Filme sobre sexualidade feminina, 'Batom sob minha burka' tem seu lançamento proibido na Índia
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Filme sobre sexualidade feminina, 'Batom sob minha burka' tem seu lançamento proibido na Índia
Por André Miranda
23/02/2017 11:54
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O governo indiano proibiu a estreia do longa-metragem "Lipstick under my burkha" ("Batom sob minha burka"), da diretora Alankrita Shrivastava. Segundo documento emitido pelo governo, os problemas de "Batom sob minha burka" seriam: "A história é voltada para mulheres, com suas fantasias postas acima da vida. Há cenas sexuais, palavras abusivas, som de pornografia e uma sensível abordagem sobre uma determinada parte da sociedade".
Não há outro nome para isso a não ser censura.
"Batom sob minha burka" acompanha quatro mulheres indianas de diferentes idades lidando com sua sexualidade. O filme foi exibido no ano passado nos festivais de Tóquio e Mumbai, e recebeu prêmios em ambos. Mas nada que sensibilizasse o governo indiano. À revista "Variety", a cineasta Alankrita Shrivastava afirmou que a proibição é um "ataque aos direitos das mulheres em contarem suas próprias histórias, a partir de uma perspectiva feminina". Alankrita acrescentou, ainda, que "a discriminação contra as mulheres prevalece na Índia".
A censura a filmes na Índia é lamentavelmente comum. No ano passado, de acordo com relatório da Freemuse, associação internacional que mapeia ataques de todos os tipos contra artistas no mundo, o país asiático ficou em quinto lugar num ranking de censura oficial, atrás apenas de Ucrânia, Kuwait, China e Egito. Foram 17 casos de censura na Índia, muitos deles sob a alegação da "indecência" ou de que alguma obra representaria ofensas religiosas.
Em julho de 2016, por exemplo, o governo indiano não concedeu o certificado de lançamento para o filme "Ka Bodyscapes", de Jayan K Cherian. A alegação é que o longa-metragem seria "vulgar e obsceno" por "jogar luz em temas gays".
Mais recentemente, no início de fevereiro, a Índia exigiu cortes para permitir a estreia de um dos filmes americanos mais celebrados do ano, "Moonlight", de Barry Jenkins. Foram retirados palavrões e algumas situações eróticas, num total de 53 segundos de cortes. Também foram incluídos mais de dois minutos de mensagens anti-tabagistas em todas as cenas em que algum personagem aparece fumando.
Abaixo, o trailer de "Batom sob minha burka".
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O governo indiano proibiu a estreia do longa-metragem "Lipstick under my burkha" ("Batom sob minha burka"), da diretora Alankrita Shrivastava. Segundo documento emitido pelo governo, os problemas de "Batom sob minha burka" seriam: "A história é voltada para mulheres, com suas fantasias postas acima da vida. Há cenas sexuais, palavras abusivas, som de pornografia e uma sensível abordagem sobre uma determinada parte da sociedade".
Não há outro nome para isso a não ser censura.
"Batom sob minha burka" acompanha quatro mulheres indianas de diferentes idades lidando com sua sexualidade. O filme foi exibido no ano passado nos festivais de Tóquio e Mumbai, e recebeu prêmios em ambos. Mas nada que sensibilizasse o governo indiano. À revista "Variety", a cineasta Alankrita Shrivastava afirmou que a proibição é um "ataque aos direitos das mulheres em contarem suas próprias histórias, a partir de uma perspectiva feminina". Alankrita acrescentou, ainda, que "a discriminação contra as mulheres prevalece na Índia".
A censura a filmes na Índia é lamentavelmente comum. No ano passado, de acordo com relatório da Freemuse, associação internacional que mapeia ataques de todos os tipos contra artistas no mundo, o país asiático ficou em quinto lugar num ranking de censura oficial, atrás apenas de Ucrânia, Kuwait, China e Egito. Foram 17 casos de censura na Índia, muitos deles sob a alegação da "indecência" ou de que alguma obra representaria ofensas religiosas.
Em julho de 2016, por exemplo, o governo indiano não concedeu o certificado de lançamento para o filme "Ka Bodyscapes", de Jayan K Cherian. A alegação é que o longa-metragem seria "vulgar e obsceno" por "jogar luz em temas gays".
Mais recentemente, no início de fevereiro, a Índia exigiu cortes para permitir a estreia de um dos filmes americanos mais celebrados do ano, "Moonlight", de Barry Jenkins. Foram retirados palavrões e algumas situações eróticas, num total de 53 segundos de cortes. Também foram incluídos mais de dois minutos de mensagens anti-tabagistas em todas as cenas em que algum personagem aparece fumando.
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