Com multidão nas ruas, oposição do Egito exige renúncia de Mubarak

Renunciou para dar o poder a uma junta militar. Mubarak assumiu o poder exatamente em um golpe militar. Na prática até agora não mudou nada. Os militares continuam mandando no país. Não sei não se os egípcios vão conseguir o que querem no final das contas.

Parallax escreveu:Renunciou para dar o poder a uma junta militar. Mubarak assumiu o poder exatamente em um golpe militar. Na prática até agora não mudou nada. Os militares continuam mandando no país. Não sei não se os egípcios vão conseguir o que querem no final das contas.

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Parallax escreveu:Renunciou para dar o poder a uma junta militar. Mubarak assumiu o poder exatamente em um golpe militar. Na prática até agora não mudou nada. Os militares continuam mandando no país. Não sei não se os egípcios vão conseguir o que querem no final das contas.

Exatamente. Meu professor de História comentou hoje, com a sala, sobre esse tema.
É bem possível que esteja nos vestibulares, por isso, teve uma aula pra isso. Enfim, será que a mudança não vai se limitar apenas ao nome do mandante?

"(...)
O governo será exercido por um conselho das Forças Armadas. Segundo uma fonte da Agência Reuters, o ministro da Defesa, Mohamed Hussein Tantawi, vai chefiar o Conselho Militar. De acordo com a rede de televisão Al Arabiya, Conselho Militar vai demitir o gabinete e suspender as duas casas do Parlamento. A TV acrescentou que o Conselho Militar vai administrar o país com o chefe da Suprema Corte Constitucional.
(...)

Logo após o anúncio, os milhares de manifestantes festejaram agitando bandeiras, gritando, rindo e se abraçando. "O povo derrubou o regime", gritava a multidão na Praça Tahrir, de acordo com relato da agência Reuters.


Em pronunciamento na TV, Suleiman disse que o presidente "decidiu deixar o cargo de presidente da República".

O vice acrescentou que Mubarak passou o poder ao Supremo Conselho Militar para administrar a nação durante "as difíceis circunstâncias que o país está atravessando".
(...)"

(extrato da notícia [Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link] )

O povo comemora a saída de Mubarak sem perceber que provavelmente está trocando 6 por meia dúzia?

Eu avisei, avisei.

Só eu que sou otimista ...acho que tem-se comemorar queda de um regime carcomido, hoje foi um dia de resgate para egipcio do seu país. A ascensão das forças armadas que são muito queridas lá só demonstra a diferença dessa revolução popular de outras, vão ser tempos interessantes.

Não sei não, cara...

marcelo l. escreveu:Só eu que sou otimista ...acho que tem-se comemorar queda de um regime carcomido, hoje foi um dia de resgate para egipcio do seu país. A ascensão das forças armadas que são muito queridas lá só demonstra a diferença dessa revolução popular de outras, vão ser tempos interessantes.

O povo está aplaudindo o Marechal que assumiu o poder. Pode ter certeza de que quando o Mubarak assumiu também foi aplaudido. O chilenos também amavam as forças armadas e o Pinochet também foi aplaudido. Normalmente quando existe uma queda de governo o pessoal se agarra em qualquer merda que assume o poder. Não interessa se é bom ou ruim.

Parallax escreveu:

marcelo l. escreveu:Só eu que sou otimista ...acho que tem-se comemorar queda de um regime carcomido, hoje foi um dia de resgate para egipcio do seu país. A ascensão das forças armadas que são muito queridas lá só demonstra a diferença dessa revolução popular de outras, vão ser tempos interessantes.

O povo está aplaudindo o Marechal que assumiu o poder. Pode ter certeza de que quando o Mubarak assumiu também foi aplaudido. O chilenos também amavam as forças armadas e o Pinochet também foi aplaudido. Normalmente quando existe uma queda de governo o pessoal se agarra em qualquer merda que assume o poder. Não interessa se é bom ou ruim.

É bem diferente por exemplo o caso Chileno e Latino Americano, lá o exercito e as forças armadas não estão envolvidas com a guerra suja, desaparecidos etc. A manifestação popular de apoio nas ruas foi fácil de mais de 30 milhões para uma população de 80 milhões, só a revolução dos cravos parece-me que as forças armadas tiveram tanto apoio, com as grande diferença que quem as forçou foi o cidadão que foi as ruas, e durante a vitória as bandeiras eram apenas a egípcia, não se vê vermelhas (como em Portugal) ou a verde com as duas espadas.

Como todo processo político deve haver radicalizações, traições etc...mas um passo importante foi dado.

Egípcios voltam à Praça Tahrir, tiros são disparados
Por Marwa Awad e Dina Zayed


CAIRO (Reuters) - O governo militar de transição do Egito ordenou aos manifestantes que deixem a Praça Tahrir, símbolo da revolta que derrubou Hosni Mubarak, no mesmo dia em que o gabinete se reúne com a prioridade de restabelecer a lei e a ordem e reativar a economia. Mas a população continuava fluindo para o local e tiros foram ouvidos próximo do Ministério do Interior, onde a polícia fazia manifestação por melhores salários.


"O exército é a medula do Egito. Sua solução não é nos retirar da praça", disse um manifestante nos alto-falantes à medida que o Exército adentrava empurrando e até mesmo golpeando com cassetetes em alguns casos. "Eles devem atender nossas demandas."


O país árabe mais populoso dá seus primeiros e incertos passos rumo à democracia e os organizadores dos protestos estão formando um Conselho Tutelar para defender a revolução e negociar com uma junta militar que deseja que a vida volte ao normal.


"Não queremos nenhum manifestante na praça depois de hoje", declarou Mohamed Ibrahim Moustafa Ali, chefe da polícia militar, aos manifestantes, enquanto soldados removiam tendas da praça, epicentro da oposição aos 30 anos do governo de Mubarak.

O gabinete egípcio, formado enquanto o presidente de 82 anos ainda estava no poder, não sofrerá grandes mudanças e assistirá a transição política para um governo civil nos próximos meses, disse um porta-voz do gabinete à Reuters.


Uma reunião do gabinete marcada para a tarde deste domingo pode oferecer algumas respostas aos manifestantes, sedentos de mudança após a revolução impactante que chocou e surpreendeu o Oriente Médio, enviando um alerta a governantes autocratas por toda a região.


"O formato do governo permanecerá até o processo de transformação estar completado em alguns meses, depois um novo governo será formado baseado nos princípios democráticos colocados", afirmou o porta-voz, acrescentando que algumas pastas podem mudar de mãos.


PEQUENOS GRUPOS


Como para reforçar essa mensagem, soldados e policiais militares separaram a massa na praça Tahrir no início do domingo em pequenos grupos para permitir a circulação do tráfego pela primeira vez em semanas, de forma que as pessoas possam voltar ao trabalho.


Os manifestantes disseram que os soldados detiveram alguns de seus líderes e mais de 30 pessoas foram conduzidas a uma área de detenção do Exército próxima do Museu Egípcio, que sedia uma coleção única de artefatos antigos e se localiza nas imediações da praça. O Exército não comentou o assunto.

Os manifestantes na praça gritavam "Pacificamente, Pacificamente" para as tropas, cuja missão no primeiro dia útil da semana no Egito é permitir que os trabalhadores circulem e voltem a movimentar a economia, duramente afetava pelo levante que encerrou o governo draconiano de Mubarak.


Tanques e blindados foram posicionados ao redor da praça, ainda ostentando faixas que exigem mudança de regime e onde as pessoas se reuniam para improvisar um memorial às cerca de 300 pessoas mortas durante a revolta. Voluntários limpavam o local.


O alto comando não deu prazo para a transição, mas tentou tranquilizar a população com um comunicado no sábado, sublinhando o compromisso com a democracia e com tratados internacionais, visando sobretudo Israel, com quem assinou um acordo de paz.


A estratégia dos militares é de acalmar a nação e o mundo sobre suas intenções futuras e, no curto prazo, garantir que a lei seja cumprida depois que a polícia, caída em desgraça, se desfez, tendo se mostrado incapaz de esmagar os protestos com gás lacrimogêneo e cassetetes.

FONTE: [Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link]

O começo não foi animador... vamos ver se melhora...

Não me cheira bem....

Calma, os eventos do Egito podem no futuro levar ou não a um regime estável ou instável. Qualquer coisa parece ser possível, mas vivemos em um mundo de probabilidades, onde os resultados são motivados também por eventos desconhecidos ou fatalidades,

Há vários equilíbrios possíveis para que o sistema poderá se mover. Atos impalpável e improvável vão empurrar o Egito em uma direção ou outra. Esse é o caráter terrível e espantosa desses momentos.

O que sabemos apenas estes eventos vão ser recordados por anos, mas nunca podemos esquecer que a democracia nunca é dada, ela deve ser aproveitada nos caminhos tortuosos cheios de recuos, a luta pela liberdade apenas começou, mas sem os passos de sexta-feira não estariamos discutindo se o Egito caminhará ou não para uma democracia, já que o regime de Mubarak continuaria e a ditadura decadente dele também.

ja sairam dando porrada,só faltou declararem anistia e o ex presidente ser eleito senador by brasil

Egypt's military to warn against "chaos and disorder"

CAIRO Feb 13 (Reuters) - Egypt's new military rulers will issue a warning on Sunday against anyone who creates "chaos and disorder", an army source said.
The Higher Military Council will also ban meetings by labour unions or professional syndicates, effectively forbidding strikes, and tell all Egyptians to get back to work after the unrest that toppled Hosni Mubarak. (Reporting by Marwa Awad, writing by Alistair Lyon)

FONTE: [Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link]

TRADUÇÃO LIVRE: "Militares egípcios avisam contra 'caos e desordem' "

Cairo, 13/fevereiro (Reuters)- Os novos governantes militares do Egito vão lançar um aviso no domingo contra qualquer um que criar "caos e desordem", informou uma fonte militar.
O Alto Conselho Militar também vai banir/ proibir agremiações de trabalho (labour unions) e sindicatos de profissionais (professional syndicates), efetivamente proibindo greves, e dizer a todos os egípcios para voltar a trabalhar após as perturbações/ altercações que derrubaram Hosni Mubarak.

Eu já vi esse lance antes e o resultado nunca foi bom...