixasse a mesa. Ele ignorou e seguiu fazendo o que bem entendesse. Chamamos o garçom e pedimos para ele afastar os caras, que, a esse ponto, já estavam perdendo a linha. Nada – nada - foi feito.

Enquanto eu e a minha amiga tentávamos ignorar os dois trogloditas, eles resolveram partir para o contato físico, já que uma conversinha amigável não estava adiantando. Um deles puxou meu braço. Pedi para ele não tocar em mim. E aí, meu amigo, imagina um cara que ficou puto. Como assim eu não posso tocar numa mulher que tá sentada sozinha? Eles se levantaram da mesa e começaram a nos xingar dos piores nomes da face da terra. “Puta e “lixo” foram dos mais leves. Disseram que não queriam nos tocar mesmo, já que somos feias, gordas e escrotas. Que eles tinham tanto dinheiro (?) que poderiam até nos comprar, se eles quisessem. É. Esse tipo de babaca.

O garçom chegou com o gerente no meio da discussão. Ah! Esses daí vão ajudar a gente, pensamos. Até parece. Eles deram um cumprimento caloroso nos dois assediadores – clientes da casa há 10 anos, reforçaram inúmeras vezes, para tirar a nossa credibilidade. E, ao invés de retirar os caras, o segurança nos retirou, de forma bruta. Sim. As duas meninas que estavam sentadas na mesa tomando conta das nossas próprias vidas. Nesse ponto, nossos amigos homens já tinham voltado e estavam tentando convencer a equipe do bar de que a culpa não era nossa, também em vão, também indignados com tudo.

Saímos e o gerente veio conversar conosco. Aliás, conversar não, dar mais um dose de humilhação. Enquanto minha amiga tentava explicar o absurdo que tinha acontecido, o tal gerente não a olhou nos olhos nenhuma vez e bufava com desprezo. Quando resolveu falar, disse que, se não houve agressão física (que aliás, mais tarde, descobri roxos e cortes nos meus braços, adquiridos no momento em que o lindo me segurou para me xingar), não poderia fazer nada. Que os dois indivíduos que nos assediaram eram clientes e não iriam lidar com as nossas acusações.

Enquanto tudo isso acontecia, a dupla ficou lá dentro, tranquila, sendo servida como príncipes. Olhavam para trás entre um gole e outro para rir mais um pouquinho da nossa cara e nos mostrar o dedo do meio.

A polícia chegou. Ufa, quem sabe agora vai nos escutar? Pff. Não dá pra fazer nada não, moça. Se você quiser, vai ter que ir até a putaqueopariu fazer um BO junto com os seus agressores. Tudo o que você precisa ouvir em um momento traumático e sem nenhum suporte.

Um dos agressores finalmente saiu do bar para falar com a polícia. E a cena foi a seguinte: ele e o policial se cumprimentaram com um toque íntimo de mão e algumas risadas. Apontaram para nós, nos chamaram de histéricas, e retornou para sentar dentro do bar com seu amigo. Tranquilo. Suave.

Tudo isso aconteceu diante dos nossos olhos ardendo de chorar de impotência e raiva. Nenhum grito foi suficiente para ser ouvida: nem pelos dois caras, nem pela equipe do bar, nem pela polícia. Ninguém saiu perdendo, só nós: as mulheres, vítimas daquela merda toda.

‪#‎vamosfazerumescândalo‬

EDIT: Essa é a página do bar. Sintam-se à vontade para dizer para eles o que vocês pensam. [Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link]
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Mensagem por Quero Café Dom Fev 07, 2016 7:12 pm

Que merda, heim!
Farei comentários esparsos pressupondo que o relato das jovens mulheres é verídico e faz justiça à situação por elas vividas.
A princípio, não vejo motivo por que esse relato não possa ser confiável.
Não é possível dizer que é imparcial. E nesse caso nem deve ser.
Eu poderia ir longe nisso e acabar transformando esse episódio numa monte considerável de análises e reflexões, mas não quero parecer excessivo ou chato no momento.

E aí, galera. Uma melhorada na redação não faz mal a ninguém, heim.
Pode-se até fazer um texto marcado pela oralidade, mas isso não impede de fazer textos bem estruturados.
Ninguém está a exigir Ruis Barbosas, Machados de Assis ou Padres Antônios Vieiras (nem a repelir), mas isso não incita à construção de textos com erros primários.

A primeira coisa que chama a atenção é o hábito de jovens homens modernos galantearem jovens mulheres com extrema falta de tato e de cavalheirismo.
Antigamente, a aproximação entre homens e mulheres era bem mais dificultosa porque o encontro sexual entre os dois sexos era marcado por inúmeros ritos socio-religiosos.
Esses ritos estão em transformação e em desuso.
Por isso, outros meios de aproximação entre homens e mulheres emergiram.
Mas se nota que jovens homens muitas vezes não têm o menor tato na aproximação com as mulheres.
Desaprendeu-se a nobre arte do galanteio elegante.
É claro que esse galanteio deve ser adaptado às condições atuais de aproximação entre homens e mulheres, mas isso não significa que homens devam se portar de forma claramente inadequada em relação a elas.
Isso inclusive é muito pouco produtivo.
Um pouco de conhecimento e técnica ajuda e muito na realização de desejos e objetivos.
É muito melhor que "pegar" mulher por estatística.
Por incrível que pareça, mulheres querem que homens se aproximem delas.
Podem acreditar nisso. Só é necessário saber onde, quando e como . Demanda algum esforço aprender isso, mas é recompensador. E vá! Não é tão difícil assim.
Eu me lembro de uma vez em que fui sozinho a uma boate conhecida de B.H. num dia que estava ela bem cheia. Assentei num banco e fiquei tomando água e ouvindo música. De repente, uma mulher linda parou perto de mim. Achei aquilo aprazível. Logo em seguida, apareceu um sujeito que se acomodou perto dela. Como a boate estava muito cheia, eles ficaram quase colados a mim. O cara começou a tentar conversar com essa mulher. Como eu estava sozinho e eles estavam muito perto de mim, não tive como me esquiva de acompanhar parte da interação entre eles. O cara fazia um monte de perguntas para elas como se fosse um entrevistador de um instituto de pesquisas sociais. Muito aluguel de paciência. Ele estava um tanto embriagado. A mulher até deu alguma atenção para ele, mas logo educadamente o repeliu. O cara voltou uma vez. A mesma coisa. O cara voltou outra. Ela começou a perder a paciência. O cara voltou outra. Ela já estava mais impaciente. A impaciência dela já estava visível. O cara voltou novamente. A impaciência dela já estava ruidosa. Nesse ponto, até eu já estava impaciente. Vá embora, porra! Não está vendo que ela não te quer. Que saco, cara! Foram só pensamentos. O cara volta de novo. Por fim, a jovem arranja um outro qualquer mais para se livrar do incômodo que para satisfazer vontade prévia.
Nesse dia, aprendi muita coisa sobre mulheres, homens e aproximação entre eles.
É reação normal das mulheres serem refratárias a princípio e é papel do homem ser insistente, mas há meios melhores e piores de fazer isso e há hora para insistir e hora para partir para outra.

A dinâmica psico-social envolvida nesse episódio é muito interessante.
Dois cara se aproximam de duas mulheres de forma bastante invasiva.
Eles invadiram de forma muito abrupta e incisiva o espaço pessoal delas sem antes fazer nenhuma espécie de teste de consentimento e reciprocidade. Fizeram-no também provavelmente sem nenhuma espécie de avaliação que não seja a dos predicados sexuais que lhes interessava nas jovens mulheres.
Por si só, esse ato já é um tanto desrespeitoso, mas até que poderia passar batido caso eles se portassem de modo mais elegante que se portaram e se mostrassem disposto a permanecer somente até o ponto em que não perturbassem mais que já perturbaram com sua aproximação. Isso também não ocorreu.
Isso tudo já faz trazer juízo um tanto negativo para esses jovens rapazes.

Mas o que chama mais atenção é o comportamento subsequente deles.
Escreverei sobre isso em breve.
Agora cansei-me.
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Mensagem por Quero Café Seg Fev 08, 2016 10:04 am

Agora vejam.
Os caras abordam mulheres de uma forma um tanto agressiva invadindo o espaço pessoal delas de forma abrupta e incisiva sem verificar a reciprocidade entre eles. Não dão nenhuma demonstração de que sairiam de lá caso não estivessem conseguindo angariar a simpatia das moças. Tentam aproximação física um tanto vulgar. E ainda por cima arranjam uma tremenda confusão para elas diante da recusa que sofreram dessa investida sexual.
A coisa toda é um tremendo despautério.
Essa demonstração de desagrado pela recusa que sofreram aliada a essa reação agressiva e punitiva que tiveram é um tanto desqualificadora para esses sujeitos.
Eles não podem ser rejeitados? Eles são tão bons que essas moças deveriam se sentir agraciadas pelo privilégio de serem abordadas por eles?
Que ego, heim!
E o que chama mais a atenção não é só isso.
Eles ainda por cima mobilizaram a seu favor o staff do bar contra as moças colocando-as em situação pior ainda.
Eles se aproximaram de forma ruim delas, mantiveram um contato ruim, puniram-nas de forma rude diante da recusa sexual e ainda por cima mobilizaram o entorno contra elas. Mas que coisa!
É impossível não ter a impressão de que esses sujeitos se tinham em muita conta, talvez em mais conta que mereciam, e se portaram de forma um tanto ególatra. (Isso para não dizer palavra pior.).
Tinham-se em tanta conta que sentiam que não poderiam sofrer recusa de aproximação amorosa.
Isso provavelmente é o produto anterior de suas personalidades, mas também não deixa de ser estimulado pelo fato de eles serem clientes antigos do bar e sentir que eles contam com a cumplicidade do grupo ali ao seu entorno.
O sentimento de pertencimento a um grupo estimula algo que já estava lá previamente ou tinha já possibilidades de se desenvolver.
Há um caso interessantes mais ou menos nesse sentido. O Maspoxavida contou que uma vez um sujeito que pertencia, salvo engano, ao grupo dos escoteiros o solicitou que curtisse suas publicações no Twitter. O famoso youtuber negou o favor até porque recebe uma enxurrada de pedidos como esse. Isso foi o suficiente para esse sujeito incitar um monte de colegas escoteiros contra ele que veio a sofrer muitos ataques pessoais em suas redes sociais. O casos foi tão sério que Maspoxavida chega a dizer que ele acabou por receber desculpas oficiais dos representantes oficiais do, salvo engano, grupo de escoteiros.
Parece uma estrutura muito semelhante. Um sujeito tem seu ego aumentado pelo pertencimento a um grupo. Sente que uma recusa é uma ofensa pessoal. Afinal, ele já tem um ego aumentado. A partir de então ele convence o grupo de que sofreu algo, que na verdade ele impingiu, que merece que seja retribuído pelo grupo. E então mobiliza o grupo contra quem supostamente teria o ofendido.
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Mensagem por Goris Seg Fev 08, 2016 6:15 pm

Já eu, fico do lado do bar até novos esclarecimentos.

O bar foi bem mais "coerente" em sua exposição. Explicou qual sua clientela, explicou que nenhuma ocorrencia do tipo aconteceu, se dispôs a tentar entender o que houve.

Cara, se vc participa de outros fóruns, deve estar por dentro das novas "modinhas" da internet e elas incluem muita, muita mentira por motivos variados.

E, estranhamente, todos esses relatos tem algo em comum:

Ocorrências que podem ser reais, mas sempre com "fizeram maldade X com alguém, veja a conspiração do mal pra esconder essa verdade, o mundo é X (machista, racista, etc) e acabam atacando instituições, achando que vão mostrar um ponto e não prejudicar alguém, sendo que estão prejudicanto.

Tipo, relatos falsos de estupro, lembram do relato do "estupra, estupra" no metrô? Milhares de pessoas compartilhando, dizendo a vergonha que era, como nosso país é machista... E câmeras mostraram que era mentira.

Ou o relato do conferencista negro, proibido de entrar no hotel por ser negro, que gerou a mesma comoção e milhares de pessoas defendendo ele, atacando o hotel e o racismo do brasileiro? Câmeras também demonstraram que era mentira.

Ou ainda, o pai machista no metrô, que mandou o filho "sentar como homem" e que gerou uma onda de apoio (e comentários de uma feminista "famosa" dizendo que estava lá e foi lindo) e compartilhamentos? Esse o próprio autor desmentiu porque tava ficando muito grande e iam mostrar que era mentira.

Teve outro relato, de uns dois ou três meses atrás tbm, envolvendo estupro. A história estava tão mal contada quanto essa. E tbm foi revelada ser fake.

Noutro caso, vieram com um site online onde as pessoas poderiam colocar fotos e fatos sobre estupradores. Que idéia fabulosa, até que ex-namoradas, desafetos e trolls em geral começaram a colocar fotos e dados de pessoas normais... Algumas das quais tiveram problemas com o site. Veja bem. Alguém poderia ser prejudicado ou mesmo morto porque "era um estuprador" sendo que apenas terminou com uma namorada psicopata.

Infelizmente, tem pessoas desonestas nesse mundo e pessoas idiotas com muita motivação em defender quem vende uma história bonita. E quer história mais bonita que "tadinha, fui atacada sem motivos e a sociedade/empresa maligna não me defenderam como qualquer pessoa do bem defendera". As pessoas desonestas só existem porque tem idiotas que dão backup pra elas.

Já viu meus relatos? Explico direitinho o que acontece.

O relato das mulheres é "ficamos sozinhas num bar e dois grossos surgiram. Logo depois o dono do bar nos agrediu e expulsou, ficando do lado dos grossos sem razão alguma que não seja serem clientes antigos" parem de ir a esse lugar.

Não tem sentido. Eu entenderia se ela dissesse que o dono do bar não tomou atitude, mas não, ele expulsou duas clientes por causa de dois grossos? Se eles dão mesmo problema, acho estranho.

Edit: Mas algo pesa BASTANTE do lado da guria, ela tem perfil de facebook há 5 anos. Acho que poucos fakes incorreriam nisso sem motivos. Realmente complicado. Já fiquei mais na dúvida depois de ver o facebook dela.
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Mensagem por Quero Café Seg Fev 08, 2016 6:26 pm

Góris,
Pode até ser.
Mas, veja bem.
Os representantes do bar não retrucaram o relato de que houve uma confusão envolvendo mulheres que receberam aproximação de homens.
Inclusive, as manifestações dos representantes do bar só fazem sentido a partir do ponto de vista que eles estejam concordando que houve uma situação.
Até que se prove o contrário houve então realmente um acontecimento seja o relato das jovens mulheres justo ou não.
Eu concordo com você que não se deve dar crédito a acusações sem ouvir o outro lado ou sem ter um panorama amplo da situação, mas isso não quer dizer também que sempre que haja uma acusação, ela seja injusta.
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Mensagem por Goris Seg Fev 08, 2016 7:11 pm

Diógenes Laércio escreveu:Góris,
Pode até ser.
Mas, veja bem.
Os representantes do bar não retrucaram o relato de que houve uma confusão envolvendo mulheres que receberam aproximação de homens.
Inclusive, as manifestações dos representantes do bar só fazem sentido a partir do ponto de vista que eles estejam concordando que houve uma situação.
Até que se prove o contrário houve então realmente um acontecimento seja o relato das jovens mulheres justo ou não.
Eu concordo com você que não se deve dar crédito a acusações sem ouvir o outro lado ou sem ter um panorama amplo da situação, mas isso não quer dizer também que sempre que haja uma acusação, ela seja injusta.
Cara, se eu disser no meu facebook que vc é um estuprador.
Até vc provar que não é um estuprados (e como vc provaria isso?) vc será o estuprador?
Vai ser linchado publicamente? Perder o emprego? Ter a casa pixada?
Até que prove o contrario, vc será o estuprador?

E eu li tudo lá, o bar se disse disposto a esclarecer esse suposto mal entendido. Acho mais honesto que ele dizer que não houve nada. E se houve mas foi diferente do que essas meninas disseram? "Ah, se fosse o bar teria dito"... Já notou que lincharam moralmente o bar só pelo relato da menina e lincharam de novo quando eles deram a primeira explicação (que achei totalmente acertada?)... E se eles dissessem "as gurias estavam bâbadas dando show e quando eu as expulsei, elas disseram que iam me ferrar", acham que eles não seriam ainda mais linchados e chamados de mentirosos??????

Na dúvida, esperar mais informações.

Porque é como eu disse. Ei, acusaram o metrô. Acusaram um hotel famoso. Acusaram um inocentes. Acusaram mais de um inocente. E todos eles se ferraram muito por causa disso.
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Mensagem por Quero Café Seg Fev 08, 2016 7:26 pm

Concordo em muitos pontos com você.
E digo mais:
Mulheres têm um poder de mobilização muito grande, especialmente contra homens.
E sabem disso.
Muitas vezes utilizam essa habilidade com justiça, porém muitas vezes utilizam-na com injustiça, quer o desejem, quer não.
Denuncias falsas e fraudulentas ou no mínimo exageradas sempre existiram.
E também é verdade que denuncias podem ter repercussão extremamente negativa muito antes que sejam minimamente apuradas.
Também é verdade que tem havido na internet ataques de falsa bandeira para promover grupos de ação ideológica.
Também é verdade que é interessante esperar por mais informações antes da tomada de posições contundentes e definitivas.
Mas volto a ressaltar.
As declarações dos representantes do bar não negaram que houve uma situação.
Até que se prove o contrário, houve uma situação.
Não há nada de implausível no relato da situação feito pelas jovens moças.
Mas há sim uma tomada de posição muito radical em favor delas sem que antes sejam ouvidas diferentes vozes a respeito do acontecimento.


Última edição por Diógenes Laércio em Seg Fev 08, 2016 7:40 pm, editado 2 vez(es)
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Mensagem por Quero Café Seg Fev 08, 2016 7:28 pm

Dei uma olhada nas declarações do bar, nas declarações da jovem moça e nos comentários.
Mas foi uma olhada muito de relance.
Vou tentar ler com mais calma depois.
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Mensagem por ediv_diVad Ter Fev 16, 2016 10:12 am

(Sem querer expressar alguma opinião)


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Mensagem por Quero Café Ter Fev 16, 2016 11:23 am

O vídeo está no youtube como não listado.
Como você consegui o link, Ediv?
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Mensagem por Quero Café Ter Fev 16, 2016 11:23 am

Assistindo agora.
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Mensagem por Quero Café Ter Fev 16, 2016 11:42 am

É...
Pelo visto, até que mais dados sejam expostos, sou obrigado a retirar tudo ou quase tudo o que disse sobre os homens envolvidos no episódio.
Esses homens pode até terem sido inconveniente.
Não dá para saber ao certo porque não há som no vídeo.
Mas eles não se assentaram na mesa das mulheres, não lhes tocaram e elas não foram expulsas por seguranças.
E aí, "meninas", você podem até ter sido perturbadas por dois homens inconvenientes (não dá para saber até que ponto eles realmente o foram), mas, convenhamos, vocês deram uma "exageradinha" no caso para angariarem comoção para si, não foi?
Só se pode, então, dizer sobre vocês que são vocês mesmas as praticantes de boa parte do que vocês imputam aos outros.
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Mensagem por Quero Café Ter Fev 16, 2016 11:46 am

O perfil do facebook dela está pegando fogo.
Será que vai sumir?
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Mensagem por Quero Café Ter Fev 16, 2016 12:00 pm

Agora dei uma olhada na página do quitandinha.
Vou até ver o vídeo depois de novo.
Parece nítido no vídeo que elas mentiram sobre os caras se assentarem na mesa em que elas estavam, serem retiradas á força por seguranças e serem tocadas.
E ainda por cima continuam a aparecer um monte de gente escrevendo que é farsa, montagem, chamando o representantes do bar de vários nomes infamantes e por aí afora.
A verdade é mesmo um limão seco e velho.
Isso é que é o mais interessante.
É a insistência da postura inicial mesmo após um esclarecimento.
De alguma forma, não é só a verdade que basta.
Vou até ver o vídeo depois.
E mais engraçado ainda é ver a tomada de posição a partir de um ponto de vista ideológico. Esse é o pior de todos para a apuração da verdade. O que importa é a verdade histérica do movimento. A verdade dos fatos... Ah, e daí?
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Mensagem por Quero Café Ter Fev 16, 2016 12:00 pm

Os caras parecem mesmo ter sido inconvenientes, mas elas não forma totalmente verídicas em sua descrição dos acontecimentos.
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Mensagem por Quero Café Ter Fev 16, 2016 12:05 pm

É engraçado ver as feministas radicais chamando o ato dos sujeitos de assédio.
Tudo indica que eles foram inconvenientes mesmo, mas parece um tanto exagerado chamar a inconveniência deles de assédio.
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Após assédio, internautas iniciam boicote a bar Quitandinha em SP Empty Re: Após assédio, internautas iniciam boicote a bar Quitandinha em SP

Mensagem por Goris Ter Fev 16, 2016 3:16 pm

Diógenes Laércio escreveu:Agora dei uma olhada na página do quitandinha.
Vou até ver o vídeo depois de novo.
Parece nítido no vídeo que elas mentiram sobre os caras se assentarem na mesa em que elas estavam, serem retiradas á força por seguranças e serem tocadas.
E ainda por cima continuam a aparecer um monte de gente escrevendo que é farsa, montagem, chamando o representantes do bar de vários nomes infamantes e por aí afora.
A verdade é mesmo um limão seco e velho.
Isso é que é o mais interessante.
É a insistência da postura inicial mesmo após um esclarecimento.
De alguma forma, não é só a verdade que basta.
Vou até ver o vídeo depois.
E mais engraçado ainda é ver a tomada de posição a partir de um ponto de vista ideológico. Esse é o pior de todos para a apuração da verdade. O que importa é a verdade histérica do movimento. A verdade dos fatos... Ah, e daí?
Eu participo de vários outros fóruns, Laércio 9000, por isso acabo participando de discussões envolvendo esse tema, mulheres acusando, idiotas aceitando sem nem pensar a respeito e vejo que o momento ideológico é exatamente contrário ao que as pessoas pregam. A mulher tem muito poder. Se uma mulher acusa um homem de estupro - como também acontece em vários casos - mesmo que a história seja absurda, vai ter milhares de pessoas condenando o homem sem nenhuma prova.
"Ah, mas a polícia não vai prender o cara sem provas" mas aí que tá, surgem malucas do "eu estava lá, foi lindo" também denunciando, surge um clamor popular... E o cara pode ser linchado, pode ter a casa destruída, roubada, pode perder o emprego... E mesmo que se prove que o cara nunca fez nada, acha que uma empresa vai contratar um possível estuprador? Ainda mais com a maioria dos responsáveis por Rh sendo femininos?

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Mensagem por Quero Café Ter Fev 16, 2016 8:00 pm

Na minha nada modesta opinião, acho que é muito ingênuo dizer hoje em dia que uma sociedade ocidental moderna seja inteiramente patriarcal ou matriarcal.
Creio que haja bolsões de um e outro em diferentes locais assim como diferentes extratos dessas duas formas de organização social de de um mesmo local.
Por exemplo, posso relatar algo que um amigo meu que encontrei por acaso há não muito tempo me disse a respeito do Estado em que ele atualmente vive. Ele me disse que essa região é altamente matriarcal.
Eu também me lembro de uma cena que assisti muito tempo atrás num clube.
Estava só à beira de uma piscina e vi um grupo de adolescentes em que havia alguns rapazes acompanhados das respectivas namoradas ou pretendentes.
Até conhecia um deles.
Era possível observar com muita nitidez que eles simplesmente gravitavam em torna delas.
Posso estar errado, mas eu tive a nítida impressão de que essa era uma cena totalmente matriarcal.
Aliás, acho que essa nova geralmente de adolescentes é muito mais matriarcal que patriarcal.
...
Esse negócio é foda.
Mulheres tem um poder enorme de mobilização e sabem disso.
Muitas vezes o utilizam com justiça, mas muitas vezes, não.
Veja por exemplo esse caso do tópico.
Elas até sofreram algum constrangimento por parte dos rapazes, mas não foi de longe o que elas relataram. Elas exageraram de propósito seu relato para que o efeito da comoção sobre elas e a respectiva punição sobre eles fosse maior. E todo mundo comprou essa versão até o vídeo em reposta a isso feito pelo bar. Mas ainda há muita gente que prefere argumentar que foi montagem que encarar pelo menos a possibilidade de revisar o que disseram a respeito do bar.
O mais engraçado é que houve reações contrárias à moça no facebook dela após o vídeo na postagem do já famoso "textão". Ela já se prontificou em apagar a postagem e fazer outra se vitimizando.
Hahahhahahahaha.
Eu ri mesmo. Na boa.
...
Você pode fazer uma lista inteira ou parcial dos fóruns dos quais você participa?


Última edição por Diógenes Laércio em Qui Fev 18, 2016 10:48 am, editado 1 vez(es)
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Mensagem por Quero Café Qui Fev 18, 2016 10:08 am

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Na web, segurança acusado de estupro por jovem diz que sempre foi inocente

Polícia Civil decidiu não indiciar Wellington Monteiro; caso segue para o Ministério Público do DF

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Wellington Monteiro, o segurança acusado de estupro por uma jovem durante uma festa de réveillon em Brasília, postou uma mensagem nas redes sociais, neste sábado (13/2), um dia depois que a Polícia Civil decidiu não indiciá-lo. Segurando um cartaz com a #SempreFuiInocente, Monteiro diz que "espera que o caso sirva de exemplo para que outras falsas acusações não destruam vidas."
Apesar do depoimento da jovem em seu perfil no Facebook, dizendo que foi estuprada pelo segurança na festa The Box-Reveião, no Setor de Clubes Norte, a Polícia Civil diz que não há provas para pedir o indiciamento porque o relato da estudante não foi confirmado durante a investigação. "Testemunhas ouvidas indicaram que houve um prévio envolvimento das partes ainda dentro da festa e que o casal em questão deixou a festa de mãos dadas, fato que se contrapõe à versão apresentada pela vítima", diz o documento de conclusão do inquérito, cuja investigação ficou sob responsabilidade da Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam).

Segundo o texto publicado na internet, a estudante disse que teve medo e se sentiu coagida a acompanhar o segurança por representar a “autoridade” do evento. Em entrevista ao Correio, a jovem afirmou só ter percebido a violência do ato horas depois. “Foi quando a ficha começou a cair, me dei conta do que tinha acontecido de verdade, de que não tinha sido consensual.”

Em nota, a Polícia Civil afirma que, em diligências realizadas durante a investigação, Wellington foi ouvido e confirmou a relação sexual, porém, deixou claro que ocorreu de forma consentida. A jovem havia declarado que estava embriagada, sem condições de evitar a violência, mas a Deam destacou que “a vítima foi submetida a exame de corpo de delito, em qual não foi possível constatar a incapacidade de reação”.

A Polícia Civil diz que “diante da ausência de indícios suficientes de materialidade, não houve indiciamento no inquérito, e diante do encerramento das diligências na esfera policial, o procedimento foi encaminhado ao TJDFT e ao MPDFT”.

A ação segue agora para o Ministério Público do Distrito Federal (MPDFT), que pode arquivar o caso, solicitar novas diligências ou denunciar o segurança à Justiça, se discordar da avaliação dos delegados que conduziram o inquérito.

Com informações de Amanda Carvalho e Camila Costa.

Fonte:http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/cidades/2016/02/13/interna_cidadesdf,517694/na-web-seguranca-acusado-de-estupro-por-jovem-diz-que-sempre-foi-inoc.shtml

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Após denúncia de estupro em festa, suposto algoz diz que ato foi consentido

"Fui estuprada por quem deveria assegurar minha segurança, desabafou, ao acusar o segurança Wellington Monteiro Cardoso. Segundo ela, o homem trouxe outro colega de trabalho para "mandar ver", mas o rapaz não quis. Em entrevista ao Correio, Wellington alega que o ato foi consentido. "Ela veio até mim e se esfregou em mim. Foi coisa rápida"

Um desabafo nas redes sociais de uma jovem de 24 anos que denuncia ter sido estuprada pelo chefe da equipe de segurança de uma festa no réveillon causou grande repercussão nas redes sociais e debate entre especialistas. Na madrugada de ontem, o suspeito de ter cometido o crime se apresentou à Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam), na Asa Sul. Wellington Monteiro Cardoso, 33 anos, dono e coordenador da empresa Ello Serviços Especializados, responsável pela integridade dos participantes do evento, admite ter levado a moça ao estacionamento e praticado sexo, mas afirma que o ato foi consentido pela jovem. Em entrevista ao Correio, ele disse que tudo ocorreu em menos de 10 minutos e admitiu ter chamado um outro segurança da festa para também manter relações com a jovem.

A estudante da Universidade de Brasília (UnB) fez um relato nas redes sociais um dia depois de comparecer à Delegacia da Mulher e, também, após passar por exames no Instituto Médico Legal (IML) e no Hospital da Asa Sul. Ela terá de tomar um coquetel anti-HIV durante 28 dias para prevenir Aids. Na denúncia, a moça, que mora em Santa Maria, publicou que estava na entrada da festa The Box – Reveião, na Acadêmicos da Asa Norte, quando foi abordada por um dos seguranças.

Segundo o texto, ela estava alcoolizada, teve medo e se sentiu coagida a acompanhá-lo, por representar a “autoridade” do evento. Nas redes sociais, houve muitos comentários e julgamentos sobre ela ter bebido ou por não ter feito a denúncia no momento em que ocorreu. O relato também provocou muitas manifestações de revolta pela atuação do segurança e solidariedade à jovem, que completa 25 anos em março. Um amigo da moça, que a acompanhava na festa, contou ao Correio que muitas pessoas no evento estavam bastante inconformadas e indignadas com a estrutura. “O serviço foi péssimo em todos os aspectos. Muitos carros foram arrombados e assaltados. Algumas pessoas solicitaram ajuda para os seguranças e eles diziam que não podiam fazer nada”, contou. “A gente nunca pensa que isso vai acontecer com alguém próximo”, lamentou o episódio envolvendo a amiga.
O perfil da estudante a descreve como uma ativista de causas contra a violência à mulher. Na última postagem, antes da denúncia da festa de réveillon, ela repudia o projeto de lei, em tramitação na Câmara dos Deputados, que veda o atendimento no Sistema Único de Saúde (SUS) a vítimas de violência sexual, de autoria do presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Ao contar o próprio drama, ela diz que decidiu se expor para dar exemplo e evitar que as mulheres se calem diante de violências sexuais.

Para especialistas, a denúncia é fundamental para influenciar outras mulheres a não se calarem. A PHD em comunicação e cultura e especialista em feminismo da Universidade de Brasília (UnB), Tânia Montoro, explica que as redes sociais são importantes aliadas das mulheres na hora de denunciar. “O estupro é complicado para a saúde mental e para a autoestima das mulheres. Quando denuncia, a mulher sai da cultura do silêncio e influencia outros a fazerem o mesmo. Torna-se, na verdade, um protagonista da paz”. A especialista salienta que a denunciante pode não ser a primeira nem a última vítima de ações violentas cometidas por profissionais do setor de segurança. “Muitos deles não têm curso ou sequer qualificação profissional para trabalhar com jovens”, afirma.
A professora de sociologia da Universidade de Brasília (UnB), Lourdes Bandeira, frisa que é muito importante a jovem ter denunciado. “Só porque jovens estão em uma festa, mais eufóricas, os homens acham que elas estão se oferecendo para eles e isso é uma ideia muito machista. O profissional estava lá para dar garantia de segurança, ele também tem que ser denunciado e sofrer consequências relativas ao ato que praticou”, disse.

Investigações
A Delegacia da Mulher conduzirá as investigações ao longo da semana ouvindo todos os envolvidos, entre eles, os organizadores do evento, a empresa responsável pela vigilância e o segundo profissional apontado como testemunha. Segundo a Polícia Civil, o homem não foi preso, em função de a apuração estar em curso. Ele deve ficar disponível para futuros depoimentos.

A organização da festa The Box lamentou, por meio de nota em redes sociais, o registro do caso e informou que está dando apoio à denunciante. Segundo o texto, os organizadores da festa compareceram ainda no sábado à delegacia para auxiliar nas investigações. “Isso é um comportamento inaceitável e nos colocamos à disposição para investigar qualquer outro caso de violência que possa ter ocorrido, porque atos assim não podem passar impunes”, informa o texto. Wellington afirma que não sabe por que a jovem revolveu denunciá-lo. O segurança, que é casado e tem dois filhos, disse que foi a primeira vez que se envolveu com alguém durante horário de serviço. Ao avaliar o depoimento de Wellington ao Correio, um promotor de Justiça considerou que o segurança já preparou toda a linha de defesa.

“A culpa é sempre atribuída à mulher”

“Era mais de meia-noite, estava dançando com um amigo perto da entrada quando fui abordada por um dos seguranças, que me coagiu a sair da festa. Realmente não entendi o motivo e mesmo alcoolizada só atendi por ser uma figura de autoridade do local. Havia uma área de terra onde alguns carros estavam estacionados entre o cerrado. Eu estava completamente vulnerável, com muito medo. Um dos carros estava estacionado de ré para o cerrado, então atrás do carro só havia vegetação. Ali ele me virou de costas e, sem a menor cerimônia, me estuprou. Fui estuprada por quem deveria assegurar minha segurança. Tive medo, não reagi (poderia ter sido pior se reagisse, eu poderia apanhar, poderia demorar mais...), só queria que acabasse logo.

Quando ele terminou, mandou eu ficar lá, mais uma vez tive medo e não me movi. Ele voltou com outro segurança e disse: ‘Tá aí, cara, manda ver’. Não consigo descrever o que senti na hora. Ele saiu, fiquei com o outro segurança e perguntei por que ele iria fazer aquilo comigo também. Acho que ele se assustou e disse que não ia fazer nada.

Respirei fundo e voltei pra festa num misto de pavor e dormência. Não contei nada pra ninguém. Me questionei se eu não tinha ‘pedido por aquilo’, olha que ridículo! É assim que somos ensinadas. A culpa sempre é atribuída à mulher. O dia amanheceu, fui pra casa com meu amigo, eu não conseguia ainda assimilar os fatos. Só pensei que não podia banhar, deitei e tentei dormir. Foi um sono inquieto, sentia dores internas, e comecei a me lembrar de algumas frases que usamos na militância: ‘moça, a culpa não é sua’, ‘não ensine meninas a não serem estupradas, ensine meninos a não estuprarem’. Decidi levantar e tirar o absorvente interno (sim, durante o estupro eu estava usando absorvente interno), acontece que não consegui.

(...) Estava desnorteada! Não queria contar pra ninguém, estava com vergonha, me sentindo suja, culpada... Quando num ímpeto saí do quarto e falei com o meu pai um seco: ‘pai, eu fui estuprada’. Temos quatro cachorros, ele estava lavando a área, parou na mesma hora, esperou minha mãe sair do banho, contou pra ela. Fomos imediatamente à Delegacia da Mulher. Sequer comi. Saímos de casa por volta de 12h. Ficamos aproximadamente quatro horas na delegacia. Foi uma situação extremamente constrangedora, tive que repetir a história várias vezes e reviver aquele momento. Fui encaminhada ao IML e ao hospital da Asa Sul pela delegacia. Cheguei ao hospital e fui atendida por uma médica extremamente empática, finalmente me senti um pouco menos desconfortável. Ela me tratou tão bem! Ela me consultou e tirou o absorvente, apesar de ter doído muito, porque minha vagina está realmente bastante machucada, foi um alívio. (...) E o que me abalou muito: iniciei a tomar o coquetel para AIDS (são 28 dias tomando esses remédios fortíssimos, que causam enjoo, vômito e diarreia). (...) Cheguei em casa à noite, exausta, faminta... Até que minha irmã chegou e finalmente consegui chorar.

Sei que é muita exposição, mas, sinceramente?! Não é pior do que me aconteceu. Decidi redigir esta nota de repúdio por alguns motivos específicos: fiz tudo como orienta a lei, tudo certinho, e uau!!! Quanta burocracia! A delegacia, o IML e o hospital ficam completamente distantes um do outro, estava de carro, acompanhada, mas e a mulher que não tem nenhuma assistência, como faz? Ela não faz, desiste. Porque, se eu estivesse sozinha, juro que teria ido ao posto de saúde dizer que transei bêbada com absorvente interno. Não teria forças pra passar por isso sozinha. Quantas outras mulheres não devem ter sofrido nas mãos desse imbecil e dessas empresas de segurança irresponsáveis que contratam qualquer um?! E o mais importante, não suporto imaginar que outra mulher possa passar pelo mesmo que passei e ficar calada. Estou fazendo a minha parte pra evitar outras dores e outros sofrimentos.

» Jovem de 24 anos, em desabafo no Facebook


“Foi o calor do momento. A carne é fraca”


“Ela estava com dois rapazes se insinuando, se esfregando, curtindo a festa e eu fiquei olhando. Ela ficou olhando pra mim. Com aquela troca de olhares, ela veio até mim e se esfregou em mim, passei a mão nela. Eu já tinha beijado o pescoço dela, conversado com ela. Aí perguntei para ela se ela queria ir comigo até o lado de fora da festa. Depois que eu tive relação sexual com ela, pedi que aguardasse. Disse que iria chamar um amigo. Fizemos sexo por cerca de 10 minutos. Foi coisa rápida, até mesmo porque eu estava trabalhando, não poderia ficar fora por muito tempo. Demorou mais foi ir dentro da festa e voltar com o meu amigo segurança para que ele também a conhecesse. Esse meu segurança, que estava trabalhando comigo, se negou a ter relação com ela por não ter preservativo. A relação aconteceu no estacionamento, em meio aos carros. Usei camisinha. Foi em pé.

Primeiramente de frente, depois ela virou, mas tudo consentido. Hora nenhuma, eu a forcei, gritei ou usei do meu artifício de segurança. Ela se sentiu atraída por mim e eu por ela. Ela tinha bebido, mas não estava bêbada. Estava completamente sã. Depois do ocorrido, voltei pra festa e ela também. Isso ocorreu por volta de 1h ela ficou lá até 6h. Saiu com os amigos dela normalmente. Não disse nada para ninguém. Poderia ter gritado, chamado o dono da festa, ou pedido alguém para chamar uma viatura, mas não, ela simplesmente curtiu a festa dela e eu ainda a vi ficando com outro cara. Prestei depoimento sobre o que aconteceu e agora ela vai ter que provar que sofreu uma violência sexual. Como sou proprietário da empresa, sempre me resguardei para que isso não acontecesse porque as mulheres atraem. Nós somos homens. Pela aparência física, por ser segurança, às vezes, rola de trocar número, mas ficar foi somente dessa vez. Foi o calor do momento. Fico realmente estarrecido com a situação, pelo fato de a pessoa fazer porque quer e depois negar. Era uma festa para maiores de 18 anos em que estava todo mundo ficando, se pegando e eu, no calor do momento, pelo fato de a carne ser fraca, chamei para que tivéssemos uma intimidade e aconteceu o ato sexual”.

» Wellington Monteiro Cardoso, dono de empresa de segurança


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Casado e pai de dois filhos, segurança acusado de estupro diz que sexo foi consentido. Mas admite: “Eu errei”


Em entrevista ao “Metrópoles”, Wellington Monteiro reconhece que se tivesse ocorrido o mesmo com a filha dele, teria ido atrás do culpado


O Homem acusado de estuprar uma estudante da Universidade de Brasília (UnB) durante uma festa de revéillon disse em entrevista ao Metrópoles que o sexo foi consentido. Proprietário do Grupo Ello, o segurança Wellington Monteiro Cardoso, de 33 anos, casado e pai de dois filhos, desafiou a jovem a confirmar que houve a violência: “Ela vai ter que provar que sofreu abuso sexual”.
A jovem usou a internet para denunciar em detalhes que teria sido estuprada pelo segurança na festa The Box – Reveião e descreveu os momentos de terror que ela alega ter passado (veja o depoimento dela abaixo). A denúncia repercutiu no Facebook no sábado (2/1), após ela divulgar uma carta contando como teria sido o abuso. A vítima  postou o registro do boletim de ocorrência, feito na Delegacia da Mulher (204 Sul), e os medicamentos recebidos durante o atendimento hospitalar.
A versão do segurança é bem diferente (confira a entrevista abaixo). Wellington disse que a jovem se insinuou para ele e que o acompanhou por livre vontade, sem qualquer tipo de coação, até o local onde ocorreu a relação sexual. Segundo ele, o sexo foi feito em pé e não levou mais de dez minutos. Já a jovem disse que foi abordada e coagida a sair da festa e acompanhar o segurança para ser violentada. A vítima contou que a violência sexual foi tamanha que precisou de ajuda médica para retirar o absorvente interno que usava.

O caso está sendo investigado pela Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam), onde o segurança prestou depoimento na madrugada desta segunda-feira (3/1). Ele está em liberdade e voltará a depor durante a investigação. A polícia vai ouvir a jovem, os amigos dela, outras testemunhas e os organizadores da festa.

Entrevista com Wellington Monteiro:

Como tudo aconteceu?
Estava trabalhando na festa. Minha função era supervisionar o local. Ela começou a olhar para mim e chamou a minha atenção. Teve um momento que chegou a colocar o seio para fora da roupa. Ela me abordou com mais dois amigos e ficou se esfregando neles. Um dos colegas dela me perguntou como eu conseguia me controlar diante daquilo. E aí perguntei se ela queria sair de lá comigo. Como estava de serviço, uniformizado, não poderia ficar com a menina ali. Ela caminhou ao meu lado. Não estávamos abraçados, nem nada parecido. Não podiam dizer que eu a arrastei. Ela me perguntou para onde iríamos e eu disse que seria em um local mais reservado. Ela foi com as pernas dela, embora tenha bebido. Mas não estava embriagada. Não pensei que ia tomar essa dimensão. Foi tudo rápido, em pé. Não durou mais do que dez minutos.

Você tinha ingerido bebida alcoólica?
De forma alguma. Estava trabalhando.

Você já fez sexo com outras mulheres em festas em que estava trabalhando?
Nunca. Foi a primeira vez. Me empolguei com a situação pelo fato de ela ser bonita.

É verdade que você chamou outro segurança?
Sim. Eu disse a ela que ia chamar um amigo. E ela ficou esperando. Mas esse meu amigo também era segurança e se negou a ter relação com ela por não ter preservativo.

Por que você acha que ela fez a denúncia?
Ela estava com absorvente interno e parece que ele ficou preso na vagina. Acho que para tirar, ela teria que ir em um hospital. E, pelo o que eu vi nas redes sociais, ela participa de grupos feministas. Aí juntou tudo e jogou no ventilador. Mas não entendo como uma mulher que se diz de caráter e preza pelo direto da mulher toma uma atitude dessa. Ela deveria ser mais coerente.

Você é casado?
Nossa! Estou com a minha mulher há quase 16 anos. Temos 13 anos de casados. Ela foi comigo até a delegacia, mas está muito abalada. Meu maior erro de ter ficado com ela foi pelo fato de eu ser casado. O ato que cometi foi adultério e não estupro. Minha esposa me deixou. Destruí o meu casamento.

Os seus filhos estão sabendo da história?
Não. Estou tentando deixá-los fora disso.

Como você está lidando com essa denúncia?
Minha empresa foi para a lama. Minha vida foi totalmente destruída. Colocaram a minha foto em jornais. Estou sendo caçado! Tive que deletar todas as minhas contas das redes sociais. Fiz minha parte como cidadão e prestei meu depoimento. Mas estou sendo condenado por pessoas que não sabem o que aconteceu.

E se isso tivesse ocorrido com uma filha sua? O que você faria?
Acredito que, primeiramente, a gente como parente toma a dor de quem é da gente. A partir de um certo momento, a gente passa a analisar a veracidade dos fatos. Mas se fosse comigo, eu teria tomado a mesma atitude que o pai dela tomou. Também tentaria ir atrás do culpado para saber o motivo daquilo tudo.

Ficou alguma lição?
Como pai e marido, eu errei. E estou pagando absurdamente por isso. Mas queria muito perguntar para ela por que ela fez isso.

Então não houve violência sexual?
Não. Houve uma atração mútua. Foi o momento. Agora, ela vai ter que provar que sofreu uma violência sexual.

Leia o depoimento da jovem que denunciou o suposto estupro publicado na página dela no Facebook:

“Era mais de meia noite, eu estava dançando com um amigo perto da entrada quando fui abordada por um dos seguranças, que me coagiu a sair da festa, eu realmente não entendi o motivo e mesmo alcoolizada só atendi por ser uma figura de autoridade do local. Havia uma área de terra onde alguns carros estavam estacionados entre o cerrado. Eu estava completamente vulnerável, com muito medo. Um dos carros estava estacionado de ré para o cerrado, então atrás do carro só havia vegetação. Ali ele me virou de costas e sem a menor cerimônia me estuprou.
Eu fui estuprada por quem deveria assegurar minha segurança. Eu tive medo, não reagi (poderia ter sido pior se reagisse, eu poderia apanhar, poderia demorar mais…), só queria que acabasse logo. Quando ele terminou mandou eu ficar lá, mais uma vez tive medo e não me movi. Ele voltou com outro segurança e disse: “Tá aí, cara, manda ver”. Não consigo descrever o que senti na hora. Ele saiu, eu fiquei com o outro segurança e perguntei porque ele iria fazer aquilo comigo também, acho que ele se assustou e disse que não ia fazer nada, respirei fundo e voltei pra festa num misto de pavor e dormência.
Não contei nada pra ninguém. Me questionei se eu não tinha “pedido por aquilo”, olha que ridículo! É assim que somos ensinadas. A culpa sempre é atribuída à mulher. O dia amanheceu, fui pra casa com meu amigo, eu não conseguia ainda assimilar os fatos. Só pensei que não podia banhar, deitei e tentei dormir. Foi um sono inquieto, eu sentia dores internas, e comecei a lembrar de algumas frases que usamos na militância: “moça, a culpa não é sua”, “não ensine meninas a não serem estupradas, ensine meninos a não estuprarem”.
Decidi levantar e tirar o absorvente interno (sim, durante o estupro eu estava usando absorvente interno), acontece que eu não consegui. Fiquei mais de uma hora pensando no que fazer, entrei em contato com um grupo de apoio à vítimas de crimes sexuais ao qual faço parte, fui ouvida e mesmo assim… Eu estava desnorteada! Não queria contar pra ninguém, estava com vergonha, me sentindo suja, culpada… Quando num ímpeto saí do quarto e falei com o meu pai um seco: “pai, eu fui estuprada”.
Temos quatro cachorros, ele estava lavando a área, parou na mesma hora, esperou minha mãe sair do banho, contou pra ela. Fomos imediatamente à Delegacia da Mulher, eu sequer comi. Saímos de casa por volta de 12h. Ficamos aproximadamente quatro horas na delegacia, foi uma situação extremamente constrangedora, tive que repetir a história várias vezes e reviver aquele momento. Fui encaminhada ao IML e ao hospital da Asa Sul pela delegacia.
O médico do IML não conseguiu tirar o absorvente interno, meu desespero só aumentava. Cheguei ao hospital e fui atendida por uma médica extremamente empática, finalmente me senti um pouco menos desconfortável, ela me tratou tão bem! Ela me consultou e tirou o absorvente, o que apesar de ter doído muito porque minha vagina está realmente bastante machucada, foi um alívio. Tomei uma Benzetacil em cada lado (sim, foram duas), remédio na veia, mais algumas doses únicas de remédio (via oral) e, o que me abalou muito: iniciei a tomar o coquetel para AIDS (são 28 dias tomando esses remédios fortíssimos, que causam enjoo, vômito e diarreia). Colhi sangue também.
Cheguei em casa à noite, exausta, faminta… Até que minha irmã chegou e eu finalmente consegui chorar.
Eu sei que é muita exposição, mas, sinceramente?! Não é pior ao o que me aconteceu. Decidi redigir esta nota de repúdio por alguns motivos específicos: eu fiz tudo como orienta a lei, tudo certinho, e uau!!! Quanta burocracia! A delegacia, o IML e o hospital ficam completamente distantes um do outro, eu estava de carro, acompanhada, mas e a mulher que não tem nenhuma assistência como faz? Ela não faz, ela desiste.
Porque se eu tivesse sozinha, juro que teria ido ao posto de saúde dizer que transei bêbada com absorvente interno, eu não teria forças pra passar por isso sozinha (e se não fosse o absorvente interno nem teria ido, correndo riscos de saúde); quantas outras mulheres não devem ter sofrido nas mãos desse imbecil e dessas empresas de segurança irresponsáveis que contratam qualquer um?!
E o mais importante, eu não suporto imaginar que outra mulher pode passar pelo mesmo que eu passei e ficar calada, estou fazendo a minha parte pra evitar outras dores e outros sofrimentos.”


Fonte: [Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link]


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Ministério Público admite denunciar segurança acusado de estupro no réveillon


Extra

O Ministério Público do Distrito Federal vai analisar o inquérito policial sobre a denúncia de uma jovem, que afirma ter sofrido um esturpro durante uma festa de réveillon em Brasília. O relatório da Polícia Civil aponta que não foram encontradas provas para o indiciamento do acusado. Mas o MP ainda vai decidir se o caso será arquivado ou não.
Por meio de nota, o MP informou que ainda não recebeu o inquérito policial, mas que o promotor de Justiça irá analisá-lo. Ainda segundo a nota, “existem três possibilidades: pedir novas diligências à polícia, denunciar o segurança ou arquivar o caso”.
A Polícia Civil concluiu o inquérito sobre a denúncia feita no dia 1º de janeiro e, segundo o relatório, não havia “indícios suficientes de materialidade” que justificassem o indiciamento do suspeito.
Segundo a nota, o segurança foi ouvido e admitiu que teve relação sexual com a jovem que o denunciou por estupro. Mas ele garante que foi consensual.
“Em diligências realizadas pela DEAM o suposto autor foi identificado e ouvido, momento em que confirmou a relação sexual, porém acrescentou que foi consentida. Também foram ouvidas diversas testemunhas, as quais informaram que houve um prévio envolvimento entre as partes ainda dentro da festa e que ambos saíram da festa de mãos dadas”.
A conclusão da polícia é muito diferente da versão dada pela jovem que denunciou o segurança. Segundo relatos da mesma nas redes sociais, o que ocorreu foi um estupro, durante uma festa no Setor de Clubes da Asa Norte. VLS conta que foi abordada por um dos seguranças do evento e, por estar embriagada, o acompanhou. Ainda segundo o relato, o homem a teria levado a uma área de estacionamento, onde teria ocorrido o abuso sexual.
Já o segurança conta que trocou olhares com a jovem dentro do clube e que ela se ofereceu para ele. O homem conta que os dois saíram juntos do local e que tiveram relações sexuais consentidas na área externa.
A Polícia Civil relatou que “a vítima foi submetida a exame de corpo de delito, em qual não foi possível constatar a incapacidade de reação”.


Fonte: [url=http://extra.globo.com/noticias/brasil/ministerio-publico-admite-denunciar-seguranca-acusado-de-estupro-no-reveillon-18695930.html#ixzz40WjiJPMG[/url]


Achei essa notícia na página da tal moça do caso do quitandinha, página essa que aliás, está pegando fogo.
O negócio é sério, heim.
Aonde estão as feministas para comentar isso?
Elas gostam de dizer que a culpa é sempre da mulher.
Há que responder às feministas á altura.
E aí, feministas, a culpa é sempre do homem?
Não seria necessário verificar cada caso como um caso? Ou é simplesmente colocar uma tarja sobre o assunto e se eximir de verificar cada caso?
Não é que não exista violência contra a mulher, mas existe, digamos, um outro aspecto da história.
Vou dizer o que acho sobre esse caso.
Não estou dizendo que é verdade.
Mas é minha opinião e tenho direito de dize-lo respeitosamente e em caráter de não definitivadade.
Essa moça talvez tenha bebido demais. Talvez tenha ficado "chapadinha". Talvez tenha olhado para o segurança com luxuria alcoolicae e pensado "Uhmm! Gatão, heim.". Aí talvez tenha dado mole para o sujeito e esse talvez tenha correspondido ao convite para investida que a moça lhe endereçou. Eles fizeram sexo (isso é incontestável). Quando o fogo da luxuria alcoolicae se apagou, a moça talvez tenha se arrependido de se entregar de forma que ela julga que seria socialmente reprovável de forma tão pública e por isso ela talvez tenha preferido contar uma mentira que arruinasse a reputação do segurança ao invés de encarar as possíveis consequências de seus atos.
RETIRO TUDO O QUE DISSE, SE ESTIVER ERRADO.
Por outro lado, venhamos e convenhamos. Esse cara foi um tanto tolo. Quis pagar de machão, heim. Deveria ter ficado quieto fazendo lá seu trabalho.


Última edição por Diógenes Laércio em Qui Fev 18, 2016 6:43 pm, editado 1 vez(es)
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Mensagem por ediv_diVad Qui Fev 18, 2016 11:04 am

Não, us omi-macho-cis-hetero-branco-burgês são sempre culpados.

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Mensagem por ediv_diVad Qui Fev 18, 2016 4:25 pm

Artigo bacana pra quem trabalha com comunicação:

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Mensagem por Goris Sex Fev 19, 2016 1:13 pm

ediv_diVad escreveu:Artigo bacana pra quem trabalha com comunicação:

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Sabe.

Existe uma coisa bem interessante aqui no ARRAF, é um dos fóruns que mais acredita em teoria de conspiração e manipulação das pessoas e ao mesmo tempo, um dos que mais aceita naturalmente conspiração e manipulação de pessoas.

Quando Bill Clinton foi pego tendo "atitudes inadequadas com uma estagiária na Casa Branca" ele logo lembrou que o Iraque estava se recusando a aceitar os inspetores da ONU e mandou atacar o país. A famosa cortina de fumaça, que é não aceitar os erros e, ao invés de enfrentá-lo, arrumar outro assunto para as pessoas comentarem.

Não aqui, mas em outros fóruns, no auge da disputa pelo Impeachment no ano passado começaram a sair em outros fóruns relatos e mais relatos de pedofilia, de abuso sexual, de estupro... Não casos normais, mas casos exdrúxulos, tipo a guria que foi pelada tomar banho na banheira com o cara, tomou vinho, foi estuprada e depois foi tirar fotos para postar no instagram ao invés de ir à polícia. Não é que casos falsos não existam, mas eles são um bait (isca) e tanto, vc tira a atenção de Dilma, Cunha e cia e as pessoas nem percebem. De repente gente que estaria ocupada lutando pelo impeachment passou a se ocupar mais com uma acusação falsa clara de estupro.

Do mesmo modo, tentem imaginar a situação.

Uma mulher publica uma enorme mentira no facebook dizendo ter sido vítima de 1-assédio, 2-agressão, 3-Pouco caso do estabelecimento capitalista opressor, 4-descaso da polícia, 5-Nepotismo.
Imediatamente, turbas e turbas de defensores da justiça, verdade e igualdade começam a atacar o bar. Veja que são as pessoas que estão certas, elas não precisam pensar, elas precisam atacar o mal.

E em nome de atacar esse mal, elas propagam o mal atacando o bar virtualmente, entrando em sites de classificação e colocando o bar como lixo dos lixos (com vários "eu estava lá e foi lindo"), brigam com quem pede moderação (afinal se o bar é mal, como elas sabem que é e vc pede pra não agir, vc é aliado do mal) e até mesmo fisicamente, já que pixaram o mesmo e ameaçaram o estabelecimento, o fazendo fechar no carnaval.

Até aí, você concorda comigo que são, no geral "feministas e feministos", "defensores da justiça social", "críticos da postura da sociedade em culpabilizar a vítima" e afins que fazem os ataques histéricos em manada?

Pois bem, o bar está errado. Qualquer resposta que ele der, está apenas provando que ele está errado. Na verdade, admitir culpa está errado, dizer que iria apurar estaria errado, dizer que é mentira está errado, porque pra essa turba, o bar está errado e qualquer coisa que ele disser apenas confirma isso.

Finalmente, um vídeo sai e mostra que... A mulher da história estrambólica mentiu. Hora das pessoas respirarem, entenderem que erradam, fazerem até uma análise de consciência e aprender para não repetir novamente o erro, certo?

Errado. Nem entro nos conspiracionaistas que falam que o vídeo não tem áudio (afinal, histéricos de internet tem que estar certos, admitir isso é admitir que agiu de forma histérica) ou que foi editado pra contar uma história falsa.

Simplesmente um SJW (Social Justice Warrior, sigla dada a esses defensores da justiça social que estão mais preocupados em atacar e defender ideologias que em justiça) apareceu com um link "Vejam, nos disseram que atacamos inustamente o bar, mas não é verdade. A culpa de nós o atacarmos não foi da mulher que mentiu, afinal mulher é vítima, a culpa é do bar que respondeu errado! Se o bar não tivesse respondido errado, nós teríamos agido de forma ponderada, adulta, justa! A culpa não é nossa, é do bar e seu amadorismo ao lidar com a situacão".

Logo, não só o texto como milhares de outros começaram a surgir na internet.

E logo, se esqueceu dos alucinados que atacaram o bar, logo se parou de falar na mulher vítima que mentiu e causou tudo isso, mas o bar... a verdadeira vítima disso tudo... Ah, ele continua errado.

A famosa bomba de fumaça. Toda a discussão sobre ataques acéfalos virtuais, todo o debate sobre "mulheres também mentem", tudo sumiu. O importante é mostrar que o bar errou. E nisso, os SJW - sempre ligados às humanas e ideais fake - estão de parabéns, agora só se fala em como ele errou.

Por fim, não achei legal o link.

Refresque a mente.
O bar sabia que era mentira, tinha provas (não entendi a demora em disponibilizar o vídeo) e foi atacado. Aí, um monte de SWJ e um monte de sabedor de tudo começa a fazer listas de como o bar errou sem nenhuma contextualização ou análise crítica.

O primeiro exemplo da lista?

Em caso de problemas com clientes o bar tem que mostrar que vai averiguar. Se ele tivesse dito isso (veja que a culpa continua dele), nada teria acontecido.

Aí vc pensa, mas os ataques já estavam acontecendo antes mesmo da resposta. Ninguém foi lá pedir a versão deles e aguardar, já passaram para o ataque. E a mulher mentiu.

Não é uma situação ideal como a que ele coloca "Ah, uma mulher reclamou que foi mal atendida" e "O Bar vai averiguar a situaçao", não, a situação foi a mulher ter feito um barraco, se recusar a pagar a conta, o bar ter que chamar a polícia, e a retirar do local.

Não havia o que ser averiguado, a mulher havia mentido. Havia BO, havia filmagem.


Ou seja, a pessoa usa um exemplo ideal e lindo para mostrar que o bar estava errado, num exemplo real, sujo, envolvido em mentiras e ataques de gado virtual. Isso é desonestidade em minha opinião.

E em nenhum caso - nenhum - nada do que o bar fizesse diminuiria os ataques, estaos falando de turbas enfurecidas com a bíb... o manual da justiça social nas mãos. Gente que agora quer tirar deles a culpa por terem agido errado. E gente que está novamente mentindo e manipulando vocês de forma primária.

Quem dá moral a esses textos meio que está caindo na manipulação direitinho


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Mensagem por Goris Sex Fev 19, 2016 1:19 pm

ediv_diVad escreveu:Ótimo artigo!

Comercial da Samarco é aula sobre as técnicas indiretas e a canastrice da propaganda
[Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link]
Veja que este artigo é exatamente sobre o contrário - feito por profissionais de relaçoes públicas na internet - e vc tbm achou interessante.

A Samarco está errada, se ela agir direitinho (em termos de RP) ela vai estar errada e tentando tirar o dela da reta. Da mesma forma, o Quintandinha está errado, mesmo se ele agir certo ele vai estar errado tentando tirar o dele da reta.

Se vc decidiu (num caso com razão, no outro sem nenhuma) que alguém é culpado, qualquer coisa é motivo pra mostrar que esse alguem esta errado
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Mensagem por ediv_diVad Sex Fev 19, 2016 2:04 pm

Só passei os links, Goris.

O primeiro - que vc respondeu com textão - são dicas pra quem trabalha com comunicação, principalmente assessoria de imprensa, pra mesmo se a empresa for inocente, não cometer erros de parecer presunçosa perante o público. Até porque a mentira dá duas voltas no planeta antes da verdade sair do lugar.

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Mensagem por Quero Café Seg Fev 22, 2016 10:06 am

3 dias atrás (Atualizado 3 dias atrás)
Perita analisa vídeo do Bar Quitandinha e vê indícios de que imagens foram editadas

A polêmica sobre o assédio no Bar Quitandinha, na Vila Madalena, em São Paulo, toma conta das redes sociais há algumas semanas. A jovem Júlia Velo denunciou no Facebook que ela e uma amiga foram vítimas de assédio de dois rapazes e que o bar foi negligente e truculento diante do que aconteceu. O bar divulgou dias depois na internet um vídeo em que diz desmontar o que chama de "acusação absurda". A reportagem levou as imagens à perita Thainan Tangerina. Segundo a especialista, há fortes indícios de que as imagens disponibilizadas pelo bar sofreram cortes, ou seja, o vídeo não seria contínuo. Júlia Velo argumentou também que é difícil entender a situação "quando não há áudio e os diálogos sórdidos não são ouvidos". Confira!

Fonte: [Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link]

Há um vídeo na reportagem.
Assisti-lo é fundamental para acompanhar o desenvolvimento do caso.






Fiz questão de assistir duas vezes a essa reportagem do r7 intitulada “Perita analisa vídeo do Bar Quitandinha e vê indícios de que imagens foram editadas” e depois até venha a assistir a ela outra vez.
Ah! Agora acabou. Apareceu uma perita alegando que as imagens foram editas.
Mas esperem um pouco.
Até que ponto essa perícia é favorável às alegações da moça?
Vejam essa parte.
“Em nenhum momento ela é retirada do bar por seguranças ou qualquer outro funcionário” (Aproximadamente 03:13)
Mesmo que tenha havido edição, as imagens, a menos que se prove que houve manipulação para além de cortes, mostram que houve discrepância entre o relato da jovem e o ocorrido.
Esse é o ponto.
Ninguém pretende negar que a jovem tenha passado por momentos desagradáveis devido a abordagens inconvenientes dos rapazes, mas tudo indica que ela não fez um relato verídico do que ocorreu para angariar comoção e transformou esse relato num episódio de acusações altamente desfavoráveis para aqueles que são o alvo delas.
Não é aceitável que haja quem não perceba isso ou, o que é pior, perceba, mas entenda que há motivação justa nessa prática.
Essa moça poderia ter feito um relato verídico do que ocorreu a elas e mantido a história entre elas e os rapazes, mas revolveu deturpar totalmente o que lhe ocorreu para gerar comoção maior que gerariam com a pura e simples verdade.

Uma coisa é manipulação de áudio, outra é de vídeo.
É razoavelmente fácil cortar partes de um diálogo e acrescentar em outro para fazer parecer algo que não houve. Mas esse procedimento não deixa de ser detectável.
Inventar imagens é um processo mais difícil.
Então, até que ponto um corte de imagens é favorável às teses da moça?


Posso até vir a mudar de ideia, mas por enquanto continuo achando que houve uma exagero da moça.
Não tem jeito.
Feministas não cedem ao apelo da razão.
O que vale é a verdade histérica do movimento.
Ainda ocorrem pessoas para falar um monte de coisas contra o bar, a favor da moça e por aí. Mas parece que nem assistem à reportagem. É só ver escrito "perita" e "montagem" para dizer: pronto. A perícia é mesmo favorável à moça?
Mostrar a verdade não basta. Há que haver alguma coisa além disso.
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