Sky protesta contra cota para conteúdo nacional
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Sky protesta contra cota para conteúdo nacional
a sky lançou há pouco uma campanha contra a lei 12-4851 que estipula, entre outras coisas, que a tv por assinatura do país deverá ter 3:30hs de conteúdo nacional por semana:
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estão pedindo pros assinantes protestarem...
agora um artigo do newton cannito, que já foi secretário do audiovisual, sobre o tema:
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alguns momentos do do texto dele:
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A censura é para excluir conteúdos. A regulação é para aumentar a diversidade de conteúdos. É oposto. A regulação serve para diminuir a censura privada. Muitos falam de censura estatal, mas poucos falam da censura privada, que acontece diariamente. A regulação é anti-censura.
Eu digo “tentar controlar”, pois o fato é que o Estado no Brasil é fraco. A SKY diz que a Ancine vai “ter o poder de controlar o conteúdo”. Alguém realmente acredita nisso? Alguém acredita mesmo que a Ancine é assim tão poderosa? É apenas uma lei que diz que algo como 30 minutos diário deve ser de conteúdo nacional. É pouco para caramba. E a Ancine não escolhe qual conteúdo será. A TV escolhe. E todo o resto é “controlado” apenas pelo interesse comercial e é natural e saudável que seja assim. O Estado não vai ter esse poder todo. Vai apenas fazer uma pequena intervenção visando ao interesse público e ao aumento da diversidade. Convenhamos que é algo bem humilde. Não precisamos ter medo de defender um Estado forte na Politica de Comunicação do Brasil de hoje. Até porque o Estado é muito fraco no setor. Ele é todo controlado por interesses privados. Ter um pouquinho de regulação pública não vai ser assim tão ditatorial.
Além disso, temos que ter claro que o Estado não quer acabar com o mercado. O empreendedorismo privado é uma força fundamental. A agência reguladora visa apenas evitar seus abusos. Nem sempre o “Estado” está certo. O Estado também é feito por seres humanos que podem errar e/ou defenderem apenas seus interesses privados. Mas também nem sempre o poder privado está certo. Ninguém é perfeito nesse jogo. Mas a briga entre os dois é vantajosa para quem realmente interessa: o PÚBLICO. A população. O Cidadão. O cidadão só tem a ganhar com essa briga, pois poderá ir opinando em suas brechas e intervindo. Se o Estado neutralizar o privado ou o privado neutralizar o Estado entramos na ditatura. Seja a ditadura do Estado, seja a ditadura das corporações privadas.
Brainiac- Farrista ninguém me alcança
- Mensagens : 15575
Data de inscrição : 29/11/2010
Idade : 35
Localização : Planeta Colu
Re: Sky protesta contra cota para conteúdo nacional
Tenho minhas duvidas de quem é o mais fdp dessa história...
Brainiac- Farrista ninguém me alcança
- Mensagens : 15575
Data de inscrição : 29/11/2010
Idade : 35
Localização : Planeta Colu
Re: Sky protesta contra cota para conteúdo nacional
neste "cabo de guerra" adivinha quem é o nó?
Jotaranha- Farrista Zumbizando Serelepe
- Mensagens : 471
Data de inscrição : 19/10/2010
Re: Sky protesta contra cota para conteúdo nacional
o cliente pagante! mas sei la que merda vai dar isso!
elcioch- Estou chegando lá
- Mensagens : 5875
Data de inscrição : 14/06/2010
Re: Sky protesta contra cota para conteúdo nacional
MEDALHA NO PEITO DA VERDADE
Por Carolina Ribeiro, 29.02.2012
A SKY colocou no ar um anúncio com a participação de atletas brasileiros afirmando que uma nova lei que afeta a TV por assinatura não considera o esporte como conteúdo nacional. Atletas patrocinados pela empresa mostram-se indignados pelo fato do “esporte, uma paixão nacional dos brasileiros, não ser considerado conteúdo nacional”. Não dá para saber exatamente se a participação dos jogadores no comercial faz parte do contrato de patrocínio ou de um terrorismo da empresa “alertando” sobre os “riscos” da nova lei para o esporte brasileiro. Talvez as duas coisas juntas. O fato é que a propaganda é leviana e enganosa e não explica o que de fato está envolvido com a nova legislação.
A Lei em questão é a 12.485/11, que dispõe sobre o Serviço de Acesso Condicionado (SeAC) e vem sendo tratado de forma genérica como a nova lei da TV por assinatura. Seu escopo é amplo, mas uma das questões centrais é o estímulo financeiro e a definição de cotas obrigatórias para produção de conteúdo regional, nacional e independente na TV paga. Há dois tipos de cotas: a que incide sobre os canais de espaço qualificado e a que incide sobre os pacotes a serem oferecidos ao assinante.
Canais de espaço qualificado, de acordo com regulamento proposto pela Agência Nacional do Cinema (Ancine), são aqueles que exibem majoritariamente “obras audiovisuais seriadas ou não seriadas dos tipos ficção, documentário, animação, reality show, videomusical e de variedades realizada fora de auditório”.
Logo, a cota que obriga os canais de espaço qualificado a oferecerem 3h30 de conteúdo nacional por semana, sendo metade dele realizado por empresas independentes, em nada afeta os canais de conteúdo esportivo. Eles permanecem exatamente como estão, com total liberdade para seguir com a programação que bem entender. A decisão de valorizar o esporte nacional cabe exclusivamente à empresa que define o conteúdo do canal. A lei simplesmente não afeta essa questão.
O mesmo acontece em relação a cota de canais obrigatórios nos pacotes. Para estimular que surjam mais canais com conteúdo nacional, a Lei obriga às operadoras reservarem no mínimo 1/3 dos canais de conteúdo qualificado a canais brasileiros de conteúdo qualificado. Mais uma vez não está em questão a presença de conteúdo esportivo para o cumprimento de cotas. As cotas referem-se apenas ao conjunto de canais que veiculam um tipo de conteúdo com valor artístico agregado, estimulando que haja mais filmes, séries, animações e programas e variedades brasileiros e independentes. As cotas, portanto, não disputam o espaço de nenhum canal esportivo, nacional ou estrangeiro.
O tipo de mensagem veiculada pela SKY, que de acordo com informações do mercado, possui quase 3,8 milhões de assinantes no Brasil, desinforma seus clientes e presta um enorme desserviço à população brasileira ao não esclarecer que a nova Lei em nada afeta os canais esportivos. Mais do que isso, expõe atletas respeitados e de renome ao ridículo de defender algo que vai na direção contrária do interesse nacional. Eles, talvez ingenuamente, não estão ali defendendo o esporte, mas sim a ganância de uma empresa que tem a pachorra de utilizar seu poder de mercado e seu patrocínio para enganar seus clientes e a sociedade.
(*) Carolina Ribeiro é jornalista e integrante do Intervozes – Coletivo Brasil de Comunicação Social. Matéria reproduzida do Observatório do Direito à Comunicação.
De:
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Por Carolina Ribeiro, 29.02.2012
A SKY colocou no ar um anúncio com a participação de atletas brasileiros afirmando que uma nova lei que afeta a TV por assinatura não considera o esporte como conteúdo nacional. Atletas patrocinados pela empresa mostram-se indignados pelo fato do “esporte, uma paixão nacional dos brasileiros, não ser considerado conteúdo nacional”. Não dá para saber exatamente se a participação dos jogadores no comercial faz parte do contrato de patrocínio ou de um terrorismo da empresa “alertando” sobre os “riscos” da nova lei para o esporte brasileiro. Talvez as duas coisas juntas. O fato é que a propaganda é leviana e enganosa e não explica o que de fato está envolvido com a nova legislação.
A Lei em questão é a 12.485/11, que dispõe sobre o Serviço de Acesso Condicionado (SeAC) e vem sendo tratado de forma genérica como a nova lei da TV por assinatura. Seu escopo é amplo, mas uma das questões centrais é o estímulo financeiro e a definição de cotas obrigatórias para produção de conteúdo regional, nacional e independente na TV paga. Há dois tipos de cotas: a que incide sobre os canais de espaço qualificado e a que incide sobre os pacotes a serem oferecidos ao assinante.
Canais de espaço qualificado, de acordo com regulamento proposto pela Agência Nacional do Cinema (Ancine), são aqueles que exibem majoritariamente “obras audiovisuais seriadas ou não seriadas dos tipos ficção, documentário, animação, reality show, videomusical e de variedades realizada fora de auditório”.
Logo, a cota que obriga os canais de espaço qualificado a oferecerem 3h30 de conteúdo nacional por semana, sendo metade dele realizado por empresas independentes, em nada afeta os canais de conteúdo esportivo. Eles permanecem exatamente como estão, com total liberdade para seguir com a programação que bem entender. A decisão de valorizar o esporte nacional cabe exclusivamente à empresa que define o conteúdo do canal. A lei simplesmente não afeta essa questão.
O mesmo acontece em relação a cota de canais obrigatórios nos pacotes. Para estimular que surjam mais canais com conteúdo nacional, a Lei obriga às operadoras reservarem no mínimo 1/3 dos canais de conteúdo qualificado a canais brasileiros de conteúdo qualificado. Mais uma vez não está em questão a presença de conteúdo esportivo para o cumprimento de cotas. As cotas referem-se apenas ao conjunto de canais que veiculam um tipo de conteúdo com valor artístico agregado, estimulando que haja mais filmes, séries, animações e programas e variedades brasileiros e independentes. As cotas, portanto, não disputam o espaço de nenhum canal esportivo, nacional ou estrangeiro.
O tipo de mensagem veiculada pela SKY, que de acordo com informações do mercado, possui quase 3,8 milhões de assinantes no Brasil, desinforma seus clientes e presta um enorme desserviço à população brasileira ao não esclarecer que a nova Lei em nada afeta os canais esportivos. Mais do que isso, expõe atletas respeitados e de renome ao ridículo de defender algo que vai na direção contrária do interesse nacional. Eles, talvez ingenuamente, não estão ali defendendo o esporte, mas sim a ganância de uma empresa que tem a pachorra de utilizar seu poder de mercado e seu patrocínio para enganar seus clientes e a sociedade.
(*) Carolina Ribeiro é jornalista e integrante do Intervozes – Coletivo Brasil de Comunicação Social. Matéria reproduzida do Observatório do Direito à Comunicação.
De:
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ediv_diVad- Farrista além das fronteiras da sanidade
- Mensagens : 20441
Data de inscrição : 10/06/2010
Re: Sky protesta contra cota para conteúdo nacional
Tá... e tem programação nacional de qualidade similar a passada pelos canais pagos para cumprir tal cota?
Ou vão ser programas "Amalry JR covers" cobrindo bailes de debutantes e de celebridades e programas musicais com sertaneja, forró e funk?
E nós tendo de PAGAR para ver programas cover da tv aberta (qeu se fosse boa não pagaríamos para ver outra coisa).
Ou vão ser programas "Amalry JR covers" cobrindo bailes de debutantes e de celebridades e programas musicais com sertaneja, forró e funk?
E nós tendo de PAGAR para ver programas cover da tv aberta (qeu se fosse boa não pagaríamos para ver outra coisa).
Victor Pax- Farrista já viciei...
- Mensagens : 4157
Data de inscrição : 05/07/2010
Re: Sky protesta contra cota para conteúdo nacional
muita gente ja paga um canal por assinatura justamente para fugir do conteudo nacional! e agora querem jogar um balde de merda no pago!
elcioch- Estou chegando lá
- Mensagens : 5875
Data de inscrição : 14/06/2010
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