Dica de livro: Bioshock Rapture
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Dica de livro: Bioshock Rapture
Hoje em dia tá na moda livros de ficção baseados em videogames. Minha primeira experiência com o gênero foi com um livro do Assassins Creed e outro do Uncharted. Não gostei muito dos dois. Esses romances tinham ação demais e pouca história, em um ritmo que até lembrava um game, mas que a meu ver não fica legal para a leitura. Esse problema Bioshock Rapture não possui. A história é bem contada e a ação mesmo só acontece do meio para o final. O enredo se passa antes do primeiro jogo, como um prequel. É interessante que o romance faz referência aos grupos políticos em voga na década de 1940 a 1950. Socialismo, capitalismo são muito falados aqui. Não de forma muito aprofundada, já que a principal meta de um livro de ficção é contar uma história. Mesmo assim o pouco falado achei interessante.
Andrew Ryan é um homem zilionário que quando criança precisou fugir do seu país de origem, a Rússia, por causa do sistema bouchevique que estava sendo implantado lá. O homem cresceu odiando o socialismo e as religiões. Insatisfeito com os sistemas políticos da época, Andrew em algum lugar do Atlântico Norte construiu uma cidade submersa chamada Rapture. Em sua nova sociedade ele passa a escolher a dedo quem irá fazer parte dela. No início a cidade parece utópica, mas ao decorrer da história os problemas começam a aparecer. Andrew acaba se transformando em um ditador pior do que aqueles que dizia odiar. Tal comportamento acaba levando a cidade à ruínas. Não sou muito bom em definição de movimentos políticos, então vá me perdoando se eu for falar alguma bobagem. O romance não fala isso com todas as letras, mas ao ler dá a impressão que Andrew tenta implantar na cidade um sistema de anarcocapitalismo. O estado não interfere em nenhum ponto da sociedade, logo não há controle nas fábricas e no mercado. Além disso não há nenhum sistema público, é tudo privado. Não há saúde pública, nem programas afirmativos para a inclusão dos pobres e nenhuma preocupação com bem estar social.
O personagem principal é Bill Mcdonagh. No mundo submerso ele era um simples operário. Porém, ao fazer amizade com Andrew acaba sendo contratado para uma função importante em Rapture, ascendendo socialmente. Bill acaba tendo que enfrentar um dilema: por um lado ele começa a perceber que a má gestão de Andrew ruma ao fracasso, mas por outro se sente obrigado a permanecer leal devido ao seu progresso que julgava ser devido ao apoio do magnata.
Para deixar o livro/jogo com mais emoção há uma descoberta de uma substância que dá superpoderes as pessoas. Tal substância transforma os usuários em superseres, mas também vicia e acaba provocando desfigurações. Assim nasce os splicers, os vilões tão recorrentes nos dois primeiros jogos. A criação dessa droga irá revelar o lado mais egoísta e nefasto de Rapture. Inclusive tendo ligação com a origem das little sisters e dos big daddy, que possuem grande destaque em Bioshock 2.
Ao contrário do livro do Assassins Creed, aqui não se faz necessário ter jogado o game para entender a história. Apesar de que ter jogado vá fazer você apreciar mais a obra, devido as referências. Esse eu gostei e ainda fiquei com expectativa para uma continuação retratando a cidade do Bioshock Infinite, a Columbia. Enquanto o fundador da Rapture é um ateu radical excessivamente capitalista, o fundador da Columbia é um fanático religioso racista e xenofóbico.
alancosme32- Farrista das "Árvores Somos Nozes"
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